Life After You escrita por Babs


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Muuuuiro obrigada pelos reviews!! Espero que gostem :DD



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Daniela acordou logo cedo naquele dia, seria um dia longo de trabalho, teria que terminar o balanceamento e ainda ajeitar as coisas com o novo mordomo.

Talvez a ultima coisa ela não tivesse que se realizar.

Dani saiu do banho enrolada na toalha e foi direto para seu closet, vestindo um de seus muitos conjuntos sociais e saiu com seus sapatos de salto na mão.

–Bom dia Sra. Cavalcanti

–Bom dia Cláudia – Respondeu Dani se sentando na cabeceira de sua longa mesa de jantar.

Aquele cômodo havia causado uma grande discussão entre Dani e Rafael, Rafael não queria uma sala de jantar tão sofisticada com o lustre de cristal, a mesa longa e o quadro da santa ceia. Mas essa era a sala onde Dani tomava seu café.

Ela havia ganhado a discussão com seu marido, ela sempre ganhava

–A Sra. Virá almoçar?

–Não, provavelmente nem vou almoçar – Dani comia uma torrada com margarina enquanto mexia em seu Ipad, atualizando sua agenda – Preciso terminar uns documentos para hoje. Alice já acordou?

–Não, ela continua dormindo – Dani suspirou cansada mas acenou concordando.

–Provavelmente voltarei as 16h. Preciso resolver as coisas com o mordomo novo – Dani bebeu seu suco de laranja em um gole e já se levantou rapidamente pegando a sua bolsa que estava na mão de Cláudia

–Tudo bem, você não quer falar com ele agora? – Perguntou Cláudia sabendo que o mesmo a escutava por detrás da porta da cozinha.

Ela era velha, e muitas vezes tinha péssima memória, mas ela era esperta. Ela havia percebido que Douglas evitava a todo custo a nova patroa, e que algo ele escondia. Mas ela também sabia que ele era uma boa pessoa e que passava por dificuldades.

Ela iria ajudá-lo, até por que ela não agüentava mais trabalhar, precisava de alguém para seu lugar e estava disposta a fazer Douglas se tornar essa pessoa.

–Estou atrasada – Comentou Dani sem nem ao menos ligar para a governanta e já ir se retirando. Quando passou pelo hall encontrou uma garota de 11 anos descendo as escadas

–Já vai mamãe?

–Hey linda! – Dani sorriu radiante para filha enquanto via a mesma se aproximar dela e abraçá-la

–A Sra. Chegou tarde ontem

–Muito trabalho, você sabe como é semana antes de viagem – A menina apenas olhou a mãe com seus grandes olhos castanhos.

Esses que ela havia puxado do pai, Rafael, assim como a boca carnuda.

–Eu sei.

–Cláudia lhe contou do novo mordomo?

–Sim já o conheci. Ele é legal – Dani sorriu concordando.

Mal Douglas sabia que seriam aquelas palavras que o manteriam no emprego.

–Bem, então veja se o aprove. Estou indo, estou atrasada. Tchau – Dani apenas sorriu para a filha e saiu deixando-a ir tomar seu café

Dani nunca foi uma mulher carinhosa, mesmo com a filha e o marido, mas não negava afagos quando esses eram necessários, mas eles não eram sempre necessários e Alice mais que tudo já estava acostumado com esse jeito de sua mãe

–Bom dia Cláudia – Falou a menina se sentando na cadeira que antes a mãe havia se sentando

–Bom dia menina, vai querer seu cereal?

–Sim – A pequena sorriu enquanto via o moreno lhe trazer seu cereal.

Enquanto Douglas olhava a pequena Alice comer não conseguia evitar a comparação. Alice era a cara da mãe. Poucas características lhe eram do pai, visíveis, apenas os olhos e a boca, mas do rosto. Era uma Daniela escrita.

Exceto em seu jeito.

Alice havia puxado muito do pai, tímida e recatada, pouco da mãe que quando pai era vivo era extremamente divertida e bem humorada.

–Hum... Tudo bem Alice? – A pequena levantou os olhos surpresas e viu que era o moreno que falava com a mesma.

Ela não estava acostumada a falar com empregados.

Alice não estava a costumada a falar com muitas pessoas.

Sim – Ela respondeu educada enquanto se levantava – Você me levará na escola?

–Eu tenho não?

–Cláudia sempre fazia isso. – A pequena deu os ombros avermelhando um pouco.

“Ela corou... Dani nunca corava”

Essa era realmente outra característica de Rafael.

–Então vá se trocar, estarei lhe esperando no carro. – Alice apenas concordou e saiu subindo as escadas rumo ao seu quarto enquanto Douglas ia para a cozinha e dava a ordem para as empregadas tirarem a mesa

–O que eu tenho que fazer? – Ele perguntou confuso a Cláudia que apenas riu da inocência do menino.

“Ele realmente deve precisar do dinheiro”

–Leve Alice para a escola, fale com se ela quiser conversar, se ela quiser conselhos dê conselhos, se as professoras quiserem conversar elas falam com você, mesmo que elas insistam que querem a mãe é você que deve lidar com a escola. Se Alice tiver problemas com os colegas é ela quem deve resolver não se envolva.

–Dani não se preocupa com a vida escolar da filha?

Cláudia sorriu para o homem tendo toda a certeza que ela precisava

“Ele a chamou de Dani, a conhece de algum lugar”

–Dani e Rafael sempre criaram Alice com ela tomando conta de si própria, na escola era sempre ela que cuidava de seus próprios problemas e suas próprias notas. Como os pais ela tem suas próprias metas e gosta de sempre exigir mais de si. Temos as ordens de nunca ajudá-la a menos que a machuquem, se a machucarem é para cuidarmos dos machucados dela e não fazer nada, ela deverá o fazer.

–Dani e Rafael?

–Rafael Cavalcanti, marido falecido de Dani.

“Rafael Cavalcanti. Esse nome não me é desconhecido”

–Ele morreu a quanto tempo?

–Mais tarde lhe conto sobre isso. Você deve levar a menina. – Douglas concordou e saiu indo esperar a menina no Hall.

“Com qual dos nossos colegas Dani deve ter se casado?”

Não demorou muito para a pequena Alice aparecer no topo da escada com a sua bolsa transversal e o fichário na mão.

Douglas fitou a menina com um sorriso de canto.

Havia algo em Alice que o fazia bem, mas ele não sabia bem o que era.

–Preparada para escola? – A menina apenas deu os ombros e seguiu o moreno em direção a um BMW GT 2013

“Esse modelo é novo, sem dúvida ela gosta de carros bons e tem dinheiro para gastar com eles”

O moreno se dirigiu até o banco do motorista enquanto a menina se sentava ao seu lado

–Espera! Você não tem idade para andar no banco da frente – Falou Douglas olhando surpreso para a menina que deixava as coisas no sob seu próprio colo enquanto colocava o cinto de segurança

–Minha mãe deixa

–Mas... Não é contra lei? – A pequena deu os ombros e olhou para fora distraída

–Não sei, quando o motorista não é chamado ela deixa

“Dani sem dúvida é louca”

–Mas se me pegaram eu levarei multa!

–Estamos em São Paulo, ninguém liga para quem está andando no banco da frente – Falou Alice um pouco mais grossa – E eu gosto.

“A menina é a pequena rainha da casa, filha única e órfã de pai. Dani deve fazer tudo que a garota quer. Não posso contrariá-la”

–Está certo, mas que fique claro que se sua mãe perguntar por que chegou uma multa a culpa será sua.

–Se a multa chegar ela simplesmente pagará. – Falou Alice voltando sua atenção ao moreno – Não deveríamos já ir para a escola?

Douglas suspirou cansada, mas concordou ligando o carro.

Ele não ia atrasar a menina logo em seu primeiro dia de trabalho.

–Você gosta da escola? – Perguntou Douglas após cinco minutos de silêncio.

Era constrangedor para ele ver a pequena olhar distraída pela janela sem nada dizer.

–Por que você insiste em falar comigo? – Perguntou a menina baixo e sem nenhum tom rude em sua voz.

–Não era o que eu devia fazer?

–Nenhum empregado que não seja a Cláudia fala comigo

–Por quê?

–Porque minha mãe não gosta, nem mesmo Cláudia fala muito comigo.

–Por que Dani não gosta?

–Porque eles sempre falam mal dela, como na escola

–Falam mal de sua mãe na escola?

–Alguns dizem que ela matou meu pai para ficar com a empresa da família, e o cargo de diretora-geral.

–E você acredita nisso? – A menina apenas negou com a cabeça e fitou Douglas séria

–Meu pai morreu de câncer. Posso ser nova, mas sei que não foi minha mãe que causou o câncer nele.

–Desculpe, não sabia como seu pai morreu – Falou Douglas olhando a menina com o canto do olho

Ele realmente não queria se rude. Ela era apenas uma garota de 11 anos e ouvir que a mãe matou o pai não devia ser fácil

–Tudo bem. Muitos não sabem – Falou Alice dando os ombros e se concentrando no zíper de seu fichário

–Você quer falar disso?

–Não, não quero

–Então não falaremos – Falou Douglas decidido – Qual sua matéria favorita?

–Matemática

–Ugh, tão sua mãe isso – Falou Douglas fazendo uma careta causando o riso na menina

–Eu sei, a maioria das pessoas dizem isso

–Sua mãe realmente gostava daqueles números incompreensíveis e letras – A menina riu mais ainda do modo que o moreno falava

–Você conhecia minha mãe?

–Sim, estudamos juntos.

–Que legal! Ela não tem muitos amigos da escola – Falou Alice sorrindo para Douglas – E os que tem adoram contar as coisas que ela fazia. Você também vai me contar?

Douglas riu nasalado e estacionou o carro em frente a escola particular da menina.

–Se você me prometer não contar para ela.

–O máximo que farei é lhe chantagear – Falou a menina rindo enquanto abria a porta – Tchau Douglas

–Tchau pequena – O sorriso da pequena aumentou ainda mais enquanto ela fechava a porta.

Só haviam três pessoas que chamavam Alice de pequena.

Rafael, Caio e agora Douglas.

E mal Douglas sabia o quanto as duas primeiras eram importantes para aquela menina.


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