– “Oi mãe, tudo bem, tem um tempinho aí?”

– “Sim filho, o que houve?”

– “Sabe, Vinícius quer morar aqui, ou pelos menos passar uma temporada, por conta da faculdade, entende mãe?”

– “Tem certeza que é só por esse motivo? Não precisa me esconder nada, já sei o real motivo, e ele pode vim sim. Ah filho, felicidades!”

– “Mas mãe!?”

– “Filho além de Professora eu sou Psicóloga, esqueceu? Eu sei o que se passa aí na sua cabecinha, sou sua amiga, em casa conversamos, Te amo, preciso voltar pro trabalho”.

– “Também te amo mãe, obrigado, tchau, beijos, sinto muito mãe”.

– “Nada de sentir muito, em casa conversamos, tchau”.

Desliguei o telefone e deitei na minha cama, sem vontade nenhuma, não fui pra Faculdade nem nada, fiquei ali deitado e adormeci...

Acordei, bocejei, e estiquei as costelas, nada funciona nessa vida, pensava comigo, não abri as janelas, não arrumei minha cama. Tomei banho no banheiro escuro só depois ascendi a luz pra me enxugar. Olhei-me no espelho por longos nove minutos. Ajeitei a franja com os dedos, e pus a velha roupa de sempre.

– Filho? Pedro? - chamava-me minha mãe.

– Oi mãe, entra acabei dormindo desde a hora que nos falamos.

– Quer conversar agora ou prefere depois do jantar?

– Agora mãe! - disse num tom rápido.

– Então me fala como é tua relação com ele? Já transaram?

– Mãe!?

– Filho, me conta, eu sou Psicologa lido diariamente com isso, você foi o que com ele? Ativo? Passivo? - disse secamente.

– Mãe, como sabe desse linguajá?

– Vou repetir só mais uma vez, sou Psicologa! Conte-me.

– Mãe uma relação só existe quando uma pessoa pede a outra em namoro?

– Não filho, depende. Não entendi, conte-me mais.

– Transamos mãe uma vez, e fui passivo, foi nossa primeira vez. Mas eu já transei com mulheres você sabe.

– Mas quando você começou a gostar de homens?

– Mãe eu sempre namorei mulheres você sabe, mas os últimos anos que Vinícius vinha pra cá, eu tinha, quer dizer tenho um desejo por ele, que preferi deixar de lado, achava que isso era coisa da minha cabeça, mas não era mãe, eu tentava tirar da minha mente, ficando/namorando com meninas, mas quando-o via perdia totalmente o controle. E esses quinze dias que ele passou aqui, foi os melhores da minha vida!

– Filho se é isso que você quer, eu te aconselho ir em frente, não vou te deixar de lado, ou te abandonar pelo contrário, você tem uma mãe, um pai, uma amiga, uma protetora, posso até parecer longe/distante, mas não sou, sempre me preocupo com você, com sua irmã Bruna. Pode contar comigo. Outra coisa uma relação precisa de cuidados, digo cuidados em relação na hora do sexo, use sempre camisinha, você sabe.

– Obrigado mãe, você é melhor mãe do mundo! É assim que todas as mães devem ser! E em relação a cuidados, sempre sou cuidadoso mãe.

– Então filho liga pra ele, e diz que ele pode morar aqui.

– Não precisa, - disse Vinícius adentrando meu quarto.

– Tchau meninos, - falou minha mãe e saiu.

– Você não devia tá na Faculdade essa hora? - perguntei-o.

– Sim devia, mas você não respondeu minhas mensagens, não atendeu minhas ligações, fiquei pensando que não queria falar comigo.

– Não Vini, eu quando cheguei caí na cama e adormeci, acordei ainda pouco, nem peguei no celular ainda. Desculpa Vini.

– Tudo bem, só não faça mais isso. Já posso morar aqui?

– Pode! - disse dando um abraço apertado nele.

Em seguida nos beijamos por um longo tempo, matei a saudade apertando aquela bunda que eu desejara ter pra mim. Fechei a porta do quarto e volto a beijá-lo com mais rapidez, voracidade, com amor. Tiro sua camisa, beijo, mordo seu pescoço, ele também tira minha camisa e procura por meu membro por cima da calça e fica apertando com uma das mãos, me deixando no ponto ápice da extremidade, quer dizer cara quero transar!

Ouvindo isso tiro abaixo suas calças, também tiro nossas roupas, ficando nós dois de cueca.

Senti meu corpo estremecer quando Vinícius tocou com sua boca em meu pescoço, enquanto o beijava suavemente. Eu só conseguia pensar o quão seria nossa vida daqui pra frente, agora que havia conquistado ele de vez, nada mais me importava, se não a presença dele. Ele começou a tirar minha cueca, enquanto eu soltei um suspiro quando aquela mão quente e forte apertou suavemente minha bunda.

[ NARRADOR VINICIUS ]

Eu não podia prossegui se não perderia o ônibus, vim aqui somente pra vê-lo e matar um pouco a saudade, além do mais amanhã estou de volta. Mas isso me faz com que esqueça do mundo lá fora, o que eu quero é ficar aqui com ele, fazer o que queremos e devemos, por que nossos corpos pedem isso. Mas eu não posso continuar se não perco o horário e consequentemente o ônibus.

– Ei amor, vamos parar se não perco o ônibus, tá na minha hora, pode me deixar na Faculdade? - falei enquanto ele beijava meu pescoço.

– Ah não, droga! Tudo bem vamos, amanhã cê volta né? - disse num tom chateado.

– Sim volto!

– Promete?

– Prometo – falei me vestindo.

– Vamos se não perco ônibus...

– Ta bem, só me vestir.

Descemos o quarto, e fomos pra garagem, abri a porta do primeiro carro, acho que era o Santana branco, também amo esse carro, o estilo dele, enfim, enquanto que o Jr o ligava pra sairmos. Damos a partida e fomos. Meu celular toca.

– “Alô”

– “Menino onde você está o ônibus já vai sair tá faltando poucas pessoas”. - disse Eva uma amiga da Faculdade.

– “Ja estou indo, não sai sem mim”.

– “Tudo bem, beijos, tchau”.

– “Tchau, outro”. - desliguei o telefone, enquanto Jr. só me olhava e falou:

– Quem era?

– Ah era a Eva uma colega de classe, porque? Ciumes?

– Pouquinho – falou abrindo aquele sorriso que tanto amo.

– Fica não, - disse dando um selinho nele.

Enfim chegamos...

– Meu amor preciso ir, - dei-lhe um bom beijo e desci do carro.

– Ei, espera um pouco, Te amo!

– Awnn Também te amo, beijos, tchau.

Acenei e fui em direção do ônibus, estava feliz porque amanhã me mudaria pra junto dele, enfim, tudo conspirando ao nosso favor. Ponho meus fones sento-me em um dos acentos do lado de Eva. Eva é linda, uma negra [morena] belíssima, olhos pretos, cabelos tipo bombril mesmo, mas muito linda, sabe se vestir, enfim maravilhosa.

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