“A verdade pode machucar, mas é sempre mais digna.”

Charles Chaplin

Desliguei o telefone, deitei na cama, com as mãos atrás da nuca, fiquei olhando pro teto, fiquei um bom tempo assim, olhando pro teto branco, e automaticamente a imagem de Vinícius me vinha a cabeça, invadia meus pensamentos, me fazia sonhar mesmo acordado.

A porta do quarto bate.

Eu: Entra

Chegou sentou na cama, eu permaneci na mesma posição.

Vinícius: Viu a mensagem?

Eu: Sim

Vinícius: Gostou?

Eu: Sim, muito

Vinícius: Mereço o que?

Eu: Vinícius não sei qual é o teu jogo, mas eu vou jogar, vou dançar conforme a musica, e tomara que eu ganhe porque odeio perder.

Vinícius: Olha Jr. tudo que eu estou fazendo é porque você merece, se você não merecesse não estaria fazendo isso com você, e quer saber?

Eu: Diz!

Vinícius: Acho que estou apaixonado por você...

[ SILÊNCIO ]

Eu: Desculpa Vinícius, é que não te conheço, na verdade conheço, só não conheço seus sentimentos, quero que eles sejam verdadeiros para comigo. E olha você não me conhece.

Vinícius: Tudo bem, você tem total razão, mas meus sentimentos são verdadeiros e quero que você entenda que o meu lugar é ao seu ao lado.

Eu não falo nada, continuo do mesmo modo que estou, ele sobe em cima de mim, e me beija, ficamos nós dois nos beijando deitados, ele por cima de mim, eu embaixo dele, sentindo que seu membro já estava ereto, continuamos nos 'pegando' nos beijando com toda voracidade, com pegação, com um tesão que jamais tinha sentido, automaticamente fico excitado também, nossos membros se tocando por cima da roupa, ele fazia questão de “esfrega-lo” um no outro, e ainda gemia baixinho, enquanto me beijava. Aquilo estava muito bom, mas eu não tenho fôlego.

Eu: Ai, calma aí um pouquinho, deixa eu respirar

Nosso lábios se desunem, enquanto eu recuro meu fôlego, porque se depender de Vinícius a gente fica se beijando pro resto da vida, literalmente.

Eu estava sentado na cama, paramos de nos beijar, delicadamente Vinícius põe a cabeça nas minhas pernas e deitando sobre a cama, enquanto eu ficara alisando seus cabelos, fazendo carícias sobre seu rosto, e falo:

Eu: Vinícius sabe, eu tinha esse desejo por homem, mas nem tanto, porém quando te via/vejo sinto meus pés fora do chão, você me desperta um desejo tão forte, não sei explicar e eu também desde o principio estou apaixonado por você, e quero que saiba se a gente continuar com isso, quero que seja reciproco, você já é bem grande e sabe o que quer. Ah falando do tal poeminha eu amei, obrigado mesmo!

Vinícius: De nada Júnior, sempre que eu vinha pra cá, passar as férias aqui na sua casa, desde meus 14 anos que sinto um desejo por você, mas o medo, a indecisão me fizeram acreditar que você não sente/sentia o mesmo por mim, daí eu nunca arriscava, e você sempre ocupado, com suas namoradas, amigos, nunca sobrava nada pra mim, eu ficava triste, até chorava pensando que você nunca ia olhar pra mim, mas agora onde estou? Deitado sobre a pessoa que tanto desejei, e agora posso dizer?

Eu: Dizer o que? Diga!

Vinícius: E-e-e-u Te Amo

Somente beijei-o, não queria dizer o mesmo, na verdade queria, mas aquele pra mim não era o momento, decidi não arriscar!

Fomos impedidos de continuar nos beijamos, meu celular tocava (Katy Perry - Walking On Air ♬) atendo-o.

Milena: Júnior vamos pro Shopping?

Eu: Não sei

Milena: Vamos neguinho, chama o Vinícius também eu deixo (risos)

Eu: Tá bem, vamos, ah quer falar com ele?

Milena: Como? Ele está aí do seu lado?

Eu: Tá (risos)

Milena: Eu quuerooooooo, meu cunhadinho não é?

Eu: Sonha Alice, ainda não teve o pedido, portanto, não posso dizer se ele é seu cunhado ou não. Vou passar pra ele.

Vinícius: Oi Milena

Milena: Oi Vini, vamos pro Shopping, comprar algumas roupas, ver algum filme, ou sei lá, vamos sair de casa!

Vinícius: Vamos, Jr. também vai né?

Milena: Sim sim, ele vai!

Vinícius: Então tá bem, que horas mesmo?

Milena: Às 16 horas, nos vemos no estacionamento e diga pro Sr. Jr. que ele não precisa mais passar aqui pra me pegar!

Vinícius: Hum, arrumou um namorado rico? Sabia que atrás desses olhos verdes escondia uma menina má, maléfica, capaz de sugar tudo de um homem bobo.

Milena: Rá! Menos né, por favor passe o telefone pro Jr. Tchau seu, seu, seu gostoso (falou baixinho)

Vinícius passa o telefone para Jr.

Milena: Jr. às 16 horas, o Vini já sabe onde é e tudo, é naquele mesmo Shopping que costumamos ir, beijos, vou desligar aqui.

A vadia nem esperou eu dar tchau, e já foi logo desligando, raiva da Milena, dessa mania horrível dela, ainda vou dar-lhe umas palmadas, coisa que sua mãe deveria ter feito a muito tempo.

Jogo o celular em cima da cama, e volto pra minha posição, deitado, mãos na nuca, olhando pra cima, porém dessa vez de pernas cruzadas, somente pra disfarçar o volume que crescera entre minhas pernas, mas lógico que Vinícius viu e falou:

Vinícius: Ê-ê-é parece que tem alguém animadinho aí?

Eu: Onde? Cadê? (como se eu não soubesse de nada)

Vinícius agarra meu membro com toda voracidade e firmeza, e fica apertando, subindo pra cima de mim, segura minhas duas mãos, de forma que eu fiquei imobilizado, e ele por cima de mim, me olhando com aquele olhar penetrante, seus olhos castanhos brilhavam intensamente.

Meus pensamentos: Vai me beija logo! Tá esperando o que? Não posso me mexer direito seu/meu gostoso! Pera, eu chamei ele de meu gostoso? Ah, mas ele ainda nem me pediu em namoro, e eu não mando bem nessas coisas de pedir de se declarar, sou péssimo nisso, e se não pedir, eu que não vou! E eu to pensando em namorar meu primo? Lógico né, uma parte de mim diz que sim, mas e o povo lá fora? Minha mãe? Quer saber, que se dane tudo e todos!

Eu: Vai me beija logo!

Lentamente ele aproxima seus lábios sedentos ao meu, beijando-me o mais delicadamente possível, leve e macio, sentia o gosto daquele beijo, que gosto tem? Um misto de hortelã com orégano, que além dele ter suas propriedades curativas, podia me curar da sede incontrolável de ter Vinícius comigo, mas eu não queria isso, pois essa sede só aumentava, só aumentava...