O Despertar De Um Poder escrita por DayHeart, Brightwing


Capítulo 24
Capítulo 24 - Os contos de Roahn... Part:II


Notas iniciais do capítulo

Oi gente , desculpem a demora a postar , mas antes de lerem o capítulo , peço que por favor leiam o que vou falar aqui agora ... Sabe , escrever não é uma tarefa fácil , tem gente que escreve entre uma a três horas em um único dia para que saia um bom capítulo para vocês ... E uma das pessoas que fazem isso sou eu ... É bem ruim quando você escreve e não recebe um único comentário dizendo que gostou ou não ... No ultimo capítulo eu não recebi um sequer comentário e sinceramente , me desanimou muito a escrever esse , principalmente por eu não saber se vocês gostaram ou não do capítulo anterior . Eu sei que tem muitos leitores fantasmas e eu gostaria muito de saber se só um minutinho perdido para comentar um "gostei" é difícil ... Poxa gente , se continuar andando desse jeito , vou parar completamente de postar a história nesse site . Não quero deixar uma história inacabada por isso escrevi esse capítulo ... Então por favor , eu preciso saber a opinião de vocês ... porque se quiserem que eu pare de escrever , farei como vocês quiserem , mas eu acabo precisando da opinião de vocês até se eu quiser parar de escrever ....
Espero que gostem do capítulo e se não for pedir tanto , comentem ... por favor.



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Os contos de Roahn ... Part:II

– Papai... Papai... – Uma criança de não mais que três anos de idade, cabelo castanho e liso caído sobre os olhos, veio correndo e se jogou nos colos de um homem.

– Que foi hein garotão... Fala pro papai, o que aconteceu? – O suposto pai da criança era um homem com feições calmas e bem definidas. Seu longo cabelo preso num rabo de cavalo, e sua franja dividida amenizavam-lhe os traços, dando um ar jovial. Sua barba estava por fazer aglomerada num grande emaranhado negro, e seus trajes eram simplórios. Carregava apenas uma espada e um grande cajado de madeira maciça consigo.

– Você vai viajar de novo papai? – Olhou com uma cara de reprovação para o pai, era comum aquela cena se repetir durante o ano. – Se estiver indo, não demora.

– Claro que não demorarei meu filho... Não me lembro desde quando, mas, está ficando muito inteligente Radàel... Em breve a rainha vai te dar o meu lugar no conselho... – Colocou o menino no chão de novo, e agora no rosto da inocente criança estava um sorriso de satisfação pelas palavras ditas por seu pai.

Em seguida, saiu correndo porta a fora para brincar. Os olhos do pai acompanharam o filho, o ar de vida naquele pequeno ser era visível. A criança virou-se mais uma vez antes de sair pela porta da frente, deu um sorriso sincero, típico de um menino entusiasmado para brincar, então começou a descer a longa campina do quintal de sua casa. De cima de uma pequena elevação onde se sobrepunha a residência daquela família, o pai de Radàel observava-o correr por toda a extensão de grama.

– Esta pronto mestre? - Um homem aparentemente mais novo saiu de dentro da casa segurando algumas mochilas. – Estamos atrasados...-

– O que você entende por atrasado meu amigo Urgean.... estou a vinte e sete anos caçando as divindades e hoje... faltam apenas duas... Vivi em função desse reino... não acha?

– Não sou... – Urgean fora interrompido de imediato

– “...Digno de saber sobre suas opiniões mestre”... Acho que já esta perto de se tornar um mestre Urgean Draconiel... Mais do que na hora. – O homem mais velho deu-lhe um sorriso, orgulhoso do pupilo que formara.

O discípulo olhou espantado.

– Mas mestre... eu ainda... – Mais uma vez fora interrompido. Agora a voz era suave a doce. O pai de Radàel exibiu um grande sorriso enquanto mantinha os olhos fixos em seu filho que corria descomedidamente por toda a extensão do terreno de sua casa.

– Roahn... não esqueça isso...

– O que? – Virou rapidamente e lá estava a mulher que roubou o coração do tão sábio mago dos magos. Tinha cabelos violeta com olhos de mesmo tom. Era branca e tinha dentes perfeitos, era gentil, amável, era a esposa de Roahn.

Assim que o conselheiro virou, sua boca foi de encontro com a boca de sua amada. Um beijo profundo e caloroso, logo retornou a falar.

– Pensei que fosse ir sem falar comigo meu amor...

– Sabe que nunca faria isso Carmelin... Volto em breve, esta bem?

Ela concordou com a cabeça sem pronunciar um “sim”. Roahn sabia que não estava bem, afinal, estava partindo em mais uma de suas jornadas e sua mulher nada podia fazer para proteger seu amado. Carmelin se sentia impotente, pois, seu marido lidava com coisas que nem os homens podiam entender.

– E de mim... Não vai se despedir não, cunhadinho? – Uma mulher tão parecida quanto Carmelin, entretanto um pouco mais velha e rabugenta deu as caras por de traz da irmã.

– Claro Rose... Claro que irei... Venha cá... – Roahn estendeu os braços e a figura sisuda que era Rose, se desmantelou num abraço fiel e amigável. – Cuida bem dela por favor... E de Radàel também. – Sussurrou numa altura que apenas ela pudesse ouvir . – Voltarei em breve, fique de olho no conselho, por favor.

– Pode deixar... E traga mais uma dessas armas. Faltam só duas, nada de morrer antes de estabelecer a paz no reino, esta me entendendo? Contamos com você. – Estendeu o abraço por mais alguns segundos e largou o cunhado ali, olhando-a. Vagarosamente ela tirou um objeto do bolso, estendeu a mão e tomou uma das mãos de Roah nas suas. E depositou ali, um pequeno anel dourado. – Com isso... vou saber que você esta bem... e se tudo der errado, vou buscá-lo eu mesma. Capicce?

– Pode deixar Rose... vai ficar tudo bem, sei me virar... e de qualquer forma, Urgean vai comigo dessa vez... Ele esta mais que pronto. – Tomou o anel em seu dedo indicador – Será de grande ajuda... Muito obrigado.

– Depois você me paga uma bebida... Bem, tenho que ir trabalhar... afinal... estou responsável pelo conselho de um certo homem que gosta de viajar muito... Enfim... vê se volta vivo Roahn... Carmelin não seria uma boa viúva. – Rose estalou os dedos e um pequeno buraco escuro apareceu sobre o ar. Deu uma pequena piscada a todos e, simplesmente foi sugada pela pequena fenda. Era uma maga e tanto.

– Sua irmã... Ela seria uma boa líder... – Virou para a esposa, dando-lhe um ultimo abraço.

– Claro... Se não fosse pela preguiça crônica e as tendências psicóticas dela... Rose não bate muito bem Roahn...

– Claro que não... – Ele deu um sorriso, e deu de costas para a mulher – Voltarei em breve... Estou indo para o templo.

– Para o templo... Mas, você não ia até as montanhas de fogo?

– Conversei com Urgean... Deixaremos o demônio do fogo por ultimo. Será melhor... Conseguiremos chegar com tempo de sobra antes que ele acorde...

– Fique tranqüila Carmelin – Falou o discípulo de Roahn – Protegerei meu mestre até o fim...

– Ótimo... Tomem cuidados e nada de ficar enrolando no caminho de volta... Conheço-te muito bem Urgean... Se eu souber de historias com meninas novamente... Vocês dois sofreram as conseqüências...

– HAHA... Nada mais que um engano Senhora Carmelin... – Deu um abraço na esposa de seu mestre e disse – Voltaremos... Pode deixar

– Cuide dele Urgean... Roahn ainda vai acabar se matando – ela sussurrou.

– Eu sei, por isso estou indo junto... para impedir isso – Respondeu o aprendiz

Mestre e discípulo se despediram uma ultima vez, arrumaram as ultimas bolsas e desceram em direção à pequena estrada de terra demarcada com pequenas pedras disformes.

–-----x------

Roahn Pov on

O tempo era agradável para aqueles que pretendiam trilhar uma jornada. A saída era do interior do reino de Hellis, numa província pouco explorada que me foi dada por honra ao mérito pelos trabalhos que prestei ao governo de Hellena. A vida que levei até os dias de hoje era no mínimo as das mais simples. O castelo nunca fora um local confortável, e depois de ficar saturado de lidar com políticos durante anos, e ainda prestar conta com a rainha, a única coisa que pedi a vossa majestade foi que me permitisse continuar meus trabalhos longe dos olhos dos burocratas. Os homens, por mais que com bons motivos, corrompiam e surrupiavam a bel prazer por trás dos olhos dos vigentes, e compactuar com aquilo era o mesmo que assinar um tratado de corrupção, e corromper meus ideais era a única coisa que não me agradava. Permaneci incorruptível durante anos até que me fora oferecido o cargo como líder do conselheiro que carregava o meu nome. Tamanha honraria era incrível, aceitei tal encargo e mantive minhas tarefas por de baixo dos panos durante anos. E nesse meio tempo conheci um jovem garoto numa cidade qualquer ao norte, perto do monte de fogo. E quem diria que esse seria meu pupilo, um pequeno ex-batedor de carteiras, com um potencial escondido incrível. Urgean estava crescendo e bem breve poderia se tornar um dos magos mais fortes do reino, tinha uma habilidade eximia na manipulação do elemento fogo, e demonstrava outras habilidades bem interessantes no elemento terra. Foi apenas uma questão de tempo, para Urgean se consagrar como o primeiro homem a portar o uso da combinação elementar de Terra mais Fogo, formando Lava. Sem contar outras habilidades que o tornavam bem especial.

O balançar da carroça pela estrada de terra era no mínimo incomodo. Viajar por métodos alternativos não era uma boa ideia, chamar atenção era a única coisa que eu não desejava fazer.

– Como você se sente, mestre? – Disse Urgean enquanto mantinha-se focado num pequeno pedaço de madeira, entalhando nele com uma pequena faca, algumas formas.

– Em relação a que? – Mantive meus olhos fechados enquanto Urgean falava.

– Criado dentro de Hellis, um dos maiores magos de todo reino, vinte e sete anos lutando contra seres transcendentais, autor de mais de seis obras essenciais da magia. E a única coisa que teve questão de admitir e declarar ao povo... é que você era apenas um conselheiro. – Seria complicado explicar para Urgean meus motivos, mas, fazê-lo não seria um problema.

– Aprenda uma coisa Urgean... A vaidade só atrapalha os homens... E o que eu fiz e faço é para o bem de todos do reino. Depois de alguns dias de conversa com Hellena, chegamos a conclusão que manter minha existência como apenas um “ser político” era essencial. Então, meus escritos, e a guerra das divindades, são apenas meros detalhes. Helena me deu a oportunidade de fazer algo para o bem de todos, não me arrependo nem um pouco de minhas escolhas. – Era um pouco complicado embutir isso na cabeça de um jovem, ele já era maior na idade, mas, visivelmente controlado por suas emoções. – São escolhas Urgean, e as conseqüências é uma questão de aceitação.

– Ainda acho que isso se chama ingratidão...

– Isso se chama maturidade meu amigo...

– Como quiser mestre...

A carroça parou de súbito num solavanco seco. Pude ouvir gritos e Urgean se levantou impulsivamente. Estendi um de meus braços para que ele tomasse seu lugar, esperar era a melhor opção. Permaneci de olhos fechados e me concentrei na situação.

– São aproximadamente doze homens mestre. – Disse Urgean

– São Dezessete... Doze ao redor da carroça e alguns batedores a trinta metros a frente, e trinta metros atrás, para garantir que não chegue mais ninguém. Eles são profissionais.

Uma figura mal encarada apareceu na abertura traseira da carroça. Estava segurando o cocheiro, com uma espada curva em seu pescoço.

– Boa tarde senhores, desçam da carroça calmamente e ninguém sairá ferido...

– Boa tarde... você tem certeza? – Disse para o homem

– Esta me insultando? Desce logo, ou eu corto a cabeça desse merda.

– Tudo bem...

Pude perceber no olhar de Urgean o ódio dominando sua alma.

– O ódio tem reminiscência nos sentimentos mais primitivos Urgean... São apenas homens, eles não sabem o que fazem. – Olhei friamente.

– HAHAHA.... HOMENS, ESTÃO OUVINDO? TEMOS UM POETA AQUI... – Zombou o aparente líder dos mercenários.

– O que podemos te oferecer... Somos só mercadores. – Comecei a negociar com os bandidos

– Desde quando mercadores andam com anéis de ouro com o símbolo do reino de Hellis? Não me engane... você deve ser um dos burocratas da rainha.

– Comprei isso por preço de banana... se quiser, pode levar. – O anel de Rose era demasiado importante. Perde-lo aquela altura seria um problema.

– Vou levá-lo, com muito prazer. Dei-me... – O homem estendeu a mão

– Esta aqui, pegue-o. – Tirei o anel do dedo indicado, coloquei sobre a palma da mão e a estendi.

Observei o homem hesitar em alguns instantes, mas, olhando ao redor se sentiu confortável quando se lembrara de sua situação “favorável”. Achegou-se tranquilamente e antes de tocar no anel ele disse.

– Obrigado...

Então respondi.

– Disponha.

O cocheiro da carroça estava a uma distância razoável dos capangas e do líder. Sua vida estava fora de risco, era o momento certo de agir.

O chão debaixo dos pés dos homens, principalmente do líder, começou a amolecer.

– O que esta acontecendo? QUEM É VOCÊ? – A face do homem estava retorcida pelo desespero que era iminente.

– Apenas um burocrata... Urgean! – Foi quando meu discípulo tomou a frente.

– Já não estava agüentando...

A terra começou a se aquecer, e aquecendo cada vez mais rápido. Tomou uma coloração alaranjada, e no ar o cheiro de carne queimada era insuportável. Envolvi o cocheiro em uma cúpula de vento para que não fosse atingido por nenhum ataque inesperado. Todos os bandidos foram reduzidos a corpos carbonizados pelas habilidades abissais de Urgean, o elemento Lava e o cenário era no mínimo grotesco.

– Harold, você esta bem?

– Mestre Roahn, deve ser a vigésima vez em vinte anos que isso acontece... ser seu cocheiro é um prazer, mas já estou ficando velho. Assim meu coração não agüenta...

– Claro Harold, Claro... – Guiei Harold até onde sempre ficava sentado para guiar os cavalos, virei para meu discípulo e disse - Urgean... Suma com os corpos e vamos continuar a viajem... Harold... Darei a ti um aumento... Fique tranquilo.

– hohoho... cof... cof... ho.. Assim você agita o coração de um pobre cocheiro... Aumentos são sempre bem-vindos.

– Sei que são amigo... Da para continuar?

– Sim... da sim...

– Urgean, cuide dos homens à frente... Os de trás bateram em retirada... São dois.

– Sim mestre... – Numa velocidade incrível Urgean saiu empunhando sua espada, e desapareceu de vista.

– Vamos Harold, mais a frente encontraremos com eles.

Passaram alguns minutos e Urgean retornou a carroça, estava limpando o veio da lamina com um pedaço de folha, estava encharcada de sangue.

– Eram apenas ladrões...

– E os corpos? – Perguntei de imediato.

– Do pó tu vens, ao pó retornarás... – Parafraseou.

– Ótimo... Temos de manter sigilo... – Fechei os olhos novamente, o balançar da carroça já estava se tornando sacal.

– Sei bem disso Mestre Roahn... Manteremos sigilo...

Urgean repousou a cabeça sobre uma das mochilas, abaixou o dorso até que tocasse as costas sobre a madeira da carroça, e naquele andar lento, demoraria mais algum tempo até chegarem ao templo de Ambar.

– Roahn... quer dizer, Mestre Roahn... – Corrigiu Urgean

– Pode me chamar de Roahn... Pare com isso... Já me conheces há anos. – Permaneci de olhos fechados com o pensamento ao longe.

– Tenho algumas perguntas a fazer, eu poderia? – Indagou um pouco hesitante, afinal, Urgean sempre soubera o quão me atormentava tocar em certos assuntos

– Já fez uma... faltam mais quantas? – Abri um dos olhos e dei um leve sorriso me reajeitando sobre a carroça. Coloquei ambas as mãos contra a madeira o qual me apoiava erguendo meu tronco até uma altura razoável. Sentei como de costume sentava, com as pernas cruzadas, e virei em direção a Urgean – Pode perguntar...

– Quem é, e onde fica o templo dessa tal de Ambar?

– Ótima pergunta Urgean... Mas, antes de saber quem é Ambar... Tenho que te esclarecer que nem eu sei ao certo. – Respondi sinceramente.

– Não sabe mestre ?

– Não...

– E, como você vai lutar contra algo que não conhece?

– Tenho estudos e relatos mas, a pergunta o qual me fez é “Quem é Ambar?”... E o que eu posso dizer, até onde sei, é que Ambar é uma mulher... Sem duvida, a mais sábia e perspicaz das mulheres. Sua sabedoria fora tão grande que Oris destinou que Ambar ficasse presa em seu Templo, conhecido como Templo do Ócio.

– E por que ela se envolveu nisso tudo? No meio desse jogo das divindades?

– Ela não se envolveu... esse é o problema.

– Como assim mestre?

– Ambar tem poderes que transcendem a magia, é mulher que domina a mente, e seu corpo não pode mais se quer levantar de seu local de repouso.

– E como ela participou da batalha?

– A envolveram nisso... E o culpado foi Atlas...

– Atlas? Mas essa não foi a divindade que você derrotou há alguns anos atrás...

– Sim... E ele perambulava por aqui... Em suma, a tarefa foi árdua... Mas atlas queria dominar o Templo do Ócio...

– Mas o que atlas ganharia no Templo do Ócio? Aquele ser era só músculos....

– Acho que a sua afirmação já responde a sua pergunta... Atlas procurava por sabedoria... E, Ambar não fraquejou em nenhum instante... expulsou o Titã antes que pudesse passar pelo labirinto das almas...

– Ela me parece poderosa...

– Ela me parece ardilosa... Apenas ardilosa Urgean...

A carroça parou de súbito, um solavanco incomum, Harold apareceu alguns segundos depois segurando em mãos o seu humilde chapéu.

– Senhores... Aqui é o máximo que eu posso trazê-los .

– Chegamos Harold?

– Bem... até onde meus cavalos podem trazer... Sim. Daqui para frente, conto com os senhores.

Roahn Pov off

–-----x------

Roahn e Urgean desceram da carroça ambos segurando suas coisas. O mestre sacou de um dos bolsos um saco com alguns punhados de moedas de ouro e deu nas mãos de seu cocheiro, Harold.

– Muito Obrigado... Velho amigo.

– Eu que agradeço Senhor Roahn...

– Vá até a cidade mais próxima, nos encontramos lá em no máximo quinze dias... Essas moedas devem ser o suficiente para passar pelo menos um mês sem muitos problemas...

O cocheiro abriu o saco de moedas e certamente ficou abismado com a quantidade exagerada do metal que cintilava dourado. Pegou uma das moedas, levou até a boca, e mordeu. A liga metálica se fez presente, comprovando que era ouro mesmo. O velho homem olhou no olhos de Roahn e disse:

– Sabe como é... confio no senhor mas, hábitos são hábitos.

– Claro Harold... Sei que são... Agora vá em paz e tome cuidado com o caminho...

– Pode deixar – Sem pestanejar, o velho subiu onde de praxe se sentava e bateu com as rédeas contra o lombo dos cavalos. Eles entraram em trote e em questão de alguns segundos a carroça já havia se distanciado o suficiente.

– Urgean... Esse é o pântano do lamento...

– Que é um pântano eu estou vendo... Agora, como vamos passar por ele que é a questão...

– Bem simples...

O conselheiro real se afastou um pouco de seu discípulo. Ergueu ambas as mãos, e entoou um cântico.

– Thriu Savera… Toru, Ckray youna… O solo ao redor de Roahn começou a se movimentar, como se estivesse criando vida, e, uma forma meio arenosa começou a impulsionar a elevar o corpo do mestre de Urgean. E repentinamente, Roahn encontrava-se sustentado sobre uma espécie de areia que o fazia flutuar, dando-lhe a capacidade de voar. - O que seria isso, mestre?- Terra, ar e fogo...- Como assim? Três elementos? - A combinação elementar acontece apenas entre ar e terra, formando areia... O fogo é utilizado apenas para aquecer o ar e fazer com que “fique mais leve” e assim... Podendo flutuar. Uma pequena nuvem de areia foi em direção a Urgean. - Acho que não seria muito justo você ir andando, não é?- Obvio que não Roahn...- E o “mestre”... para onde foi?- Nos conhecemos há tantos anos, não é? O sorriso na face do conselheiro fora iminente. - Claro, há tanto anos... então vamos nos apressar... o caminho é longo, e o tempo é curto. As nuvens de areia se ergueram a cima do denso pântano, e em numa velocidade razoável começaram a sobrevoar toda a extensão daquele local. O destino? Templo do Ócio... Afinal, o fim daquela guerra estava próximo, restava apenas a tão sábia Ambar. Ambos os magos se perderam no horizonte, estavam próximos, tão perto e ao mesmo tempo tão longe de seu objetivo...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ... A história ainda não acabou e muitas coisas ainda serão mais explicadas a frente , mas ... como vocês puderam perceber , Radàel é filho de Roahn e Rose , sim , aquela velhinha louca que aparece do nada , é parente de Roahn...
Ficaram curiosos??
Qualquer dúvida sobre a magia que ele conjurou , está em Letão , uma lingua que quase não é falada , só dar uma olhada no tradutor!
Beijinhos galera ... e espero que pelo menos nesse capítulo eu receba um comentário , estamos na reta final , então eu acho que vocês poderiam me apoiar mais a não desanimar da história ... pensem nisso , por favor . Até o próximo...



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