Amor fotografado - Primeira Temporada escrita por The Drama Queen


Capítulo 16
Capítulo 15 - Chiliques e Desculpas


Notas iniciais do capítulo

Vish... Nem sei há quanto tempo eu não venho aqui! Mas, enfim. Wennifers, podem começar a me amar já, tá bom? Leiam as notas finais. Boa leitura Beijão.



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Acordei com o barulho irritante do despertador. Dei um tapa nele ainda de olhos fechados e sem mover qualquer outro músculo. Tenho medo de abrir os olhos e descobrir que tudo não passou de um sonho. Respirei fundo. Mas uma hora eu teria que sair daqui.

– Jennifer, já levantou? – Gritou o Gustavo da sala. Desde que mamãe foi passar uns meses na casa da nossa tia, ele tem sido o irmão-mais-velho-irritante-responsável.

– Então, tá. – Disse pra mim mesma.

Abri os olhos lentamente e encarei o teto. Levei minha mão ao pescoço a procura do cordão que Tyler me dera na noite passada. Por um momento de desespero, não encontrei nada. Estava quase desistindo quando meus dedos de enrolam num fio fino e delicado. O cordão. Sigo a corrente com os dedos e envolvo o pingente com a minha mão. Um sorriso se formou em meus lábios. Foi verdade. Foi tudo verdade. Eu não poderia estar mais feliz. Levantei da cama com um pulo. Arrumei rapidamente minha mochila que eu não tinha deixado arrumada no dia anterior. Peguei meu uniforme, maquiagem e fui para o banheiro. Tomei um banho quente e refrescante, me vesti e passei minha maquiagem habitual: lápis, delineador, rímel e batom, dessa vez, vermelho. Prendi o cabelo num rabo de cavalo.

– Jennifer, acorda! Você vai se atrasar. – Gustavo gritou de novo, assim que saí do banheiro.

– Já to arrumada, mãe. – Brinquei.

– Para de graça e desce logo. – Parece que ele não gostou muito da brincadeira...

Fui para o quarto, coloquei o all star, peguei a mochila e desci.

– Que batom é esse, dona Jennifer? – Gustavo perguntou assim que eu entrei na cozinha.

– O batom que mamãe me deu. Algum problema? – Perguntei mesmo sabendo a resposta.

– Se tem algum problema? Claro que tem. Sabe o que as pessoas vão pensar de você se for pra escola com esse batom?

– Gustavo, querido, quando que você vai aprender que a opinião alheia não me interessa?

– Quando você aprendeu o que significa “alheia”?

– Ah, Gustavo, vai lavar louça, vai!

– Não, não. Hoje é o seu dia.

– Só que eu vou pra escola agora. – Disse sentando na mesa.

– Quando você voltar, ué...

– E a louça vai ficar suja até eu voltar da escola? Você fica em casa o dia inteiro. Toma vergonha nessa cara, Gustavo. – Gritei a última frase. Nem preciso dizer que meu irmão é a preguiça em forma de ser humano néh?

Ele abriu a boca pra protestar, mas foi interrompido por um ser enviado dos céus que estava batendo na porta. Gustavo foi atender enquanto eu tomava café. Hoje eu consegui me arrumar incrivelmente rápido, logo, tinha tempo pra comer com calma. Ouvi vozes masculinas vindo da sala. A visita deve ser algum amigo do Gustavo. Não estava com muita disposição pra levantar da cadeira e dar 3 passos pra descobrir qual deles é. Sabe como é, néh... Preguiça. As vozes estão se aproximando. Eles devem estar vindo pra cá e era o...

– Tyler? O que você tá fazendo aqui? – Pergunto meio que muito nervosa. Ainda não falei com o Gustavo do nosso namoro e eu disse pro Tyler que contaria ontem à noite.

– Que isso, Jennifer? – Ele parecia um pouco confuso, mas logo abriu um sorriso. – Isso é jeito de falar com o seu...

– Amigo? – O Interrompo. Ele franziu a testa e inclinou um pouco a cabeça (igual aqueles cachorrinhos fofinhos, sabe?). – Eu sei que não. Foi mal. – Ficou um clima meio tenso na cozinha. Os dois meninos me olhavam como se eu fosse maluca. - Iiihhh... Olha só a hora. To atrasada! Tenho que ir.

– Do que você tá falando, sua louca. – Gustavo, sempre um amor de pessoa. – São 6:50h ainda.

– É que... Eu marquei com o pessoal mais cedo hoje na porta da escola. – Eu e minha capacidade de inventar desculpas de última hora... – A gente marcou 6:55h. Se eu não for agora eu vou me atrasar.

– Que pessoal é esse? – Perguntou Tyler desconfiado. Oh namorado chato que eu fui arrumar, meu Deus!

– Os meus amigos ué. – Disse tentando esconder meu nervosismo.

– Pensei que vocês tivessem brigado. – Foi a vez de Gustavo falar.

– Ai meu Deus! Dá pra pararem com isso! Eu só tenho que ir pra escola mais cedo. Eu não vou matar, não vou roubar, não vou me drogar, não vou fugir de casa e nem vou voltar grávida, tá bem?!?

– Tá. Mas... – Gustavo me olhou. – você não vai se atrasar? – Olhei a hora. 6:56h.

– Ai droga! – Pensei alto.

– Quer que eu te leve? To de carro. – Ofereceu Tyler.

– Mas você tem 17 anos. Não pode dirigir. – Disse, mesmo querendo aceitar a carona.

– Quem se importa?

– Eu me importo. – Disse Gustavo entrando na conversa. – E se vocês sofrerem um acidente por causa da sua incompetência? Não, não. Não vou deixar minha irmãzinha entrar num carro cujo motorista é você.

– Gustavo, não fale de mim como se eu tivesse 2 anos de idade. – Gritei. – Aff... Vamos, Tyler. Vou aceitar sua carona.

– O que? Jennifer, volta aqui. Jennifer! – Gritou enquanto eu batia a porta da sala seguida por Tyler.

...

Paramos uma quadra antes da escola. Acho que ele não se importa se eu perder o primeiro tempo. E quer saber? Eu também não. Me inclinei para beijá-lo, mas ele desviou.

– Pode começar a falar. – Disse apenas, mas eu sabia do que ele estava falando.

– Não deu tempo de contar ainda, mas eu prometo que conto quando voltar da escola. – Dei uma pausa. Ele suspirou. – E nós começamos a namorar ontem à noite. Dê um tempo também, néh.

– Tempo pra que, Jennifer? – Ele parecia com um pouco de raiva. Já deu pra ver que ele se estressa à toa. Que coisa maravilhosa! (Olá, ironia.)

– Tyler, começamos a namorar ontem à noite. – Repeti. – Você realmente achou que ele já soubesse? Como acha que ele ia reagir com você chegando de manhã lá em casa me beijando e o caramba? Você viu o ataque que ele deu agora pouco por causa de uma carona até a escola!

– Você disse que ia contar ontem. – Disse com um tom de voz surpreendentemente calmo.

– Mas não deu tempo, Tyler! – Gritei. – Estava tarde. Não deu tempo. Dá pra para de dar chilique por causa disso? – Eu já estava me irritando também. Ele suspirou.

– É melhor você ir. Vai perder o segundo tempo. – Ele não me encarava mais.

Saí do carro bufando de raiva. Eu mereço! Não faz nem 1 dia que a gente namora e já estamos brigando. Por uma coisa idiota ainda por cima. Porque raios é tão importante assim que o Gustavo saiba? Sem falar, que não é tão simples assim falar esse tipo de coisa, principalmente, pro Gustavo, que dá chilique por qualquer coisinha. Ando a quadra que falta pra chegar na escola rapidamente devido a raiva e a adrenalina. Passo pelo primeiro portão que dá acesso ao pátio e sento num banco perto do outro portão. Encaro o portão por um tempo. Foi ali a última vez que eu e Will nos falamos. E nesse mesmo dia, a última vez que eu falei com a Holly e a Mary. Ah, legal! Agora eu vou ter “momento nostalgia”. Ninguém merece!

– Oi. – Ouço uma voz atrás de mim. Me viro e dou de cara com um par de olhos verdes.

– Will! – Abro um sorriso de orelha a orelha. Me levanto e o abraço. Era como se não nos víssemos a anos. Como eu sentia falta dele!

– Oi. – Ele riu. – Como você está? – Perguntou me soltando gentilmente e se sentando ao meu lado.

– Anh... Bem... Acho que... – Por um momento considerei contar a verdade. Contar sobre meu namoro que nem começou e já está terminando, meu pai que saiu de casa e tudo mais, mas acho que não é a melhor maneira de voltar a falar com alguém. – To bem. E você?

– Bem. Já disseram que você é uma péssima mentirosa? – Droga!

– Na verdade não. – Diga mantendo a aparência calma, eu acho... – Talvez, porque seja uma mentira.

– Uhum... Fala logo. O que aconteceu? – Suspirei. “Hoje o dia está cheio de suspiros.”, penso.

– Bom... Por onde eu começo? – Pergunto pra mim mesma, mas Will responde:

– Do começo. – Conto tudo em 5 minutos. Desde o dia em que a gente brigou até o presente momento.

– E agora eu to aqui contando tudo isso pra você. – Concluo.

– Wow – É tudo o que ele diz. Não o culpo. Acabei do jogar uns 2 ou 3 meses de problemas em cima dele. O sinal toca.

– É melhor entrarmos. – Digo levantando.

– Jenni, espera. – Paro de andar e me viro pra ele. Tenho uma súbita vontade de sorrir. Ele me chamou de “Jenni”! Pode não parecer lá muita coisa, mas pra mim parece... Sei lá... Um sinal de que possamos voltar a ser amigos. – Eu só queria me desculpar. Sabe, eu fui um idiota quando briguei com você por causa do Tyler e na última vez que nos falamos, lembra? – Assenti. – É claro que lembra. – Sussurrou desviando o olhar de mim por um segundo. – Eu fui um babaca esse tempo todo. – Disse me encarando novamente. – Você ai passando por essa situação toda e eu aqui sem falar com você por... por nada. Me desculpa por tudo? – Eu sorrio e o abraço.

– É claro que desculpo, seu bobo. – Disse ainda o abraçando.

Por pouco não conseguimos entrar na escola. Fomos pra sala juntos já que somos da mesma turma. Infelizmente, não tinham duas carteiras juntas. Ele sentou na carteira da frente, deixando a do fundo livre pra mim. Sorri em agradecimento.

As aulas passaram bem rápido e logo era hora do intervalo. Fui a última a sair. Will estava me esperando no lado de fora da sala. Fomos juntos para o refeitório, compramos nosso lanche e sentamos na mesa junto com a meninas. Elas pareciam felizes em me ver ali de novo. Colocamos o assunto em dia. Eu contei tudo o que tinha contado pro Will antes de entrarmos na escola. Holly pareceu não gostar muito da parte de eu estar namorando com o Tyler. Conversamos sobre muitas coisas, mas o assunto preferido de Mary é o Gustavo. Ele fez várias perguntas sobre ele e eu respondi o máximo que consegui. Eu não soube responder a maioria, o que me fez perceber o quão distante eu estou dele esses últimos dias. Isso me entristeceu um pouco, pois, nós sempre fomos tão próximos. Sempre soubemos tudo um do outro e agora, eu não sei responder nem qual é a cor favorita dele ou se ele está namorando.

O Sinal toca e voltamos para sala. Tenho medo de que essa aula acabe rápido. Eu realmente não quero voltar pra casa e olhar pra cara do Tyler, porque é muito provável que eu o soque até que ele esteja completamente deformado.


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Notas finais do capítulo

Seguinte, Queria avisar que as coisas vão começar a acontecer mais rápido na história. O início da história foi mais enrolação do que o romance em si. Agora nós estamos na metade da história(pretendo fazer de 30 a 40 capítulos, mas não tem nada definido ainda.). Então, as coisas vão começar a acontecer de fato para não para não ficar com mais capítulos do que o planejado. E queria que vocês soubessem também que eu já pensei num final pra história. Já tenho um esboço de tudo o que vai acontecer daqui pra frente, logo, vai ficar mais fácil de escrever. É só organizar as ideias cada uma em seu lugar e decidir a hora certa de cada coisa acontecer. Ah, e vai entrar personagem novo também e alguns que já apareceram e sumiram, vão voltar. Fiquem ligados!
Perguntinha: Vocês já tem ideia de quem será o próximo casal? (Já recebi algumas respostas, tanto nos comentários da história, quanto em outros lugares e ninguém descobriu ainda quem é...)
Beijão. Até o próximo capítulo.



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