Uma placa Verde escrito em preto ''LOJA DE ARMAS DO ADAM - DESDE ARMAS Á FACAS PARA CAÇA'' minha ficha demorou a cair e quando caiu eu pulei em cima do Heath o beijando.

—Muito obrigado mesmo. -Digo pela milésima vez pra ele.

—De nada, era o minimo que eu podia fazer no nosso primeiro encontro oficial -Responde ele pela milésima vez também e me empurra pra dentro da loja.

Entro e o ar quente da loja invade meu corpo, o cheiro de cigarro, embalagem e poeria reinava, varias estantes de vidros, com varias armas desde de pistolas até snipers, formam corredores o balcão onde o atendente está é bem largo feito de uma madeira antiga e na parede atrás desse balcão tem várias armas penduradas na parede, arcos e bestas.

Tem vários caras de cinquenta anos pra baixo de barbas brancas, barrigonas e carecas ou com cabelos brancos, olhando armas que nem me notam quando entro ou Heath, olho pra ele que está bem do meu lado e sorrio, um atendente vem em nossa direção.

—Bem vindos, posso ajudar ? -Pergunta o atende magricela me olhando de cima a baixo, escuto um rosnado sair do meu lado e olho pra Heath que tá de braços cruzados com uma carranca.

—Sim, eu vou querer ver as espingardas. -Digo ignorando Heath e seu ataque de ciume.

—Me siga -Diz ele andando em direção as estantes de vidro ele nos guia por elas, parando depois de três delas.

—Aqui tem todas de todos os tipos -Diz ele e viro pra Heath e ele está segurando um cartão de crédito.

—Por que você tá segurando isso ? -Pergunto apontando pro cartão.

—Porque, eu, você, minha família e a sua vai acampar. -Diz ele sorrindo pra mim sorrio de volta imaginando a Zaine no meio do mato.

—Tá -Respondo sorrindo

—E os homens vão caçar.

—Eu também. -Digo cruzando os braços

—Exato mon petit. -Diz ele eu franzo o cenho.

—O que isso significa ? -Pergunto e ele acaricia minha bochecha.

—Minha pequena -Sinto minhas bochechas esquentarem.

—Tá coradinha ? -Pergunta ele com voz engraçada.

—Não! -Respondo tampando as bochechas com as mãos.

—Que fofo -Diz ele risonho tentando pegar minhas bochechas mas eu bato nas mãos dele.

—Para! -Digo rindo e tirando as mãos das bochechas, ele as aperta e eu bato em suas mãos.

—Eu quero comprar uma besta e uma faca. -Digo depois que consigo para de rir e ele assente chama o atendente e escolho qual besta eu quero.

Estava dividida entre uma camuflada de verde e preto e um preta escolhi a camuflada, uma faca preta e flechas. Heath comprou um espingarda, munição claro e uma mira.

—Mas Heath e a Zaine e a mamãe ?

—Calma elas não vão caçar -Diz ele pegando as sacolas e nós saímos.

—Então quer dizer que elas sabiam e eu não ? -Pergunto brava cruzando os braços.

—Não Liebe, elas não sabiam mas meu pai vai avisar depois que a neve acabar -Diz ele e minha carranca é substituída por um sorriso.

— O que é liebe ? -Pergunta curiosa.

—Amor - Diz simplesmente e minha bochechas coram.

—Como você tá romântico hoje -Digo cutucando sua barriga e ele sorri.

—Bom amar transformam todos em bobos. -Diz ele colocando o braço sobre meus ombros.

—Quantos idiomas você fala ?

—Bom, meu idioma de nascença que é inglês, francês e alemão -Diz ele matando minha curiosidade.

Fazemos o mesmo percurso de volta, conversamos e rimos atoa.

Me sinto uma boba de não ter percebido isso antes, Heath sabe direitinho do jeito que sou, do que eu gosto, qual minha cor favorita, ele sabe que não gosto de clichês e de coisas clichês também, se fosse outro cara teria me levado num restaurante ou me dado um vestido.

Mas não ele, ele me leva logo numa loja de armas.

Mas isso parece tão claro agora pra mim quanto vodka.

Ele não é qualquer cara.

Ele não me levou a um restaurante.

Ele não me deu um vestido.

Ele é perfeito pra mim.

*

Chegamos na minha casa e ele me deixa na porta, me dá um beijo na bochecha e diz:

—Te vejo amanhã morena. -Me dá uma piscadela e caminha lindamente até o outro lado da rua e desaparece dentro de sua mansão branca.

Suspiro sonhadora, sorrio e vou pra dentro de casa.

Sinto seu hálito em meu rosto, sua voz no meu corpo e seu rosto em minha mente.

Sonhadora vou pro meu quarto, imaginando várias cenas e situações com nós dois e revejo todos nossos momentos juntos até agora, todas as nossas brigas, conversas, beijos, toques, tudo, fecho os olhos e deito em minha cama imaginando tudo isso.

Em meio tudo isso acabo dormindo, acordo com uma mão me cutucando me sento, esfrego meus olhos e vejo Peter com um dedinho na boca e um sorrisinho nos lábios, olho pra minha porta e ela tá escancarada é claro não fechei ela de tão avoada que eu tava, olho pro Peter de novo cruzo os braços e coloco uma carranca na cara, seu sorriso se apaga.

—Você sabia que eu não gosto que me acordem ? -Pergunto estreitando os olhos pra ele e ele balança a cabeça em não.

—Pois é, então sai daqui antes que você vire meu jantar -Digo já me deitando e me cobrindo com as cobertas e sinto de novo a mão me cutucando me sento jogando as cobertas pro chão e olho pra ele.

—Jatar -Diz ele e desce da minha cama e sai correndo.

Reviro os olhos e me levanto troco de roupa, coloco meu short de malha e minha blusa do TPR e desço, já está todo mundo na mesa sento e tem uma variedade de comida tem arroz normal e arroz integral, frango e bife, salada e sucos de laranja, manga, pêssego e uva penso imediatamente em Heath sorrio por segundos e logo coloco a carranca de volta.

Como e me delicio com a comida, quando termino subo e vou pro meu quarto entro e tranco a porta vou pra cama.

Fico me revirando na cama, meu sono acabou e não vou mais conseguir dormir hoje então vou até meu banheiro ligo a luz e abro o armário e pego um sonífero coloco na boca e abro a torneira meto a boca debaixo pegando um pouco de aguá e engolindo o remédio desligo a torneira e desligo a luz e volto pra debaixo de minhas duas cobertas e adormecendo rapidamente.

Acordo com a luz pálida que emana da janela por causa da neve, sento e flashs do sonho inundam minha cabeça tento lembrar do sonho, era com o Heath, e só isso que consigo lembrar.

Balanço a cabeça dispersando as imagem da minha cabeça e levanto vou pro banheiro e logo que me viro em direção ao banheiro escuto um barulho na minha janela me viro rapidamente e levanto as mãos e me preparo pra dar uma rasteira na pessoa mas reconheço o cheiro, é Heath. Suspiro aliviada e abaixo as mãos ele aparece no meu campo de visão subindo na janela e vem sorrindo na minha direção e me da um abraço e um quando ele vai me dar um beijo me esquivo.

—O que foi ? -Pergunta ele com o cenho franzido e eu viro a cara pro lado pra responder mas não desgrudo os olhos dele.

—Boca amanhecida. -Digo e ele assente sua face se suavizando e ele dá um suspiro e se afasta uns dois passos.

—Me dá dois minutinhos ? -Pergunto enquanto ele se deita na minha cama.

—Claro. -Diz ele enquanto coloca as mãos atrás da cabeça.

Pego minha toalha apesar de minha vontade de tomar banho é zero e vou pro guarda roupa escolher a roupa mas me viro pro folgado na minha cama.

—O que a gente vai fazer hoje ? -Pergunto agachada no guarda roupa aberto só esperando a resposta.

—Bom, eu tava pensando em a gente ficar na minha casa hoje o que você acha ?

—Tá ótimo pra mim. -Respondo sorrindo e depois virando pro guarda roupa e caçando a roupa (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=130724204&.locale=pt-br) vou pro banheiro e faço minha higiene matinal e troco de roupa, saio do banheiro e dou uma voltinha ele assobia e eu cai na gargalhada bem baixo ele ri também, pego minha bolsa e nós saímos ( eu pela porta e ele pela janela ) saio da casa e tá uma nevasca bem leve mas com bastante vento, na calçada o avisto e nos atravessamos a rua e ele pega a chave de sua mansão branca que é facilmente confundida com a neve branca que cai do céu nublado e ele abre a porta.

—Damas primeiro -Diz ele se curvando e apontando pra dentro da casa com a mão, rio e entro.

Escuto ele entrar e fechar a porta vejo ele deixando seu casaco no cabideiro prata e faço o mesmo ando pela sala e tem vários retratos dele com seus pais e sua família.

Ao contrario de mim e de Delsing, Heath não perdeu nenhum de seus pais mas sua avó morreu ano retrasado mas ele tem seu pai e sua mãe o amor dos dois.

Apesar dele que ele nunca fala de sua mãe, nunca mesmo e ela não mora com ele.

Perder uma pessoa que você ama é um coisa muito do nada. Repentina.

Você nunca espera mas mesmo assim acontece. E nada nem ninguém nunca ouve suas preses pra trazer a pessoa de volta, ela nunca vai voltar.

Infelizmente a vida é assim, perdemos as pessoas que amamos e a dor é uma coisa que você nunca esquece, ela sempre vai te atormentar, pra te lembrar a falta que aquela pessoa faz em sua vida.

Mas saber que pelo menos ele é feliz com seus pais me da uma esperança, me faz acreditar que o mundo não é tão ruim assim.

Encontro Heath me analisando num canto da sala com as mão no bolso e um sorriso em seus lábios rosados, me olhando admirado e... Apaixonado, sorrio pra ele.

—Quer comer algo ? ou quer fazer um tour pela casa primeiro ?

Penso por alguns segundos.

—Tour primeiro -Digo andando até ele.

XXX