Quebrando as regras escrita por Carrie Collins
Depois que o “senhor bonitão e perigosamente perigoso” foi embora, Jean relaxou. Ficamos por um momento sentados do lado de fora, próximo à piscina, nos agarrando, pois eu não perderia uma oportunidade como essa. Não são todos os dias que se tem Jean Furley sentindo atração por mim. Ou sei lá, o que ele sentiu quando me viu andando desajeitada com aquele salto alto e aquela maquiagem toda.
– Você é linda. – Jean acariciou meu rosto com o seu polegar, estávamos próximos o bastante para outro beijo, mas seus olhos pairavam nos meus, e neste momento, eu não me senti incomodada em encará-los.
Seus olhos ressacados – baixos – tinham aquele jeitinho de me envolver, havia aquele jeito safado e ao mesmo tempo delicado. Aquela era a melhor posição de ser observar sua beleza, próximo o bastante para ouvir sua respiração e os ruídos que ele às vezes fazia.
– Já está ficando tarde. – Ele fitou seu relógio de pulso. – Quer que eu te leve em casa? Seu pai não vai brigar?
– Não, eu vou dormir aqui. – Dei de ombros apoiando minhas pernas em cima das suas.
– Ah, então me deixa te levar para minha. – Jean mordeu o lábio sedutoramente, e depois riu. – Estou brincando.
– Bom mesmo. – Ri, mas no fundo a proposta seria tentadora demais para dizer não.
Algo vibrou embaixo das minhas pernas, em seu bolso.
– Opa, meu celular. – Ele deu uma risadinha e delicadamente tirou minhas pernas de cima e pescou o celular do seu bolso. – Volto já. – Jean olhou para a tela rapidamente, me deu um selinho e levantou-se, se afastando para atender o celular.
Ele caminhou até a porta, e depois o perdi de vista. Observei a festa, que ainda rolava lá dentro. As luzes já estavam enjoativas, mas havia pessoas bêbadas demais para se importar. Muitos casais temporários haviam se formado, algumas meninas estavam lá para fofocar e alguns caras que ainda não tinha conseguido uma garota, ainda tinham chances de embebedar alguma delas para aproveitar a situação. E então apareceu David, na porta, ele por algum acaso olhou para mim, abriu a porta e veio em minha direção... Esse garoto não sabe ser menos irritante não?
– O que você quer? – Murmurei já estressada.
– Oh querida Cher... – David deu passos longos e logo estava sentado ao meu lado, na espreguiçadeira acolchoada. – Seu príncipe fugiu?
– Não, por contrário de sua princesa, que deve está nauseada por estar com você, como eu me sinto agora. – Disse e sorri cinicamente.
– Náuseas? Talvez seja paixão. – Ele se aproximou com um sorriso debochado, seus olhos azuis desafiadores queimavam em mim.
– Ah, claro, porque eu morro de amores por você. – Falei ironicamente.
– Pelo Jean é que não é. – David sussurrou confiante. Como ele poderia dizer isso? Ele mal me conhece. – E ele não quer nada mais que te levar para cama dele.
– Como você sabe? Deixou a vida de perturbado mental e virou vidente? – Ri sarcasticamente.
– Olha pra você... – Ele riu. – Ta gostosa. Eu também pensaria assim, se não te odiasse.
– Ah, você me odeia? – Sorri cínica. – Estamos quites! – Dei um tapinha no seu ombro. – Mas eu me pergunto por que você me persegue tanto, acho que esse seu “odeio” não é muito aceitável.
– Porque você é uma pessoa legal de odiar. – Riu. – Você fica brava mesmo e isso é divertido.
– Você é retardado, só pode. – Rolei os olhos. – Agora sei o porquê desse piercing ridículo.
– Você não gosta? – David fez beicinho, botou a mão no piercing e o cutucou, e então ele desapareceu da minha vista, mas depois percebi que ele apenas o colocou para dentro. – Pronto, agora sou o cara certinho? Quer casar? – Disse ironicamente.
– Nem que me amarrassem, eu me casaria com você. – Ri e então olhei para o lado, e Jean estava voltando. – Agora vai procurar a Lola, que eu cansei de conversar com você. – Murmurei para David.
– Como se eu me importasse com a sua fadiga. – Ele riu. – E aí, Jean.
– E aí, cara. – Jean sorriu para ele, e depois olhou para mim. – Eu vou precisar ir para casa, Cher. – Ele me puxou pela mão, e eu me levantei.
– Opa, estou sobrando aqui, to indo nessa. – David disse e finalmente saiu.
– Vai ficar brava comigo? – Passou a mãos em meus cabelos enquanto sussurrava em meu ouvido. – Eu prometo recompensar da próxima vez. – Ele sorriu ao trilhar beijos em meu pescoço até minha bochecha.
Jean segurou a minha nuca, puxando levemente meu cabelo, seus olhos ainda nos meus, ele beijou meu rosto e depois me deu um selinho.
– Não vou ficar brava. – Sorri. – Quando vamos nos encontrar novamente?
– Quando você quiser. – E então ele me beijou delicadamente, me puxando para si e brincando com meu cabelo com seus dedos.
– Vou cobrar. – Disse contra seus lábios.
– Fique à vontade. – Jean sorriu, me deu um selinho e afastou-se. – Boa noite.
– Boa noite. – Respondi, dando alguns passos para trás, o observei ir embora pelas portas do fundo e então andei distraída até dentro da festa... Dando de cara com quem?
– Olá, senhorita solteira. – Ele deu um sorriso malicioso.
– Vê se não enche. – Bufei. – Vai procurar a Lola.
– Não, agora vou encher o teu saco. – David riu.
Rolei os olhos e me virei para ele, e quando ousei em sair andando, David me puxou pelo braço e ficamos próximo o bastante para me deixar apavorada. Seus olhos maliciosos pairavam em mim, e por um momento, eu gostei daquela aproximação. Nossos corpos estavam praticamente colados e suas mãos agora passeavam sobre a minha cintura, eu pude sentir seu hálito quente na minha bochecha... E então me dei conta do que estava prestes a acontecer e o empurrei.
– Ta maluco? – Disse brava. – Me deixa em paz, idiota! – Bufei e saí batendo os pés para longe dele.
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