Lágrimas de Diamante escrita por Downpour


Capítulo 8
Capítulo 8 - O que Lúcia viu


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
eu acho que eu acabei dizendo que postaria no fim de semana, mas eu não tive tempo o suficiente para completar o capítulo, mas ai esta espero que gostem e comentem. Obrigada pelos comentários do capítulo anterior



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–Loren! - Exclamou Edmundo correndo até a garota ignorando todos os presentes ali ele se ajoelhou ao lado dela, seus olhos estavam arregalados e amedrontados, a respiração de Loren estava por um fio por causa do susto, ela havia três enormes arranhões vísiveis no pescoço, deles jorravam uma enorme quantidade de sangue molhando o cabelo dela de vermelho vivo.- Ela esta perdendo muito sangue! - Edmundo gritou para os irmãos pedindo por ajuda. Susan arregalou os olhos.

O sangue de Loren pingou na areia, mudando a cor da areia de branco para avermelhado. Edmundo estava desesperado. A única coisa que ele podia pensar era que ele não iria conseguir perder ela, que era a culpa dele ter levado Loren á Nárnia em tempos de perigo, era tudo culpa dele. Ele dizia para si mesmo, evitando chorar na frente de Loren que gemia de dor.

–Esta doendo. - ela murmurou monotonamente , seus olhos estavam lacrimejando pronto para formularem lágrimas de dor.

–Deixe-me ver! - ela exclamou derrubando Pedro na areia junto com o barco e se ajoelhou na frente de Loren. - Acalme-se Loren! Você não vai morrer. - Ela sussurrou. Como ficaria Edmundo sem Loren? Ela não conseguia imaginar, o tempo de férias que ele havia passado sem ela, foram horríveis, ele não conseguia aproveitar dia nenhum se perguntando onde ela estaria e como estaria. - Lúcia! - ela gritou chamando a irmã pequena. - O Frasco!

Lúcia correr até eles e tirou seu frasquinho em formato de diamante do bolso. Os olhos de Loren se arregalaram, Nenhum deles havia percebido, mas aquele formato era completamente familiar para ela. Lúcia retirou a tampinha derrubando ela na areia e pingou exatamente três gotas no pescoço dela, então Loren fechou os olhos e uma lágrima despercebida por todos escorreu pela sua face dançando e pingou na areia se cristalizando em um pequenino diamante. Os arranhões começaram a se cicatrizar.

–Loren? - Edmundo chamou por ela assustado, a ideia de não ver mais ela era insuportavel.

Loren tossiu, uma, duas três vexes e voltou á abrir lentamente os olhos.

O seu olhar se fixou em Edmundo que estava com os olhos fixados nela, ela sentiu as bochechas queimarem, seu coração queria saltar do peito e borboletas começaram a voar no seu estômago,ela estava bem, e desviou o olhar para Lúcia.

–Que gosto de chocolate é esse que você colocou na minha boca? - Perguntou Loren á Lúcia e os Pervensie riram aliviados. Loren estava ótima, e bem aparentava estar bem mais viva e saudável de quando havia chegado á Ilha.

–é do Papai Noel, sabe os presentes. - Lúcia falou para Loren ajudando a garota a se levantar, a morena deu um suspiro e logo após deu um sorriso de canto.

–Eu parei de acreditar nele aos seis anos, quando eu estava me arrumando para ir na casa da minha avó. - Lúcia e Susana fitaram Loren interessadas. -Naquela noite eu vi ela e a minha mãe colocando os presentes debaixo da árvore. É difícil acreditar que ele existe em Nárnia. - Loren deu de ombros e Susana lhe observou compreensiva, ela sabia pelo que a menina estava passando, nos seus primeiros momentos em Nárnia Susana achou tudo mágico e incrível claro, mas ao ver que havia uma feiticeira do mal, um leão que fala e um Papai Noel de verdade foi chocante para ela por ser a irmã mais velha, e mais realista entre Edmundo e Lúcia.

–Já que a garota esta boa, creio que podemos ir certo? A viagem ainda vai demorar alguns bocados. - Falou o Anão e Pedro concordou. Edmundo ficou para trás observando Loren conversar com as suas irmãs.

Ele havia ficado tão preocupado com ela, e de repente quando ela estava curada dos arranhões do urso, ela apenas olhava ele e não lhe dirigia nenhuma palavra? Garotas, era tão complicadas! Edmundo achava jogar xadrez mais fácil do que compreender a sociedade feminina, com Susana era o mesmo, ora ela estava irritada e mandona e ora estava calma e feliz. Talvez fosse por conta da bipolaridade, pensou e deu de ombros. Mais tarde, quando eles fossem parar para acampar ele iria falar com Loren, talvez não fosse se declarar, ele pensava que não iria conseguir fazer isso de um momento para o outro é claro, mas ele estava preocupado com ela e tinha certeza de que ela estava agindo estranha. Ele a conhecia a tempo suficiente para saber disso.

–Nos vamos ter de atravessar o Veloz? - Perguntou Susana quando chegaram perto de um ponto alto de terra, onde deveria ter uma ponte para atravessar o Rio Veloz.

–Era para ter uma ponte aqui. - Disse Pedro.

–Tem como atravessar? - Perguntou Edmundo á N.C.A, o anão o olhou sarcástico.

–Tem Caindo. - respondeu .

Loren ficou calada diante daquela situação, Susana e Pedro estava discutindo quem estava certo sobre atravessar o Rio Veloz e que com o passar dos anos havia mudanças na terra, e Pedro rebatia dizendo que ela havia decorado aquilo do seu livro de Geografia.

–Não estávamos perdidos. - Disse Pedro ainda confiante de si.

Loren se distraiu por um momento ouvindo um farfalhar, e se virou rapidamente a tempo de não escutar o que o anão havia dito.

–Por mim tudo bem. - respondeu Susana. - Eu prefiro nadar ao invés de andar.

Então Susana, Pedro, Edmundo e o Anão começaram a andar se dirigindo á direção contrária do rio, menos Lúcia e Loren que estava avoada em seus próprios pensamentos.

–Aslan . - Ela sussurrou. - Olhem! Olhem! - ela exclamou com um sorriso de orelha á orelha.

–Aslan? - repetiu Loren assustada se virando para olhar para onde ela apontava, mas não havia nada além da paisagem natural da floresta

— Você acha mesmo que...? — disse Pedro.

— Onde você pensa que o viu? — indagou Susana.

— Por favor, não falem como pessoas grandes! — disse Lúcia batendo o pé. — Não penso que vi! Vi mesmo!

— Mas onde, Lu? — perguntou Pedro.

— Lá em cima, entre aquelas roseiras do mato. Não, deste lado do precipício. Lá em cima, não embaixo. Do lado contrário ao que vocês querem ir. Aslam queria que fôssemos por onde ele estava... lá em cima.

— Como é que sabe o que ele queria? — perguntou Edmundo.

— Bem... ele... pela cara dele!

— Pode ser, que tenha visto um leão — disse N.C.A. —Pessoas dizem que há leões nestas florestas. Mas quanto a ser um leão amigo, daqueles que falam, pode ser como o urso...Selvagem….

— Que besteira! — exclamou Lúcia ela parecia realmente ofendida. — Acha que não sou capaz de reconhecer Aslam se o vir?

— Se é um conhecido de outros tempos, deve estar bastante velho! — replicou Trumpkin. — E, ainda que seja o mesmo, quem é que nos garante que não se tenha tornado feroz como tantos outros?

Loren viu a expressão de Lúcia e sentiu pena, Lúcia estava á beira de lágrimas de raiva, ela estava sendo incompreendida por ser a mais nova, dentre os mais velhos.

— Mas eu tenho certeza! — gritou Lúcia, com os olhosjá prestes a explodirem de raiva, suas bochechas estavam vermelho fogo..

— Ora, Lúcia, você tem certeza, mas nós não temos! — disse Pedro.

— O melhor é pôr em votação — propôs Edmundo, Loren se admirou, ele realmente merecia o título de justo.

— Apoiado! — concordou Pedro. — O N.C.A. é o mais velho. Seu voto: vamos por cima ou por baixo?

— Por baixo. Não entendo nada de Aslam. Mas sei que, se voltarmos à esquerda e formos lá por cima, poderemos andar um dia inteiro sem conseguir passar para o outro lado. Mas, se cortarmos pela direita e seguirmos por baixo, em poucas horas estaremos no Grande Rio. Além disso, se há mesmo leões, acho que é mais interessante fugir do que ir ao encontro deles.

— Qual a sua opinião, Susana?

— Não fique zangada, Lu, mas acho que realmente é melhor ir por baixo... Estou muito cansada, e o que me interessa é sair quanto antes desta mata horrível. E, para dizer a verdade, só você, ninguém mais, viu alguma coisa!

— Você, Edmundo?

— Bem, há uma coisa a considerar — disse Edmundo, falado rápida com as bochechas vermelho fogo, ele desviou o olhar de todos principalemte de Loren e abaixou a cabeça. — Quando descobrimos Nárnia, há um ano... ou há mil, sei lá... foi justamente Lúcia quem descobriu primeiro, e nós não quisemos acreditar nela. Eu fui o pior, sei disso. Ora, ela tinha razão. Não seria justo que desta vez acreditássemos? Por mim, proponho que se vá por cima.

–Ah Ed! - Lúcia exclamou feliz.

–E você Loren? - perguntou o anão e Loren mordeu o lábio.

Ela lembrou-se das palavras de Aslam, e sentiu corajosa o suficiente para rebater.

–Eu vi Aslam. - Ela falou com o queixo totalmente erguido, mostrando a todos eles que aquela era sua opnião e nada iria mudar ela. - Não foi hoje, no mesmo momento em que Lúcia o viu, mas sim na minha primeira noite aqui.

–Você viu Aslan! - Exclamou Pedro.

–Como? - disse Susana.

–Vocês estavam dormindo. - Disse Loren agora corada . - Não queria acordar vocês, achava que era um animal normal, mas ele falou comigo…

–Você apenas teve um sonho. - Disse Susana dando para ela um sorriso torto.

–Não! - Lúcia rebateu defendendo Loren. - Aslam esta aqui Su!

— Vamos por baixo — declarou Pedro, depois de longo silêncio. — Pode ser que Lúcia tenha razão, mas não tenho certeza. Mas temos de decidir uma coisa ou outra. Quanto a Loren Susana tem razão ela pode ter sonhado.

Loren abriu a boca indignada.

–Não Pedro, eu posso jurar para você que foi real. - Ela falou olhando para Pedro suplicante.

–Se fosse real, Aslam teria falado conosco também. Por que só você e Lúcia? Hein? - ele falou e vendo que Loren não tinha resposta para a sua pergunta se virou para ela.

–Obrigada Loren. - Disse Lúcia entristecida para ela e apressou o passo com lágrimas descendo pela sua face corada.

–Você...Você viu Aslam? - Edmundo perguntou para ela que se virou para ele de imediato.

–Eu posso jurar que sim! - Ela exclamou.

–Calma, eu não estou achando que você esta mentindo…-Edmundo falou e Loren arregalou os olhos. Por um simples impulso deu um sorriso torto para ele e o abraçou, seu coração bateu mais rápido, mas ela ignorou. Edmundo surpreso retribuiu o abraço, e ela sorriu de canto sentindo-se mais protegida do que podia imaginar.


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