Tentação Potter escrita por Sgt Lely Winchester


Capítulo 23
Capítulo XXII: recovery


Notas iniciais do capítulo

quero celebrações porque eu não demorei muito para postar :))))))
peço desculpas por essa minha irregularidade, mas não desistam de mim ainda
aliás, não desistam da fic, porque eu mesma não farei isso
kjhfdjkh ok, não vou atrapalhar
leiammmm



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Os primeiros raios solares atrevidos que infiltraram-se pelas cortinas foram o suficiente para que eu despertasse. Meu primeiro pensamento foi... Droga, como o James ronca alto! Aliás, não só James, como Frank e Remus. Eles pareciam verdadeiras máquinas mortíferas. Quis tampar os narizes desses monstros para o barulho irritante parar, porém não havia tempo. Eu precisava ir à enfermaria checar se a morena passara bem a noite. Isso se Madame Pomfrey permitir que eu a veja.

P.S.: desde quando eu me referia aos meus amigos usando um tom de voz bem parecido com o de Lily Evans? Jogo a dúvida no ar e me retiro.

Procurei dentro do baú que estava encostado contra a minha cama alguma veste limpa, no entanto, todas as que eu encontrei pareciam um pouco amarrotadas. Decidi-me por uma calça de moletom preta, bem semelhante a do uniforme de Hogwarts, uma blusa branca de botões, que fiz questão de dobrar até os cotovelos em razão do calor que estava, e por fim uma gravata com listras diagonais vermelhas e douradas. Calcei um par de sapatos e desci as escadas silenciosamente. Estava prestes a deixar a torre Gryffindor quando ouvi um alto suspiro. A Evans dormia tranquilamente em um dos sofás vermelhos.

— Lil? – Sussurrei, cuidadoso. – Você está bem?

A garota tossiu um pouco e abriu os olhos, que não passavam de pequenas frestas devido ao inchaço. Ainda assim, suas feições tranquilas passaram rapidamente para outras preocupadas.

— Aconteceu algo, Sirius? Por que você acordou tão cedo?

— Relaxa, ginger, só vou checar se a Leth está bem. - acariciei seus cabelos de forma a acalmá-la. – Isso é, se Madame Pomfrey não me assassinar no caminho.

Ela se permitiu dar uma risadinha, contudo suas feições rapidamente retornaram ao semblante de preocupação anterior.

— Eu tive tanto medo ontem. – Confessou, em suspiro. – Nunca passei um momento tão grande de aflição.

— Minha cabeça ainda está tentando assimilar tudo, Lily. – Disse-lhe, enterrando meus dedos nos cabelos e balançando a cabeça. – Agora que o medo passou, só penso em descobrir que está por trás disso. E pensamentos assassinos embebedam minha mente.

— Seu maluco! – Riu baixo, mordendo o lábio inferior. – Não quero meu amigo indo para Azkaban por tentar fazer justiça com as próprias mãos.

Sorri para a ruiva e ela piscou para mim.

— Quer ir comigo? À enfermaria?

— Nah, é o seu momento. Não vou atrapalhar.

Assenti e finalmente deixei a torre.

Enquanto caminhava pelos corredores, não pude deixar de notar como a manhã lentamente transformava-se em algo belo. A grama brilhante, os pássaros chilreando, os últimos resquícios de neblina... Um espetáculo que Lethícia adoraria assistir. A garota era simplesmente fascinada pela a natureza. Se fosse trouxa, ela seria uma... Como é mesmo que Lily chama? Ah, já sei! Hippie!

Esgueirei-me para dentro da enfermaria, executando uma busca rápida pelo cômodo. Como ela era a única ferida na escola, não foi muito difícil encontrá-la. Estava inconsciente e com a barriga exposta. As roupas que trajava ontem não se encontravam em lugar algum, provavelmente foram jogadas fora. Seus seios estavam cobertos por um remendo de panos brancos e a partir de seu quadril existia um lençol que a embalava. Sua aparência melhorara muito durante a noite e eu senti-me imensamente melhor.

— O que pensa que está fazendo aqui, Sr. Black? – a voz rígida de uma mulher me assustou. - São apenas sete horas e a garota não se encontra nos trajes adequados para uma visita masculina.

Confesso que nesse momento quase quebrei uma costela tentando segurar o riso. Seria mais convincente dizer que ela ainda precisava descansar devido aos ferimentos, não que Lethícia não estava vestida corretamente para me receber. Quero dizer, Pomfrey deve saber que somos namorados. E não quero que nos julgue mal, porém... Bem, eu sabia da existência de até o mínimo sinal que existia debaixo de qualquer um daqueles panos que cobriam delicadamente o corpo da morena.

— Prometo que serei breve.

A mulher estreitou os olhos e senti uma pontada de medo.

C’mon, qualquer pessoa sã ficaria apavorada com um olhar daquele vindo de Madame Pomfrey. Acho que em uma escala de zero a dez, ela com certeza seria classificada como um bom nove. Claro que o dez estava reservado para minha querida tia Minnie. Ninguém, ninguém, ganharia dela no quesito terror. Novamente tive que me segurar para não rir de meus próprios pensamentos.

Acho que aquela situação toda estava me deixando louco.

Potencialmente louco.

— Quinze minutos e nada mais, ouviu, Black?

Assenti, com um meio sorriso, e a vi deixar o lugar.

Puxei uma cadeira e sentei-me a beira da cama de Potter. Só observá-la seria muito pouco para aquietar meus desejos e tocá-la inteiramente seria muito estranho. Leth poderia acordar e pensar, sei lá, que eu estava fazendo indecências com o seu corpo. Resolvi limitar-me apenas a uma mão que pendia mole ao lado de seu quadril. Ela estava suave, como sempre, e também bem quente. Encostei minha testa contra o ferro frio da cama e acariciei a parte dela que estava em contato comigo. Tudo parecia bem outra vez.

— Sirius Black, se você tiver abusado de meu corpinho enquanto eu estava desacordada... Apenas espere o processo chegar via coruja na sua casa. Que tecnicamente é a minha, então... Ah, droga. Nunca digo nada coerente! – sua voz rouca sussurrou, denotando que acordara há pouco tempo.

Não segurei a gargalhada com seu discurso.

— Pare de transformar um momento fofo em algo estranho. – ergui meu olhar, encarando suas orbes castanhas tranquilas e o lábio inferior sendo mordido lentamente. – E deixe essa maldita boca quieta.

A cabrita riu da minha cara e tentou se endireitar na cama, sendo atingida, suponho, por uma dor cruel que fez os seus dedos do pé encolherem. Em questão de segundos me ergui, preparando-me para a ajudar em qualquer momento. A menina simplesmente balançou a cabeça e rolou os olhos.

— Não banque o meu pai, Sirius.

— Só estou aflito com a situação de ontem, Potter! – Enterrei a mão nos cabelos, os puxando um pouco. – Você não pode me culpar por isso.

— Você não acha que eu também estou aflita? – encarou-me incisivamente. – Eu fui esfaqueada e quase morri! Pela lógica não deveria querer nem estar mais nesta escola.

Eu suspirei, não sabendo exato o que dizer ou fazer para consertar aquela situação. Decidi, por isto, permanecer calado. Poupava-me ter de iniciar uma discussão que provavelmente perderia. Contra ela não existia nem possibilidade de vitória em um conflito. Resignei-me e fiz menção de deixar o lugar, claramente minha presença a incomodava.

— Black, não ouse me deixar sozinha seminua nesse lugar. – ela desceu o seu olhar, com muito cuidado, e observou o restante de seu corpo. – Era só que me faltava mesmo... Seminua! Diga-me que apenas a curandeira me viu assim.

Ri, cedendo a sua mudança de assunto.

— Potter, você precisa descansar e não ficar me provocando o tempo inteiro. – Pisquei. – Desse jeito serei expulso e só vou te ver quando receber alta.

—  Eu te provocando? – Arregalou os olhos, fingindo-se de desentendida. – Está louco!

Sorri de seu modo de falar e eu, calmamente, acariciei seus cabelos. Um pensamento atrevido me atingiu em cheio e não hesitei em questionar:

— Sabe, sei que provavelmente este não é o momento, mas...

— Você quer saber se vem um futuro Black por ai, não é?

Agora foi a minha vez de morder o lábio e assentir, envergonhado pela pergunta. O olhar dela foi desconcertante, por um milissegundo, então a garota sorriu e mordeu o lábio pela vigésima vez na noite. Seu discurso foi breve:

— Não. – balançou a cabeça. – Não foi dessa vez que o Black plantou a sementinha.

Eu quis rir do comentário desnecessário, contudo achei um pouco rude. Vai que passa na cabeça dessa maluca que eu estou rindo de alívio por não ter um filho com ela. Nunca se sabe. Nem nos recuperamos da briga anterior, que resultou de um momento bem estranho polvilhado com um beijo, prima e risadas malignas, para entrar em outra. E eu sei, não houve nenhuma risada, só achei que fosse legal completar com isso.

— E não pense que eu esqueci do seu beijinho com a Regina. – seu olhar foi incisivo. – Estamos em uma pausa até que eu me recupere.

— Não sei para que retomar isso, realmente. – rolei os olhos. – Não é como se eu a tivesse beijado voluntariamente. Acha mesmo que eu negaria?

— Pausa! - ordenou, com um olhar irritado. – Agora arraste essa bundinha sexy até aqui e me dê um beijo.

Ela abriu os abraços e me acolheu, em um abraço revigorante. Um sabor ferroso de sangue ainda estava presente em seus lábios, porém não me importei nem um pouco. Só de sentir o calor que emanavam, fiquei feliz. E devido aos acontecimentos sérios, não farei nenhuma piadinha sobre o clubinho muito gay do James.

O silêncio prevaleceu por alguns instantes no quarto, ambos estávamos muito satisfeitos em compartilhar o momento para estragá-lo com palavras.

— Hm, acho que agora é o momento certo. – disse-lhe e a menina me olhou confusa. – Quem fez isso com você?

Potter hesitou antes de me responder, com um fiapo de medo em seu olhar. Algo que em seis anos nunca vi tão acentuado.

— Eu... Droga! – mordeu com força o lábio inferior. – Não pude ver o rosto da desgraçada. Ela estava mascarada. Sua voz até parecia alterada, diferente. Tudo parece ter sido planejado com muita cautela, para não deixar nenhuma evidência.

— Mas você suspeita de alguém, obviamente.

— É. – maneou, afirmativamente. – Não que eu tenha algo contra elas para acusá-las de algo assim, só que eu tenho a sensação de que tem dedo delas nisso.

— Também acho que tenha sim. – apertei sua mãe e fiz uma carícia com o polegar na palma da sua mão. – No dia em que Regina me beijou, depois que você saiu, eu pude ouvir elas comemorando algo e ouvi uma dizer que o “plano” estava concluído ou algo assim.

— É sério, Sirius? – Indagou. A surpresa banhava seus olhos castanhos. – Por que você não falou isso antes?

— Porque você não queria me ver nem pintado de ouro.

Suas bochechas avermelharam por um minuto e ela não me replicou.

— De qualquer forma...

— Calma, que isso não é tudo. – Interrompi-a, querendo ser o mais sincero possível.

— O que foi que aconteceu? – sua voz afinou um pouco e os olhos demonstravam frustração.

— A Gainsborough ruiva apareceu no meu quarto com um papinho muito estranho e falando coisas muito intimas de nós dois. – murmurei, encarando-a profundamente.

— Estou com medo de perguntar o que é que aquela maluca disse.

— Coisas do tipo: você não me ama. – engoli a seco. – Estava comigo por achar que eu mudara.

— Como ela sabe disso?

Antes que eu pudesse respondê-la, a porta da enfermaria abriu-se. Rapidamente nossos olhos encontraram a porta e pudemos ver a figura de Dumbledore, que vinha com uma chamativa veste prateada, combinando com sua barba, se posso dizer, e Minerva McGonnagall, seu habitual olhar severo estava lá e pensei que fosse receber um feitiço estuporante ali mesmo.

— Estamos interrompendo algo, Sr. Black e Srta. Potter?

Sorri, nervosamente, e olhei para Leth, que se encontrava com um sorriso do mesmo tipo. Uma coisa era enrolar madame Pomfrey, já que não traria muitos prejuízos, só que McGonnagall era uma história totalmente diferente. E como, tecnicamente, eu não deveria estar ali, de certeza receberia uma detenção. Ah, que se dane. Como se me importasse mais uma para o meu currículo.

— Claro que não! – dei um risinho. – O que houve para estarem tão cedo por aqui?

— Precisamos conversar sobre o ocorrido.

Ouvi a pequena garota dar um suspiro e começar a narrar, momento por momento, o que acontecera. Eu me recostei na cadeira em que já estava sentado e esperei até que ela concluísse, dando o mesmo veredito inconclusivo que dera a mim. Sinceramente, era frustrante não poder delatar de uma vez essas assassinas loucas para as autoridades. Contudo, precisávamos de provas, do contrário nada poderia ser feito.

Dumbledore foi bondoso e tentou confortar-lhe, que tudo iria correr bem. Em breve descobririam quem estava por trás daquilo. Sempre descobriam. Após essas palavras flutuarem da boca do velho, pude jurar que ouvi uma risada maléfica. Daquelas, de filme de terror. Devo estar ficando louco.

— Ok, obrigado, srta. Potter. – o homem disse-lhe, empurrando os óculos para cima do nariz torto. – Deixaremos vocês sozinhos.

Nem pude dar um suspiro de alívio, pois um minuto depois a curandeira apareceu e me expulsou dali. No caminho de volta para o dormitório, não pude deixar de me sentir intrigado. Aliviado também, no entanto, estava marjoritariamente curioso. Mal posso esperar pelo desenrolar dessa história.

~x~x~

Em um lugar não muito distante...

Assim que entrou no cômodo, a menina assustou-se ligeiramente. O quarto era entulhado com artefatos que pareciam servir para torturar alguém. De qualquer forma, mateve sua postura e caminhou em direção aos outros que lá já estavam. Com um sorriso, os cumprimentou.

— E agora, como daremos seguimento ao plano? – ponderou. – Quero dizer, Dumbledore pode descobrir a qualquer momento.

— Menina estúpida! – a outra garota bradou. – Esse plano não tem falhas. Aquela Potter não me reconheceu e não tem como sequer cogitar em mim como sua homicida.

— Mesmo assim...

— C-cale-se! – o rapaz gaguejou. – Tudo dará certo! Vamos dar seguimento com as vítimas.

O par riu e a outra garota deixou um riso nervoso sair, tentando disfarçar sua situação. Algo de muito ruim ocorreria em breve. 


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Notas finais do capítulo

e então?
deixem as opiniões aí em baixo, por favor
tia leth fica grata
e não sei porque acabei de referir a mim mesma na terceira pessoa
?????????
anyways
deixem comentários
por favorzinhoooooooooo
bjs



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