Deitados um ao lado do outro com os olhos fechados depois de cinco minutos de silencio, e um jogo de Leah me ensinou: jogo de Silencio poucos minutos calados, de olhos fechados, vendo as cores que aparecem sob as pálpebras, eu trapaceio de vez em quando e a espio a poucos centímetros de mim, contendo a respiração para que ela não perceba que eu a espiava.

– Não abra os olhos me diz como se desconfiasse

– Não estou abrindo

– O que você viu?

–Nada

– Concentre-se

– E você viu o que?

– Tudo o que tenho

– De que cor e?

– Vermelho

– O amor que recebo, o amor e sempre uma dúvida por isso e vermelho

Não entendo, não estou à altura do que Leah diz nunca

– E você Jacob o que viu?

– Branco

– De olhos fechados?

– E o que e?

– E então?

– Tudo que não tenho, o amor e sempre um credito nunca sera saudável

– Daniel Black para com isso diz Leah e me dá um beijo na bochecha e se acomoda no meu peito fechado os olhos.

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Estava apostado tudo no jogo de hoje, era conta os Beattys , se você vence o campeonato todas as garotas te conhecem você vira o principal gato do pedaço, Como eu queira que Leah me visse jogar, quero dedicar essa partida, gols, faltava só meia hora Quil ia vim me pegar já que minha única moto estava no ferro velho com o acidente, meu celular vibra deve ser o Quil

“Tenho medo estou cansada, muito cansada para falar a verdade, estou sozinha, Leah”

Ligo para ela que no terceiro toque atende não consigo entender nada com sua voz embargada pelo choro.

– Estou indo e a única coisa que falo e desligo o celular.

Desço correndo quando abro o portão Quil está parado na porta de casa,

– Me dê uma carona, agora mesmo depois eu vou encontrar vocês

Subo na moto e falo o enderenço de Leah, Quil me deixa lá calado e vai embora, me deixado na porta da casa de Leah sozinho, eu o vejo se afastar velozmente.

Entro correndo na casa de Leah, chego em se quarto e ela abre os olhos vermelhos de choro e me abraça forte

– Obrigada por ter vindo eu hoje não aguentaria sozinha

– Como assim?

– Estou com medo

– De que?

– De perder tudo de acabar no vazio, de desaparecer, de não ter mais pessoas de que gosto.

– Hein calma, eu estou aqui e nunca vou de deixar sozinha.

Aperto suas mãos como se pudesse arranca-la do vazio do medo

– Você pode escrever para mim? Ela pediu entre as lagrimas que banha o seu rosto

– Claro

O sussurro das palavras e confuso, e tenho que me inclinar levando o ouvido aos seus lábios para compreende as palavras. Quando ela acaba de ditar num suspiro.

– Fique com ele Jacob, com as palavras de hoje, acabei de escrever, e dou de presente para você quando estiver sozinho quero de lei essas palavras, ela te dará força.

– Não posso Leah e seu diário disse balançado a cabeça em sinal de negativo

– Achei que escrevi para mim, mas compreendi que estava escrevendo para você, e o que posso e quero lhe dar Jacob Black.

– Leah um dia vamos ler esse diário juntos.

Ela sorri

– Sim meu grande amigo, mais agora eu quero descansar um pouquinho.

Eu também queria lhe dar um presente mas ao tinha levado nada a não ser a pedra que tinha pegado da sua casa, que vexame. Coloco-a na palma da mão de Leah como se fosse um diamante.

– Meu amuleto da sorte.

Leah sorri

– Obrigada

Dou um beijo em seus cabelos ralhos.

Aperto o diário de Leah contra o peito, reflito que a única coisa que pude lhe dar eu a roubei de sua casa, não tenho nada a presentear a não ser o amor que recebo ou que roubo, antes de sair da casa de Leah roubo outra pedra, não posso sair por ai sem o meu amuleto da sorte.

As palavras de do diário de Leah iluminaram como o dia. se o paraíso existe e Leah e quem vai me levar lá.

“A dor me obriga a fechar os olhos, a esconder. Sempre pensei que devoraria o mundo com meus olhos, mas a doença me obriga a fechar os olhos: pela dor, pelo cansaço so que descobri que de olhos fechado eu via mais, que sob as pálpebras cerradas toda a beleza que era visível, e essa Beleza e você Deus. Se você me faz fechar os olhos, e para que eu esteja mais atenta quando os reabrir. ”

A partir de hoje quero amar a vida como nunca amei, quase me envergonho por não ter começado antes.

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Volto da escola minha mãe abri a porta para mim.

– o que temos para comer?

Ela me olha como a gente olha um menininho que se machucou

– Não sopa não resmungo

Digo que tirei uma bela nota em matemática, mas ela apenas me abraça com força, escondendo meu rosto na curva de seu pescoço. Sinto o perfume da minha mãe um perfume que desde a infância me dava tranquilidade, mas mamãe não está me abraçado por causa da nota, se fosse assim suas lagrimas não umedeceriam meu rosto, só então compreendo.

Eu queria fugir mas seus braços eram com ferro a minha volta, afundo meus dedos na sua costa para sentir se e verdade o que ela está me dizendo sem nenhuma palavra.

Leah morreu...

A palavra e essa, inútil tentar suavizar ela não iria querer as pessoas dizem se foi, partir dessa para melhor, faleceu, mentiras.

Leah está morta.

Esta palavra ” MORTA “ e tão violenta que você só pode dize-la uma vez e depois tem que se calar.

Renesmee e a única pessoa com quem eu queria falar mas não tenho forças para perdoa-la por ter mentido para mim, a vida e uma interrogação feita para te arrancar uma verdade que você não sabe, mas finge recordar só para não sofrer mais.

As estrelas não servem para nada, destrua o sol e esconda a lua esvazie o oceano arranque as plantas agora nada mais e importante.

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A igreja está explodindo de gente: a escola inteira compareceu, Leah que eu me lembro não existe mais e essa que agora jaz dentro de um caixão de madeira e outra Leah mas aquilo que eu amei nela e dela não foi embora, não fugiu como uma respiração acelerada tenho seu diário preso entre as mãos.

O padre celebra a missa falado do mistério da morte, finjo não escutar suas palavras mais ainda presto atenção na última frase

– Somente esse amor supera a morte, quem o recebe e o dá não morre, e sim nasce duas vezes, como Leah fez!

Silencio

– Agora convido a recorda-la.

Segue-se de novo um grande silencio constrangedor, depois me levanto sob o olhar de todos,

– eu só queria ler as últimas palavras do diário de Leah, sei que ela gostaria que eu a transmitisse a todos os presentes.

Minha voz se embarga e bebo lagrimas mas leio assim mesmo

“Querido Deus hoje e Jacob e quem escreve para você, porque eu não consigo, estou me sentido tão debilitada quero dizer que não sinto medo, pois sei que você vai me tomar nos braços e me ninar, os remédios não me curaram, mas eu estou feliz. Estou feliz porque tenho um segredo com você, o segredo para te olhar o segredo par te tocar, querido Deus se você me mantiver no seu abraço, a morte já não me dá mais medo. ”

Levanto o olhar e a igreja parece inundada pelo mar de morto das minhas lagrimas, eu flutuo com um barco que Leah construí para mim, cruzo com o olhar de Renesmee, ela me fita num simples olhar e tenta me consolar com ele, abaixo meus olhos e fujo do microfone.

– Tomai e comei, todos

Uma chuva infinita de amor vermelho-sangue banha o mundo a cada dia, sempre me perguntei por que amor e sangue tem a mesma cor agora eu se, por causa de Deus.

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Último dia de escola, última hora, último minuto, toca o sinal um grito de libertação.

Fico sozinho na sala parece um cemitério, um silêncio morto envolve tudo, no quadro a grafia do sonhador e tudo que restou

“ Quem aguarda recebe o que aguardava, mas aquele que tem esperanças acontece o que ele não esperava”

No que se refere a mim e uma piada, perdi tudo aquilo em tinha esperança. E assim o ano escolar se apaga como um fogo de artifício, este ano durou uma vida mas vou passar de ano com notas muito boas.

Mas uma coisa eu entendi por causa de Leah não posso me permitir desperdiçar nem um dia sequer da minha vida, eu acreditava ter tudo e não tinha nada ao contrário de Leah que não tinha nada, mas ela sim era quem tinha tudo.

Com Quil e os outros não houve mais jeito, perdemos o campeonato por minha culpa, nunca expliquei a eles o que havia acontecido, não me importa, não me importa mesmo.

Renesmee me deu uma carta mas não vou abrir, não quero ler essa carta, não tenho coragem de sofrer ainda mais.

O inspetor bota a cabeça pra dentro e me encontra sentado ali imóvel olhado o vazio

– Em três anos nunca vi Black ser o último a sair, o que houve? Foi reprovado?

– Não só estava pensado

– Então o milagre finalmente aconteceu

Rimos juntos e um tapa nas costas e o que resta para voltar a vida.

A hundred days have made me older

Since the last time that I saw your pretty face

A thousand lies have made me colder

And I don't think I can look at this the same

But all the miles that separate

They disappear now when I'm dreaming of your face

I'm here without you baby