Tentação Potter escrita por Sgt Lely Winchester


Capítulo 24
Capítulo XXIII: brink of disaster


Notas iniciais do capítulo

QUE SAUDADE DE VOCÊSSSSS
gente, quando penso que falta tão pouquinho para acabar
dá uma dó :(
enfim
leiam e deixem comentários plz



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Respirei profundamente ao ouvir um alarme soar por todo o dormitório. Era hora de nos direcionar para as aulas, precisávamos prestar os últimos exames escolares e por nenhum decreto eles seriam suspensos. De toda forma, na minha cama estava e ali permaneci por vários minutos, até finalmente uma voz interior, a mesma que indicava que eu deveria procurar um analista, ou seja lá como os trouxas chamem,

Minha cabeça girava diante de todos os acontecimentos. Quero dizer, nem sequer dormir direito eu consegui. O tempo inteiro só conseguia pensar em como aquelas garotas na enfermaria estavam em perigo. Rolei na cama e cochilei um pouco. Contudo, ainda estava com uma famosa cara de ressaca. Não me incomodei em tomar banho, simplesmente trajei o uniforme e desci.

Quando cheguei ao salão comunal, todos cochichavam e tomei aquilo como um sinal ruim. Péssimo, para ser sincero. Não era sempre que os grifinórios estavam com aquele ânimo para fofocar. Sai do local com uma sobrancelha erguida e busquei por prongs, moony, qualquer um que pudesse tirar essa dúvida da minha cabeça. Não encontrei ninguém pelos corredores, a não ser os fantasmas, que pareciam chocados demais para dizer algo.

Já no Salão Principal, poucas pessoas tomavam seus cafés.

— Que porra... – sussurrei para mim mesmo.

— Sirius? – Jordan, um sextanista lufano, chamou-me. – Dude, seu amigo, o Potter, precisa de você!

— O que houve? - perguntei-o com tanta veemência que o garoto pareceu assustado. – Tem a ver com o fato de todos estarem cochichando para lá e para cá? E nada parecer normal nessa porcaria de escola?

— Sim, aquela ruiva, muito inteligente... Como é mesmo o nome dela? – hesitou por um segundo, pensando. – Ah, a Evans. Ela apareceu esfaqueada em um dos corredores esta manhã. Quem a encontrou foi o Snape, de Slytherin. Ah, e não só ela. Em apenas dois corredores a frente estava a Emmeline Vance e também uma Janice Wanderwall. A coisa está preta.

Senti a informação me atingir como um soco, daqueles bem certeiros no estômago.

— Obrigado, Jordan. – agradeci. – Onde eles estão?

— Na enfermaria.

O caminho para aquele maldito lugar parecia interminável, com corredores e escadas. Não consegui parar de pensar no quão estúpido eu sou. Claro que deveria ter sido isso. Lely havia sido apenas a primeira vítima e por nem um momento seria a última. Eu sou mesmo um jumento. Vou oferecer minha cara a soco, se o James sentir que precisa liberar a raiva.

Prongs estava do lado de fora.

Suas feições estavam devastadas.

Pads... A Lily... Porra! – ele bradou. – Eu sou o caralho de um inútil. A ruiva estava comigo e eu a deixei sair sozinha. É minha culpa!

— Não é culpa sua, prongs. – apertei seu ombro, tentando confortá-lo. – Não é como se houve uma maneira de adivinhar quando e com quem isso aconteceria.

— Primeiro atacam minha irmã. Agora... Agora... – percebi que sua voz se calou e um soluço escapou.

Em outras circunstâncias eu não perderia a piada de ver James chorando como um bebê. Contudo, o caso era sério. Nós precisávamos de medidas drásticas, ou ninguém restaria para contar história ali. Quero dizer, dois dias seguidos e quatro vítimas já foram feitas! E pessoas com quase nenhuma ligação entre si.

— James... Quem você pensa que fez isso?

— Sinceramente, Black, eu não quero pensar mal de ninguém, mas...

— Acha que foram suas primas, certo?

— Exato. – bufou e eu reconheci perfeitamente a sensação. – Não sei o que fazer. Eu não quero contar aos meus pais o que está acontecendo, porque isso claramente precisa de uma intervenção familiar, e ao mesmo tempo... Parece impossível lidar com isso por conta própria.

— A única solução é achar provas. Evidências. – disse-lhe.

— E como faremos essa façanha?

Antes que o meu saudoso veado completasse a frase, uma voz súbita surgiu atrás de mim, sobressaltando-me um pouco:

— Do que vocês estão conversando?

— Pelo amor de Merlin, Lupin! – coloquei a mão no peito.

— O que houve, Sirius? – sua face assumiu um tom de deboche. - Se assustou bebezinho?

Rolei os olhos.

— Vieram me avisar que a Lily não está nada bem.

O olhar do meu querido Jimbo murchou um pouco. Por experiência própria, eu sabia como era estar se sentindo mal por causa de uma garota. Principalmente quando ela está à beira da morte. Só que, assim como Leth, Lily era uma mulher forte e superaria toda aquela situação.

— É. – respondi. – O maníaco ataca novamente.

— Estou bem puto com essa situação. – Remus resmungou, com uma pitada de raiva. – Quem essa pessoa acha que é? Merlin? Morgana? Por favor, né!

Olhei para o lobisomem, que estava de braços cruzados e uma cara de rebelde incurável. Senhor! E eu ainda achava que EU era estranho. Mas esses meus amigos conseguem ganhar de mim nesse quesito. E com pontos de sobra, só para não ficarem por trás.

— Moony, se nós não estivéssemos em uma situação bem trágica, esse seu "estou bem puto" geraria muitas risadas agora.

— Não posso deixar de concordar. – James expressou, com os lábios contraídos.

As grandes portas da enfermaria, que estavam cerradas, abriram com um rangido forte. Os professores Dumbledore e McGonnagall saíram do salão com faces preocupadas e nem se deram ao trabalho de nos cumprimentar. Apesar de achar estranho, não tive oportunidade de comentar com os garotos, em razão de um olhar feiíssimo vindo de Madame Pomfrey. Já comentei o quão aquilo é assustador? Vou ensinar desde cedinho aos meus filhos a não irritar essa mulher. Nem a tia Minnie. Céus, aquela criança cresceria com medo.

Dei uma risadinha e acompanhei os passos rápidos dos meus amigos.

— Sabe o que precisamos fazer? – Prongs questionou, assim que chegamos ao salão comunal.

— Diga, baby. – pisquei. – Sou todo ouvidos.

— Bolar um plano! Bem arquitetado. – posicionou os braços em um estilo bem superman.

— Até porque os seus planos funcionam tão bem, James! – Remus retrucou, ironizando as estratégias propostas.

Sentei-me em um dos sofás e aguardei.

— Levanta essa bunda gorda daí, Black, e vamos para o nosso clubinho.

Eu disse que o negócio do clubinho era sério.

~x~x~x~

Ficar enclausurada em um hospital é definitivamente a coisa mais entediante que há na terra. A curandeira troca os curativos, dá uns remédios e depois você fica lá, aguardando que alguém apareça para conversar um pouco. Fora isso, não acontece absolutamente nada naquele local. Seria bom se eu pudesse manter minha coluna ereta, já que com o silêncio que o ambiente emana eu faria longos períodos de meditação.

Suspirei.

Decidi me levantar um pouco, estava exausta de ficar prostrada em uma cama. Principalmente quando as razões são um ferimento bem profundo próximo ao fígado e aos rins, mas fora isso eu estava me sentindo bem que era uma beleza. Observei a marca vermelha do ferimento e fechei os olhos, rememorando o acontecimento da noite retrasada. Um curto arrepio tomou meu corpo e logo eu tratei de vestir um roupão.

Espiei se vinha alguém e com o caminho livre, escapuli. No entanto, antes que eu fosse muito longe, as imensas portas se abriram e por ela entrou um, bem descabelado, James Potter. Em todos os anos de convivência com meu irmão, nunca o vira tão transtornado. Contudo, no momento em que eu vi quem estava nos seus braços, instantaneamente corri para próximo dele. É claro que uma dor excruciante tomou meu corpo inteiro e quase cai no momento em que cheguei ao leito onde Lily Evans repousava desacordada.

— Leth, onde está Pomfrey? – questionou. – E por que você está de pé?

— Sh, não é hora de reclamar comigo. – rolei os olhos. – O que houve?

— O querido assassino não sossegou com apenas uma vítima. – suas mãos se fecharam em punhos. – Eu vou matar esses desgraçados! Seja lá quem estiver por trás disso!

— Cala a boca, seu idiota! – bradei.

Nossa pequena discussão familiar não durou muito, uma vez que a enfermeira logo chegou para tratar da ruiva. E não só dela como mais de duas meninas. Dentro de mim restava apenas misto de tristeza, terror e raiva. Minha grande Evans naquela situação! Se algo acontecesse com ela... Céus, não sei o que seria de mim. Aliás, não sei como eu agiria.

Uma lágrima solitária caiu.

— Potter? – ouvi a voz de Meadowes soar pelo pequeno cubículo onde eu estava.

— Oi, Dorcas. – sussurrei, contendo um soluço. - O que houve?

— Encontrei com os meninos pelo corredor e eles me disseram que você provavelmente precisava de companhia.

Encolhi os ombros.

Parecia séculos atrás a última vez que eu, Dorcas e Lily estivemos juntas para apenas conversar, fofocar e rir juntas. Com todas as complicações de Arthur e depois Sirius, além das obrigações da escola, eu estava sobrecarregando. Acho que esse era o momento em que eu deveria explodir e chorar um pouco.

— É, eu preciso mesmo de alguém. – confessei-lhe.

A garota de alvos cabelos loiros abraçou-me.

Então decidi pôr-lhe a par de todos os acontecimentos. Todos os meus rolos com aquele maldito Black, desde a declaração, que aconteceu na mansão Potter, até o momento em que o vi beijando minha prima. Incluí mínimos detalhes sobre a minha quase gravidez. Que por falar nisso: OBRIGADA, MEU QUERIDO MERLINZINHO! A sensação de descobrir que não estava gestando um filho de Sirius era maravilhosa. Acho que eu teria uma síncope se fosse verdade.

— Lethícia Potter! – exclamou, por fim. – Se você ousar me deixar por fora de todos esses babados, mato você, está me ouvindo?

— Claro, claro, Sra. Lupin. – pisquei. – Opa, senhorita Meadowes. Desculpe.

— Não me venha com essa. – seus olhos reduziram-se a pequenas fendas.

— Você deu uma de coelha com o Remus e eu fiquei aqui, chupando o dedo. Tendo que me contentar apenas com a cretina da Evans. O que me lembra que tenho de checar se está tudo bem com a ruiva.

— Recuso-me a ouvir você me chamando de coelha! – Cruzou os braços, fazendo uma careta, que logo foi quebrada e substituída por uma gargalhada. – E sobre Lily, tudo bem. Quer que eu vá com você?

— Nah, eu lido sozinha com a ginger. – expressei. – Quero mesmo é que você ache o meu irmão. Preciso conversar com ele. Diga que é sério, por favor.

— Tudo bem. – pegou minha mão e a apertou. – Você tome cuidado.

— Pode deixar, mamãe!

Assim que a mulher deixou o "quartinho" (que nada passava de uma cama, uma mesinha de cabeceira e várias cortinas ao redor), tirei o roupão e coloquei um traje específico que havia ali. Como ainda não tinha recebido alta e ninguém tivera o trabalho de me trazer roupas normais, contentei-me com aquilo. Bem sorrateira, deixei o cômodo mais uma vez. Estava me tornando expert naquilo, sem querer me gabar.

A Evans estava bem mais pálida que o normal, porém não denotava estar tão ruim assim. Sua respiração estava constante e nenhuma mancha de sangue poderia ser percebida. Aproximei-me da cama lentamente. Não havia muito que eu pudesse fazer. Peguei uma de suas mãos e já conseguia sentir os olhos queimando com lágrimas mais uma vez. Não era possível que eu conseguisse passar pelo menos uns dez minutos sem chorar copiosamente? Estou parecendo com as mocinhas de novela mexicana.

A ruiva abriu os olhos e por um segundo pareceu desnorteada.

— Onde eu estou? – indagou, no final das contas.

— Na enfermaria. – informei-lhe, hesitante. – Você foi atacada.

— Sim, disso eu me lembro. – sua voz se perdeu. – Leth, eu estou com medo. Bastante medo.

— Shush, Evans. – ri, limpando as lágrimas. – Nós vamos ficar bem, não se preocupe com nada. Apenas em ficar boazinha, certo?

— Falando desse jeito até parece que eu estou na casa de vovó.

— Estou tocada com a comparação.

A ruiva riu, interrompida por uma tosse breve e uma careta de dor. Porém, Lily não continuou o diálogo; ao invés disso, preferiu deixar um silêncio desconfortável, enquanto me analisava da cabeça aos pés. Naquela cabecinha, coisas mirabolantes passavam. Resolvi cortar de vez com aquilo e tentar investigar sobre o "acidente", se é que posso chamar assim.

— Então, Evans, você chegou a ver quem te esfaqueou?

— Ahn... – ela se embaralhou um pouco. – Para falar a verdade, eu até vi. Não foi apenas uma pessoa. Havia três lá. Uma até tentou interceder por mim, pelo que consegui ouvir.

— Então são garotas?

— Ah, duas mulheres e um rapaz. – afirmou-me.

— Merlin! – mordi o lábio. – Sabe o que é, preciso conseguir alta e conversar com o Sirius.

— Ih, Potter, não é hora de romance.

— Que mané romance, Lil'. – disse com uma pontada de irritação. – Só preciso checar algo com ele.

O olhar malicioso da minha amiga permaneceu comigo durante o percurso de encontrar a comandante daquela enfermaria. Deixei escapar uma ou duas risadinhas. Não me demorei a encontrar Madame Pomfrey, ela estava fazendo anotações e me lançou um olhar mortal, assim que me anunciei. Quase implorei para que me deixasse sair daquela enfermaria, nem que eu retornasse a noite. A senhora levantou a minha vestimenta examinou meu ferimento, concluindo que eu realmente já poderia sair, no entanto deveria voltar para continuar consumindo as poções curativas. Agradeci-a e sai quase que correndo dali, também não vou abusar da minha sorte.

Catei as poucas coisas que existiam minhas ali e rapidamente fui ao meu dormitório, a fim de tomar banho, vestir alguma coisa que não fosse um camisolão e procurar o cachorro, also known as Sirius Black. Precisava contar sobre aquilo que a Lily disse, sobre ter um garoto com elas. Minha Morganinha, que não seja quem eu estou pensando, por favor!

Definitivamente não queria estar certa naquele momento.


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Notas finais do capítulo

ihuuuuuuuuu
vejo vocês no próximo
QUERO OPINIÕES E TEORIAS NOS COMENTÁRIOS, OUVIRAM (LERAM)?
ok
parei
tschüss



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