Meu primo Vinícius escrita por Henrique
Notas iniciais do capítulo
Oi, tudo bem com vocês? Comigo está mais ou menos, logo logo retornarei a Faculdade :/ enfim não sei que rumo a história terá, to pensando em um FIM.
Cheguei em casa, o relógio marcava meia-noite, minha mãe me esperava na sala vendo TV.
– Oi mãe, - disse sentando no sofá perto dela.
– Oi Vinícius, - falou secamente.
– Sabe mãe a tia deixou eu ir morar lá, passar essa temporada lá com ela, como já havíamos conversado.
– Filho se é isso que você quer, tudo bem, pode ir como combinado, só não esquece da mamãe. - disse-me abraçando.
Só balancei a cabeça num sinal de positividade e fui pro meu quarto. Olho meu celular, tem mensagens dele Jr. dizendo:
– “Quando chegar em casa avisa amor”.
Ai que bonitinho ele me chamando de amor, deve ser lindo essa palavra saindo da boca dele me chamando de “amor”.
– “To em casa amor, já cheguei”, - respondi à ele.
– “Ta bem, vá descansar que amanhã você vem pra cá e terminamos o que começamos”.
Um sorisso largo surgiu em rosto a ponto de comer minhas bochechas – menos né.
– “Ta amanhã continuamos, prometo, boa noite até amanhã, beijos...”
Enquanto o sono não vinha fiquei arrumando minhas coisas, se bem que não tinha/tenho muita coisa pra levar, só algumas roupas, um álbum de fotos antigas, meu netbook, e coisas pessoais. Agora ficara imaginando como seria minha vida, quer dizer minha nova vida que começaria ao lado da pessoa [AMADA], e não é uma qualquer pessoa é ele Jr. o primo que desde meus 10 anos desencadeei por ele um sentimento que nenhum ser foi capaz de criar, e agora tenho todo o tempo do mundo para demostrar esse amor que vive aqui dentro de mim, e tá chegando a hora de poder realizar de verdade o que eu sonhei, que eu idealizei, e tomara que ninguém nos atrapalhe porque nos dias atuais até felicidade é motivo de inveja e tanta outras coisas ruim, que servem somente para nos derrubar e nos deixar pra baixo. - pensava comigo.
[ NARRADOR JUNIOR ]
Tudo feito, agora destino, se é que existe destino, entrego-te minha vida a ti. Amanhã é um novo dia que começa, quer dizer hoje já é um novo dia, mas do que um novo dia, é uma nova fase que começa na minha vida, não só na minha, mas na de Vinícius também e todas as pessoas que estão ao meu redor.
Agradeço a mãe que tenho, porque não é fácil pra uma mãe saber que seu filho é gay, ou coisa do tipo, eu só quero respeito vindo das pessoas nada mais, e dele claro de Vinícius quero o Amor, a amizade, tudo dele eu quero, é tudo de bom claro, na verdade tudo é relativo.
Só quero que as coisas boas permaneçam e com ele venha também a amizade, o amor, já falei do amor, enfim que venha tudo que for pra permanecer aqui comigo!
Meu telefone toca, mas quem poderá ser, e a essa hora?
– “Oi” - disse rapidamente.
– “Oi neguinho” – ensoou uma voz familiar.
– “Milena quanto tempo! Sua vadia, rapariga, tá sumida, tá dando pros macho é que não tem mais tempo pra mim”? - disse num tom enfurecido.
– “Não amor, to passando aí daqui a pouco, só liguei pra avisar que to chegando” - disse Milena
– “O que houve?” - Ao falar isso ela desligou o telefone.
Agora ficara pensando o que teria acontecido por Milena não ter falado mais, e não ter contado-me mais nada. Sinceramente to preocupado. Desço correndo pra espera-la na porta de casa, fico aguardando ansioso. Quando a vejo na rua cambaleando, meu Deus porque ela tá assim, e corro ao seu encontro.
– Milena! - digo sem ouvir resposta nenhuma, enquanto ela que só me abraça e chora.
– Milena, fala comigo, o que houve? Continuamos e entramos em casa. E fomos pro quarto eu com meus braços entrelaçados em seus ombros.
– Hey, o que houve?
– Júnior, eu...
– O que Milena? Seu rosto Milena, você tá sangrando.
– Fui agredida, meu namorado me bateu...
– Como? Vamos denunciar pra policia agora mesmo!
– Não, você não sabe como ele é agressivo.
– Mas Milena, olha o seu estado, temos que fazer alguma coisa, não pode ficar assim...
– Não Jr. deixa pra lá, só quero dormir hoje aqui.
– Tudo bem, mas vamos dar um basta nisso!
– Ta, preciso de uma roupa limpa.
– Vou ver se vejo se minha irmã está acordada e peço ela.
– Bruna, está acordada – falava e batia na porta do seu quarto.
– Sim, entra, o que você quer? - disse ela.
– Uma roupa sua, calcinha, um short e uma blusa, se possível um sutiã também.
– Hey, ainda nem é carnaval, e não acredito já vai virar travesti, meu Deus meu irmãozinho não acredito, eu que pensava que você era... - interrompia-a antes que ela completasse a frase.
– Ora mais, não é pra mim sua tonta, é pra Milena ela tá no quarto e quer uma roupa limpa, vai me dar aí.
– Toma aí, pega!
– Obrigado irmãzinha lindo meu coração. - mentira, mas é que as vezes um pouco de encenação cai bem, às vezes!
Peguei a roupa e saí...
– Milena? - Chamava-a mas não obtive resposta nenhuma. Parecia que estava no banheiro, pois ouvia a água cair.
A porta do banheiro estara entre-aberta o que dava pra ver um pouco ela, estava de costas, e eu ficava pensando como pode um bacaca daqueles fazer aquilo com ela, ainda mais com minha amiga, minha melhor amiga, não admito vou ter que fazer algo pra ajudá-la. Sua bunda eu via com toda perfeição, linda escultural, de um corpo belo, mas que precisava de minha ajuda.
– Hey tá olhando o quê – disse fechando a porta do banheiro.
– O quê, eu? Olhando? Onde?
Enquanto ela termina o banho, fico no notebook, vendo meu perfil no facebook, falando com alguns amigos, ouvindo uma música lenta e calma, e já se passava de uma da madrugada, e eu firme forte como o sol que daqui a algumas horas aparecia pra nos alegrar e dar aquele brilho que só ele tem.
Desligo o notebook, fico esperando Milena sair do banheiro, que por sinal tá demorando demais.
– Milenaaaaaaa – chamo-a mas só ouço a água cair.
Bato na porta do banheiro e nada dela, já comecei a ficar preocupado, meu Deus porque ela não abre essa porta.
– Milena abre a porta por favor, - ficava implorando, mas nada de ouvir ela. Começo a me desesperar, gritando pra ela abrir, nisso minha mãe acorda e já está batendo na porta do meu quarto.
– Pedro? - chamava e batia na porta.
– Oi mãe entra – disse desesperado, pois Milena não abria e nem dizia nada.
– O que houve,? Lá do meu quarto ouço seus gritos.
– Milena mãe tá mais de 40 minutos aqui no banheiro e não abre a porta.
– Arromba essa porta menino, vai, você é homem, - dizia minha mãe.
Não sei onde arrumei forças mas fui, dei uma mega chute na porta e ela se abriu, e Milena se encontrara no chão desacordada, desmaiada, não sei, seu coração batia, mas ela estava desacordada.
Minha mãe e eu pegamos ela e a colocamos em cima da cama, enquanto minha mãe a vestia pra a levarmos a um hospital depressa. Enquanto eu pegava seu celular, seus documentos pra levar pro hospital também...
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