Um Amor Adolescente. escrita por Bruna


Capítulo 3
Capítulo 3




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Caio

Ao acordar, me levanto e vou tomar meu café da manha com Geena e os gêmeos. Nossa empregada domestica, que também foi minha babá desde quando eu era bebê.

Minha mãe quase sempre esta no trabalho. Quando ela ta empolgada como ela estava hoje ela vai trabalhar as 05:00 da manha. Só pra avisar, minha mãe é prefeita da cidade. Ela nasceu aqui em Valinhos e com 18 anos foi para a Universidade em New Yorque. Lá ela conheceu meu pai e depois de três meses, resolveram namorar, e com quatro anos de namoro eu nasci. Quando completei 11 anos minha mãe se divorciou do meu pai porque se apaixonou por outro homem que a engravidou. Depois que os gêmeos vieram, ele deu no pé e nunca mais foi visto por nós. De Tanto sofrer mamãe resolveu voltar para casa no Brasil. Assim dois anos depois ela se candidatou a governadora, e por isso hoje se tornou a primeira prefeita da cidade!

Essa é minha vida hoje: Um filho com pais separados. Sei que muitos gostariam de ter minha vida. Ganhar dois presentes, duas mesadas, ter duas casas, etc. Eu não, eu preferiria ter os dois. Eles nem sempre tem tempo pra mim. Quase nunca na verdade. E sempre tentam me comprar com presentes, isso nem sempre é o que eu preciso mais tudo bem, eu os amo de qualquer maneira e não tenho vergonha de admitir isso. Eles são bons pais. Sempre que podem. E isso recompensa o resto.

***

Depois do café da manha, pego o carro e levo os gêmeos na creche, assino a folha de chegada deles e corro pra minha escola que alias faltam só 5 minutos pra bater o sinal.

Chegando perto eu acelero um pouco o carro e do nada tem uma louca no meio da pista. Sem ter tempo de reação, ela consegue desviar da dianteira do carro com um pulo e termina de atravessar a rua. Caramba que garota doida, passar a rua correndo com o sinal amarelo?! Essa é maluquinha mesmo!

Olho no espelho retrovisor e percebo que ela esta falando algo, não sei o que, por causa, do CD que eu to escutando. Volto minha atenção pra frente, entro no estacionamento da escola. Depois de estacionar o carro, pego minha mochila no banco de trás, desligo o carro e saio. De frente pra mim, esta a menina maluquinha e Deus... como ela é linda!.

–Bréééééé...

Como se um tijolo me atingisse a cabeça eu acordo pra vida e vou pegar meu horário de aulas. Na diretoria uma mulher dos seus quarenta e dois anos, meio gordinha me entrega um papel contento meu horário de aulas.

Agradeço a funcionária da escola e saio da diretoria. No corredor. Vou com calma até a minha sala de aula.

Parada na frente da porta da sala, de costas para mim está uma mulher, dos seus trinta e tantos anos, com cabelos negros, bem curtos. Ao lado dela dou uma batidinha no batente da porta.

_ Com licença?

_Oi? _ Ao virar-se para mim, continua: _O que foi meu querido?

_ Oi... é ... eu sou aluno novo aqui na escola. Essa é a sala da professora Cris?

_ Sim... Prazer,... _diz estendendo a mão_ Cris sou eu... Agora, você deve ser o caio, estou certa?

_Sim _ sorrio.

_ Só pra avisá-lo, não tolero atrasos na minha aula ok? Hoje até permito, mais é porque é o primeiro dia de aula.Ok? pode entrar.

Entrando olho ao redor da sala. A professora aproveita pra chamar a atenção dos outros alunos, e começa a me apresentar a eles.

Ao terminar minha apresentação, me manda escolher uma carteira pra me sentar.

Enquanto isso, estou observando uma aluna em questão.

É a maluca do cruzamento! Não acredito que ela esta na mesma turma que eu!

Escolho uma carteira, que fica a duas carteiras na frente dela e a amiga. Na carteira ao lado da minha tem um menino que aparenta ser um pouco mais baixo que eu, com olhos verdes e cabelo preto. Ele esta me olhando de uma forma estranha.

_ E aí cara... Você não é o filho da prefeita Claudia Arantes? Ou to enganado?

_ Não, sou eu sim. _ repondo.

Vou ser sincero, não gosto de ser lembrado como o filho da prefeita, muito menos como o filho do grande diretor de cinema Andrew Parker. Mais não digo isso a ele.

Abrindo um sorriso , estende a mão em cumprimento.

_Prazer, meu nome é Guilherme. _ com um olhar de indecisão continua_ hum ...Posso fazer uma pergunta?

_ Claro.

_ você tava olhando as meninas da carteira de trás?_ a curiosidade estampada no rosto.

_Na verdade sim... eu... Quase atropelei a morena hoje... Você sabe o nome dela?

_ Sim, o nome dela é Hanna, a loira do lado é a Julia, mais desde já, aviso que a Júh é minha, ok?

Conversamos por uns dez minutos seguidos e estudamos um pouco.

Dou uma disfarçada e a cada minuto olho ela. Caramba até o nome dela é lindo. Percebendo minhas disfarçadas o Gui solta uma gargalhada, e por isso ganhamos um olhar da professora. Mas percebo uma tristeza em seus olhos.

_sabe a Hanna quando entrou aqui nessa escola, á 2 anos atrás, foi muito julgada por ser pobre. Até hoje ela é motivo de chacota. Quando descobriram que seu pai é faxineiro da prefeitura..._ Sério? o pai dela trabalha pra minha mãe?_ e também é jardineiro. Todos riam e apontavam ela, onde quer que fosse. Hanna foi muito corajosa, não ligava para o que diziam. Assim calou a boca de muitos._ ele me olha nos olhos.mais logo desvia o olhar e volta a estudar.

Reflito sobre o que o Gui disse sobre ela.

Essa garota acabou de ganhar um admirador. Gosto de pessoas corajosas e determinadas, e já percebi que corajem e determinação, ela tem de sobra.

Depois disso não consigo me parar de olhar pra ela a cada cinco minutos durante o resto do dia de aula.


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