Lágrimas de Diamante escrita por Downpour


Capítulo 18
Capítulo 18 - Lamento


Notas iniciais do capítulo

Oi gente voltei com um capítulo novo *--* Obrigado pelos reviews de vocês.
Espero que gostem e comentem o capítulo ;3



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Loren estava perdendo o controle, não somente do cavalo como o seu próprio controle. Ela resolveu se jogar do cavalo, ok, talvez não fosse uma ideia muito inteligente mas ela não sabia até onde o cavalo poderia leva-la e quanto mais distante ela ficasse do castelo de Miraz mais distante ela ficaria de Edmundo. Acontece que estava ficando muito difícil dela se jogar do cavalo sem ela bater em uma árvore e se machucar seriamente, Loren suspirou tentando montar um plano inteligente, o que poderia fazer? Por Aslan, ela estava perdida no meio de uma floresta deserta á noite o que poderia fazer? Ela ficou com raiva, como podia ser tão inútil á ponto de não encontrar uma solução em uma situação como aquela? Resolveu bater no cavalo, aquilo pareceu faze-lo parar o que aliviou a garota, o cavalo derrubou-a no chão e voltou á correr. Ela sentiu uma dor enorme no braço por conta da brutalidade na qual ela havia sido jogada no chão. Ela gemeu de dor se contorcendo no chão e xingando o maldito cavalo mentalmente, tentou mover seu braço e sentiu a dor se agravar mais ainda.

–Droga. - Ela murmurou entredentes percebendo que o braço estava quebrado, sangue escorria da sua boca e pingava na grama. - Cavalo maldito. - Ela xingou cuspindo sangue, vendo que seus esforços para se levantar não iriam dar em nada ela resolveu ficar parada ali olhando para o céu esperando por algo, e acabou adormecendo.



Ela caminhava por uma sala sem fim completamente escura sem sombra de dúvida ela estava com medo, as paredes pretas da sala eram repletas de espelhos, sentia-se confusa porém continuava caminhando tentando procurar um tipo de porta para sair daquele estranho lugar, algo parecia lhe incomodar também. Aquela sala não parecia um local muito normal á o ponto de vista dela, seus olhos vagavam calculistas pela sala procurando uma saída. Seu corpo estremecia, por mais que ela não queria demonstrar estar amedrontada.

–Tem alguem aí? - Ela perguntou, sentiu as palavras fluindo de sua boca sem sua permissão, ela planejava ser silenciosa.

Não houve resposta, aquilo pareceu acalma-la. Não se sentia ameaçada, continuou andando pela sala enorme que parecia um corredor sem fim, seus pés não pareciam doer.

–Loren Grey - Uma voz chamou-a , a garota se virou assustada aquela voz, tão familiar quem seria? A voz soprava sobre seus ouvidos, parecia próxima e fria mas ao mesmo tempo distante. Loren se virou procurando o rosto da pessoa e viu apenas a escuridão do cômodo.

–Quem esta ai? - Loren gritou tentando não se preocupar por estar sozinha e desarmada. Queria ter ao menos uma adaga em, suas mãos para se defender.A voz demorou tanto tempo para responder que ela pensou que nunca tivesse ouvido som nenhum.

–Loren. - A voz sussurrou novamente depois de um certo tempo, e então o corpo de Loren começou á doer. Suas pernas cederam e ela caiu de joelhos no chão se contorcendo de uma dor repentina ela virou seu rosto olhando para seu reflexo no espelho, ele rachava. E então pareceu explodir, vários cacos de vidro voando por todos os lados. Ela rangeu os dentes caindo no chão sentindo os pequenos pedaços de vidro perfurarem a sua pele dolorosamente. Seus olhos se fecharam e ela acordou.



(...)




Ele se afastou de todos, não queria companhia naquele momento, a única pessoa que ele queria que estivesse ao seu lado estava distante, talvez até morta? Ele não sabia, apenas queria juntar suas esperanças e torcer para que ela estivesse viva. Nunca havia passado em sua mente que aquela garota fosse lhe fazer tanta falta como lhe estava fazendo, as vezes ele se pegava olhando para o arco e flecha que ela costumava tentar mirar em algum alvo e sempre errava, ou para o seu vestido azul presenteado por Lúcia. Ele jamais conseguiria imaginar que a falta dela por uma noite fosse capaz de lhe despeçar, a preocupação de que ele havia deixado ela morrer corria ele perturbadoramente. Se ele tivesse guiado ela até o cavalo onde ela montaria naquela noite talvez ela ainda estivesse ao seu lado, ou os dois estivessem fazendo estratégias de guerra juntos. Sentou-se debaixo da sombra de uma árvore, e apoiou a sua cabeça no tronco erguendo ela para olhar para o céu, sentia falta dela, do cheiro dela, do sorriso dela, de ouvir sua voz… Era completamente insano ele nunca ter reparado que ele se sentia perdido sem ela, mais insano ainda ele nunca ter reparado que gostava dela mais do que imaginava. Edmundo adoraria se iludir que Loren aparecia ao lado dele e sentaria debaixo da árvore e tudo voltaria ao normal, mas aquilo jamais aconteceria correto? Ela havia morrido…

Sua consciência pesava, uma voz martelava em sua mente “Você á deixou morrer, você á jogou para o abismo da morte. É sua culpa, e de ninguém mais. “ ele tentava acreditar que não, ele jamais faria isso.

Sorrateiramente para não assusta-lo, Pedro se aproximou e se sentou do lado do irmão que avoado como estava acabou não percebendo sua presença.

–Ed? - Pedro chamou o moreno que se desculpou assim que percebeu a presença de seu irmão.

–Sim? - Edmundo disse com a voz fraca.

–Todos nós sentimos falta dela, não se culpe. Você tentou protege-la e não conseguiu. - Pedro falou olhando para o irmão. Na verdade ele não era bom e dar conselhos para os outros, não sabia o que fazer quando via uma garota chorar ele costumava apenas colocar a mão em seu ombro e dizer que estava tudo bem, mas isso não era o suficiente. Nem sempre tudo ficava tudo bem. Edmundo não abriu a boca para falar uma mísera palavra, seu olhar estava distante observando as montanhas mais distantes do esconderijo deles, sua expressão estava endurecida. Pedro suspirou, era comum também as pessoas não quererem se abrir e falar de seus sentimentos, talvez a pessoa certa para falar com Ed fosse Susana mas a mesma havia aconselhado ele de que conversa entre dois garotos seria melhor, ele iria compreender se o irmão não quisesse se abrir. - No que você esta pensando? - Pedro perguntou curioso para Edmundo.

Edmundo não tirou o olhar das montanhas mas dessa vez Pedro conseguiu ouvir uma resposta.

–Estava pensando em Miraz, em como seria bom estrangular esse cara.


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