More Than This escrita por Ana Clara
Notas iniciais do capítulo
(narrado por Evan)
Ela era tão gostosa.
Não o tipo que faz questão que você veja. Mas do tipo pacata e discreta, por baixo do moletom. Aquele nariz empinado e ar de decidida, meu santo Deus, me deixavam louco.
Abri a porta do Porsche que estava estacionado bem em frente da casa, para que ela entrasse.
– Damas primeiro. – encenei. Ela não respondeu e entrou emburrada.
Comecei a dirigir devagar, saindo do condomínio e entrando em ruas escuras. America colocou o celular por cima do colo, o visor pra cima.
– Caso tenha que ligar pra polícia? – ri com desdém.
– Exatamente. – continuou a olhar fixamente para a estrada.
Manteve-se em silêncio por alguns minutos. Tomei alguns cruzamentos errados e acabamos numa rua vazia e isolada.
– Essa, com certeza, não é a minha rua.
– Eu sei, devo ter me enganado.
– Por que estacionou?
O farol do carro se apagou. Virei-me para ela.
– Acho que a gente devia conversar. – falei, esticando a mão até sua perna. America me deu um tapa.
– Não encoste em mim.
– Que foi, loirinha? Tá com medo de mim?
Soltei meu cinto e cheguei mais perto, acariciando sua pele por baixo do short. America tentou a maçaneta, mas, claro, estava trancada. Agarrou o celular, e eu o tomei de suas mãos sem esforço. Joguei-o nos bancos de trás, desligado.
– Não vai querer ligar pra alguém agora, certo? Você vai estar ocupada.
– Evan, me deixa em paz.
Sorrindo, agarrei-a pela cintura e fiz com que ela caísse no meu colo, no banco do motorista. Ela se debatia e esperneava, como uma criança. Agarrei seus pulsos e fiz com que ela ficasse parada.
– Eu não quero te machucar, está bem?
– E eu não quero fazer nada com você. Evan, me solta.
– Não vou te soltar.
– Eu vou gritar. – ameaçou, a voz tremendo. Tive que rir (desculpe - não me contive).
– Ninguém vai ouvir você. Você só vai embora quando eu quiser, ok? Fica quietinha e vai acabar rápido.
Nunca tive que obrigar ninguém, mas America era muito teimosa. E eu não dormiria sem antes pensar: “pronto, consegui”.
Comecei a beijá-la, e ela me mordeu.
– Loirinha, não força a barra.
Minhas mãos entraram por sua blusa, e America tremeu.
– Tira as mãos de mim. – ela grunhia, ameaçando chorar.
– Shh. – falei, pressionando-a contra mim. Depois de uns dez minutos enrolando, até que ela se acalmasse (coisa que não aconteceu), finalmente desci sue short e deixei-a só com a roupa de baixo. America batia no vidro da janela, pedindo ajuda.
– Tsc tsc, não faz assim. – falei, enquanto alcançava o cós da minha calça. – quando terminar, você vai pedir mais. Quer apostar?
– Evan, eu não quero assim. – murmurou, enquanto eu a apertava.
– Hm?
– Me leva pra casa.
– Claro. – respondi. – assim que a gente terminar.
– Não, agora. Eu faço o que você quiser, mas não aqui. Só me leva pra casa.
É claro que ela estava tentando ganhar tempo, eu não sou otário. Mas a ideia de que ela faria o que eu quisesse mexeu com meu psicológico. Quer dizer, podia ser o melhor sexo da minha vida!
– Ta, eu vou te levar pra casa.
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