Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 8
Bugs são malditos.




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Fui pro meu quarto ainda pensando no beijo, em seus lábios quentes nos meus, no jeito em que eles se moviam, em suas mãos, seus toques, em meus gemidos... Esse menino queria me matar mesmo.

Tomei banho e me arrumei ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=106157926&.locale=pt-br ) desci e tava todo mundo na mesa, inclusive o maldito, que me deu um sorriso de escárnio, revirei os olhos, me sentei e comecei a comer, ignorando a onda de desejo que passou por mim só de ver seus olhos.

—Bom dia, Katerina.

—Hum. -Resmunguei e continuei comendo, tentando agir como eu mesma, sem demonstrar que eu estava desmontando, caindo aos pedaços e desejando fortemente o ser a minha frente.

—Vamos pessoas. -Disse a Zaine.

— É, bora cambada. -Falei me levantando.

Fomos pros carros, com a sorte que tenho, olhem a ironia, fui no carro com a Regan, o Heath, o primo dele, um tal de Miguel, e a Zaine.

A Regan e a Zaine, discutiam qual banda era melhor One Direction ou Restart, bufei e rolei os olhos deitei minha cabeça na janela e fiquei observando a paisagem, fechei os olhos e quando tava quase dormindo as vadias gritam me acordando.

—DÁ PRA PARAR ? O QUE A PESSOA TEM QUE FAZER PRA DORMIR NESSA BUDEGA EIN ? NÃO IMPORTANTE QUAL É A MELHOR, CADA UM TEM SEU GOSTO, AGORA DÁ PRA PARAR OU VOCÊS QUEREM IR A PÉ ? - Grito e as duas me encaravam com os olhos arregalados, inclusive o maldito, que provavelmente se assustou com a minha explosão. - Que isso amiga calm...

—Calma é o caramba tá! Não me mande ficar calma por que não funciona, nunca funciona na verdade, então em vez de me mandar ficar calma, poque você não cala a boca e fica quieta. -Disse e dei um sorriso doce, satisfeita comigo mesma por estar voltando ao normal, ela fecha a cara se cala.

A viajem segue em silêncio, não consegui pegar no sono nem a pau, Heath estava poluindo meus pensamentos, com seu cheiro, sua boca, seu maravilhosos e tentadores olhos verdes e estava extremamente difícil ignorar sua presença poderosa naquele mini carro, seu perfume se espalhando... Ai meu Deus! Preciso me controlar.

—Chegamos. -Disse o primo do Trevisan, desci do carro mais que depressa e peguei minha mochila enquanto os outros carros chegavam.

—Belo ''discurso'' você deu. - Disse o maldito fazendo aspas com os dedos e dando, o maravilhoso e derretedor de almas, sorriso de lado dele.

Eu pisquei algumas vezes, enquanto meus braços ficavam quentes parecia que alguém tinha jogado óleo quente neles de tão quentes eles ficaram, esfreguei eles algumas vezes, agoniada e tentando não derreter ou pular em cima dele.

—Dane-se. -Falei desconsertada e dei de ombros, fui andando seguindo os outros, tentando me afastar dele.

—Mas quando você vai me falar do seu pesadelo ein ? -Pergunta ele perto do meu ouvido, eu virei um pouco o suficiente pra ver a boca dele e sem querer me lembrei do beijo, e desejei beijar ele de novo.

Ah! Como eu o queria.

Olhei pros seus olhos, ele olhava pra minha boca, ele olhou pra mim e foi se aproximando, pisquei algumas vezes e me afastei, virei pra frente e segui os outros.

Não posso ceder.

—Mas, o que tá rolando entre você e o meu primo ? -Perguntou Miguel, que por acaso é muito bonito, assim, só pra registrar sabe.

—Nada, por que ? -Quase morri com essa pergunta.

—Sei lá, tá maior climão entre vocês dois.

—Ah. -Murmurei meio sem graça, tentando disfarçar.

—Você é muito bonita sabia ? -Perguntou ele me dando um sorriso.

—Cara, brinca não. -Eu disse e ele riu.

— É verdade, quantos anos você tem ?

— 15 e você ?

—15 também. -Disse ele me encarando, sorrio pra ele.

Olhei pro lado e encontrei a Zaine e a Regan me olhando tipo ''depois vai ter interrogatorio''. Eu mereço viu.

*

Tá, meu dia tá sendo uma merda, o universo tá conspirando seriamente contra mim, por que, primeiro eu quase beijei o chão umas 15 vezes se não fosse o Miguel, acordei bêbada hoje, só pode.

Bêbada de Trevisan. Ri com meu pensamento.

Segundo os animais decidiram que eu não só boa o suficiente (o que eles tem razão, sou muito maléfica muhahahaha, tá parei.) e fizeram uma revolução, pulou todo mundo em cima do meu cabelo que tá parecendo um ninho de rato, terceiro meus pés então doendo pra caramba, quarto descobri que os pernilongos me amam.

Paramos em um restaurante, mais eu não estava com um pingo de fome.

Eles entraram eu sentei na mesa do lado de fora do restaurante, e fiquei observando as arvores e escutando os passarinhos cantarem.

—Iai, fazendo o que, megera ? -Pergunta Heath e eu pulei da cadeira de susto.

—AI cassete! Quase me mata de susto peste. -Falei com a mão no peito, ignorando seus olhos percorrendo minhas coxas, corei levemente.

—Desculpa. -Diz ele se divertindo com minha desgraça.

—Ué não vai comer não ? -Pergunto o olhando, um pouco irritada.

—Não tô com fome. -Diz ele dando de ombros.

—Hum. -Me levantei comecei a andar em direção á trilha que dava a cachoeira que era bem pertinho, água iria ajudar a manter tudo sobre controle.

—Onde você vai ? -Pergunta Heath me seguindo, com a testa franzida.

Para de me seguir! Quis gritar, ele realmente queria ser agarrado.

—Vou na cachoeira. -Respondo, como se fosse obvio, e realmente era.

—Então tá me conta daquele seu pesadelo. -Suspiro, encarando meus sapatos e criando coragem pra contar.

—Tá, era a noite em que meu pai morreu e eu tinha 5 anos então não lembro direito, mas eu lembro que eu desci pra beber aguá e escutei um barulho na sala, então fui lá ver, e encontrei meu pai morto, mas só que eu nunca contei pra ninguém, é que tinha uma coisa em cima do meu pai, tinha uma siringa em sua mão, então ele me viu e ele me olhou como um... Animal. Um monstro, e então sumiu. -Olhei pro Heath e ele me olhava de boca aberta, obviamente chocado. -Todos pensam que ele morreu de parada cardíaca, mais isso simplesmente não entra na minha cabeça sabe. -Suspiro. –Tá, agora você pode falar que eu sou maluca e que eu inventei tudo, vai me julgue. -Só que invés disso ele me abraçou.

Eu derreti.

—Pequena, eu nunca faria isso com você, nunca. -Ele disse e eu retribui o abraço meio hesitante. Surpresa com sua atitude super mega fofa. Ai meu Deus, como ele era perfeito!

—Obrigado. -Eu murmuro, fissurada em seu perfume.

—De nada, morena, sempre que precisar vou estar do seu lado -Ele disse e eu sorrio.

— Não ande mais com o Miguel tá ? -Ele perguntou desfazendo o abraço pra me olhar.

— Por que ? -Perguntei indignada.

— Por que sim, não gosto de te ver andando com ele.

—Vou pensar no seu caso Trevisan. -Digo duvidosa, chegando na cachoeira tirei meus tênis e me sentei na beirada mergulhando meus pés na água, o Heath fez o mesmo.

—Vou ligar pro meu pai e dizer que estamos aqui.

—Tá.

—Pai, eu e a Katerina estamos na cachoeira tá ? ... Tá pode deixar, tchau.

—Cara, que alivio, meus pés estavam doendo pacas. -Eu digo jogando a cabeça pra trás e aproveitando o alívio da água gelada em meus pés e o maldito riu. –Por que você não quer que eu ande com o Miguel, ciúmes é ? - Eu pergunto rindo, como se não quisesse nada, mais eu estava muito curiosa.

—Exatamente Katerina, eu tenho muitos ciúmes de você. -Ele sussurrou sério e se aproximando de mim, sua voz rouca dominando meus pensamentos, um arrepiou que saiu de Nárnia passou por mim, seu nariz já tava colado no meu, enquanto eu ansiava pelo seu beijo de novo, por suas mãos passeando por mim, fui me aproximando também, hipnotizada, sem controle sobre minhas ações, ansiando, ansiosa por ele.

Escutamos um pigarreio e nos separamos imediatamente, os dois vermelhos que nem pimentas, olhei pra trás pra ver qual ser tinha me salvado de me entregar a tentação.

—AH! Miguel! -Digo disse meio que aliviada, fui na direção dele e lhe dei um beijo na bochecha. –Muito obrigado. -Sussurrei em seu ouvido, e sai correndo que nem louca, me afastando da tentação.

—HEI! Megera pra onde tá indo ? -Perguntou Heath, eu simplesmente dei de ombros e sai correndo de volta pro restaurante.

Mas antes virei pra trás e disse:

—Bugs, são malditos!

*

Chegamos na mansão e sai correndo do carro, entrei na mansão e fui direto pra cozinha.

—Katerina cade sua educação ? - Gritou minha mãe atrás de mim

—Não sei, procura ela no seu bolso que provavelmente você vai achar! - Abri a geladeira, e tinha uma pizza lá, peguei e coloquei no microondas, fiquei o olhando enquanto aquele bagulho rodava.

PI,PI.

Abri o microondas que nem uma louca peguei um prato e coloquei o pedaço lá me sentei na mesa, já ia comer aquele pedaço de calorias dos deuses quando vejo uma mão indo em direção do meu pedaço de caloria.

Instintivamente dou um tapa na mão da pessoa, que resmunga um ai.

—AI,Katerina- resmungou a Zaine, massageando sua mão.

—Bem feito! Ninguém mandou meter a mão no meu pedaço de pizza. -Digo dando uma mordida na pizza, morta de fome.

—Mais, o que tá rolando entre você e o Miguel ? -Quase me engasguei.

—Putz me esqueci disso. -Resmunguei, passando a mão no rosto, sem paciência nenhuma.

—Katerina para de resmungar, você para uma velha desse jeito.

—Nada, não está rolando nada entre eu e ele! -Exclamo, só querendo ficar só e aproveitar minha pizza. É pedir demais ?! Acho que não!

—Hum, assim, eu só acho que ele tá afim de você.

—O QUE ? - Perguntei me engasgando com o pedaço da pizza. - Claro que não! Sem chance! Endoido ? Eu não suporto um Trevisan quanto mais dois, aí é passagem direto pro hospício.

—Tá bom, não tá mais aqui quem falou. -Diz ela rindo e levantando as mãos em sinal de rendição.

—Por favor, não bug mais minha mente desse jeito. -Peço e ela cerra os olhos me encarando.

—Katerina?

—Hum.

—Não use drogas.

XXX


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Notas finais do capítulo

Jujubas comentem.



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