All escrita por Alexandria Mccurdy Kress


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

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Entraram na sala. O vidro embaçado pelo frio, e a sala um pouco vazia. Sam se enfiou em um canto e observou a paisagem morta através da janela, e, por um momento pensou ter visto alguém na floresta, mas quando piscou novamente havia sumido. A professora entrou e todos na sala se acalmaram. A aula começou e as mesmas monótonas palavras, que Sam tanto odiava conhecer. Rabiscava no caderno e nada do tempo passar. Olhava o tempo, mas continuava sempre a mesma coisa. Batia a caneta ritmicamente na cadeira. Encarou a floresta, e então viu. Uma silhueta de um homem. Parecia ser um homem forte e alto. Cheirou profundamente o ar. Droga... Não podia ser quem ela pensava que era. Não agora, nessa confusão, ele não podia ter voltado.

– Professora?! – Levantou o braço.

– Sim senhorita Puckett? – A velha desviou os olhos para ela.

– Gostaria de ir beber água, posso? – Pediu na mais branda voz.

– Claro. – Sorriu a professora. A loira lançou um olhar para a morena que logo entendeu. Caminhou firmemente até o pátio. Se esgueirou discretamente e logo estava no bosque. Aquele cheiro.

– Samantha... – Ele a analisou. Estava mais musculoso e pálido, como se não visse o sol a meses. Os olhos mais verdes e selvagens e o cabelo mais escuro.

– Por que voltou? – Falou fria sem o encarar.

– Senti sua falta, e... alias, descobri que uns “amiguinhos” meus estudam aqui, acredita?! – Disse sínico.

– Estava bom no Canadá?

– Sim, na verdade ótimo!

– Então por que não ficou lá?

– Já lhe disse Samantha... vim visitar meus amigos. – Sorriu sinistramente.

– Ótimo, só não me incomode. – Deu meia volta.

– Ah! Drica mandou lembranças! – Ele não devia ter falado aquilo. As presas de Sam saíram e ela vôo em cima dele, agarrando seu pescoço e o erguendo em quanto o prensava contra a arvore.

– Como ousa? Ela esta morta seu infeliz! – O apertou mais.

– Claro que esta... Não acredita em fantasmas, Sam? – Riu. Ela o soltou e sorriu, e ele logo a prensou contra a arvore. Se aproximou e a beijou. E ela retribuiu. Os corpos pareciam um só. Suas línguas brigavam, e aquilo era a parte mais excitante. As mãos deles desceram para sua cintura e a apertou fortemente, em quanto ela o puxava para mais perto. Depois de dois minutos se separaram.

– Senti sua falta, morceguinha. – Sorriu.

– Também senti sua falta... lobinho. – Retribuiu o sorriso macabro. Deu meia volta e voltou para a aula. Conversaria mais com ele depois, se não voltasse agora, Carly a mataria. Chegou na sala e se sentou, não dizendo mais nenhuma palavra. O recreio chegou e Sam se dirigiu para o bosque, para encontrá-lo novamente. As folhas secas do outono quebravam debaixo de suas botas, e de longe podia sentir seu cheiro. Agora, melhor e com o olfato mais apurado, Sam definiu. Era um cheiro estranho de jasmim queimado. Era afrodisíaco e viciante, mas ao mesmo tempo perigoso.

– Achei que não viria. – Ele se levantou.

– E claro que eu vinha. – Sorriu.

– Mas, agora me conte, ainda tem ressentimento pelo o que eu fiz? – Sem se assustar perguntou.

– Não, depois do que FREDDIE fez com você, eu descobri que havia sido ele.

– Não me importo mais. Mas afinal, o que ele fez de tão grave assim? Não me importo dele ter transado com a ruivinha, eu...

– Não e disso que eu estou falando.

Seus olhos azuis quase pularam. Sim, ela se sentia surpresa, mas mais curiosa do que surpresa. Ao perceber que a loira desejava ouvir mais, continuou.

– Ele te incriminou quando pediu para que fizessem o ritual comigo, e não foi só isso que ele fez. Tentou colocar a culpa de tudo em você. Alias, - Ele se levantou e sacou um cigarro, logo o ascendendo e o degustando por um longo minuto, soprando uma fumaça cinzenta e continuou.

– Ele dormiu com Drica de propósito. A garota havia sido seduzida pelos prazeres humanóides, como comprar, ter mais sapatos, o cabelo mais bonito...

– Ter peitos falsos. – Percebeu Sam.

– Se pelo que conheço do anjinho, se ele quisesse silicone ele ia apalpar qualquer uma ai, mas não. – Sugou o cigarro de novo. Sam ainda o encarava sem emoção, só escutando.

– Foi logo em Drica, por que sabia que a mãe a mataria. “ Um anjo chegou no inferno? Oh! O que será que ele aprontou?” Ou melhor, com quem, ele aprontou. – Sorriu malicioso para Sam que riu da interpretação de Lilith.

– Sabia que Lilith a perceberia e a mataria, não por ter dado para ele, mas sim, por ter sido seduzida pelos humanos. – Continuou Sam em quanto via ele fumar tranquilamente.

– Mas... a pergunta e: Por que Freddie precisava de Drica morta? – Levantou a sobrancelha em sinal de duvida. Ela pensou, pensou, em quanto ele já sabia a resposta, em quanto o motivo dele ter vindo ali, era justamente a resposta.

– Que tipo de ritual você fez? – Perguntou.

– O da Lua. – Respondeu vendo que ela já estava descobrindo.

– No qual se precisa de um coração intransmutável de vampiro, ou seja, de um vampiro nativo; E um coração intransmutável de lobisomem, ou seja o seu. Drica já estava morta, só faltava você... mas algo deu errado...

– O que será que foi? – Perguntou sínico, vendo que ela já sabia o que era.

– A lua. Estava na posição errada quando os corações foram misturados. Freddie em estado natural, ou seja, imbecil e burro, não percebeu. Misturou os dois, mas acabou criando o seu.

Ele riu e assentiu.

– O primeiro coração hibrido natural de toda a historia. O primeiro que não pode ser morto, mas pode matar. O primeiro que pode criar e curar, e ao mesmo tempo não se machucar... Metade Lobisomem, obedeço a lua e me alimento de humanos, como sempre fui; Metade mago, controlo a natureza, salvo almas e as condeno.

– Metade ruim e metade bom. Um coração puro. – Falou Sam se levantando. Não podia acreditar. Havia acontecido. Ele era a primeira criatura capaz de viver na terra eternamente. Ele era primeira criatura a não ser obrigada a escolher um lado e podia se deslocar entre ambos: Paraíso e Inferno. A primeira criatura... que tinha o poder de Lúcifer, e Deus. Claro que não era tão poderoso quanto ambos, mas chegava perto, bem perto.

– Graças a Freddie se tornou poderoso. Não tento protegê-lo, mas, por que o ódio?

– Eu não queria me tornar o que sou hoje. Ser um lobisomem, nascer viver uma vida boa e morrer, já estava de bom tamanho. Grande até demais. – Sugou o resto de seu cigarro e logo exalou a fumaça, jogando o toco entre as folhas e o amassando com a bota.

– A verdade e que... eu tinha uma filha. Minha namorada estava grávida. – Ele abaixou a cabeça.

– Por que... você não procura sua namorada? Ou sua filha...

– Porque Freddie as matou. Achou que minha filha era perigosa demais, mas ela era apenas uma lobinha crescendo na barriga de uma lobisomem. Elas não mereciam. Ele não só cortou meu coração, mas também o das pessoas que eu mais amava.

– Eu não posso deixar você matá-lo. Não por agora. Ele esta me ajudando com algo.

– Fiquei sabendo. Você e uma menina muito má... – Qualquer traço da humanidade que ele representava ao falar de sua filha já havia ido embora, era como se elas nem existissem. Ele se aproximou dela sorrindo e ela também.

– Prometo que vai poder matá-lo depois que ele me ajudar... – Falou encostada no tronco. As respirações misturadas.

– Acho que vai precisar de uma mãozinha extra.

– E eu acho que tenho uma coisinha guardada... algo que eu não faço há algum tempinho. – Sorriu.

– Aceita?

– Aceito.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM!!!!