Life After You escrita por Babs


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Geeente, vcs sumiram, nenhum reviewzinho? Magoei!



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Douglas chegou a mansão por volta das 07:30, mas assim que adentrou hall pensou que era por volta do almoço devido a quantidade de pessoas que circulava ali.

–O que está acontecendo? – Perguntou o moreno a velha governanta

–Estão limpando a casa

–Mas precisam de cinco pessoas? – A velha riu da inocência do moreno.

–Você já viu o tamanho da casa?

–Sim, ela é grande

–Grande? – Perguntou a governanta com ironia – São 5 quartos, 7 banheiros, 1 escritório, 1 sala de filme 1 hall, 1 sala de jantar, 1 salão de jogos, 1 sala para os brinquedos, 1 cozinha, 1 churrasqueira, 1 mini academia, 2 piscinas, 1 jardim e 2 carros para você cuidar e deixar em ordem

O moreno olhou assustado para a velha senhora.

Ele nunca havia cuidado de uma casa antes, nem mesmo quando ele morava sozinho em seu minúsculo apartamento. Era sua mãe que ia uma vez por mês o limpar e quando essa morreu, seu apartamento nunca mais foi limpo

–Você não tem a mínima ideia de como fazer isso não?

–Não

–Você precisa tanto assim do dinheiro?

–Muito – A velha apenas sorriu assentindo e olhou analisando o rapaz

–Você tem roupa social? – Douglas pensou um pouco e acreditou que no meio de suas coisas podia ter algo que havia sobrado de sua vida antiga.

–Acredito que sim

–E entre elas uma camisa preta e calça social?

–Provavelmente sim

–Então vá vesti-los

–Mas ela não me darias as roupas? – A velha governanta novamente riu da inocência do moreno

–Ela lhe dará um salário adiantado para você comprar as roupas

–Saíra do meu salário?

–Do meu que não saíra. Agora vá garoto. Temos muito trabalho pela frente

Enquanto caminhava em direção ao seu quarto Douglas não conseguia não se questionar sobre o quão lucrativo aquele trabalho podia ser

–x-x

Era a hora do almoço e Douglas só havia aprendido uma das dez coisas que Cláudia havia ensinado.

Hall, escritório, quarto da Daniela, quarto da Alice, cozinha e a sala de jantar deviam ser limpos todos os dias.

Mas Douglas não tinha a mínima ideia de como fazer isso.

–Você entendeu? – Perguntou a velha enquanto se sentavam ao balcão da cozinha para comer

–Claro

–Ao menos compreendeu uma de suas funções? – A velha senhora o olhava impaciente mas o moreno apenas retribuiu com um sorriso amarelo.

–Os quartos

–Se você quer mesmo ficar acho bom se esforçar mais – Ralhou a velha

–Eu só preciso de tempo

–E é o que menos está disponível nessa casa. Então se esforce!

Por mais que Douglas quisesse dar uma boa resposta a governanta não podia, ela ainda era sua chefe. Então apenas se calou e continuou a comer.

Já estava quase no final do almoço quando Douglas se lembrou de perguntar

–Como o marido de Dani morreu?

–O Sr. Cavalcanti morreu de câncer

–Câncer? Quantos anos ele tinha?

–Completaria 31 anos em junho.

–Não! Com quantos anos ele morreu?

–26 anos.

–Mas já fazem 4 anos

–Sim

–Então por que ainda o tratam como vivo? – A velha governanta lhe deu um sorriso sombrio

–Você não sente?

–x-x

Todo o período da tarde Douglas ficou conhecendo toda a rotina da casa, mas em sua cabeça ele só conseguia pensar na frase que a governanta disse durante o almoço.

“Você não sente? Sentir o quê? Era para eu sentir algo?”

O que a velha senhora queria dizer era que os funcionários mais medrosos sentiam como se Rafael ainda estivesse vivo, mas talvez fossem apenas os mais sensíveis que sentissem isso e Rafael realmente ainda estivesse ali.

–Eu não devia buscar Alice? – Perguntou Douglas seguindo a velha de perto.

–Escola integral, sai as cinco. E depois da escola você deve levá-la ao inglês.

–Mas seguindo? Não seria exigir demais dela? Ela tem apenas 11 anos

–Daniela evita ao máximo que Alice passe o tempo em casa ou ela ficará muito sozinha.

–Que horas que Dani geralmente chega? – Mal Douglas acabou de falar e um barulho de carro foi ouvido.

–Por volta da oito, nove horas mas hoje ela voltou mais cedo por sua causa. Acertar os detalhes – Douglas engoliu seco e esperou a demissão

Dani nunca o aceitaria, Douglas era seu colega de escola que havia lhe dado um pé na bunda, com certeza ela iria se vingar dele. Ele mesmo se vingaria dele se ele tivesse feito o que fez com durante a escola.

–O que devo fazer? – Perguntou Douglas tentando aparentar calmo, mas era nítido sua ansiedade.

–Apenas pegue os sapatos dela

–O que? – Perguntou Douglas surpreso, mas a velha apenas fez um sinal para que ela se calasse

“Eu preciso de dinheiro, mas eu nunca que vou me humilhar a ponto de tirar seus sapatos”

Douglas esperou ouvir o som dos saltou caminhando pelo mármore do chão mas não ouviu nada. Olhou intrigado para a velha.

Será que ela havia se enganado?

–Então esse é meu novo mordomo? – Douglas se virou surpreso.

Ele não havia ouvido-a chegar

Assim que seus olhos azuis se encontraram os castanhos de Dani ambos recuaram alguns passos devido ao choque e a proximidade

–Douglas?

–Olá Dani – Respondeu Douglas dando seu sorriso de canto maroto.

Ela adorava esse sorriso e ele o fez tentando resgatar alguma simpatia pelo velho colega

–Realmente eu não esperava que fosse você

–Nem mesmo eu me esperava aqui – Dani o olhou intrigada e entregou um par de sapatos de salto a Cláudia

–Guarde-os. Me espere no escritório Douglas – Douglas a olhou de cima abaixo e só então percebeu que a morena usava um par de chinelos.

“Por isso eu não ouvi o barulho dos saltos”

Douglas caminhou em silêncio para o escritório enquanto Dani se dirigia ao seu quarto para trocar de roupa.

Daniela não tinha a mínima de o que fazer com o moreno que a esperava no escritório

“Douglas não é uma boa pessoa, ele não era na época da escola. Por que ele mudaria agora? Eu realmente devo deixar ele perto de Alice? Mas ela já gostou tanto dele. E eu realmente preciso de alguém para tomar conta dela. Não vou conseguir outro em uma semana!”

A morena suspirou cansada e terminou de trocar de roupa soltando seus cabelos de um coque apertado para os prender em um nó frouxo.

Em outras épocas Dani adorava mostrar seus cabelos, sempre os deixando soltos ou com penteados, mas desde a morte de seu marido seus cabelos sempre ficavam presos, quase como se fossem proibidos ficarem soltos.

Daniela calçou seus chinelos e caminhou a passos fúnebres para seu escritório.

Pela primeira vez em anos ela hesitava em tomar uma decisão.

Assim que abriu a porta do escritório encontrou o moreno fitando os livros com atenção

–Pensei que não gostasse de ler

–Ainda não gosto muito – Falou Douglas fitando a castanho com um meio sorriso – Você ainda se lembra dos meus gostos?

–Tenho boa memória – Respondeu Dani dando os ombros e se sentando atrás de sua mesa – Mas sem dúvida não imaginava lhe reencontrar nessas condições

–Não imaginava lhe reencontrar – Frisou Douglas a olhando sério

“Sempre tive uma queda por seus olhos, eles sempre foram tão azuis! Merda!”

–Posso saber o que aconteceu de tão errado?

–Realmente não consigo fazer nada sozinho – Falou Douglas dando os ombros – Você sabe disso

–Você se formou em uma boa universidade, morou no exterior, não era para tudo dar tão errado assim – Insistiu Dani

–A vida pode lhe pregar mais peças do que você imagina – Falou Douglas a olhando misterioso. Dani apenas suspirou e resolveu não insistir mais nesse assunto.

Ela sabia muito bem o quando a vida podia lhe pregar peças

–Você quer mesmo esse trabalho, mantenho contado com alguns colegas – Douglas apenas deu os ombros

–Minha situação está pior do que você imagina. Não ligo mais para as aparências – Daniela o olhou sorrindo.

Talvez não fosse tão ruim assim. Douglas não ousaria fazer mal a ela.

Era isso que ela pensava

–Se você realmente aceitar a trabalhar comigo você irá salvar minha vida

–Você vai me aceitar?

–Eu realmente preciso de um mordomo

–E eu realmente preciso de um emprego.

–Então temos uma solução?

–Com certeza temos!


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