Ontem foi o melhor dia da minha vida, o amor da minha vida me pediu em namoro.

—Luce, q-quer namorar comigo? – Me perguntou de um modo bastante fofo, gaguejando e um pouco corado.

Fiquei bem surpresa, nunca imaginaria isso e nem na frente de toda a guilda.

—N-Namorar? N-Natsu... – Sem perceber, respondi gaguejando também. Isso estava acontecendo mesmo?

Dava para se escutar a voz do Elfman no fundinho dizendo que era coisa de homem ou algo do tipo. Dei um sorriso de leve, me pareceu engraçado na hora. Daí então o rosado continuou a falar.

— Sim. Você quer Luce? Eu gosto muito de você. – Quase caí no chão quando ele disse isso, ele gosta de mim mesmo. Isso estava acontecendo, percebi quando me belisquei para ver se não era um sonho.

Enfim ele tinha me pedido em namoro, imaginei esse dia muitas vezes, mas nada se compara ao que aconteceu de verdade. Se foi pior? Claro que não. Foi muito melhor, foi perfeito.

E agora, ele estava aqui na mesma cama que eu, dormindo comigo.

Sem perceber, ele entrou em minha casa pela janela na noite anterior – como sempre. Acho que ficou me observando dormir a noite toda pelo fato de ser 1 hora da tarde e ele ainda não ter acordado.

Ele fica fofo dormindo. Da uns sorrisos às vezes, o que o faz mais fofo ainda. Acho que ta sonhando, tomara que seja comigo. Vou esperá-lo acordar pra dar um beijo de bom dia nele – na verdade boa tarde, que nem nos filmes sabe? Eu acho isso super romântico. Acho até que estou passando tempo demais com a Levy.

Minutos se passaram e então ele acordou, me pareceu que estava se acostumando com a luz. Bocejou e então falei:

— Bom dia dorminhoco. – Sorri.

Ele olhou o relógio e percebeu o quão tarde era. —Boa tarde você quer dizer, não?

— O que tanto fez pra acordar essa hora? – Falei com uma voz irônica.

— Acorde no meio da noite e vim pra cá, você estava tão linda que fiquei te olhando. – Corei.

— Falando assim me deixa envergonhada.

— Desculpa Luce.

— Tudo bem. Sabe...– Dei uma pausa procurando palavras pra expressar. Ele me olhou com um olhar interrogativo me mandando prosseguir.

— Nunca imaginaria que você diria aquilo.

— Na verdade, nem eu. Mas eu precisava.– Pausou olhando para mim em seguida. Fiquei corada novamente, olhei para o lado escondendo meu rosto vermelho. — Eu precisava de você, Luce.– Disse, colocando sua mão de um jeito delicado no meu rosto assim virando-o para ele poder olhar-lo.

— Natsu...– Eu não soube o que falar.

Ele apenas se aproximou cada vez mais de mim e me deu um selinho. Continuou a me beijar, ele era quente. Eu queria aquele calor em mim... Dentro de mim.

Sem perceber estávamos deitados na cama se beijando até que escutamos um grito e demos um pulo na mesma hora assim avistando um azulado na janela. Era o Happy. Maldito.

Eu estava virando uma pervertida? Não. – gritei para mim mesma em meus pensamentos.

— Natsu, você estava aqui.– Dizia o azulado que interrompeu um momento ótimo com meu NAMORADO. Eu adorava dizer isso. Natsu, MEU namorado, namorado, namorado.

— É, vim ver a Luce.– O rosado disse colocando a mão sobre seu cabelo.

— Quer comer algo? Ainda não comeu, certo?– Estava preocupada com ele.

— Sim, quero muito. – Respondeu por fim.

Vou preparar algo para você comer, enquanto isso fique conversando com o Happy. Me dirigi a cozinha e fui preparar um “almoço” pro meu rosadinho. Quando terminei de fazer o chamei para a mesa, ele veio junto com o azulado e os dois começaram a comer.

Nunca tinha visto uma vez sequer nenhum dos dois comer só. Sempre comiam juntos.

Sorri observando os dois comerem rápido demais. Natsu parou de comer e me olhou, me chamou para perto e pediu para que se aproximasse mais. Queria dizer algo no meu ouvido.

— Vamos sair Luce? Longe de todo mundo, só nós. – Sussurrou.

Assenti e por deu um sorriso que foi retribuído logo em seguida. Eu tinha um encontro. Com ele.

Ficamos conversando a tarde toda e logo escureceu, eram 6 horas e o rosado foi para sua casa junto com Happy; ele tinha que falar algo pro azuladinho para que ele pudesse ficar comigo a sós. Eu, claro que fui me arrumar, devia ficar PERFEITA para meu namorado. Só pra ele.

Dirigi-me ao banheiro e me banhei, não demorei tanto lá dentro, pois tinha que aproveitar o máximo tempo possível para me arrumar e como eu disse antes; ficar perfeita.

Hoje era a noite tanto esperada.

A noite perfeita.

Entrei no quarto e escolhi minha roupa; era um vestido curto – não tanto assim – vermelho, simples, porém lindo que realçava minhas curvas. Coloquei um sapato preto e prendi meu cabelo com um coque que tinha um lulu da mesma cor que o sapato; coloquei também um colar com um pequeno pingente brilhoso que me fazia ficar um pouco mais bonita. Estava pronta.

Saí do quarto e levei um grande susto, era ele.

— N-Nastu, não me dê esses sustos contínuos.– Falei, batendo na cabeça dele de leve.

— AI! Doeu, Luce. – Respondeu-me passando a mão de leve onde eu bati.

— Desculpa mas você mereceu.– Sorri.

— Você... Está linda.– Ele corou. Corei logo em seguida.

— Obrigada.

— Então, vamos? – Assenti confirmando.

Fomos andando. Fiquei perguntando a ele muitas e muitas vezes onde estávamos indo, mas ele sempre ficava calado e quando dizia algo; falava que eu iria saber logo ou algo assim. No meio do caminho ele pegou na minha mão e minhas maçãs do rosto ficaram mais vermelhas que os cabelos da Erza, foi muito fofo na hora.

Andamos mais um pouco e eu senti frio por conta do vestido, ele me esquentou e fomos abraçados até lá. Quase chegando lá – finalmente – ele fechou meus olhos e disse que eu só podia abrir quando chegasse no local confirmado.

Eu queria muito saber onde era, pra que tanto suspense?

— Posso abrir?

— Ainda não.

Alguns minutos depois pude ver, a lua estava tão grande. Eu pude ver ela tão de perto, fiquei com olhos brilhosos demais, minhas pupilas dilataram. Estávamos num restaurante onde só pessoas da alta sociedade podia ir.

As vezes, quando eu passava por lá; ficava imaginando como é a comida daquele local, como é lá dentro e ficava imaginando eu e o Natsu lá num jantar romântico – eu sempre exagerava –; mas nem ligava porque sempre dizia pra mim mesma: “nunca vai acontecer mesmo” e suspirava logo depois.

Agora eu estava aqui, com ele. Estava mesmo acontecendo.

Não sei como ele conseguiu.

Eu estava tão surpresa, o rosado ficou me olhando com um sorriso lindo; estava com um semblante de orgulho afinal eu estava daquele jeito por ele.

— Gostou?

— É claro, que perfeito.– Ainda estava surpresa.

— Vamos entrar?

— Sim. – Ele pegou na minha mão.

Entramos. Nossos lugares eram no segundo andar, a janela. Ela era de vidro então podíamos ver a lua perfeitamente, olhei bem e vi a praia também. Tudo o que eu sempre quis e estava só começando.

— Incrível...

— Mesmo?

Assenti.

Ele me deu um beijo leve na bochecha e sorriu.

O sorriso mais lindo do mundo, disso eu tinha certeza.