Bad Girl escrita por Cruel


Capítulo 42
Paraíso solar.


Notas iniciais do capítulo

OIEEEE Voltei!!!! Não, eu não abandonei vocês tá ? É como eu sou azarada e problemas me perseguem minha mãe teve um problema de saúde e eu não tive tempo de escrever por que eu tinha que cuidar dela, mas eu estou de volta e vou tentar postar o mais rápido possível.
Eu também tento caprichar nos meus capítulos, quero minha história bem contada.
Mais desculpem pelo atraso e vamos para mais um cap. Bora ver em que enrascada a Kit Kat tem pra nos contar hoje kkkkkk. Ah! Não esquece de comentar que me dá um gás enorme pra escrever e eu posto mais rápido.
Bejus.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/459184/chapter/42

Eu acordo, meia lesa e tonta, com uma puta dor de cabeça, a luz fina que passa pela cortina velha arde um pouco meus olhos.

—Oi -Diz uma voz eu tento olhar para a pessoa, e finalmente meus olhos focam, é Heath.

Seu rosto está roxo e com marcas, no canto do seu lábio superior tem um corte meio avermelhado, lembranças enchem meus sentidos.

Quase caio da cama.

—O que aconteceu ? Onde estamos ? Cade a Zaine ? E os policias ? Fomos presos ? e... -Não consigo terminar a frase, uma dor na minha testa me impede disso.

—Calma Kat. Aqui, põe um pouco de gelo na sua cabeça. Vai melhorar. Relaxa! Deita. -Ficamos um tempo em silêncio o gelo derrete, e eu puxo papo.

— Você tá bem ? Cadê a Zaine ?

—Foi comprar uns comprimidos pra dor, celulares descartáveis e outras coisas, sim eu to bem. Agora todos nos estamos sendo caçados. Sua lista de crimes aumentou. -Ele dá um risinho sem animo.

Uma avalanche arrasadora de culpa me preenche.

—Onde estamos ? -Pergunto com a voz fraca.

—Em algum lugar ainda em Casper, num bairro abandonado de fábricas. E pra terminar a miséria a Angel e a Abigail te denunciaram e inventaram mentiras sobre você.

—O que por exemplo ? -Pergunto temendo a resposta.

—Que você roubava e transportava drogas e etc. -Responde ele mexendo num curativo em sua mão, pego e analiso por cima da atadura.

—Um corte de canivete ? -Pergunto e ele assente, sorrio voltando no passado. –Eu já tive um desse! Foi com uma briga com um menino, ele puxou o canivete e avançou em cima de mim, pra me defender eu levantei a mão. Levei sete pontos por isso. -Explico mostrando minha mão pra ele e a cicatriz em alto relevo fraco na palma da minha mão.

Ele a pega com delicadeza e a segura em suas mãos quentes, é reconfortante.

Ele analisa e acaricia a cicatriz, sorrio e ele retribui.

Ele passa os dedos no alto relevo e eu me arrepio, é quente.

Ele se aproxima, devagar e eu faço mesmo, fecho os olhos e espero.

Seus lábios encostam com delicadeza nos meus, parece que é nosso primeiro beijo.

E eu me sinto culpada.

É culpa minha eles estarem nessa enrascada.

Minha culpa, eu preciso livrar eles dessa.

Dizer que eles não tem nada haver com isso, que eu estou sozinha nisso.

Eles não merecem afundar junto comigo.

Ele aprofunda o beijo e todos os pensamentos se acalmam, fico relaxada e penso em como é bom ter ele por perto.

A porta da frente do pequeno escritório se abre num rompante.

Heath e eu damos um pulo lá no México e voltamos, olho assustada e é a Zaine, ela se move com cuidado olhando nas janelas com a respiração ofegante e está suada.

Sua calça branca está cinza e meia rasgada, sua blusa regata lilás clarinha, está roxa, quase preta, ela tem uma atadura com esparadrapo em seu braço, do pulso até uns cinco dedos depois.

Em seu anti braço clarinho na atadura tem um risco escarlate, sua testa tem um band aid, beje, seu cabelo está de trás de um boné, algumas mechas caem, rebeldes, do boné. Ela está atrás de um casaco grande e preto.

Ela se vira pra nós e sorri ao me ver.

—Que bom que você acordou. -Diz ela e avança em mim, me abraça forte e tudo no meu corpo doí, principalmente minhas pernas e minhas costelas, tirando a dor infernal na minha cabeça.

Eu gemo e ela me solta.

—Desculpa. Ah! Aqui, pra suas dores -Diz ela e tira uma cartela de pílulas azul transparente e me dá uma.

Eu o jogo na boca e espero pelo copo d'água, ela vai até uma geladeira velha, suja e enferrujada, que, por algum milagre, funciona.

Ela tira uma garrafa vazia de água da sacola branca, enche ela de água da torneira e coloca dentro da geladeira, depois pega um copo descartável e enche de água e me dá.

Eu o entorno sem parar pra respirar, nem percebi que eu estava com tanta sede, ela sorri e se senta na ponta da cama velha, ela range, e eu me arrepio.

—Então, o que eu perdi ? -Pergunto esfregando as mãos e cruzando as pernas.

—Nada. Não aconteceu muita coisa depois que você apagou. -Sinto uma dor aguda na lateral do meu lado esquerdo, quase grito.

Lagrimas brotam e embaçam minha visão, rostos preocupados, desesperados e assustados.

Suas bocas se movem mais não sai som, não escuto, estou entorpecida de dor.

Mais uma pontada de dor surge, sinto meu peito pular na agonia.

Algo é jogado na fonte da dor, arde, minha visão pula e escurece depois volta ao normal.

—O que é isso ? -Pergunto com uma certa dificuldade, pois a dor se espalha pelo meu peito.

Como se alguém pegasse e enfia-se varias agulhas bem finas na minha pele, como se um touro estivesse pisoteando minhas costelas, como uma mão gigante pressiona-se minhas costelas com muita força.

Perco o folego, me desespero, preciso respirar, tento manter a calma tento respirar normalmente, funciona, eu consigo pegar o ar, rápido, mais consigo.

Alguém enfia algo na lateral, aonde está a dor, ela pulsa e sinto suor escorrer pela minha testa. Heath segura minha mão, foco em seu rosto, a coisa sai de dentro de mim e eu respiro aliviada. A ardência volta, mais é amena, e eu apago.

De novo.

*

Acordo e está de dia, amanhecendo na verdade, Heath está num colchonete no chão do lado da minha cama e Zaine de seu lado em outro colchonete, eles dormem profundamente e tranquilamente, sorrio.

Eu me sento na cama e doí no mesmo lugar de ontem, paro e respiro, a cama renge, a dor passa, faço uma careta e olho pra eles, continuam do mesmo jeito, suspiro aliviada e continuo, saio da cama com dificuldade e fico em pé, minhas pernas doem e meus músculos estão cansados e rígidos, ignoro e dou uma olhada pelo comodo.

Realmente parece um escritório, mas velho, muito velho, tem mofos nas paredes descascadas, tem até trepadeiras no teto. O chão é imundo com graxa e papéis espalhados, com sujeira e pedaço das paredes descascadas, parece que o lugar foi deixado as pressas, tem uma porta dupla de vidro a minha esquerda.

Lembrando disso eu levanto a blusa o suficiente para ver um curativo com um pouco de sangue depois de um palmo da minha axila.

Continuo com minha expedição, quase do lado do banheiro tem uma pia e uma geladeira, tem lodo pela pia, e a geladeira tem ferrugem em quase tudo. Entro no banheiro, ele é pequeno, o espelho tem manchas pretas nele, mas consigo ver meu reflexo, eu sou a que está menos machucada dos dois.

Tenho um risco fundo e grande no lado direito da minha testa, meu lábio está cortado em dois lugares e está inchado, meu nariz está dolorido, meus pulsos também doem, acho que foi por causa das algemas, parece que eu acabei de voltar de uma guerra, tento ignorar, que, neste momento é o melhor que posso fazer.

A pia de plástico pequena não tem quase nenhum estrago, tem uma banheira quase colada no vaso sanitário, ela é de mármore, bege.

Mãe! Eu fico preocupada e meu peito pesa, e se os policias estiverem torturando ela nesse exato momento ? E se a Abigail estiver torturando-a ? Preciso ligar pra ela, saber se está bem.

Volto ao escritório, caço os celulares descartáveis, os acho do lado da Zaine no chão, pego um deles, já que tem três e faço a ligação. Chama muitas vezes, oito, pra ser exata. E finalmente ela atende com uma voz de sono.

Mãe!

—Quem é ?

—Sou eu, a Kat. Você tá bem ?

—KAT! Você tá bem ? Eu soube o que aconteceu! Mas não me ligarão então deduzi que você conseguiu fugir!—Exclama ela feliz, eu sorrio.

To bem mãe e a senhora ?

—Bem. Aonde você tá ? Não! Quer saber, quanto menos melhor. Cade a Zaine e o Heath ? Estão com você ?

—Sim, agora estamos todos sendo caçados, a Abigail e a Angel inventarão mentiras sobre mim, acredita ? Falaram que eu trafico e um monte de baboseira, não é possível que acreditaram nisso, é ridículo! Eu sou mala mas nem tanto! - Ela ri e a linha cai.

—Mãe ? Mãe ? Ah, mais que bosta! -Olho pra tela do celular e não tem sinal.

—Mais que porra! -Xingo baixinho e olho pros dois que, ainda, estão dormindo profundamente.

Suspiro calmamente e volto pro banheiro, jogo uma aguá no rosto e arrumo uma mochila com algumas coisas e suprimento.

Estou decidida a ir embora e livra-los dessa, é o melhor que posso fazer por eles e depois caçar a Abigail e a Angel e cortar a garganta delas.

Mexer comigo é uma coisa, envolver as pessoas que eu amo é outra bem diferente, elas realmente querem me derrubar, me destruir e encontraram a minha ferida, agora estão cutucando ela.

Coloco o boné que a Zaine estava usando ontem e o casaco, abro a porta dupla de vidro e dou um último olhar pra trás e guardo aquela lembrança dos dois.

Então saio e me dou de cara com uma fabrica gigante, cheia de motores, canos e alguma coisa petra parecida com petróleo saindo da maioria deles. Eu desço as escadas de metal e caminho por aquele lugar gigante, até que uma voz aparece.

—Aonde pensa que vai ? -Pergunta Heath aparecendo na minha frente, praticamente brotando do chão e quase me matando do coração.

—Que isso? -Exclamo exaltada por causa do susto.

O olho e ele cruza os braços me observando com aquela expressão neutra de quem está preste a explodir.

—Uma pergunta de alguém que está se sentindo traído.

—Eu vou embora e livrar vocês dessa. -Digo passando por ele, mas ele segura meu pulso.

—Não, vai não! -Exclama ele sarcástico, e eu bufo de raiva.

—Você não pode me impedir! -Digo enraivecida querendo esgana-lo e tentando me soltar.

—Quer apostar ? -Pergunta ele levantando suas sobrancelhas.

Suspiro.

—Qual é o problema de vocês ? -Pergunto, indignada, ele franze a testa, totalmente confuso.

—Como assim ?

—Quando eu quero fazer algo de certo, vocês me impedem! Qual a de vocês ? -Pegunto quase em um sussurro.

Ele se aproxima, olhando carinhosamente em meus olhos, segura meu rosto em suas mãos, e eu não estava preparada para o que ele ia dizer.

—Por que, quando fazemos a coisa certa, geralmente a um sacrifício por trás disso. E eu não estou preparado para te perder de forma nenhuma. -Ele sussurra isso pra mim.

Enquanto eu fico parada, chocada ele encosta nossos lábios delicadamente, enrolo meus dedos em seus cabelos macios e aprofundo nosso beijo.

Ele coloca as mãos em minha cintura, acariciando minha espinha dorsal e minhas costelas, ele abandona minha boca e parte pro meu pescoço, me empurrando até eu bater em algo, ele me levanta pelas coxas e enrolo as minhas pernas em sua cintura.

Ele me beija ferozmente e eu retribuo.

—Pensei que tivesse morrido -Diz ele num suspiro, voltando rapidamente para minha boca.

—Como assim ? -Pergunto, meio confusa, na mesma intensidade.

—Você passou quase três dias apagada. -Eu rio e puxo seu cabelo com força, fazendo seu pescoço ficar livre pra mim.

A essa altura a mochila e o boné já tinha parado muito longe.

—Sabe de nada, meu recorde é de quatro dias. -Digo soltando seus cabelos e ele faz uma careta de dor e eu rio, gargalho na verdade, ele me olha e faz um beicinho.

—Você é muito má. -Diz ele e eu coloco seu lábio inferior entre meus dentes bem devagar e com um pouco de força, os puxo até eles escapulirem de meus dentes.

Heath me olha intensamente, suas íris negras e um sorriso predatório em seus lábios, que estão vermelhos graças a mim, e ele avança em meus lábios, os mordendo, beliscando, e os beijando carinhosamente de vez em quando.

É incrível como ele tem a habilidade de me fazer esquecer qualquer coisa, qualquer problema, preocupação, e consequentemente, tudo a minha volta.

*

Acordo algum tempo depois, deitada na manta que Heath trouxe, com outra manta cobrindo nossos corpos.

Ainda estamos no corredor da fabrica, no chão pra ser exata.

Minha está cabeça em seu peito e seus braços envoltos carinhosamente em mim, sorrio e percebo, pela luz do sol, que não se passou tanto tempo assim no máximo uma hora.

—Oi -Diz ele abrindo os olhos e me encarando sorrindo.

—Oi -Digo sorrindo pra ele, que acarícia meu rosto carinhosamente.

Ele me encara, olhando pra todo o meu rosto, como quisesse guardar cada simples detalhe dele. Lhe dou um selinho e ele deita a cabeça em meu peito e eu massageio seus cabelos.

—Então, o que foi aquela dor na minha costela ? -Pergunto.

—Era que alguns pedaços da bala se quebraram dentro de você quando nos a retiramos. E elas estavam quase atingindo seus pulmões. -Abro a boca perplexa.

—Mas nos tiramos esses pedaços e está tudo bem agora. -Suspiro aliviada, apesar de que eu poderia ter morrido neste processo delicadíssimo mais estou viva e bem, melhor do que nada, e um silêncio tranquilo se estende.

—O que é isso ?! -Zaine exclama, perplexa.

Nos cobrimos com a manta e gargalhamos.

Ela revira os olhos.

—Coloquem uma roupa e vamos embora -Diz ela e se vai, nos olhamos e deitamos.

—Agora! -Grita ela e procuramos nos vestir rapidamente. Mas tiramos umas casquinhas um do outro.

Saímos de lá e procuramos ir pro mais longe de Casper possível, saímos em um beco e vejo um conversível vermelho, eu olho pra Zaine e o Heath e eles olham de volta pra mim. E sorrio, diabólica e perversa, e saio entrando em contato com a luz do sol.

—Kat! Não. Volta pra cá já! Katerina! -Eles exclamavam.

Tento não chamar atenção, olho pros lados e não vem ninguém então arrombo o carro e entro chamo eles, quando entram trato de dar partida rapidamente e piso fundo no acelerador.

—KAT! VOCÊ SABE DIRIGIR ? -Grita o Heath pra mim enquanto desvio de um carro quase batendo em outro.

—Não -Respondo sorrindo e ligo o radio colocando o volume no máximo.

Dirijo e passamos do limite de Casper, depois passamos por várias cidades ao redor de Casper.

Ficamos semanas e até meses na estrada, dormindo em hotéis esquisitos e comendo comida muito gordurosa.

Ainda vejo meu rosto em jornais, revistas, na televisão e em tudo quanto é lugar, o de Heath e Zaine também, vejo o deles com a mesma frequência do meu, quase sempre.

As coisas pioraram depois que encontraram ''provas'' dos meus crimes, era oficial, eu realmente estava sendo caçada.

Daqui a alguns dias iremos abandonar nosso querido conversível, e iremos para o aeroporto, pegar o voo para o paraíso solar.

Paramos em Utah, vou ao banco e retiro rapidamente quatro mil dólares que mamãe depositou alguns dias atrás, com muito esforço e ajuda dos pais do Heath e Zaine, e saímos rapidamente, depois fazemos uma parada em Arizona, Tucson e compramos roupas novas e identidades falsas, assim como passaportes, cartões de crédito, cheques e etc.

Compramos também malas e shampoos secos, desodorantes, óculos de sol e etc. Depois vamos direto pra Las Vegas e paramos no aeroporto, compramos as passagens e entramos no avião, sentamos eu e o Heath juntos, e a Zaine atrás de nos.

A viajem foi tranquila, só uns policiais que aparecendo rodando, olhando os passageiros, eu e o Heath fingimos estar dormindo, ele deitou a cabeça na janela e eu escondi meu rosto na curva de seu pescoço, inalando seu perfume inebriante lentamente, escuto seus passos leves no carpete azul, eles se distanciam e eu tiro minha cabeça lentamente da curva do pescoço de Heath.

Depois me levanto e vou no banheiro levando comigo minha necessaire, com paninhos úmidos, pasta de dente junto com a escova, desodorante, shampoo seco, pente e creme pra cabelo.

Passo um paninho úmido, depois um shampoo seco, e me olho no espelho, pensando na encrenca na qual me meti.

Depois passo um creme no meu cabelo e o penteio.

De uma em uma semana ligo pra minha mãe, ela e Peter ficam super felizes e me falam sobre o avanço do rastreamento em relação a mim, Heath e Zaine, os policias de vez em quando a chamam para a interrogar e ela dá pistas falsas sobre nosso paradeiro, quando faço menção de falar aonde estamos e pra onde estamos indo, ela me corta e desliga o telefone, o que me irrita um pouco.

Depois quando termino de pentear aquela bucha, saio do banheiro, e volto pro meu lugar.

A maioria da viajem passamos jogando, sim jogando, dormindo, bebendo e de noite, as vezes, eu dou uma andada por ai quando tá todo mundo dormindo, por que pesadelos me assolam toda vez que eu fecho os olhos.

Acordo com algo me cutucando e esfrego meus olhos.

—Kat, o avião já vai pousar. -Diz Heath, tá, eu sei o que isso significa.

No tempo que ficamos na estrada inventamos códigos para nos informarmos sobre o que está acontecendo sem parecer suspeitos.

Esse significa para eu colocar a peruca, trocar de roupa e parecer outra pessoa, então vou pro banheiro e coloco uma peruca castanha e uma roupa totalmente diferente do que costumo me vestir (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=152731054), sim, é essa roupa aí.

Abro a porta do banheiro e está todo mundo saindo, me junto a pequena multidão e saímos.

O sol bate em meu rosto o esquentando, a brisa morna rodeia meu corpo balançando levemente meu vestido me fazendo sorrir.

Em Casper não fazia muito sol, mais eu também nunca gostei muito, era um sol muito forte e o tempo ficava abafado, agora aqui, é mágico, o sol é suave em nossa pele e a brisa balança os coqueiros, é fria e úmida, refrescante.

Termino de descer as escadinhas e piso no chão da ensolarada Califórnia, Fresno, então sinto uma cutucada.

—Bem vinda a Califórnia! -Exclama Heath e Zaine, me dando um sustinho, eu rio e os encaro.

—Vocês já vieram aqui, né ? -Pergunto os acusando.

—Sim, é! -Diz eles e nos rimos indo pega nossas bagagens.

Vamos ficar na casa de uma amiga minha, pegamos um táxi e vamos.

Chegamos e é um prédio de tijolos vermelhos que estão marrons, varandas de ferros pintadas de branco com plantas e cadeiras. Entramos e subimos já que o porteiro estava dormindo e não queria acorda ele.

Bato na porta e demora um pouco e uma menina de um metro e setenta e cinco abre com uma garrafa de Whisky na mão, cabelos loiros, pele branca, dentes de coelho e corpo de top model.

Aquela era Lyla Mouty uma amiga de copo minha, foi com ela que aprendi a beber que nem um marinheiro velho e não ficar de ressaca, até que ela veio pra cá três anos depois e me deixou sozinha, duas semanas depois eu conheci Zaine.

—VADIAAA!!! -Grita ela e me abraça forte, sério aquela menina tem alguma força sobrenatural só pode. Retribuo do jeito que posso.

—Oiiie! -Grito de volta.

—Entra -Diz ela me soltando e entramos na casa.

—Quanto tempo, né ? Agora você está até sendo procurada pela policia. Você tá bem ?

—Claro, me conta o que você tá fazendo da vida ? -Pergunto me sentando no sofá e algo se meche em baixo de mim, solto um gritinho meio gay e corro pra trás de Heath, vai que é um rato.

A coisa desembola e tira o pano da cara, mostrando um rosto totalmente angelical e um corpo perfeito, e outro rosto angelical surgi de baixo de alguns panos no chão, totalmente nus.

Heath tampa meus olhos e eu solto um risinho, e escuto a porta ser aberta, depois Heath tira a mão dos meus olhos e olho pra Lyla.

—Safadinha! O que foi aquilo ?

—Uns amigos meus. -Responde ela com o rosto corado e um sorrisinho bobo no rosto.

—Nus!? -Acuso, e ela revira os olhos se jogando no sofá enquanto eu cruzo os braços.

—Então quem são eles ? -Diz ela, mudando de assunto.

—Esses são Heath, meu namorado e Zaine minha melhor amiga. Você não viu eles na Tv ?

—Ah! É claro, prazer sou Lyla Mouty. -Diz ela apertando a mão dos criminosos e rio.

—Bom, bem vindos e fiquem tempo que quiserem. Se não se importam eu vou comprar algo pra nos comermos -Diz ela vestindo um short jeans que estava jogado no chão da sala, que tinha quimba de cigarro pelo carpete marrom e latas de cerveja.

Então sai pela porta e eu vou no banheiro e troco de roupa e acho um quarto com meu nome escrito num pedaço de cartolina, entro.

É tudo claro com tudo em cores patéis, tinha um criado mudo do lado da minha cama de casal com roupa de cama branca com babados, até que para um prédio fuleiro aqui era bem grande e chique, com quatro quartos e uma suite e com banheiro em cada um dos quartos, a decoração era moderna e simples.

E eu jogo minha mala no chão, e me jogo na cama e de novo tenho um pesadelo.

XXX


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem meu anjos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.