Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 9
Fim de festa, aventuras e mais estresse.




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A festa já estava acabando, e eu estava entediada. Fiquei o mais distante possível de David, por motivos óbvios. E me senti uma idiota, por tê-lo feito pensar que talvez eu tivesse gostado daquele momento. Mas na verdade, eu não sei se realmente gostei... Talvez fosse a aproximação, não é normal algo assim acontecer. Porém isto não quer dizer que eu goste dele, eu realmente não o suporto. Eu esperei por muito tempo para finalmente conseguir Jean para mim, e eu não iria desperdiçar este momento por um mero idiota, que se acha o tal.

– Cher! – Lola sorriu ao sentar-se ao meu lado. – Não te encontrei mais desde aquela hora. Onde andou?

– Fiquei lá fora... Com Jean. – Sorri entusiasmada.

– Ai. – Ela bateu palmas animadamente. – Rolou?

– Sim! – Mordi o lábio para conter um sorriso. – E você?

– Sim!! – Lola continuou a bater palmas. – Eu te avisei, agora ele pertence à mim. Meu, meu e meu! – Ela deu uma risada gostosa de ouvir.

– Eu sabia que iria conseguir. – Disse confiante. – Era óbvio. Além do mais ele é um cara normal, não é tudo isso que você tinha dito.

– Quem disse? Ele é tudo isso e muito mais! – Lola riu. – Ai Cher, enlouqueci!

– Não quero detalhes, principalmente com esse traste! – Disse, e então me veio em pensamento a cena de pouco tempo atrás.

– Tudo bem, então... – Ela deu de ombros. – Cadê o Jean?

– Teve que ir embora. – Fiz beicinho.

– Ah! – Lola também fez, depois riu. – Adorei a nossa festa, Cher! – Ela me abraçou.

– Eu também, L. – Ri ao retribuir o abraço.

Passamos um tempo sentadas, rindo um pouco dos outros e comentando sobre alguns garotos dali. David havia sumido, graças ao meu santo Deus. Estava ficando entediante aquela festa, para mim e para Lola, então ela resolveu se entrosar com algumas garotas calouras, diz ela que queria transformá-las, ou seja, mais escravas para aturar!

Decidi pegar água na cozinha, foi longo o percurso até a cozinha, com tanta gente na frente e pessoas bêbadas.

– Onde diabos estão os corpos desta casa? – Murmurei para mim mesma tendo a ousadia de abrir os armários, e não encontrando copos. – Achei! – Sorri vitoriosa ao pegar um copo e botar água, fiquei um pouco ali, próximo a pia, olhando pela janela.

Até sentir a presença de alguém atrás de mim, e uma pressão em minha cintura.

– Bu. – David murmurou no meu ouvido, o que me fez arrepiar e ao mesmo tempo me deixar furiosa.

Virei-me e o empurrei. Qual a possibilidade de David ser o cara mais idiota do mundo?

– Você não cansa? – Disse indignada, ele voltou a se aproximar, com suas mãos firmes em minha cintura e seus olhos nos meus, estremeci com o seu olhar.

– Você gostou. – David sorriu. – Eu não vou parar até você admitir que sente atração por mim.

– Então isso é uma guerra? – Ri meio nervosa. – Você acha mesmo que eu sou igual às outras garotas? Que se submetem a tudo para te conquistar? – Falei meio sem pensar. – Eu não quero você e nem sinto nada por você. – O empurrei com toda a minha força e me afastei um pouco. – Agora procura outra pessoa para encher, que você não vai gostar de me ver brava.

–Eu encaro este desafio! – Ele falou alto o bastante para que eu pudesse ouvi-lo de fora da cozinha, e da porta mostrei-lhe o dedo do meio.

Estava extremamente irritada e não queria mais ficar aturando este garoto me abordando toda hora, achando que tem algum poder sobre mim... Eu definitivamente precisava de uma bebida. Enchi o copo com uma daquelas garrafas que havia na mesa de drinks e bebi tudo de uma vez. Sentindo minha garganta formigar e meus lábios ficarem dormentes. Aquilo era forte, mas eu não estava nem aí, estava brava e precisava descontar isto em alguma coisa.

– Cher, você está bem? – Érika disse ao colocar a mão em meu ombro. – Não sabia que você bebia...

– Eu não bebo. – Ri enxugando com as costas da mão a minha boca.

– Ora, não parece. – Ela riu. – Toma cuidado.

– Não quero mais. – Ri dando de ombros. – Estou cansada, acho que vou embora.

– Mas já? – Érika fez beicinho.

– Sim, está tarde. –Sorri desanimada. – Avisa para Lola? Amanhã eu venho aqui. Boa festa!

– Boa noite, Cher! – Érika sorriu acenando para mim.

Quando finalmente saí da casa da Lola, me assegurei de que David não estava me seguindo, tirei os saltos e comecei a caminhar. A caminhada seria um pouco longa, acho que eu estava ficando meio louca. Caminhar naquela hora da noite, sem ninguém e descalço. Dei passos apressados quando cheguei em uma rua escura.

– Calma, Cher. – Suspirei falando comigo mesma. – São apenas três quadras. Apenas três... Puta merda. – Praticamente corri quando um farol dominou aquela rua mal iluminada. – Droga. – E eu estava correndo, até chegar em um poste, espremi os olhos para enxergar direito o carro que vinha.

O carro reduziu a velocidade enquanto se aproximava e então eu comecei a andar novamente, rápido demais, praticamente corria. Meu coração acelerou quando o carro estava ao meu lado, então eu tive que parar. Olhei meio hesitante, e esperei que a pessoa abaixasse o vidro. E pela minha sorte, que estava muito boa nesta noite, não era nada mais e nada menos que o cara mais idiota e estúpido que o mundo já viu.

– Ta maluca?? – David disse, parecia bravo e seu rosto demonstrava preocupação.

– Qual é o seu problema? – Praticamente gritei. – Você mal chegou e eu estou farta da sua perseguição estúpida! – E agora, eu havia gritado. – Dá para parar, por favor? Eu faço qualquer coisa para você parar.

Ele riu, saiu do carro e caminhou para o meu lado, abrindo a porta do passageiro e fazendo sinal para que eu entrasse.

– Eu prefiro ir andando. – Virei às costas para ele e comecei andar, mas eu sabia que não seria por muito tempo, eu sentia. David me puxou pelo braço e me guiou forçadamente para dentro do carro.

– Estou apenas seguindo ordens, senhorita Dewes. – Disse ele, andou até a porta de motorista e entrou ao meu lado. – Então, dá para se comportar? E me deixar cumprir o meu dever de leva-la sã e salva para casa?

– Imbecil. – Murmurei. Eu não iria mais gastar minha saliva com esse doente mental, não mesmo!


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