O Despertar De Um Poder escrita por DayHeart, Brightwing


Capítulo 25
Capítulo 25 - Os contos de Roahn ... Part:III


Notas iniciais do capítulo

Yooo galera , este capítulo demorou um pouquinho , mas saiu haha.
Tenho algumas notícias para vocês , então por favor leiam as notas finais!
Vamos continuar com a história de Roahn , no próximo capítulo vai terminar ok ?!
Espero que gostem!



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Os contos de Roahn ... Part:III

Narrador Pov On

– Mãe... por favor, não se vá....Mãe... Responde mãe... – A poça de sangue exalava um cheiro insuportável, e sobre ela, estava bem acomodado o corpo de uma senhora. Não tinha mais que seus setenta anos, e os olhos violetas denunciavam suas gentilezas... Era Carmelin...

– Radàel, consegue me ouvir? – A senhora que já fora detentora de umas das belezas mas estonteantes, sucumbia as rugas agora, carbonizadas.

– Sim mãe... estou aqui... – O filho de um personagem um tanto peculiar, agora com seus quarenta anos e abatido pelo tempo, carregava os últimos momentos de sua mãe.

– Não o culpe... Ele voltará, tenho certeza... – Uma pausa para uma longa tosse, sangue escorreu pela narina. – Esta chegando a minha hora, meu pequeno... Eu... Te... Am... – E antes que pudesse completar, o ar faltou nos pulmões, e as mãos queimadas perderam as forças. Carmelin estava morta, e nada tirava da cabeça do não tão novo Radàel que a culpa era do seu maldito pai, também conhecido como Roahn.

Narrador Pov Off

–-----x------

RoahnPovOn

Passar por cima do labirinto daquela forma era no mínimo necessário. Perder dias, e conhecendo os mitos que envolviam peças que confundiam as mentes dos homens que passavam por Âmbar, talvez anos fossem necessários para sair daquele lugar. Urgean estava um pouco apreensivo, era engraçado observar os medos mais primitivos a flor da pele de um homem.

– Como está o passeio, Urgean? – Mantive-me em pé, observando cada detalhe do templo que ainda estava a alguns bons metros de distância.

– Bem... agradável... Mestre... – Urgean permanecia agarrado contra a nuvem de poeira em posição fetal, seu medo crônico por altura o afligirá durante anos.

– Acho que a sua atual condição contradiz o que você esta falando caro amigo... Realmente está... – Desprendi um sorriso para que pudesse aliviar a situação, era um grande trauma, mas, ele conseguiria ir até o final.

– Vá rindo... Eu ainda não entendo como você consegue gostar dessa sensação... Sinto-me sem as bolas a toda essa distância do chão... – Era um pouco complicado conversar por mais que a distância entre nós fosse realmente pouca. Estávamos a no mínimo uns duzentos metros do solo, e uma simples frase as vezes era reproduzida aos gritos.

– Apenas me imagino como os pássaros... Não deve ser tão ruim – Estreitei as mãos entre a boca para que Urgean ouvisse,estava realmente ruim conseguir conversar, já que a coluna de ar que ia contra nosso corpo era um pouco perturbadora.

– Então os pássaros não devem ter bolas... Sem duvida... – Dei novamente um sorriso após aquela piada, tive que sucumbir a graça de meu pupilo que se encontrava em tamanha situação. “Pássaros não devem ter bolas...”

Um longo silêncio foi perpetuado até o fim da viagem enquanto eu observava a extensão do labirinto. Um tanto quanto grande em sua largura, mas nada desafiante em comprimento. Pude observar cada detalhe entalhado em seus corredores, desde ossadas até as armaduras dos que ali passaram. E aquilo só era possível, tal analise, e de tamanha distância, devido a meu controle sobre o elemento água. A explicação não tange coisas impossíveis, era uma questão de manipular o fluxo de água sobre a retina, cristalizando-a numa película fina e assim podendo ajustar seu foco, onde tal modificação permitia enxergar mais detalhes a longas distâncias.

Algumas inscrições nas paredes eram familiares, desde os dialetos tribais, dos primeiros resquícios da criação de Oris, até línguas mais modernas. Cavaleiros de Hellis, e até dos reinos ao norte,e passaram por aqueles corredores e todos, sem duvida, estavam em busca da mesma coisa que Atlas estava: “A Sabedoria de Âmbar”.

É um tanto abstrato cotar o quão Âmbar era uma ânsia impar. Seus saberes se estendiam desde os princípios básicos da ciência conhecida pelos homens deste mundo, até um maior aprofundamento da magia. Coisas que demorei anos a fio para tentar decifrar, Âmbar simplesmente detinha desde sempre. Afinal, sua existência fora contemplada para que fosse uma conselheira, porém, os próprios homens se encarregaram de afastar a sabedoria de si, segregando Âmbar das demais divindades. E esse processo foi paulatino, lento... Progressivo.

– Estamos chegando Urgean, fique atento...

– Graças a Hellena... Pelo amor... Não aguento mais.

– Calmo passarinho, faltam só alguns minutos. – Foi quando me dei conta que estávamos quase sobrevoando a extensão do templo do ócio. – Esta na hora de descer, segure-se...

Parte da nuvem de areia que nos carregava tomou um formato côncavo, e a decida foi um pouco mais brusca que todo o caminho que percorremos. Olhei para trás, e observei corpos estirados pelos gramados do templo. O conceito de morrer na beira da praia, era aplicável a todos aqueles que ali estavam.

– Eles quase conseguiram mestre... O que faltou? – Urgean disse num tom curioso, algo pra ele não fazia tanto sentido. – Por que, por que chegaram até aqui e simplesmente foram abatidos. Isso não tem lógica.

–A lógica é um pouco diferente do que todos pensam... Lembre-se, a sabedoria é a única forma para alcançar todos os aperfeiçoamentos do homem. Do que adianta ter força nos braços se seu cérebro é atrofiado? Os que pisaram na grama do jardim do ócio foram testados mentalmente. E provavelmente, aqueles que ali pereceram, não foram merecedores de estarem presentes aqui.

– Não entendo mestre... Então, por que eu não padeci? Afinal, sou só um garoto...

– A sabedoria não vem só daqui – Apontei para o centro da testa de Urgean, e observei seus olhos acompanharem meu dedo. – Mas também daqui – Encostei no coração do jovem – E de garoto você não tem nada... Maiores de idade em Hellis são maiores de idade em qualquer parte do reino...

– HAHAHA... E você mestre, é sábio nos dois... Sem duvida! – Aquele largo sorriso sempre me fazia lembrar de Radàel, afinal, estar longe de casa estava ficando cansativo. E muitos temores nascem do cansaço.

– Claro... Apenas especulação barata meu amigo... – Dei mais alguns passos em direção a grande porta que guardava o templo – Vamos?

– Vamos sim... Mas, primeiro os mais velhos... –Levei uma das minhas mãos até as costas do meu pupilo.

– Vai logo... – E o empurrei para perto da entrada. – A partir de agora, tome cuidado Urgean... Não sabemos o que encontraremos aqui dentro... nem o que nos espera. Certo?

– Estou ciente disso desde que saímos de Hellis velho amigo... Não se preocupe comigo.

– No três... Ok? ... Um... Dois... – Fiz um sinal com a cabeça e demos segmento a nossa caminhada, ambos, em direção ao templo.

Roahn Pov Off

–-----x------

O grande Templo do Ócio contava com um enorme labirinto como condição de chegada até a sua porta. A sua faixada contava com uma estrutura desgastada e salpicada por plantas trepadeiras por todos os lados. O mármore branco, agora, tinha cor amarelada devido à exposição ao tempo, e as diversas estatuas já não conservavam as mesmas feições que mantinham há anos atrás. O templo não tinha uma porta ou algo que impedisse a passagem, detinha apenas um grande portal retangular com alguns bons metros de altura. Antigos dizem que quando maior o portal de algum lugar, maior a importância e maiores são as pessoa que o frequentam.

Roahn e Urgean sacaram cada um seus artefatos de luta. Urgean com uma espada que cintilava numa coloração alaranjada, já seu mestre, um grande cajado de madeira que se afunilava desde a parte que encostava o solo, até o seu topo, que continha uma espécie de esfera feita de algum cristal precioso, e uma espada na outra mão.

Ambos foram a trote subindo as longas escadarias do templo, passando pelas estatuas e as runas que circundavam toda a extensão da escadaria. Era possível notar que todas aquelas marcas além de estar em uma língua que Roahn estudava bastante, ainda estavam ativas. Eram os sânscritos druídicos.

– Um momento Urgean ... Essas... Runas... São dos druidas.

– Aquela mesma civilização que o senhor constantemente conversa comigo?

– Sim ... Elas... Dizem algo... “Dzīveirmūīgaspēle , tadiemācītiesspēlētto.”

– Você vai comer a alface de quem?

– Sem brincadeiras... “A vida é um eterno jogo, então, aprenda a jogá-lo”

– Essa é a tradução?

– Pelo que parece sim... Algo nos aguarda Urgean... Prepare-se.

Ambos retornaram a escadaria e subiram mais rapidamente. A euforia da curiosidade e o medo das consequências enxia a mente de Urgean de hipóteses, já Roahn, temia o pior... Que acontecesse algo com o seu único discípulo.

Estavam se aproximando do portal, Urgean agora tomava a frente de Roahn, que por sua vez começava a seguir os passos um pouco mais rápidos de seu discípulo. E alguns instantes, ambos cruzaram o portal, sendo engolidos pela escuridão.

– Entramos...

– Eu sei mestre... Mas, está tudo quieto demais...

E foi apenas falar aquela frase, que, donde havia apenas um portal, agora uma enorme porta de pedras se fechava. Urgean tentou se aproximar correndo, mas era tarde demais, estavam presos dentro do grande Templo do Ócio.

– Boca um pouco grande essa sua, não?

– Ah claro... eu queria ficar preso aqui dentro, no escuro...

E mais uma vez, como obra do acaso, algo aconteceu. Diversas tochas se acenderam uma após a outra, numa sequência perfeita até o final do templo.

– Poderia pedir para que saíssemos daqui também, não? – Disse Roahn dando um pequeno sorriso.

– Ah... Eu queria ser o mago mais forte de todos... – Urgean balançou a cabeça pra lá e pra cá a procura de algum efeito milagroso. – É... Acho que não foi dessa vez....

– Claro que não... Isso aqui não é a sala do gênio da lâmpada Urgean...

– Não custava tentar, né?

Foi aqui, que, por alguns segundos Roahn ficou sem reação.

– Encontrei...

Ao fundo templo havia um enorme trono de rocha, esculpido no mármore, e nele, estavam representações de todos os elementos conhecidos pelos homens. Escritas há muito perdidas com o tempo, e o mais incrível, era as diversas representações de batalhas que ocorreram a milênios no Reino de Hellis, que, provavelmente não carregava esse nome naquelas épocas.

– Aquela é Âmbar? – Disse Urgean descrente

– Por que não seria? – Respondeu Roahn com muita calma e certeza.

– Mas ela está morta...

– Só em sua forma física...

–Forma física? Ahn? Desde quando você é necromancer Roahn?

– Desde nunca... Você é mesmo o meu discípulo? Onde está tudo que eu te ensinei?

– Está aqui comigo... Mas é meio complicado eu olhar para uma ossada e acreditar que ela ainda está viva...

– O que eu sempre te digo... Todas as vezes... no final de todo ensinamento Urgean... E por favor, não me decepcione...

– O que é visto, não pode ser verdadeiro...

– Ótimo... Apenas isso...

– Mas ainda assim.... Para mim ela continua morta.

O templo estremeceu, e as luzes voltaram a fraquejar nas tochas que estavam presas as paredes do enorme templo. E repentinamente, o chão sobre os pés de Roahn e Urgean se desfizeram e eles começaram a cair num vão de escuridão e desespero.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH.... – Gritou Urgean – DENOVO NÃO!!!

– MINHA MAGIA NÃO FUNCIONA...

– É ASSIM? VAMOS MORRER NUM BURACO SEM MAGIA?

– FICA QUIETO... NÓS VAMOS SAIR DAQUI ....

E antes que Roahn pudesse completar a sua frase, a queda foi abruptamente interrompida e ambos se encontravam de pé novamente, porém agora, num local onde só havia escuridão.

– O que aconteceu? Nós estávamos caindo agora... Eu, eu... to vivo?

– Sim Urgean, você está vivo...

– O que é isso... O que esta acontecendo...

– Acho que aquilo responde a sua pergunta... – Roahn apontou para alguns metros a frente.

– Mas que merda... é ... essa? – Urgean observou perplexo e descrente.

– “A vida é um eterno jogo, então, aprenda a joga-lo”...

– Não pensei que isso seria ao pé da letra.

Ambos os magos deram de cara com algo incomum. No meio da escuridão, apenas um lugar estava iluminado, e no centro daquele local iluminado estava um jogo de xadrez... Porém, não tão comum assim.

– É... É ... Jogo de Xadrez gigante?

– Sim... é... E temos de jogá-lo.

– Mas e Âmbar onde ela est... – Urgean parou sua frase pela metade. Roahn, não entendeu muito bem o porquê, e voltou a falar.

– O que Urgean? Você falava sobre Âmbar? ... Urgean?

O companheiro de muitas viagens se encontrava imóvel como uma estatua. Não falava, não respirava, nem se mexia. Urgean estava sobe algum feitiço, aquilo não estava certo.

– A mente humana... É tão perfeita e tão falha ao mesmo tempo, não? – Uma voz doce começou a soar bem aos ouvidos de Roahn. Era uma voz feminina, uma voz sedutora e bem entonada. – Os males dos homens são seus medos Roahn? Acho que você sabe a resposta para essa pergunta...

– ...-

Roahn não respondeu.

–“Que merda... Eu não consigo falar.” –

– Sim, você não consegue falar, mas consegue pensar... E isso é algo tão incomum, sabia? Você não deveria nem pensar, simplesmente permanece inerte assim como seu amigo está... Mas, fui ingênua demais para duvidar de suas habilidades... Oh, mago dos magos...

Passou-se alguns segundos, e pouco a pouco, como quem retomava o folego de vida uma segunda vez, Roahn ia se mexendo vagarosamente. Seus pulmões voltavam a se encher e os movimentos a lhe abençoar com a locomoção. E passando-se alguns segundos, lá estava ele se mexendo como nada estivesse acontecido.

– Os medos... Âmbar, dão aos homens a capacidade de evoluir e superar. Saber embainhar a espada novamente faz parte de ser um bom guerreiro, e assim, assumir sua fraqueza.

– Ora... Ora... E agora pode falar e se mexer... É tão habilidoso quanto é bonito, Roahn... Acho que, roubarei você para mim...

– Não pertenço a ninguém... Muito menos a você.

– Ah é? E seu amigo? Pertence?

Roahn olhou para Urgean, já não estava mais lá.

– O que você fez com meu discípulo?

– Ele será minha moeda de troca... Se acalme.

– Moeda de troca, para que?

– ... Sabe Roahn... Passar algumas centenas de anos sozinhas não é muito agradável. Ainda mais quando é uma mulher que já sabe necessariamente de tudo que existe. Desde as suas teorias da magia, até a infinidade do universo e outros mundos. Quero um pouco de companhia, você, se incomodaria?

– Muito... Tenho coisas a fazer...

– E como imaginei, não posso inibir que saia daqui... Nem impedir... Mas posso te atrasar anos a fio... e bem... anos o suficiente para que você e seu amiguinho morram tentando. Afinal... Este é meu templo... e bem como sabe, sou invencível aqui.

– Ora... Então façamos o que diz os inscritos druidas... Joguemos um jogo. Não é?

– E além disso sabe ler druida... Que charmoso...

– PARE... AGORA... só jogarei com você com uma condição...

– E qual seria... ?

– Liberte Urgean...

– E qual seria a garantia de que você não tentaria escapar?

– Dou-te minha palavra...

– ´Para mim é o suficiente... Pois bem... Quando o seu jogo começar, Urgean estará muito a salvo fora daqui... Tem algo para dizer para ele?

– Diga-o para ir para Hellis e aguardar minha volta... E caso eu não volte, ele terá de selar Yuslan. Apenas isso...

– Muito bem... Joguemos?

– Joguemos...

–-----x------

UrgeanPovOn

– Onde estou? – Meus ouvidos eram apenas zumbidos. – Ai... que dor insuportável...

Aquela escuridão insuportável ainda me cercava, e era um pouco agoniante estar em um lugar onde você não conhece no escuro. Chamei por vezes meu mestre e o mesmo não respondeu, andei e cambaleei aqui e ali, em busca de alguma solução e nada. Até o próprio jogo de Xadrez não jazia no mesmo lugar. Eu estava perdido, e não sabia o que fazer.

– Você estar em meu templo... – Uma voz feminina ecoou por todos os lugares. E eu, se quer pude identificar de onde vinha. – tenho uma mensagem do seu mestre.

– Âmbar... é você?

– Sim...

– Esta viva?

– Bem que seu mestre pediu para que você prestasse atenção ao seus ensinamentos... A vida que o ser humano conhece não acaba onde vocês acham... E por hoje é só isso que você precisa aprender... Tenho um recado de Roahn....

– Um recado?

– Sim... Ele ficara aqui comigo... E pediu para que você volte para Hellis e sele Yuslan...

– Ele ficara aqui contigo? Mas, como assim... Ele precisa voltar... E Radàel? Carmelin? O conselho e ...todos precisam dele...

– A sabedoria é uma água que é boa de beber caro Urgean... Talvez Roahn deve ter encontrado alguém a sua altura... Alguém sábio o suficiente para a sua sabedoria... E é só isso...

– Não...espere... Yuslan vai se despertar no próximo eclipse... Não posso selar o demônio do fogo...

– A profecia de Yuslan esta errada... O próximo eclipse só ocorrerá daqui a alguns bons anos... talvez, até lá, você esteja preparado... Adeus... Jovem Urgean Draconiel.

– Não... ESPERA!

O chão se desfez sobre meus pés novamente. Cai em meio a escuridão e ouvi a voz da mulher ecoar por todos os cantos. Aquela queda parecia durar uma eternidade, até que, de súbito eu abri os olhos. E eu já não estava mais dentro do templo do ócio. O cheiro de podre revelava a minha exata localização, estava nas fronteiras, antes do labirinto... Perto do pântano onde Roahn e eu partimos.

– Como eu cheguei aqui? ... Como..Roahn... ROAAAAHNNNNN... MEESTREEEEE!!

Eu sabia que quando mais gritasse mais inútil seria. Âmbar tinha roubado uma das pessoas que mais havia me ensinado em todos os anos da minha vida e ter de aceitar aquilo era difícil. E o pior, era ter de voltar para o reino e dar as devidas satisfações para a Rainha. Roahn não traiu Carmelin, ele foi emboscado... é difícil acreditar, mas, ele caiu em uma armadilha. E, querendo ou não... Eu precisava voltar, precisava contar a todos o que havia acontecido.

UrgeanPov Off

–-----x-------

RoahnPov On

– Só tenho mais uma condição.

– E qual seria?

– Se eu vencer... Levo comigo parte da tua sabedoria selada...

– Ótimo... E eu tenho uma condição...

– Qual seria?

– A cada jogada que der no tabuleiro... São dez anos de penitencia que pagara aqui comigo...

– Dez anos? Eu terei de esperar dez anos por cada jogada...?

– Não, você jogara fluidamente... apenas sua mente esta aqui. Mas, seu corpo, seu corpo envelhecera dez anos no tempo dos humanos... Afinal, aqui é o local onde a mente não morre... Caro Roahn...

– Então, a cada jogada... dez anos?

– Exato... Mago dos magos... E quando finalmente morrer, sua consciência permanecerá intocada aqui... no Templo do Ócio.

– Não morrerei... Âmbar...

– É o que veremos!

Indo até o tabuleiro, tive de pensar mil estratégias diferentes. Tinha que acabar com aquele jogo com o mínimo de jogadas possíveis ,pois ganhar não seria um problema e sim ...me manter vivo.

– Um jogo de Xadrez sem peças? É um pouco complicado.

– Que isso não seja um problema, não para nós... Querido Roahn.

E num terminar de frases, soldados reais, ou aparentemente reais, apareceram em meio ao campo de batalha. Meus peões, eram soldados brancos, com armaduras leitosas e elmos bem colocados, com lanças enormes em mãos. Juntamente com a linha de trás, que era composta por um rei magnânimo e gentil, sentado num trono de mármore. Uma rainha que trajava armadura e espada, era guerreira e parecia menos frágil que o rei. Já os bispos ostentavam ambos dois aparatos religiosos que soltavam fumaça enquanto se locomoviam. E minhas torres, eram dois brutamontes ambos segurando espadas de duas mãos.

– Um ótimo Xadrez, devo assumir... Quanto tempo já estou aqui?

– Há alguns dias... Presumo... tempo o suficiente para que Urgean já tivesse chego ao reino.

– Mais uma coisa... meu corpo, precisa de comida, e coisas que todos os homens necessitam... Como eu...

– Não se preocupe... Já estou cuidando disso... Nenhum membro seu estará atrofiado quando voltar, ou não morrera de fome, e nem ficara sem suas necessidades básicas. Sou justa, assim como és justo comigo.

– Ótimo... Então, o jogo começa... agora?

– Agora...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? O que estão achando da história de roahn ? Já temos três capítulos da história dele , infelizmente teve de ser separado se não ficaria muito grande , então o próximo é provavelmente o último capítulo.
E eu queria avisar a vocês que talvez a história volte a ser postada uma vez por semana , estamos entrando na reta final e eu tenho estado muito atarefada , então quanto antes terminar , será melhor para mim ... Espero que entendam. Não sei se já será no próximo capítulo , talvez depois de eu terminar a parte de Roahn eu comece a escrever uma vez por semana ok ?
Comentem por favor!
Beijinhos , até o próximo!



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