Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 7
Capítulo 7: Preocupação.


Notas iniciais do capítulo

Voltei já pedindo milhares de desculpa pela demora. Pedi para o meu tio levar meu computador para dar uma formatada. Enfim, nesse meio tempo tive tempo de ler 4 capítulos do livro do Ramones, escrever três capítulos dessa história e de outra. Enfim, boa leitura. Obrigada a todos que comentaram e continuem comentando.
Se quiserem saber: já fiz o capítulo sobre o beijo de Emma e Carl.



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Acordei mais cedo que todos. Passei pela sala completamente bagunçada e nem liguei, a única coisa me que chamou atenção fora as várias bitucas de cigarro que encontrei no pé da poltrona do meu avô. Ele sempre foi de fumar, mas nunca foi de fumar muito, aquilo pode prejudicar a saúde já ruim dele.

– Vai virar sua vó e me dar uma bela briga ?. - Meu avô perguntou rindo vendo o belo susto que levei.

– Não. - Falei. - Mas o senhor não acha que está fumando demais ?.

– Sua vó sempre brigava comigo quando via as milhares bitucas de cigarro no chão. - Ele acendeu outro cigarro e deu à primeira tragada. - Se você quiser, pode não fazer o café.

Assenti e deixei meu avô sozinho. Eu acho que entendo o porquê de tanto cigarros: era uma forma dele ter Marrie nos braços dele de volta. Fiquei sentada na antiga cadeira de balanço da minha vó com a câmera que roubei na prisão nas mãos. Pensei em tirar uma foto da bela paisagem e tirei.

Fiquei com vontade de tirar mais fotos e procurei outro lugar. Pensei que minha vó seria uma ótima paisagem ou ate modelo. Parei embaixo da árvore onde o túmulo dela estava e retirei o girassol velho e coloquei outra flor no lugar.

Depois de um tempo tirando foto de tudo que é lugar, ouvi a voz de Carl me chamar. Eu pensei em uma foto do meu par de olhos claros e tirei. A foto saiu com Carl bem próximo e seus olhos azuis em destaque. Antes que ele pudesse chegar guardei a foto no meu bolso e abri um sorriso.

– Está tirando fotos minhas ?. - Ele perguntou. - Enfim. Estou querendo ir em um lugar, você quer ?.

– Claro. Só diga aonde é. - Falei sorrindo.

– Eu não posso, você tem que vir comigo.

Deixei a câmera na entrada da varanda e voltei ao encontro de Carl. Caminhamos lado a lado, Carl contando sobre a discussão de ontem com seu pai e eu ouvindo a voz dele em silêncio. A floresta estava bem quieta e não havia momentos para se preocupar. Caminhamos por vários minutos e aquilo estava me cansando, ate tirei os sapatos.

– Vai demorar muito ?. - Perguntei irritada.

– Eu já falei que não sei. - Ele respondeu grosso. - Fique quieta, vai atrair os walkers.

– Não me mante ficar quieta.

Carl fez cara de raiva, mas não falou nada. Apenas virou a cabeça e continuou à andar. O meu par de olhos azuis ate pode ser encantador, mas as vezes dá vontade de mata-lo. Demoramos muito para chegar num tipo de cidadezinha bem devastada. Todos os comércio do lugar eram brancos mudando apenas o nome dos locais.

– Tem um bar. Precisamos acha-lo. - Carl começou.

– Eu não acredito que você me fez andar pra caramba só para acabar com o rum de algum lugar. - Falei indignada.

– Não é isso. Meus pais costumavam a vir aqui. Tem uma foto nossa no local.

Observamos um pouco o lugar e andamos mais um pouco. O bar era no final da rua como ele ditava. Encaramos o local e Carl bateu no vidro para ver se tinha walker lá. Por sorte estava limpo e entramos sem nenhum problema. O lugar estava cheio de cadeiras no chão e vários copos cheio de rum. Acho que no desespero eles esqueceram de tomar suas malditas cervejas.

– A foto está ali. - Carl apontou para a viga bem acima de voz. - Será que você pode pegar ?.

– É obvio que eu posso pegar. - Respondi com convicção.

Peguei uma cadeira e mirei a foto. Fiquei nas pontas dos pés e consegui pegar a foto. A mãe de Carl era linda e ele parecia bem com ela. Rick parecia feliz e naquele tempo não tinha nada de Judith ou infelicidade, todos estavam felizes ate Carl com os olhos de anjos.

– Sua mãe era linda. - Murmurei. - Você lembra ela.

Quando tentei descer consegui me desequilibrar da cadeira e cai com força no chão, com o barulho dois zumbis que estavam na cozinha do bar apareceram. Carl me puxou pelo braço ate sairmos do local.

– Você está bem ?. - Ele perguntou.

– Sim, mas nós não. Olhe. - Apontei para a pequena manada de zumbi que começava a andar ou correr. - Vamos!. Corre!.

Carl segurou na minha mão e começamos a correr. Não era hora de sentir uma felicidade boba, mas quando Carl apertou minha mão eu senti vontade de gritar. Corremos os dois lado a lado ate entramos na floresta, os zumbis ainda nos perseguiam, mas eram poucos. Eu estava ficando exausta e não conseguia mais correr, Carl praticamente me arrastava floresta adentro.

– Carl Cama!. - Falei sem fôlego. - São poucos zumbis agora.

Carl assentiu e largou minha um pouco minha mão. Encostei num tronco de árvore e fiquei respirando ofegante. Senti alguém puxar meu braço e quando olhei para trás um walker asqueroso tentava morder meu braço. Comecei à gritar desesperada e à empurrar a cabeça nojenta do zumbi. De repente Carl pega um galho duro de árvore e enfia na cabeça do zumbi.

– Obrigada. - Abracei Carl. O abraço foi tão perfeito quanto segurar a mão dele. - Muito obrigada.

– Você está bem ?. - Ele examinava meus braços.

– Você está preocupado comigo ?. - Perguntei com esperança na voz.

– Sim, estou. Eu não quero que nada de ruim aconteça com você.

Ouvir aquilo foi como música para meus ouvidos. Talvez ele me ama ou apenas se preocupa comigo, mas era lindo vindo dele. Não consegui falar nada, entreguei à foto de Carl e os pais dele para ele e comecei a caminhar descalça - no meio da correria perdi meus sapatos.

Quando chegamos na fazenda o Sol já tinha ido embora e uma mistura de azul escuro com roxo surgia no céu. Peguei a câmera na varanda e subi pro meu quarto. Aquilo não foi como um 'eu te amo', mas parecia ou talvez não. Não conseguia tirar aquela frase da minha cabeça, foi como pensar que Carl me amava. Coloquei a foto dele embaixo do meu travesseiro e fiquei enrolando na cama ate o sono me pegar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem por favor. Eu voltei agora com certeza. Ate terça. Beijos.



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