Ice Cream escrita por IsaChan


Capítulo 10
Dia no Parque. /Parte 2-2


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, sei que vim com esse papo de novo, mas me desculpem pela grande pausa nas postagens dos capítulos ;-; .Espero que vocês não abandonem a fic... Está realmente tudo muito corrido pra mim, sem tempo pra nada. Mas nessa semana de folga (9 dias em casa >w< ) tentarei terminar a fanfic, iniciando uma nova :33. Mas enfim.

Espero que gostem



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Nós fomos todas até o Parque. Cantarolando, como criancinhas do pré. Jaqueline vez ou outra desviava das pedras que encontrava em sua frente. Enquanto segurava em minha mão.

Minha prima quebrou o silêncio:

–Li...Vocês são mesmo namoradas?

Nesse momento corei. Só pude ver uma garotinha com olhar curioso em minha frente, à espera de uma resposta.

–Bem...

–Não tem problema não. - Disse ela sorrindo.

–Somos. -Interviu Jaqueline, com o olhar animado.

–Ah, interessante...

Ela continuou sua caminhada, sempre à nossa frente. Eu trocava olhares com Jaqueline, enquanto ela fazia sinais com a mão, e falando, "Não precisa esconder" com os lábios, enquanto eu o interpretava.

Chegamos ao desejado Parque. E meu Deus, como era lindo! Não parecia um simples parque de uma cidadezinha pequena, era como aqueles parques que vemos em Filmes e Seriados. E não é um exagero.

Sua frente era banhada com cores animadas,contido de desenhos entrelaçados que formavam um coração. Continha vários vendedores de Algodão Doce, que fazia o lugar ter um cheiro de lembrança. As crianças andavam com seus balões altos e vermelhos, enquanto seguravam nas mãos de seus amados parentes.

–Wow, como é lindo. -Soou Gabriela, fitando com brilho nos olhos os desenhos.

–Não é? -Disse Jaqueline, enquanto olhava com seu largo sorriso no rosto para mim.

–Hm...-Pensou Gabriela -Se vocês são Namoradas, somos como papai, mamãe e filhinha. -Disse ela num tom inocente.

Eu e Jaqueline rimos.

–E vocês sabem o que as filhinhas fazem? ... -Continuou ela - Elas fogem!!! - Ela então saiu correndo, como se tivesse apenas um minuto para pegar todo o chocolate que quisesse.

–O quê??? - Jaqueline saiu atrás dela, me deixando parada frente à entrada do parque.

Minutos depois Jaqueline voltou, ofegante.

–Cara, sua prima corre.

–Relaxa, daqui a pouco ela aparece. -Respondi, com a mão frente aos lábios.

–É, eu espero... Ficaríamos encrencadas se perdêssemos ela. -Disse Jaqueline preocupada - Aí que sua mãe não aceitaria ser minha sogra mesmo! - Continuou ela, franzindo o cenho.

Segurar o riso foi inevitável.

–Ela vai aparecer. -Me aproximei dela, pondo minha mão sobre seu ombro.

Ela sobrepôs suas mãos às minhas.

–Você quer esperar ela aqui? Perguntei.

–Claro que não! Pode ter um quarto de hotel aqui, e podemos aproveitar isso! - Respondeu ela, animada. Como seu eu entrasse em um quarto fechado com a perversão encarnada em pessoa.

–Nós não vamos entrar num quarto. -Interrompi.

–Ah, por que não? -Ela fez bico.

–Porque...Bem, vamos logo. -Eu a puxei, arrastando-a para dentro do parque.

Quando entramos eu vi vários brinquedos, todos enfeitadinhos e carinhosos. É claro que também haviam aqueles que só de olhar já me deixava com frio na barriga.

–Vamos nesse? - Perguntou Jaqueline apontando para uma montanha russa à sua frente.

–Nem pensar!

–Vamos.

Ela por vez me colocou nas costas. Por mais que eu me sacudisse ela jamais me largava. A garota era baixinha, mas era forte!

O homem que pegava o dinheiro da entrada estranhou. Não era todo dia que se via uma garota com a outra nas costas, prestes a entrar num brinquedo.

–Essa menina aí também entra? -Perguntou o homem alto, vestido de preto, com o olhar fixo em mim.

–Bem, ela vai sim. -Respondeu Jaqueline, tampando minha boca. -Ela ta com uma dor de perna, então to dando uma mãozinha a ela.

–Ok... -Disse o homem estranhando.

Ela me colocou sobre o banco do brinquedo e apertou bem forte o cinto de segurança.

Ela se sentou, e disse, olhando maliciosamente para mim:

–Você tem três opções: Ou você saí do brinquedo agora, e perde as pernas. Ou você grita, e pensarão que eu sou uma louca que te raptou e me prendem, ou você se comporta como uma boa garota. E aí, o que você escolhe?

Eu me sacudi calada, tentando soltar o nó que ela fez para me prender ao banco.

–Ops, resposta errada. -Interviu ela, jogando seu braço por cima de meu corpo.

O brinquedo começou a se movimentar, e só de pensar no que eu passaria, já ficava em estado de êxtase.

–------------------------------

Acordei com Jaqueline à minha frente. Apenas de sutiã, e uma cinta liga somada de uma meia. Como era sexy. As curvas de seu corpo me deixavam altamente perdida.

–A-an, o quê? Onde eu estou? - Perguntei confusa. Olhei para minhas mãos,que estavam presas à cabeceira da cama, e me assustei ainda mais.

–Você está sobre meu poder agora. -Disse Jaqueline se aproximando, lentamente.

Ela mordia seus carnudos lábios avermelhados, em sinal de provocação.

Chegando para perto de mim, ela fingiu um suposto beijo. Me fez ficar ofegante. Ela pôs seu corpo acima do meu, deixando suas pernas abertas, sentada em cima de meu quadril. Como quem estivera sentado em um banco de uma moto.

Ela abria lentamente minha camisa, dando beijos molhados em minha barriga, que me faziam soltar baixinhos gemidos de arrepio. Enquanto passava suas mãos sobre minhas costas, fazendo com que eu me curvasse.

–P-are! Isto é tortura! - Eu disse quase choramingando, corada de vergonha.

Ela riu , como quem estivesse se divertindo com aquilo tudo. Me fitando intensamente. Ela subiu seu corpo para mais perto de minha face, e murmurou em meu ouvido: "Eu sei que você gosta" . Sua voz maliciosa me deixava perdida, como se eu não estivesse ali, não estivesse vivenciando aquilo, e ninguém mais, além de mim e ela, existissem.

Fui então interrompida de meus deliciosos devaneios.

–Lesly, pelo amor de Deus, acorda!!

Abri meus olhos com força, que ainda estavam um pouco embaçados. Podia ver que Jaqueline me sacudia rapidamente, com algumas lágrimas no canto dos olhos.

–O que?? - Eu disse pondo minha mão para trás, para dar impulso, erguendo meu tronco.

–Ah, graças a Deus!!! - Lesly me abraçou intensamente. Ela sacudia um pouco o corpo. É como uma mãe, que dessa vez, perdera seu filho na guerra.

–Jaqueline? -Olhei para ela confusa. Via várias pessoas em meu redor, com o cenho franzido, de preocupação.

Como ela estava com roupas, segundos depois? Olhei em volta, e estava no chão, deitada, frente ao brinquedo que havia sido obrigada a enfrentar com Jaqueline. Mas eu não me lembrava de nada, além de estar altamente extasiada.

–Oh, me desculpe, por favor, não sabia que seu corpo teria tal reação -Jaqueline pôs sua cabeça no vão de meu pescoço, me deixando arrepiada.

–Para, isso faz cocegas. -Eu disse enquanto levava minha mão de encontro ao seus cabelos.

–Oh, você é tão fofa. -Disse ela, pondo suas mãos em meu rosto, o acariciando.

–Jaqueline, o que houve? Você bebeu? O que ta acontecendo? -Perguntei, com o olhar confuso.

–Você não se lembra?

–Não... -Eu sequei uma lágrima que escorria de seus olhos -Por que você está chorando? - continuei.

–Bem, porque simplesmente pensei que iria perder você. -Ela então apertou forte seu corpo contra meu peito, escondendo seus sentimentos.

–Mas por que?

–Você não se lembra mesmo?

–Bem, não... -Eu só me lembrava que estava num quarto. Com Jaqueline aproveitando de mim. Mas não achava uma boa explicação, então não diria aquilo à ela.

–Nós estávamos no brinquedo... -Ela pausou, soluçando -E quando estávamos na altura, você apagou...

–Cara, você ta soluçando. -Intervi, com uma suave gargalhada. -Como assim apaguei?

–Apagou, desmaiou, morreu. Já nem sei mais.

–Bem, eu não morri...

–Não. Ainda bem. Aí que sua mãe não aceitaria ser minha sogra MESMO. -Disse ela, intensificando o "mesmo".

Ambas rimos.

–Bem, me desculpe novamente, eu não deveria ter obrigado você a subir naquilo.

–Ta tudo bem. -Sorri.

–Agora podemos ir no brinquedo que você quiser. -Disse ela, me levantando.

–Sério?

–Sério!

Jaqueline espantou todos ao nosso redor. "Saíam! " repetia ela, diversas vezes. Coisa que eu achei meio ríspida, por parte. Mas resolvi não discutir.

Eu de longe avistei uma daquelas caixas fotográficas, que você tira uma foto, e pode personalizá-la.

–Ah, vamos naquele? -Eu disse apontando.

–Naquele? -Perguntou ela.

–Sim, naquele. -Sorri, fazendo um gesto infantil.

–Eu não gosto muito de fotos, e-

–Você disse que eu podia escolher qualquer um. -Interrompi, cruzando os braços, emburrada.

–Ok, vamos naquele. -Disse ela, se rendendo.

O brinquedo era amarelo. Não sei o nome que se dava a ele, na verdade. Ele continha várias fotos diversificadas em seu exterior.

–Vamos, entre. -Eu disse, dando tapinhas nas costas de Jaqueline.

Entrando, vimos que não conseguiríamos tirar nossa foto. Não por algum problema na máquina, ou algo do tipo. E sim pelo nosso tamanho.

Se ajustássemos a câmera, iria tampar parte de meu corpo, e apareceria apenas Jaqueline. E se não ajustássemos, apareceria meu corpo inteiro, menos o de Jaqueline.

–Ah, e agora? Perguntei, triste.

–Bem basta eu erguer meus pés. -Disse ela, animada.

–Não é justo.

–Por que?

–Você vai ficar mais alta que eu! -Resmunguei.

Ela riu - Ah, deixa dessa.

Ela então o fez.

–Está pronta? -Ela perguntou.

–Totalmente. -Respondi.

Jaqueline então fez o inesperado. Ela apertou o botão escrito "Flash" da máquina, e num ato repreensivo puxou meu quadril para perto dela. Colocou suas mãos sobre meu rosto, e me beijou, repentinamente. Aquilo fez com que meu coração saltasse para fora, como se nunca tivéssemos feito aquilo antes. Mas era especial.

Segundos depois, ela separou nosso lábios. Pegou a foto que saiu no mesmo estante da máquina, e a analisou durante um certo tempo.

–Ah, você saiu com os olhos abertos. -Resmungou, com a mão sob o maxilar.

Eu me encolhi, envergonhada.

–Vamos, olhe. -Disse ela estendendo o braço, com a foto sobre a palma de suas mãos.

–É-é-ér, ficou bonitinha. -Eu disse, olhando de canto para a imagem, ainda com o rosto todo vermelho.

–Você ta toda vermelhinha! -Disse Jaqueline, com brilho nos olhos. -Que fofinha!

–Você que está toda melosa hoje.

–Nem to.

–Ta sim.

–Não to não. -Ela fez bico.

–Isso foi um ato fofo. -Eu disse me aproximando. E então ela novamente selou nossos lábios.

–Não faça isso repentinamente. -Resmunguei.

–Enquanto você for minha, farei isso sempre que puder. -Respondeu ela, passando seus braços em volta de minha cintura.

–Hunf!

–Cara, cadê sua prima? Já ta quase escurecendo. -Disse ela olhando para o céu. -Que horas são? -Perguntou.

–Bem, já são...Olhe, tem uma mensagem dela.

–O que diz aí?

–"Prima, eu estou em casa. Desculpe de ter fulgido, minutos depois eu me perdi, e tive de pedir ajuda ao seguranças para voltar pra casa. Não quero atrapalhar, mas volte logo, sinto medo em ficar sozinha." -Eu li a mensagem para Jaqueline.

–Que horas ela mandou a mensagem? -Ela perguntou.

–Às 16:30.

–E que horas são?

–Quase 20...

–Wow! Temos de ir logo. -Jaqueline então segurou minhas mãos, fortemente.

Alguns minutos após começou a chover. Jaqueline tirou seu casaco, e o colocou sobre minha cabeça, me abraçando por inteiro.

–Não pre- .

–Quero cuidar de você. -Interrompeu ela, com um sorriso no rosto.

Seguimos com nossos acelerados passos, vez ou outra desviando-se das lamosas poças d'água que haviam se formado.

Um certo tempo depois da caminhada, avistamos um garoto escorado na parede, com um capuz escondendo seu rosto. O garoto então começou a se aproximar.

–Lesly, vai para trás. -Disse Jaqueline encostando suas mãos em meu abdômen, para que eu me afastasse.

–N-não.

–Fique atrás de mim, Lesly!!! -Jaqueline gritou, estava com um tom de desespero. Eu então o fiz.

O garoto de longe acelerou seus passos, quase se aproximando de nós.

–Sua lésbiquinha de merda! -Gritou o garoto. E aquela voz era familiar.

–Q-quê? -Me aproximei dele, fugindo do conforto de Jaqueline. Minhas mãos tremiam, e minha voz estava fraca.

–Vocês duas deveriam queimar juntas no inferno! Não acredito que você me traiu com uma garota. Uma garota! -Gritava o garoto, fora de si. E sim, o garoto era...nada mais, nada menos, que, Carlos.

–Q-quem é você, o que quer? -Perguntei, como se já não soubesse.

–Ha? Sua vadiazinha, agora não me reconhece mais? - O rapaz, que por vez era Carlos, abaixou o capuz, deixando exposta sua reprimida face.

–Quem é ele, Lesly? -Perguntou Jaqueline. Eu então a segurei, impedindo-a de se aproximar.

–Não é ninguém. Está tudo bem. -Respondi.

–Ninguém? Eu agora não sou ninguém? Você vai se arrepender do que disse.

Carlos então saiu correndo dali mesmo, ele iria contar aos meus pais que eu estava namorando uma garota. Era o máximo que eu esperava que ele pudesse fazer. E eu o deveria impedir. Pois uma vez descoberto, eu jamais poderia ver a garota que amava novamente.

Fui correndo atrás dele, e dei um sinal com as mãos para Jaqueline, deixando claro que logo voltaria. Ela não aceitou, e foi correndo atrás.

Carlos corria rápido, e meu único desejo era apenas alcança-lo. O que não foi cumprido.

Nesse mesmo momento,na correria, uma luz branca e forte invadiu à minha frente. Meus olhos se embaçaram, e pude ouvir a voz abafada de Jaqueline gritando. E à partir daí, já não fui capaz de enxergar mais nada.


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Notas finais do capítulo

Eu sei escrever drama também, viu -v-. Mas não vou judiar muito de vocês :33 . O melhor fica por último muahaha. -q Espero que tenham gostado. Até a próxima :33



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