Are you mine? escrita por Becca Malfoy


Capítulo 2
Uma visita inesperada.


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente! Como eu disse nas notas inciais do prólogo, tô postando logo o 1º capítulo porque, sinceramente, achei o prólogo sem graça demais e sem conteúdo direito. É. u.u
Enfim, espero de verdade que gostem!



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“One lucky day, you came along.” New, Paul McCartney.

P.O.V – Draco Malfoy.

Passaram-se horas, dias e semanas até que eu constatei o que era óbvio pra meus empregados: Fiquei 1 mês e meio trancado em casa desde o incidente com meus pais. Às vezes chorando, ou então quebrando a mobília do meu quarto, mas sempre esperando (e muitas vezes torcendo) para que os aurores batessem à minha porta, carregando-me para Azkaban.

Mas não aconteceu. Infelizmente.

Desde a morte de Dumbledore, percebi o quanto era desfavorável continuar apoiando Voldemort. Eu nunca teria poder, nunca seria líder de nada, e sinceramente? Nem concordava direito com todas as ideias sugeridas. Mas ele ameaçou me matar. Matar minha família.

Pouco depois da descoberta do Armário Sumidouro, quando a ficha caiu em relação às maldades que ele fazia, eu nem me importava mais quanto à minha vida. Só continuei por causa dos meus pais. Eu faria tudo por eles.

Em troca recebi o que? Abandono.

Não tenho meta, nem futuro. Nunca me senti tão incapaz e sozinho e vazio. Morrer nem é uma perspectiva tão ruim assim, quando não se tem nada.

Foi aí que a campainha tocou, despertando-me de meus devaneios.

Levantei em um pulo e dei uma rápida olhada no espelho, analisando minha barba, meus cabelos desgrenhados e sentindo o odor desagradável de minhas roupas. Por Merlin, o que a tristeza não faz com as pessoas.

Já no primeiro andar, Josephine, empregada e minha babá desde que me vi por gente, tinha um olhar confuso e a sombra de um sorriso na boca.

– São os aurores? – Perguntei, já imaginando resposta negativa. E, ao invés de me responder, tornou a abrir a porta.

E, depois de muito tempo com a boca aberta num perfeito O, eu ri. Não apenas isso, na verdade, gargalhei.

Seus olhos quase tão claros quanto os meus e excessivamente arregalados, percorreram meu rosto. Avaliavam-me com um ar de inteligência, mas nunca superioridade ou arrogância. As lembranças do 5º ano vieram como um furacão: eu tinha uma admiração absurda por ela, mesmo sempre demonstrando o contrário. Seu jeito indiferente, seu sorriso, sua voz... Mas, é claro, ninguém precisava saber. Ninguém podia saber.

Usava uma blusa estampada de rabanetes e calças amarelo-desbotadas. Sorriu ao ver minha expressão de escárnio divertido ao julgar suas roupas, nunca dando a mínima. Algo dentro de mim reacendeu.

Porém, é claro, não pude perder a oportunidade de ser desagradável, apesar de todos meus sentimentos e emoções dissessem o contrário.

Até porque, independente de tudo, eu sou um Malfoy.

– Não sabia que minha casa tinha virado hospício para receber gente como você, Lovegood. – cuspi. Ela não pareceu surpresa, exatamente como esperei. Na verdade, seu sorriso só aumentava.

– Gostei da barba, Draco. Te deixou com um ar bem maduro, sabe? Incomum. – a voz sempre lenta, tranquila. – Seria educado me convidar para entrar, aliás.

Não sei por que, mas deixei, resmungando. Quem aquela biruta pensa que é pra falar comigo desse jeito? Na minha própria casa? Estranhamente, engoli as ofensas e a guiei para a sala de estar. Sentou-se no sofá púrpura em forma de L, sorrindo sempre. Maluca.

– Então? O que quer? – Tirou os olhos espantados das minhas fotos de quando era mais novo, os olhos brilhando.

– Fiquei tanto tempo em casa que já ia perguntar onde andava o Bufador de Chifre Enrugado. Você poderia comprar um, dá uma beleza essencial numa sala de estar. – assentiu, como se concordasse com suas próprias palavras. Logo depois, respondeu. - Conversar. Todos estão se perguntando onde você está e eu soube que seus pais sumiram então eu resolvi vir aqui, sabe? Ver se você estava bem. E é notório que não está. - percebendo meu olhar de desdém, levantou a mão, calando-me. – Seu olhar, Draco. Seus olhos revelam muita coisa. Não é a barba ou o fedor das suas roupas, e sim sua expressão de quem não tem mais motivo para viver. Eu não quero te ver assim. Olha... O Harry me contou que você nunca teve a intenção de matar Dumbledore; ele estava na Torre naquele dia, escondido sob a capa. E, a partir do momento que ele me disse isso, eu vi seu coração. Você merece coisas boas, Draco. Você merece ajuda. – chegou perto de mim, tocando em minhas mãos. Senti a textura da sua mão, tão macia quanto aparenta, e senti uma repentina vontade de chorar...

Mas é claro que estava ficando maluco. Encarei o carpete, constrangido, confuso, embaraçado, triste, carente. Mil sentimentos à tona.

– Tira a mão de mim, Lovegood. Pra que eu vou precisar da ajuda de uma aberração como você? – minha voz saiu fraca, e ergui o olhar para seu sorriso, agora desmanchado. Afastou a mão, vacilante.

– A ajuda vem de onde a gente menos imagina, Draco. Enfim. – tirou do pescoço um cordão, e lá havia uma réplica. Ambos eram dourados, com um pingente de asas e a palavra “esperança”. Colocou-o em cima da mesa de centro. – quando precisar de mim pode ser pra qualquer coisa, é só apertar o pingente duas vezes. Virei correndo. – levantou-se e foi para a porta, dando mais uma olhada para mim através do ombro e sorrindo decepcionada. – Até breve.

E, pela primeira vez em 6 semanas, não sonhei com meus pais, ou com aurores, ou com Voldemort. Sonhei com cabelos loiros e compridos, rabanetes, um sorriso torto triste e a frase “Eu não quero te ver assim” ecoando em meus ouvidos...


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Notas finais do capítulo

Draco ficou gamadinho fácil, fácil. ops. HAUAHUH
Gostaram? Confesso que eu não curto muito esse capítulo, não. Pra mim, a melhor parte dele é o último parágrafo. u.u Sou muito crítica, como pode? D:
Qualquer erro, elogio, crítica, whatever, escrevam tá? Eu sou fofa, meiga, dou atenção pra todo mundo, não mordo... Tipo, eu até gosto de morder e tal, mas virtualmente não dá pra fazer isso.
Cara, eu falo demais. hahahah
Beeeeeeijos



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