Quebrando as regras escrita por Carrie Collins


Capítulo 5
Amor e outras drogas.




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– O que você quis dizer com “esperei por muito tempo você no cinema”? – Ele perguntou, depois de uma longa caminhada em silêncio.

– Você realmente não se lembra de mim? Eu estou tão diferente assim? – Disse, mas não era diretamente para ele, era para mim mesma.

– Cá para nós, eu não iria esquecer uma garota tão linda assim... – Jean sorriu, e suas palavras fizeram tudo dentro de mim derreter, mas eu tinha que me manter firme.

– Mas você esqueceu... – Dei de ombros, como se suas palavras não significassem nada, mas por dentro... Eu sabia que significava.

– Como? Refresque minha memória...

– Você me deu seu número no colégio e marcamos de nos encontrar no cinema, por sms... – Resumi a história e o encarei.

– Você não é a Dewes... – Ele me encarou novamente. – Puta merda, você é. – Jean parou e me segurou pelos braços. – Sinto muito, eu sou um idiota.

– É mesmo... – Ri. – Pode me soltar?

– Você é a amiga da Lola, aquela que não se parece com as outras. Você me passa cola de história... – Falou, ignorando totalmente o que eu tinha dito. – O que eu posso fazer para me desculpar?

– Me soltar. – Murmurei impaciente.

– Foi mal. – Riu, afrouxando as mãos, depois soltando meus braços completamente. – Já sei o que posso fazer... Podemos ir ao cinema, de verdade...

– Ou iremos nos encontrar na festa da Lola amanhã. – O lembrei, eu sei que ele iria de qualquer jeito.

– Isso! – Ele sorriu. – Então, amanhã iremos a festa da Lola...

Foi exatamente quando chegamos a minha casa, parei e ele continuou andando. Eu ri.

– Festa da Lola... – Coçou a nuca enquanto voltava rindo envergonhado.

– Então... Até amanhã. – Mordi o lábio, contendo o riso.

– Até amanhã, Dewes. – Ele se aproximou demais de mim, enquanto meu coração praticamente saía pela boca. E então beijou meu rosto.

Este poderia ser definitivamente os melhores minutos da minha vida. Eu havia acabado de receber um beijo no rosto de Jean Furley! Parece até um daqueles meus sonhos. Para completar, iríamos nos encontrar na festa da Lola. Sim, isto definitivamente era um sonho, e eu não queria, em hipótese alguma, acordar.

– Olá, papai! – Disse ao me deparar com ele sentado relaxadamente no sofá ao assistir um jogo qualquer.

– Olá, querida... Como você está bonita. – Ele sorriu.

Papai não era um pai normal. Sr. John Dewes era um dos maiores cafajestes da cidade, e isso me deixava enojada... Porém, enquanto isso não me envolvesse, eu realmente não vou ligar para quantas mulheres passam por sua cama. Não que meu pai fosse um galã de novela, mas ele tinha o seu charme. Tinha seus 36 anos, e eu não havia nenhum pouco puxado a ele, do lado galanteador, é claro. Eu havia puxado seus olhos azuis, não tinha aquele porte atlético de garotos de 20 e poucos anos, mas estava muito enxuto. Meu pai realmente se cuidava, e parecia que as mulheres gostavam disto. Ás vezes, até eu caía em seus sorrisos e piscadas quando pede para que eu faça algo. Seus cabelos negros tão bem cuidados e brilhosos. Na verdade, meu pai era mais vaidoso que eu, este era um fato.

Mamãe havia nos deixado muito cedo... Não, ela não morreu. Minha mãe fugiu com um amigo do meu pai. Isto realmente era patético, mas papai disse que antes de me ter, ela estava bastante confusa se o amava realmente. Era triste, pois dentro do coração cafajestoso – não sei realmente essa palavra existe – do meu pai, havia amor por ela. Que se fosse eu, não o tinha desperdiçado. Meu senhor Dewes, era tão cuidadoso e atencioso que todos os seus defeitos eram ignorados... Bem, isto referente a mim, não a todos. E particularmente, eu adorava morar com ele.

– Que tal uma pizza? – Papai perguntou-me na soleira da porta do meu quarto, enquanto eu digitava furiosamente uma mensagem de texto para Lola.

– Uma pizza é legal. – Comentei ao observá-lo.

– Cher... – Ele coçou a nuca e uniu as sobrancelhas. – O que a fez mudar tão repentinamente? Você está... – Meu pai pigarreou.

– Sendo abduzida pela terrível Lola? – Ri. – Não, pai, relaxa.

– Não estou falando de Lola. – Riu e sentou-se ao meu lado na cama. – Estou me referindo a alguém especial... Você sabe...

– Um namorado? – O observei, ele parecia um tanto incomodado com o assunto. – Não quero um namorado, estou tentando tirar um garoto da minha cola...

– Sua técnica não irá funcionar. – Negou com a cabeça. – Você está linda, e ele vai continuar na tua cola.

– Esse garoto é diferente, ele é maluco. – Murmurei.

– Preciso me preocupar? – Riu.

– Não.

– Ta, só não se apaixone por caras que nem eu. – Papai fez uma piada ao levantar-se.

– Vou tentar não cair na lábia de caras que nem você. – Ri.

– Oh, que malvada! – Ele colocou a mão no peito teatralmente. – Acho que Lola em excesso está afetando sua cabeça...

– Eu também estou chegando a essa conclusão... – Ri.

Finalmente, a festa será amanhã, estou tão ansiosa! E vc, C? Vi você voltando com o Jean, espero que tenha dado tudo certo! J XO

Lola respondeu minha mensagem de texto, enquanto eu tentava despachar meu pai para ligar para ela.

– Uma pizza está ótimo! – Falei por fim.

– Tudo bem, então... – Levantou-se e caminhou para fora do meu quarto.

Então digitei furiosamente, com a maior alegria:

L, você não sabe! Jean quer encontrar comigo na sua festa, parece até mentira não é? Estou tão feliz! XO


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