No Ritmo do Amor escrita por TamY


Capítulo 8
O verdadeiro Carlos Daniel...


Notas iniciais do capítulo

Logo entenderam esse titulo...
espero que gostem! depois desse tempo todo ....
comentem! :D

Boa leitura!



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Eu mal conseguia compreender o que ele falava... Mas senti as borboletas de meu estomago levantarem voou quando ele capturou meus lábios e me beijou.

Sua boca se movia sobre a minha sem presa saboreando meus lábios... Fazendo meu coração disparar ainda mais arrancando todo o ar de meus pulmões, suas mãos seguravam meu corpo contra o seu de forma possessiva mais gentil, sua boca se encaixava a minha perfeitamente e acabei vencida e o correspondi enlacei meus braços em volta de seu pescoço e baguncei seus cabelos castanhos, o filme ficou esquecido enquanto nos beijávamos, ele sabia como deixar uma mulher rendida a seus pés... Quando nos separamos eu estava ofegante e surpresa comigo mesmo, por não conseguir resistir, e pior ainda por não querer resistir, por sentir vontade de puxá-lo para outro beijo. Ficamos nos olhando em silencio por apenas uns instantes, ele com aquele sorriso irresistível nos lábios...

– viu? Ele finalmente quebrou o silencio. – você não é indiferente a mim! Sorriu.

–É! Disse sorrindo timidamente. – Não sou! Conclui desviando meu olhar do dele.

– O que nos impede de tentarmos? Ele me perguntou calmamente, ainda estava com seu corpo colado contra o meu me impedindo assim de pensar com clareza.

– Por favor, Carlos Daniel! Pedia enquanto tentava me levantar, mas ele me impediu colando ainda mais seu corpo contra o meu. E eu o olhei interrogativamente.

– Não vou deixar que fuja! Ele respondeu a minha pergunta não feita. – Você esta me enlouquecendo Paulina, preciso que me dê uma chance! Pediu me olhando seriamente.

– A questão não é essa, Carlos Daniel! Disse a ele o olhando seria.

– A questão é que você esta fugindo do que sente! Ele rebateu, e foi como um tapa em meu rosto ele estava certo, eu estava fugindo, estava com medo... Do que? Não me perguntem, pois também não sei.

– e se eu estiver fugindo? Perguntei dando de ombros. – Você não pode me obrigar a começar um relacionamento com você só porque você quer!

– tem razão! Ele disse me lançando um olhar triste. – não posso te obrigar eu sinto muito se tomei seu tempo! Ele dizia enquanto se levantava, senti falta do calor do seu corpo contra o meu. – Não vou mais me humilhar! Disse me olhando a dor estampada em seu rosto.

– Carlos Daniel eu... Dizia Paulina, mas foi interrompida.

– Se quiser ligar para um taxi fique à-vontade! Disse saindo do quarto e me deixando sozinha.

Fiquei sozinha em seu quarto surpresa com sua reação a minha recusa, me doía recusá-lo daquela forma, mas éramos muito diferentes e sei que isso nunca daria certo. Quando finalmente ganhei novamente a firmeza em minhas pernas me levantei e fui para o quarto que estive usando todas essas semanas... Juntei minhas coisas na mochila e liguei para um taxi, depois do que aconteceu e a forma que ele saiu não podia continuar ali...

O taxi estava na mansão bracho em menos de 20 minutos, Carlos Daniel estava trancado na biblioteca então apenas me despedi da Adelina e fui embora com o coração arrasado.

Cheguei tarde da noite em meu quarto em cima da boate, e aquele lugar pareceu tão triste e vazio... Não parecia como um lar de verdade, não me sentia feliz ali, na verdade depois da morte da minha mãe não me senti verdadeiramente feliz em lugar nenhum ate ir ficar essas semanas na casa de Carlos Daniel.

Deitei-me na cama com a mesma roupa que cheguei e fiquei pensado em tudo que me aconteceu desde que o conheci, no inicio confesso que sentia raiva dele por tudo que ele disse sobre eu ser mais uma das fracassadas da escola de dança, mas depois ele foi mudando, se tornando gentil... Seus olhares que sempre me desconcertavam e faziam meu coração quase sair pela boca... Nessa altura eu estava lutando comigo mesma para não chorar e acabei vencida pelas lagrimas... Chorei horas a fio, por quê? Eu mesma o recusei, porque agora me sentia assim?

Acabei adormecendo em algum momento e acordei muito tarde na manhã seguinte. Estava morrendo de dor de cabeça e segui me arrastando ate o banheiro e entrei embaixo da água fria finalmente conseguindo acordar... Carlos Daniel invadia meus pensamento, meus sonhos...

Depois de me arrumar segui ate uma cafeteria perto da boate comprei algo para comer em casa mesmo, não tinha animo para ficar ali cercada de pessoas. Tomei meu café no meu quarto, tudo estava tão silencioso. Há essa hora Carlos Daniel já estaria no meu quarto animado, com aquele olhos sempre brilhantes...

Suspirei cansada e voltei a me deitar mesmo com a cabeça estourando de dor... Acabei adormecendo novamente e acordei com batidas frenéticas na porta.

– Dona Piedade! Disse surpresa ao vê-la parada em minha porta com o semblante preocupado.

– preciso falar com você Paulina! Ela disse seriamente e pelo seu tom vi que era algo muito serio.

– Entre! Disse dando passagem a senhora. – aconteceu alguma coisa? Perguntei preocupada.

– Aconteceu! Disse a senhora. – Adelina disse que você foi embora ontem tarde da noite e logo em seguida meu neto saiu e ainda não voltou! Explicou. – aconteceu alguma coisa entre você? Vocês brigaram?

– Não exatamente! Disse surpresa com tudo que tinha acabado de ouvir. – não brigamos, só não conseguimos nos entender! Disse a olhando.

– Não entendi! Disse me olhando e franzindo a testa. – vocês pareciam se entender muito bem!

–nos entendemos! Disse confusa, estava me enrolando toda em tentar explicar o que aconteceu. – ele disse que estava apaixonado por mim! Disse finalmente sem ficar com mais rodeios.

– e isso não é bom? Perguntou ainda mais confusa.

– seria se eu tivesse correspondido às expectativas dele! Disse enquanto olhava minhas mãos que se torciam uma na outra nervosamente.

– você não gosta dele? Perguntou me olhando seriamente. – é isso?

– Não, não é isso... Eu gosto dele, acredite gosto mais do que deveria! Desabafei, sentia uma enorme confiança naquela senhora.

– então porque não conseguiram se entender? Questionou-me.

– Olhe para mim senhora bracho! Disse a olhando seriamente. – olhe para quem eu sou e olhe para quem seu neto é! Somos muito diferentes, e um namoro só atrapalharia meu sonhos agora! Disse a olhando.

– Você esta apenas arrumando desculpas para o que sente! Ela me disse me olhando seriamente.

–Eu... Dizia mas seu celular tocou e ela teve de atender.

–me desculpe, mas tenho que ir, aconteceu algum problema na escola e tenho que resolver! Ela dizia enquanto guardava seu celular na bolsa.

– não vai procurar pelo seu neto? Perguntei a olhando seriamente. – ele esta desaparecido desde ontem! Rebati.

– noticias ruins chegam logo! Ela me deu um sorriso. – logo ele volta para casa, não é a primeira vez que ele faz isso! Concluiu enquanto seguia ate a porta.

Ao ouvi-la dizer aquilo senti meu coração se apertar, agora sim entendi o que Carlos Daniel quis dizer quando disse que era sozinho...

Passei horas andando de um lado a outro dentro do meu quarto e quando a noite caiu e o som da boate invadiu meus ouvidos me arrumei e desci, o medico disse que tinha de ficar de repouso por mais uma semana, mas se ficasse trancada naquele quarto acabaria enlouquecendo...

– Paulina, que surpresa... Não sabia que tinha voltado! Disse marco sorridente ao me ver entrar pela porta dos funcionários.

– é voltei ontem à noite, marco! Disse forçando um sorriso. – estou pronta para voltar ao meu trabalho!

– maravilha porque estávamos super apertados sem você! Disse sorridente.

Eu logo tomei meu lugar atrás do balcão e a correria habitual da boate me fez desligar das minhas preocupações por algum tempo... Virei à noite preparando bebidas. Já eram umas 4 da madrugada quando marco apareceu com o semblante serio.

– Paulina, uma senhora Bracho Acabou de ligar e pediu que você fosse para a casa dela agora, disse que mandaria o motorista para pega-la! Explicou Marco tentando se lembrar de tudo.

– mas ela disse o porquê? Perguntei achando estranho o telefonema.

– Não, ela apenas disse para você esperar pelo motorista dela! Disse pensativo. –ela parecia nervoso.

Preocupei-me com essa ligação, mesmo assim subi para meu quarto e tomei um banho rápido e me troquei, em apenas alguns minutos o motorista dos Bracho chegou e eu o cumprimentei e entrei no luxuoso carro da família Bracho.

Aquele Caminho parecia ainda maior... E quando finalmente entrei pelos portões da mansão pude ver que a casa estava agita, podia escutar pessoas falando alto... O que estaria acontecendo?

– Paulina... Que bom que você veio minha filha! Disse Dona piedade aliviada com minha chegada, eu não estava entendo nada.

– O que aconteceu dona Piedade? Perguntei a olhando com preocupação.

Ela já ia me respondeu quando escutei coisas se quebrando no andar de cima...

– é o meu neto! Ela disse com lagrimas nos olhos – ele esta fora de controle! Explicou. – você tem que tentar convencê-lo a abrir a porta e se acalmar.

– E-eu? Gaguejei surpresa com seu pedido. – Dona Piedade provavelmente eu sou a ultima pessoa da face da terra que seu neto deseja ver! Disse a olhando com cautela.

– Por favor, paulina! Pediu a senhora segurando minha mão. – você tem de tentar!

Eu a olhei em silencio por alguns instantes, enquanto podia ouvir as coisas se quebrarem no andar de cima...

– Vou tentar dona Piedade! Disse a ela. – mas não prometo nada!

Dona piedade abriu um sorriso e me guiou ate as escadas, eu subi cada degrau enquanto ouvia meu coração bater forte em meu peito e pelos sons vindo do quarto de Carlos Daniel sabia que não seria fácil convencê-lo de alguma coisa... Ele provavelmente me odeia depois de tê-lo recusado daquela forma.

Parei em frente à porta do quarto e respirando fundo bati a porta...

– VÃO EMBORA DAQUI! Ele gritou lá de dentro atirando alguma coisa contra a porta, eu dei um passo a trás com o coração batendo forte.

– CARLOS DANIEL... SOU EU... PAULINA! Gritei de volta esperando que ele abrisse a porta.

Tudo ficou em completo silencio... Bati a porta novamente com cautela...

– Podemos conversar? Perguntei aproximando meu ouvido da porta para tentar escutar alguma coisa.

– vai embora Paulina! Consegui escutá-lo. Ele parecia mais calmo pelo menos.

– Por favor, Carlos Daniel abra a porta! Pedi a ele. – Vamos conversar!

– eu não posso abrir! Ele me disse com a voz embargada. – não quero te ver mais, não posso vê-la!

– Carlos Daniel eu sinto muito se não correspondi as suas expectativas, mas... Dizia quando de repente a porta abriu.

Eu o olhei surpresa e ele simplesmente encurtou a pouca distancia que nos separava e me abraçou, estava sem camisa e seu corpo estava quente, muito quente... Eu de inicio fiquei tensa, mas acabei o abraçando de volta enquanto tentava de alguma forma consolá-lo.

– me deixa apenas te abraçar paulina! Ele me disse enterrando seu rosto na curva do meu pescoço. Senti um arrepio percorrer meu corpo com ele tão próximo, e parecendo tão vulnerável. – preciso tanto te sentir, sentir que alguém se importa comigo!

– Eu me importo com você Carlos Daniel! Disse a verdade a ele e o senti me apertar ainda mais contra ele.

Ficamos alguns minutos abraçados... e quando o senti mais calmo tentei me afastar de seus braços.

– Não! Disse me impedindo de sair. – só mais um pouco! Ele disse ao meu ouvido. - não me deixa sozinho Paulina!

– N-não vou deixar você sozinho! Disse a ele ainda confusa.

– ontem você me deixou! Ele rebateu.

– mas você disse... Dizia mas ele me interrompeu se afastando apenas o suficiente para me olhar.

– eu não falei em serio... Nunca te mandaria embora da minha vida, só estava com raiva! Ele dizia enquanto acariciava meu rosto.

Ficamos apenas alguns minutos em silencio nos olhando, ele tinha os olhos vermelhos, seu olhar parecia perdido...

– Graças a Deus você conseguiu tira-lo de lá! Disse Dona Piedade se aproximando.

– por favor, Paulina peça que ela vá embora! Ele me pediu com um olhar suplicante.

– ela é sua avó Carlos Daniel! Disse o olhando surpresa.

– NÃO! Ele gritou de repente me assustando e me fazendo dar um passo atrás. – desculpa, eu não quis te assustar! Disse me olhando quando sai de seu alcance. – apenas não quero vê-la agora! Ele disse mais calmamente.

Dona Piedade apenas observava tudo com cautela. Sabia o porque dele esta reagindo daquela forma a sua presença...

– Não se preocupem... Vou deixar os dois a sós... Amanhã conversamos com mais calma! Disse Dona Piedade forçando um sorriso apenas de tudo.

Paulina a olhou com pesar... Mas quando sentiu Carlos Daniel a envolver novamente o olhou seriamente. O que estava aconteceu ali? Perguntava-se enquanto estava mais uma vez tenta nos braços dele.

– Relaxa Paulina! Ele me disse em meu ouvido. – nunca te faria nenhum mal, me desculpa por ter gritado.

– T-ta tudo bem Carlos Daniel é só que... Tentei encontrar uma forma de dizer a ele...

– Vem! Ele me puxou pela mão quando deixei as palavras morrerem. E me levou para o quarto que estive ocupando nos dias em que fiquei na mansão Bracho. O olhei sem entender o que queria me levando ali.

– Dorme comigo essa noite? Perguntou me olhando com um olhar triste. Eu gelei com seu pedido e me soltei dele me afastando.

– Acho que esta na hora de eu voltar para casa! Disse evitando seu olha.

– Você disse que não me deixaria! Rebateu me olhando com um olhar preocupado.

– As coisas não funcionam assim Carlos Daniel, não posso ficar na sua casa para sempre! Rebati o olhando com firmeza.

– Só hoje... Preciso de você, preciso senti-la em meus braços! Disse-me olhando intensamente.

O olhei por alguns minutos, não via desejo, ou luxuria em seu olhar, via apenas alguém que precisava de minha companhia. Como poderia negar isso a ele, ainda mais me olhando daquela forma?

– Esta bem Carlos Daniel! Disse rendida enquanto me encaminhava ate a cama e me deitava de um lado tensa.

– Obrigado! Ele me disse enquanto se deitava a meu lado.

Quando pensei que poderia conseguir passar por isso sem problemas ele me puxou para seus braços colocando minha cabeça deitada em seu peito. Ele ainda estava sem camisa e podia sentir sua pele em minha bochecha e fiquei ainda mais tensa ao ficar deitada com ele daquele jeito.

Logo a respiração dele se acalmou e seus batimentos ficaram mais devagar, ele estava dormindo. Eu demorei mais para conseguir dormir... Mas acabei adormencedo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

o que será que Carlos Daniel esconde? hihihihih... logo descobriremo!
COMENTEM, FAVORITEM, INDIQUEM...

Bjus e ate o Proximo capitulo,,,