Lágrimas de Diamante escrita por Downpour


Capítulo 25
Capítulo 25 - A Caminho da Guerra


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu não planejava postar esse capítulo tão rápido mas como eu achei um site para ler BOO (Sangue do Olimpo) online, talvez eu fique meio desativa do Nyah por alguns dias e resolvi adiantar esse capítulo e também porque eu estou meio ocupada vendo a primeira temporada de Sakura Card Captors que esta um amor (E por causa de TWD e OUAT) Enfim, aproveitem o cap



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Lúcia já estava com os pés doloridos, sua respiração estava completamente ofegante. Decidiu fazer uma pausa, estava cansada demais para continuar, sentou-se debaixo de uma árvore secando o suor de sua testa enquanto procurava respirar normalmente. Fechou seus olhos e encostou sua cabeça no tronco da árvore, em pensar que antigamente os.espíritos das árvores pairavam sobre as floretas de Nárnia dançando alegres, eram bons tempos. Ela sentia falta daquela Nárnia antiga, quando voltou para sua terra sentiu pura nostalgia. Porém, doeu ver o que os telmarinos faziam com sua Nárnia, haviam acabado com Cair Paravel o castelo que ela sonhava todas noites lembrando-se de como era feliz ali. E em pensar que eles haviam matado uma boa quantidade dos narnianos restantes. Aquilo era tão frustrante, os espíritos das árvores haviam se escondido, os próprios narnianos tiveram que se esconder e fugir para salvarem suas vidas. Aquilo era tão errado. Nárnia era o lugar deles. Não podiam expulsar eles da própria terra, seu lar. Mas eles tinham feito isso. Nem demonstrarem o mínimo de respeito pela história que tinha ali, aquilo revoltava tanto Lúcia...

Se levantou rapidamente e observou ao redor, não havia se recuperado completamente, porém se sentia inspirada novamente para correr pela floresta sem uma direção determinada. Voltou a correr ainda sentindo seu corpo doer, porém, procurava ignorar a dor e seguir em frente. Ela precisava provar para si mesma que a única amiga de verdade que ela havia tido estava realmente viva. Arfou, estava ficando mais cansada quando ouviu um estalar de galhos, recorreu então para a sua pequena adaga amedrontada.

–Tem alguém aí? - Ela perguntou com a voz falhando, estava com medo. Sua determinação era tanta que ela nem havia sequer pensado nos problemas que ela poderia ter ao ir para a floresta. Um vulto enorme apareceu atrás de uma árvore, Lúcia estremeceu. Era grande demais para ser Loren e jamais seria Aslan. Provavelmente um telmarino. Um homem armado, alto e forte surgiu de trás da árvore rindo com deboche.

– Uma criança no meio da floresta? - Disse com os olhos brilhando, ele tinha uma espada enorme e afiada em mãos. A adaga de Lúcia era um nada comparado á espada do homem. O desespero ficou estampado em seu rosto. - Eu achando que não teria uma presa por tão cedo, bem que Miraz estava caçando crianças... - O homem abriu um sorriso podre. - Parece que terei um bom salário este mês...

Lúcia começou a tremer segurando com força o cabo de sua adaga, o homem se aproximava com o intuito de mata-la. Os olhos do homem estavam arregalados e pareciam brilhar de prazer em o medo no rosto da garota. Até que seus olhos se reviram e ele caiu de joelhos no chão. Uma espada havia perfurado seu corpo, a espada de Loren

Lúcia abriu a boca, porém não conseguiu falar. Sentiu tanto alívio naquele momento...

Loren puxou sua espada com força fazendo com que o homem caísse no chão e sangue estancasse na grama. Havia pequenas manchas de sangue em seu rosto, tirando isso ela continuava a mesma. Tinha os mesmo cabelos castanhos encaracolados um pouco maiores, olhos enormes castanhos e a mesma expressão. Porém, parecia mais cansada e amedrontada.

Ela olhou para a espada ensanguentada, parecia enjoada e distante.

–Lo...Loren- Lúcia gaguejou.

Loren arfou erguendo seu rosto, lágrimas de medo escorriam pela sua face se transformando em diamantes pequeninos.

– Eu fiquei com tanto medo. - Loren sussurrou. - Meu Deus Lu, se eu não tivesse chegando antes...

Lúcia abraçou Loren também chorando de alívio, era tão bom ter ela de volta.

Um vulto apareceu atrás delas, era Aslan que parecia contente com a cena a sua frente.

– Eu pensei que...Pensei que você fosse morrer. - Disse Loren soluçando, ela estava tão vulnerável...Parecia que algo havia sim mudado nela, mas o que? Lúcia não sabia.

– Não tem problema não é? Eu ainda estou aqui. - Lúcia falou sorrindo torto para a mais velha que parecia se recuperar lentamente

Loren sorriu e concordou com a cabeça se agachado para limpar a espada na grama enquanto Lúcia se dirigia até Aslan. A morena observou o homem que ela havia acabado de matar, sentiu seu estômago se embrulhar. Era a segunda pessoa que ela havia matado. Porém, ela nem conhecia aquele homem. De alguma maneira aquilo havia atormentado tanto ela, e se o homem que ela matou tivesse uma família? Expulsou temporariamente aqueles pensamentos de sua mente e se voltou para Lúcia e Aslan. Sorriu evitando demonstrar como ela estava assustada.

–Bem - Disse coçando a nuca distraidamente. - Acho que temos que ir para a guerra, os outros estão á nossa espera.

Lúcia concordou com a cabeça e sorriu, estava ansiosa para o fim daquela confusão toda, Edmundo finalmente voltaria a ser o mesmo com Loren ao seu lado. E ela teria uma amiga para conversar novamente. Acontece que Loren também havia mudado naquele meio tempo que havia desaparecido, Lúcia não sabia da história completa do que havia acontecido quando ela sumiu, Edmundo resolveu lhe dar poucos detalhes pois estava com pressa enquanto falava com a pequena. Loren não sabia como se sentir, depois de ter ouvido toda a história da Feiticeira e o próprio Aslan lhe confirmar os fatos foi o suficiente para fazer ela acreditar. Apesar de parecer lindos, Loren tinha vergonha de seus diamantes, eles apenas traziam coisas ruins para as pessoas por mais que Aslan havia garantindo á ela que sua maldição poderia ser tornado em algo bom, isso nunca havia acontecido. Talvez porque era extremamente raro ela chorar de felicidade...Ela já sentia muito mal pelo fato de descobrir que sua maldição seria passada de geração em geração, porém, ainda sentia que havia informações faltando para suprir sua curiosidade: Como a Feiticeira surgiu como fantasma se, segundo Edmundo Aslan havia matado ela? Se a Feiticeira morreu porque a maldição não foi quebrada? Como se quebrava essa maldição? Quem era ela? Tantas perguntas sem nenhuma resposta, talvez quando ficasse sozinha com Aslan pudesse perguntar para ele. Sentiria-se desconfortável ao perguntas coisas tão pessoais na frente de Lúcia. Porém o mais frustrante de tudo aquilo é ela não saber o por quê de tudo aquilo, por quê tanto sofrimento?

Pensar naquilo fazia um nó surgir e sua garganta, mas ela garantiu a si mesma que choraria apenas quando estivesse sozinha. Ela devia se manter forte diante daquela situação, estava dando o melhor de si para não chorar.

–Vamos logo crianças, subam em mim. - Disse o Leão com sua melódica e as duas obedeceram, logo estavam correndo novamente em direção á Fortaleza onde estaria acontecendo a guerra entre os narnianos e os telmarinos. Loren sentiu um frio na barriga, não estava pronta para encarar uma guerra, mas ela precisava entender que Nárnia e até mesmo o mundo que ela vivia não era completamente pacífico. Ela precisava tirar essa imagem inocente de uma Nárnia pacífica de sua cabeça. Precisava enxergar a realidade a sua volta.

O rosto de Edmundo apareceu em sua mente, logo iria acha-lo. Logo iria te-lo de volta.


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