Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 8
Capítulo 8: Os meus demônios.


Notas iniciais do capítulo

Olá. Eu não posso dar nenhuma informação sobre o capítulo, mas garanto que este foi bem escrito. Demorei dois dias para escrever este e foi no tempo em que fiquei sem computador. Tive ajuda de uma música para compôr uma parte da história. Obrigada a todos que comentaram e continuem, estou adorando os comentários. Enfim, boa leitura.



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Meu avô, Rick e Carl discutiam quem iria buscar as coisas para a casa, nossos enlatados estavam acabando e faltava medicamentos. Eu estava apar, porque queria ficar com minha vó. Fazia exatamente uma semana em que ela foi embora e ninguém estava ligando para isso. Não que eu os culpe, mas meu avô nem citou o nome dela. Minha vó era uma pessoa literalmente especial para mim. Ela é daquelas pessoas que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto. Aquelas que, passe o tempo que passar, serão lembradas por tudo que fizeram, falaram e mostraram.

Nessas duas semanas muitas coisas mudaram, meu avô ficou ainda pior com o tanto de cigarro que fumava. Rick e Carl são os que cuidam da fazenda e eu e Carl continuamos nossas invasões em casa ou cidade próximas. Dos lugares que fui peguei um livro, um facão e uma camiseta do Beatles. Eu não sabia de quem era, mas a pessoa tinha um ótimo gosto musical.

Pelo que consegui entender, vi que Carl e meu avô iriam para a busca. Rick ficaria para cuidar da fazenda e de mim. Eu sei que não era de fazer preocupação com os outros. Depois que Carl e meu avô entraram no carro, decidi sentar embaixo da árvore em que o túmulo da minha vó estava. Peguei a foto de Carl do bolso e mostrei à ela.

– Veja como ele é lindo. - Murmurei.

Fiquei segurando a foto de Carl e acariciando com o polegar o rosto pálido e duro de Carl. Ouvi um assovio e olhei para cima, Rick vinha caminhando rápido da varanda. Guardei a foto no meu bolso já que ninguém precisava saber que eu era completamente apaixonada por Carl.

– Afim de ter algumas aulas de tiro ?. - Ele perguntou doce. - Bom. Eu sei que você aprendeu à atirar com seu avô, mas sua companhia seria adorável.

– Claro, mas não quero lhe deixar com inveja. - Falei.

Levantei e fui ate a parte de trás do celeiro. Era lá que davam as aulas de tiros, existiam várias marcas de tiros e ate tinha a inicial que meu avô fez quando eu dei meu primeiro tido. Peguei um rifle e Rick o outro. Rick falava no melhor modo de pegar o rifle e ter a melhor mira. Depois de ouvir tudo, dei o primeiro tiro, depois o outro e foram vários e vários tiros.

– Se saiu muito bem. - Rick comentou sentando ao meu lado.

– Eu sei, sou muito boa nisso. - Comentem entregando um pêssego a ele.

– Você nunca falou sobre seus pais. Qual era a deles ? brigavam demais ?.

– Não. - Respondi. - Meu pai foi preso quando eu ainda tinha 3 anos e depois disso nunca vi ele. Mas pelo que minha mãe contou, eles tinham uma relação adorável, o que um falava o outro discordava e depois acabava tudo em risos.

– Queria eu ter uma relação assim com Lori. - Ele comentou e eu perguntei o por que. - Minha relação com Lori era boa ate o apocalipse começar..

'' Depois que fiquei vários meses no hospital; acordei do come e descobri que o mundo estava assim. Conheci um cara que me falou sobre tudo e depois conheci Glenn. Ele me levou ate aonde seu grupo estava e eles me aceitaram no acampamento. Neste acampamento reencontrei Lori e Carl e isso foi maravilhoso. - Rick permitiu-se sorrir. - Depois de algum tempo descobri que Lori estava gravida, mas não sabia se o filho era meu ou do meu melhor amigo Shane. Senti raiva de Lori, eu senti muita raiva, mas não sabia brigar com ela. Ela era minha vida. No final, ela deu a luz a Judith e morreu. E hoje, bom. Eu apenas sinto saudades dela, mas não à amo mais''.

– Sinto muito. - Murmurei.

– É, eu também. - Rick olhou para mim e rimos juntos.

Era a primeira vez que ouvia a história inteira de Lori e mesmo que ela tivesse morrido como a mãe do amo, eu à achava uma vadia. Vadia por trair o adorável Rick. Tudo bem, ela não sabia que ele estava vivo, mas o que é isso ? Ela era mulher dele.

Ficamos sentados na grama quente comendo pêssegos ate ouvirmos o barulho de carro. Rick levantou e foi ate lá, mas eu continuei sentada com a sensação do Sol bater no meu rosto. Alguém entrou na minha frente tampando os raios do Sol. Abri meus olhos e vi Carl me olhar com aqueles maravilhosos olhos azuis.

– Qual é ? Não está vendo que estou gostando do Sol ?. - Murmurei brava.

– Vamos no riacho ?. - Ele fingiu não dar importância a minha pergunta.

– Agora ?.

– Sim, agora. - Ele afirmou. - Você vem ou não ?.

Levantei e caminhamos novamente por toda à fazenda. O riacho não ficava tão longe e isso não seria mais uma discussão com Carl Grimes o que acabou virando rotina nessas duas semanas.

Não havia nenhum walker no lugar. Carl tirou sua camiseta e entrou no riacho, eu não sabia o que fazer. Fiquei com as bochechas rosadas quanto tirei minha camiseta, mas Carl parecia não ligar. Entrei na água - que literalmente estava fria - e parei ao lado de Carl. Brigamos; discutimos; brincamos e nadamos. Ficamos no máximo uma duas horas no riacho, o Sol ate abaixou um pouco e nós ainda estávamos lá.

Deixei Carl no riacho e sentei na enorme pedra que ficava lá perto. O Sol estava fraco, mas conseguia provocar à mesma sensação boa que eu sentia enquanto estava sentada na grama. Inclinei um pouco minha cabeça para trás e novamente fechei meus olhos. A brisa que passava por lá fazia meus pelos se arrepiarem.

– Cansado ?. - Carl perguntou sentando-se ao meu lado.

– Não, só curtindo o Sol. - Respondi. - Desta vez você deixará, certo ?.

– Idiota. - Ele rebateu e ficou em silêncio.

Sentou e ficou do mesmo jeito que eu estava. Era um tipo de provocação, mas desta vez eu não iria ligar. Ali conosco estava o nosso silêncio e o barulho da floresta, os passarinhos e os galhos de árvores mexendo.

Abri meus olhos e olhei para Carl, ele também estava me olhando. Os olhos dele pareciam homens de farda lhe fuzilando por completada ou mandando você desviar o olhar. Eram poucos que conseguiam encarar aqueles olhos azuis.

– Seus olhos... - Carl me encarou. - São frios e está escuro ai dentro.

É onde meus demônios se escondem. - Sorri. Carl continuou à me encarar e ele mordia os lábios, parecia nervoso. Achei que aquele era o melhor momento, o momento certo em pedir o que eu queria. Era aquele momento. - Carl, me beije...

Carl colocou sua mão sobre minha nuca. Eu estava feliz por ele ter aceitado aquilo. Senti meu rosto colar ao meu e senti seus lábios selarem o meu. É obvio que não descreverei o sabor dos lábios deles, aquilo era uma coisa indescritível. Era a melhor sensação do mundo, qualquer garota iria adorar aquilo, mas eu fui a escolhida. Como era bom beijar os lábios de Carl.

Quando abri meus olhos os olhos de Carl se encontraram com o meu. Eu não sabia o que fazer ou falar. Carl virou o rosto e eu deitei minha cabeça sobre seu ombro. Um sorriso bobo apareceu nos meus lábios. Era um sorriso tímido, ninguém conseguiria decifrar.

– Seus demônios... - Carl comentava baixinho - ... estão felizes agora.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam ? Deixei seus comentários.
Bom, o leitor Fábio Mellark me deu uma grande ideia sobre ter um pov do Carl. Eu já tenho ate o final dessa primeira fase da fic sobre a narração de Emma, mas garanto que teremos um pov do Carl em um capítulo bastante importante. Espero que tenham gostado e ate sexta.



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