Tenho a cabeça entre a mão, na medida do possível, com meu braço engessado e não parei de chorar, desde que do momento que fugi, sim eu fugi do meu sonho, meu sonho triturado. Aperto entre as mãos a carta de Leah escrita por Nessie, ensopada pelas minhas lágrimas. A rasgo com os dentes e com a minha mão boa. Levanto do banco que estou sentado e a jogo na agua corrente, vejo meu sonho indo embora se afogado igual a mim. Sem Leah que está morrendo, sem seus cabelos. Sem Leah não ta para aguentar. Fugi da garota que eu queria proteger por toda a vida, sou um frouxo.

– Jacob?

Me sacudo era apenas um sonho? Leah está bem? Ainda tem cabelos vermelhos? Não estou na minha cama, estou morrendo de frio. Estou no banco do parque, e na minha frente Renesmee com um guarda.

– Você está bem? Pergunta Renesmee

– Não

Eu a olho seus olhos estão inchados talvez ela tenha andado chorando ou apenas estava com sono.

O guarda fala alguma coisa que eu não distingo

– Encontrado.

Renesmee se senta ao meu lado coloca um braço ao meu redor e escora sua cabeça em meu ombro.

– Vamos para a casa Jake tia Sarah está desesperada, todos estão te procurando.

Eu não queria causar sofrimento a ninguém queria apenas ficar naquele banco e morrer ter o mesmo destino que preparam para Leah. Apoio minha cabeça em ciam da Renesmee e começo a chorar.

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Mandei para aquele lugar a professora de português, quando ela me perguntou o que eu estava fazendo com o celular. Também fiquei fora no horário de filosofia. Bati o recorde do Temple Run 2 enquanto o sonhador falava. Comecei a prestar atenção nas palavras do livro me parecia mais uma besteira colossal, para variar.

Enquanto o sonhador faz uma pausa.

– Tudo besteira fala lato para ele ouvir

Todos se voltam para mim com olhos inúteis, em vez de ficarem com a boca aberta diante da verdade. Eu incineraria todo mundo menos Renesmee. O sonhador também me olha, certo de não ter compreendido.

– Tudo bobeira repito, desafiando-o.

– Quem e você para julgar a vida deste homem?

– È tudo ilusão. A vida e uma caixa vazia que você vai enchendo de coisas que você as julgas importante, mas quando aconteceu algo pufff imite uma bolha de sabão explodindo com às mãos.

– Tudo besteira repito e pego minha mochila sem dar tempo do sonhador para dizer mais nada, podem me suspender, posso até perdeu o ano mas não estou nem ai, estou sozinho pela primeira vez e me sinto forte, não ligo para Quil ou Renesmee porque agora não preciso mais deles.

A imagem da menina sem cabelos, pálida, sem vida me dá vontade de xingar, xingo várias vezes. Me sinto melhor.

Meu celular toca e uma mensagem de Renesmee

‘’ Vamos estudar juntos? ’’

Não vejo mais utilidade nenhuma em estudar. E respondo:

‘’ não, desculpe ‘’

Renesmee me responde depois que pouco segundos

‘’ Medo de que? ‘’

Medo de que? Serio isso Renesmee até você me falado coisas sem sentidos respiro fundo e respondo

– não, medo sempre o T9. Sem perceber escrevi medo no lugar de desculpe e envie.

Infelizmente o T9 tem razão, respondo:

‘’De tudo’’

Depois de um silencio absoluto apenas eu e meu pensamento em branco a mensagem de Renesmee chega.

‘’ a gente se ver no parque, daqui meia hora’’

Respondo que ’sim’ mas não vou deixo Renesmee lá sozinha igual eu estou agora com o rosto inundado de lagrimas.

Fico me sentido culpado, descontei na única pessoa que não tem nada a ver com tudo isso e quer me ajudar. Eu a imagino no banco sozinha com a esperança que eu apareça. Escrevo uma mensagem ‘’desculpe, não estava bem para ir para o parque, amanhã a gente se ver’’.

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Entro na escola e procuro Nessie com o olhar e só por um instante os olhos dela se encontram com os meus.

Vou atrás de Renesmee passado pela multidão de alunos que se encontra no corredor consigo agarrar seu braço com mais força do que gostaria, Renesmee se solta da minha mão e fala:

– Eu pensei que tivesse um amigo. Me deixa em paz, você só sabe pedir ajuda mas com a pessoa ao seu redor não se importa nem um pouco.

Não tenho tempo nem de responde-la e Nessie sai andado, e vou atrás dela. Renesmee corre para o banheiro feminino, não ligo e entro no banheiro cheio de garotas ela me olham espantadas, enquanto Renesmee se fecha num reservado.

– Mas que merda você está fazendo aqui?

– Eu preciso fala com uma garota – respondo

– Espera lá fora. Aliás esqueça, ela e linda demais para um idiota com o você.

Algumas garotas riem e com isso eu recuo para a porta do banheiro.

– o que você veio fazer aqui?

Sim agora eu estava fundido aquela era a voz do diretor que ótimo era tudo que eu precisava para o meu dia ficar melhor, aos gritos me manda acompanha-o à sua sala. Meus pais são chamados pelo diretor que fala do meu comportamento inadequado, e bla bla bla. A escola me suspende por um dia.

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O interfone toca, quem pode ser, as oito da noite? Apenas um nome vem a minha cabeça Renesmee. Acho que ela cedeu as vinte e cinco mensagens que mandei para ela.

Desço as escadas mas não vejo Renesmee em lugar nenhum, era apenas o sonhador, que raiva,

– Oi professor, o que foi que eu fiz dessa vez?

Ele sorri

– Decidi vim procura-lo mais terminamos a conversa daquele dia

– Deixe para lá aquela conversa.

Os professores são professores até na morte, vem na sua casa para te darem aula.

– Vamos tomar um sorvete.

Fomos até a sorveteira que costumo ir com Quil, eu precisa escrever aquilo professores tomam sorvete.

– Mas então o que aconteceu aquele dia

– E o que importa?

– Talvez você precise de um conselho de amigo

Fico em silencio, com os olhos baixos continua ao olhar para o chão por medo de que as lagrimas vem à tona. O sonhador espera calado. Respiro fundo

– O que o senhor faria se sua namorada morresse?

– Não sei acho que não seria capaz de aguentar o peso de um acontecimento assim.

– Pois, eu estou passado por isso, sendo assim o resto virou bobeira.

– Leah

– A garota da escola que está com leucemia

Baixo a cabeça ferido com essas palavras que infelizmente e verdade: a garota doente de leucemia ...

– Ela não e propriamente minha namorada, mas e como se fosse. Quando lhe falava do meu sonho eu estava falado de Leah.

O sonhador permanece calado

– Ela agora está pálida, perdeu os cabelos vermelhos, os cabelos que fizeram eu me apaixonar. Eu não tive nem a coragem de lhe falar, de ajuda-la. Quando a vi eu fugi. Estava convencido que a amava, de ir até o fim do mundo com ela, estava disposto a fazer qualquer coisa, doei meu sangue depois quando a vi na minha frente fugi como um covarde, isso não e amor quem ama não foge. Quando terminei estava chorando, chorando em frente ao meu professor de história com a boca suja de sorvete.

Depois de me deixar extravasar meus medos. Ele finalmente revolver falar

– Eu vou te contar uma historia

– um amigo brigou como o pai. A noite estavam sentados à mesa o pai tentou conversa, mas ele se levantou e foi embora. No outro dia, o lugar do seu pai a mesa estava vazio. o pai tinha tido um infarto e aquela tinha sido a despida. Sem uma palavra. Desde daquele dia meu amigo não se dar paz, se envergonha como o pior dos assassinos. E sabe qual e o motivo pelo qual esse rapaz não se perdoar por ter recusado o adeus do seu pai?

Balanço minha cabeça

– Num momento de irritação o pai tinha dito que o filho era um morto de fome, havia escolhido um trabalho de morto de fome, embora o pai tivesse um escritório montado, do qual o filho poderia tranquilamente tomar posse. Agora me diga, não e uma coisa para ficar envergonhado e fugir?

– E o que seu amigo fez para superar aquele momento?

O sonhador chuta com raiva uma garrafa abandonada na calçada.

– Convivendo com ele consciente que seu erro aconteceu mas prometendo a si mesmo que nunca mais ia perder a oportunidade de consertar qualquer relação que se deteriorou pros motivos menos ou mais importante.

– Todos nós temos algo para se envergonhar. Todos nós já fugimos Jacob, mas isso nos torna homens.

– O senhor chora?

– Sempre que corto cebolas

Solto uma gargalhada, fungo e consigo conter as lagrimas.

– Ter medo e normal assim como e normal chorar não significa ser frouxo, acredito que você fugiu, que você tenha ficado puto, mas ficar puto não resolve nada, você pode ficar puto ao extremo, mas isso não vai curar a Leah. Uma vez eu li em um livro que o amor não existe para nos fazer felizes e sim para demostrar o quanto e grande a nossa capacidade de suportar a dor.

– Mas eu fugi, eu que deveria ser capaz de morrer por ela, desde que a fizesse sarar.

– Você está enganado Jacob, a maturidade não se revela em querer morrer por uma causa nobre, mas quando querer viver humildemente por ela. Faça a feliz.

– Já e tarde, obrigada pela companhia, Jake. Sobretudo obrigado pelo que você me presenteou esta noite. Presentear a própria dor aos outros e o mais belo ato de confiança que se pode realizar

Ele se volta e me deixa ali, como um idiota embasbacado. Eu queria ir atrás dele e perguntar quem era o tal amigo, mais existe certas coisas que e melhor deixar na incerteza.

Quando entro em casa cantado e com a cara transtornada pelo pranto, minha mãe olha intrigada para o meu pai, que balança a cabeça e suspira.

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Fui encontrar Renesmee dessa vez ao vivo, nada de telefonemas, ou mensagens no whatts. Faço uma coisa que nunca fiz: compro um buque de flores para ela. Escolho rosas brancas (a única exceção ao medo que tenho do branco) com número ímpar, pelos menos isso eu aprendi numa revista da mamãe. Vou até a casa de Renesmee interfono, tia Bella ignora tudo e abre para mim, entro no quarto de Renesmee, ela está escutando músicas com fone de ouvido e não percebe minha chegada.

Levanta o olhar e topa com nove olhos brancos que a fitam e pedem desculpas. Deixado ela perplexa que tira o fone e me encara com dureza, depois cheira as rosas quando reergue o olhar, sua íris chocolate estão sorrindo. Ela me abraça e me dá um beijo na bochecha, mas não um simples beijo seus lábios vou além de um comprimento e você sente esse calor a mais, ele fica grudado na bochecha. Percebi isso pelo jeito como Nessie demorou um instante antes de afastar os lábios. Estou feliz tão feliz que as rosas brancas me pareciam tingidas de vermelho, como as de Alice no país das maravilhas. ‘’ De vermelhos as tingiremos, de vermelho as tingiremos ‘’ cantarolo dentro de mim.

Os dias passava em tirei meu gesso mais parecia que meu cérebro continuava engessado, estudo junto com Renesmee, só ela pode me ajudar a recuperar a matéria os dias perdidos de estudo, não quero arruinar meu verão com dependências. Ao lado de Renesmee sou forte, feliz mas quando penso em Leah continuo me perdendo, depois da enésima vez que teve me trazer de volta à terra, Renesmee se levanta e pega algo num caderno que ela tem em seu quarto, um daqueles diários nos quais as garotas anotam seus pensamentos. Ela tira uma folha solta.

– Toma e o rascunho da carta que escrevemos para Leah.

Como por uma espécie de milagre todos os pedaços de papel que o rio havia engolido com minha raia e covardia estão ali na minha frente, recompostos de Renesmee, que conversou aquelas palavras.

– Por que você guardou?

Renesmee brinca com a borda do papel quase acariciando-o

– Gosto dessas palavras de rele-las eu adoraria que um dia meu namorado me dedicasse palavras tão belas. Renesmee me olhos nos olhos e pela primeira vez eu também olhos em seus olhos.

– Se você quiser a gente a reescreve e você a leva para Leah podemos ir juntos.

– E o único jeito que eu vou conseguir levar respondo com um sorriso.

Depois voltamos a estudar Renesmee me explica as coisas tudo fica mais fácil: a vida se torna mais compreensível.

Cause there'll be no sunlight

If I lose you, baby

And there'll be no clear skies

If I lose you, baby

Just like the clouds

My eyes will do the same

If you walk away, everyday it will rain

Rain, rain-a-a-ain

Don't you say (don't you say)

Goodbye (goodbye)