Meu primo Vinícius escrita por Henrique


Capítulo 4
Festa Pt. II


Notas iniciais do capítulo

Tá aí mais um capítulo, espero que gostem u.u



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Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

– Clarice Lispector

Mas eu consegui escapar e saí do banheiro correndo (mas porque eu fiz isso? Se tudo que eu queria/quero ainda ficara lá no banheiro, porque eu agi dessa forma? São essa perguntas que ficou passando na minha cabeça. Fui lá pra fora da festa, menos barulho, meus pensamentos vieram a flor da pele, sentei numa calçada e meio que triste, chorando, permaneci lá por alguns instantes. Eis que meu telefone toca, Milena atendo rapidamente.

– Oi milena

– Onde você tá?

– Milena, não estou te ouvindo... Bjos vou desligar (disse com uma voz rouca)

– Não calma, onde você tá?

– Aqui do lado de fora

– Tá, to saindo daqui

[ desliguei o telefone e fiquei aguardando Milena ]

Não demora muito e ela chega

– Ma-r-s o que houve?

– Milena ele me beijou

– E você não deveria está feliz?

– É-r-é eu to, sei lá, quer dizer não to bem

– Mas porque?

– Não sei responder agora, vamos embora?

– Mas, e Vinícius?

– Toma meu telefone liga pra ele, diz que estamos esperando ele no carro

– Tá bem

– Oi Vinícius, Milena aqui, consegue me ouvir?

– Sim Milena gostosa! Diga!

– Estamos te esperando no carro, por favor não demora, venha logo!

– Ah Mileninha, não quero sair daqui agora não, só mais cinco minutinhos, favor!

– Nem cinco, nem dois venha logo! Se não...

– Se não, o que?

– Ora, venha logo, tchau!

[ tututututu Milena desligou ]

Logo logo Vinícius chegara, meio cambaleando.

– Milena vai ajudar o garoto

– Tá, vamos nós dois

Pegamos ele, colocamos entre nós dois e fomos em direção ao carro, Vinícius não parecia estar tão ruim assim, parecia só manha, não sei ao certo.

Colocamos ele no carro, ficou deitado lá atrás, Milena veio comigo na frente, fazendo companhia. Dei partida, sincronizei meu celular com o som do carro tocava Alanis Morissette-Ironic, aquela musica me lembrara de algumas coisas e começava a passar flashes em minha cabeça, como se fosse filmes.

"É uma mania minha. De colocar uma música que combine, fechar os olhos, pôr as memórias lado a lado e deixá-las passando em flashes na minha mente como se fossem um filme. E ficar ali, esperando uma lágrima cair, um sorriso surgir e refletindo sobre o que vale a pena."

Foi isso que aconteceu lágrimas caíram, e ficava pensando se valeria a pena, continuar isso com Vinícius.

– Júnior?

– Oi Milena

– Se é isso que você quer, vai em frente!

– Eu sei Milena, já sou bem grandinho tenho 19 anos, sei bem o que eu quero, e quer saber, vou conversar com Vinícius, se ele realmente quiser, eu me aceito, e me conformo que o meu lugar é perto dele.

– Menos né Jr. não quero ver você chorando, ainda mais pelo Vinícius, menos, favor, nem quando você namorava aquelas vadia você ficava assim agora que o Vinícius apareceu esse FDP você fica assim poxa, menos né!

– Tá bem Milena cê tem razão, não vou mais chorar por ele, por ninguém, se ele me quiser estarei aqui, de coração aberto pra ele

– Agora enxuga essas lágrimas

( Fiz o que Milena pediu, enxuguei as lágrimas, engoli meu orgulho, e o que for de ser meu será, não precisava eu ficar assim)

– Pronto Milena, chegamos na sua casa, deixa que eu me viro com Vinícius

– Qualquer coisa me liga Jr. tchau beijos, se cuida

– Tchau, até mais.

[ Continuei dirigindo ao som de Quase sem querer na voz de Maria Gadú ]

“Ainda estou confuso, só que agora é diferente […] Quantas chances desperdicei”

Tento conversar com Vinícius

– Ei, Vinícius, tá aí?

Não respondia nada, devia tá dormindo, ou pelo menos não queria me responder.

Enfim, chegamos em casa, abri a porta do carro, desci, abri a outra, peguei Vinícius, pesado esse menino credo, mas parecia que ele estava consciente pois ele caminhava, subimos pro quarto joguei ele cama, deixei ele um pouco lá, ele cheirava muito a bebida, o FDP tinha vomitado no meu carro, ah mais ele me paga.

– Vinícius?

– Oi

– Está vivo?

– Sim estou

– Estou indo tomar banho, vai ficar aí?

– Não, me espera, só pegar uma toalha, me ajuda aqui

– Tá levanta

Esse se levantou sozinho pegou a toalha e fomos pro banheiro que fica no meu quarto, mais perto.

– Vinícius?

– Oi

– Tira a roupa, vai banhar com roupas é?

– Não, só um minuto, me ajuda aqui

– Ah, não vai dar não

– Porque?

– Porque não Vinícius para!

(Vinícius tirou a roupa e foi pra debaixo do chuveiro, eu podia ver a água percorrendo cada pedacinho do corpo de Vinícius, parecia uma miragem, mas não, era a pura verdade.)

– Vem pro chuveiro também!

– Se você não percebeu aqui só tem um chuveiro, no qual você está debaixo dele

– Ata desculpa não precisava ser grosso

– Sai logo daí Vinícius! Me deixa banhar também

– Tá, pode vim (disse num tom de safado, não to gostando disso pensei)

Fui pro chuveiro, Vinícius passa por mim e pega na minha bunda.

– Ops, desculpa, foi mal, não foi minha intenção

– Ok, deixa eu banhar!

Enquanto me lavo com o sabonete, percorrendo todo o meu corpo, Vinícius fica me olhando como se estivesse me desejando (sonha Alice) se bem que, pode vim Vinícius! (risos) (pensando comigo mesmo). Droga o sabonete caiu!


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Notas finais do capítulo

Comentar não faz cair os dedos rs, então se gostou ou não gostou, deixe sua marca, deixe seu comentário!
Desde já grato. :D