Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 52
Capítulo 52: Caminhando.


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente não sei o que eu faço com vocês. Não sei se os mato, se os coloco num pedestal. Eu realmente amo e odeio vocês e, com essa relação amor&ódio chego com mais um capítulo! Queria agradecer a ''Tia Stephenie'' pela nossa décima recomendação. Sim cara, 10 recomendações!!! Eu to mega feliz, de verdade. O capítulo é todinho seu, só espero que goste.
Enfim, Espero que todos tenham uma boa leitura e novamente, venho falar de uma história d'ma pessoa bem conhecida. É Rick Grimes/O.C. Espero que vocês gostem.
Link: http://fanfiction.com.br/historia/544574/Made_to_Suffer/
Boa leitura a todos



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Pov – Beth.

– Não Jess, eu realmente preciso ir. Maggie deve estar atolada com Max. – falei entre os beijos e insistências de Jesus na cama.

Os primeiros raios de sol entravam pela cortina listrada ainda fechada. Desde que me mudei para cá, não teve uma única vez em que Jesus não me deixasse em paz durante a manhã. O cara era alguém muito ativo pela manhã.

– Ela pode esperar um pouquinho. – ele responde me beijando ainda mais.

– É, mas eu quero acompanhar o crescimento do meu sobrinho. Ele é o único.

Já estou de pé, em frente ao espelho que Jess colocou há um tempinho. Minhas roupas estavam penduradas na cadeira ao lado do nosso guarda-roupa. Era tão prazeroso falar como se tudo ali fosse nosso, eu nunca me imaginei morando com algum homem antes de estar casada. Era a típica garota que só iria realmente me entregar depois do casamento, mas o mundo caiu e até minha própria irmã engravidou antes de casar.

– Eles vão ter mais ou você acha que Maggie e Glenn vão parar por ali mesmo? – ele zomba da ‘’fertilidade’’ da minha irmã.

– Eu creio que sim. Maggie não é o tipo que tem paciência com crianças.

– Max não foi um erro dos dois? – confirmo com a cabeça. – Vindo deles, creio que teremos mais alguns erros.

– Vamos parar de falar neles. – me aproximo dele e beijo seu rosto. Era uma manhã de alivio dês do holocausto que aconteceu aqui. – Você tem muito o que fazer pela cidade.

– Está certo! Eu já vou me arrumar.

Deixo Jess ainda sonolento no quarto e vou para a cozinha. Nosso apartamento é bem pequeno, mas como é somente nós dois, dá para o casto. Procuro por algum copo dentro dos armários e bebo um pouco d’água.

Tanta coisa mudou desde que cheguei a esta cidade. Já não sou mais aquela garotinha ingênua, mas também, não me sinto forte como minha irmã é. Creio que estou melhorando, mexo com armas, estou a frente de algumas guardas e consigo, mas nunca deixei de cuidar das crianças. Mesmo com a falta de bebês e crianças pequenas, estou liderando o grupo.

O que acaba me deixando para baixo é essa guerra e ausência de meu pai. Ele era a única pessoa que conseguia manter qualquer um dentro de si, agora, com sua morte, eu não consigo me imaginar em colapso. Tento ao máximo controlar minha emoção, meu momento de raiva, eu preciso disso. Era isso que ele sempre pedia.

– Até mais querida! – Jesus gritou da porta sorrindo para mim. Eu apenas sorri de volta, encarando àquela imagem tão linda e tão parecida com Jesus Cristo.

Sozinha nesse apartamento me faz querer estar mais perto de Judy ou de Max. Agora que eu tenho um sobrinho, posso aperta-lo e mima-lo. Max é a coisa mais fofa que já vi em toda minha vida, nunca imaginei que Maggie conseguisse ser madura e enfrentar um mundo com um filho. Ela me mostra cada vez o quanto consegue ser capaz de fazer qualquer coisa.

Caminho pelas ruas praticamente vazias de WE, onde somente alguns guardas trabalhavam. Era triste estarmos enfrentando uma situação dessas, não tínhamos paz nesse mundo, se não era com os zumbis eram com pessoas.

– Mag? – grito ao entrar em sua casa. Há milhares de brinquedos espalhados pela sala, mesmo que Max tenha poucos dias. Acho que o casal despreparado está exagerando nos presentes ao filho. – Max, Glenn?

– Grenne! – ouço a voz de Glenn da cozinha. Ele está sentado na cadeira, engolido um sanduiche.

– Onde está Max e Maggie? – eu pergunto, sentando-me junto a ele e pegando o outro sanduiche. Era de atum.

– Lá encima. Maggie está dando de mama a ele.

– É estranho essa fanatismo de Mag em relação a letra ‘’M’’. Quando éramos pequenas, tudo dela tinha que ser com a letra M. Era engraçado.

– E certamente, com o filho dela não seria diferente.

– Claro que não. – rimos. – Você vai fazer alguma coisa?

– Estou cheio de trabalhos na cidade. Queria ficar com Max, mas parece que não vou ter tempo. Nós temos uma batalha pela frente. – percebo como a voz de Glenn muda. Eu sei que é difícil para ele, ele pode perder seu menino a qualquer momento e isso é muito ruim.

– Bom. Pelo menos várias pessoas vão sobreviver pelas custas de vocês. – digo e ele sorri, mesmo que fraco.

– Eu tenho que ir, avise a Maggie que já fui. – ele se levanta, demos um leve toque de mãos e ele foi embora.

A casa de Maggie tinha cheirinho de Max. Às vezes eu gostaria que minha casa tivesse um cheirinho assim, cheirinho de criança. Meu sonho sempre foi ser mãe, mas agora com o mundo do jeito que está não tenho a coragem de enfrentar tudo como Maggie enfrenta.

Depois de um tempo, quando terminei de comer meu sanduiche, Mag desceu com Max no colo. Nós demos um abraço rápido e eu peguei meu pequeno. Ele estava bem calmo, quietinho na dele, mas atento, como Mag era quando criança. Olha-lo lembrava meu pai, mesmo que não tivesse olhos azuis ou cabelos castanhos claros – quase louros – ele tinha algo que me fazia lembra-lo.

– E como está saindo essa sua nova função? – pergunto, vendo-a procurar por comida.

– Ele acorda a cada 2 horas pela noite, só quer saber de mamar e chora quando não o atento rápido demais. – ela reclama. – mas fora isso ele é minha vida!

– Mag, você é tão estranha. – comento. – Ele é uma dádiva da vida. É um milagre e um pingo de esperança para todos nós.

– Eu sei. – ela sorri e percebo como está cansada. Maggie era alguém que sempre estava aparentemente bem para todos, fisicamente e psicologicamente, mas hoje, ela está desgrenhada, cabelos bagunçados. – Eu só estou cansada sabe? É uma loucura essa vida de mãe. Nunca imaginei que fosse tão pesado e exaustivo assim.

– Mas você vai superar isso, eu tenho certeza! – tento empurra-la para cima. A durona às vezes precisa de sua irmã fraquinha para mantê-la de pé. – Ah, meu Deus Mag, ele vomitou em mim. – grito ao ver a mancha de gorfo que Max deixou na minha camiseta.

Ela vem e pega Max no colo. Eu limpo minha camiseta o mais rápido possível, mesmo cuidando de Judith por tanto tempo, nenhum gorfo é lindo ou fofo, mesmo vindo do meu sobrinho. Ela me encara naquela cena e começa a rir e eu, acabo rindo junto. Um alivio em meio a tudo isso.

Pov – Mika.

Estávamos todos reunidos no café. Meu pai praticamente engolia as panquecas, estava apressado para ir a reunião do conselho. Ninguém ali teve uma noite fácil, estávamos com medo de ataques ou coisas do tipo. Meu pai foi um dos que não dormiu em casa.

Eu também estava apressada. Josh havia me chamado para conversávamos e eu realmente não queria atrasar. Engoli os pedaços de panquecas em segundos, enquanto Emma e minha mãe pareciam mortas de tanto sono. Emma estava piscando completamente cansada e mamãe estava em silêncio. Era engraçado.

– Eu já vou indo! – Papai falou limpando a boca e levantando da cadeira.

– Eu também. – digo, fazendo o mesmo que ele.

– Para onde você vai? Hoje não é um dia calmo para você querer passar um dia comigo, pentelha. – ele diz desconfiado.

– Eu... Só vou pra casa de Mag, ver o Max. – minto.

– Max! Ah, claro, o Max! – Emma dispara me encarando fria. – Deixa ela ir ver ele logo pai! O Max deve estar ansioso para vê-la.

Quis matar Emma, mas papai acabou caindo na história e eu pude ir logo. As ruas eram vazias. Poucas pessoas perambulavam, a maioria eram guardas ou gente do conselho.

– Vai logo para a casa de Maggie, não quero que fique muito tempo na rua.

Assenti e caminhei em direção à casa de Maggie, mas no meio da rua, mudei de caminho. Josh me esperava na praça, mesmo que ela fosse bastante movimentada, Abraham passasse por lá quase todas as vezes, eu fui.

Ele estava sentado próximo a uma árvore parcialmente destruído. A mesma camiseta de sempre, o mesmo cabelo bagunçado. Ele era tão lindo que me deixava envergonhada só de ir falar com ele.

– Hei. – me aproximei dele. Josh sorriu e me deu espaço para que eu sentasse ao seu lado. – Diga logo o que você quer, meu pai pode me encontrar aqui!

– O que você inventou para ele?

– Que eu ia à casa de Mag. – respondi. – Mas diga logo, sabe como odeio essa demora e como fico ansiosa.

– Minha mãe acha que está morrendo... Ela acha que está com câncer ou algo do tipo, nós já a levamos ao centro, mas ela insiste que está morrendo.

– É normal! Todos nós devemos pensar assim. Um dia nós vamos morrer, ela só quer morrer de alguma forma diferente.

Ele ficou em silêncio e sorriu. Eu retribui o sorriso e voltei a procurar se alguém que conhecesse meu pai ou o próprio estivesse por perto quando me surpreendi com as mãos de Josh no meu rosto. Nossos rostos estavam próximos uns dos outros, eu podia sentir sua respiração e o quão vermelha minha cara deveria estar.

Ignorei todas as investidas da minha consciência em me afastar e acabei o beijando. Eu nunca havia beijado um garoto antes. O beijo era calmo como aquela dia, eu gostava de estar tocando seu lábios. O único barulho que ouvíamos, até então, era o dos pássaros e de alguns homens caminhando, mas de repente, um barulho insuportável nos separou.

Era mais uma bomba do grupo de Negan, mais uma bomba do maldito grupo dele. As poucas pessoas que andavam pela rua começaram a gritar e correrem desesperada. Josh fez a mesma coisa, acabei implorando para que ele fosse direto para a casa dele, enquanto eu me virava para ir a casa de Mag ou até a minha casa.

Eram tiros atrás de tiros, nunca parecia acabar. Eu corria desesperada em direção a minha casa, no meio de fumaça e tudo mais, quando vi Emma aparecer. Queria estar aliviada, mas nós duas estávamos correndo perigo.

– O que você está fazendo aqui? – eu perguntei assim que me aproximei dela.

– Eu vi você e o Josh. Queria zoa-los, mas isso acabou acontecendo. – mesmo no meio de uma guerra, ela conseguiu fazer a maior cara de maliciosa.

– Desde que você não conte a ninguém, estamos kits. – falo. – Agora vamos rápido! Precisamos de abrigo!

Eu corri na frente e só parei quando notei que Emma não me seguia. Revirei os olhos enquanto me virava para descobrir o que ela estava fazendo e comecei a chorar sem controle. Minha irmã estava com um buraco ao invés do direito, aos poucos seu corpo foi caindo no chão, antes que ele caísse bruscamente no chão, consegui segurá-lo. Do buraco, jorrava sangue, eu não sabia o que fazer. Minha irmã não poderia estar morta. Ela não pode me deixar.

Pov – Daryl.

– Eu tenho que ir atrás de Maggie e Max.

Foi a última coisa que eu conseguir ouvir antes de me virar e ver Emma estirada no chão. Tentei acreditar que fora algum desmaio, mas Mika estava chorando ao seu lado. Em toda minha vida, nunca senti meu coração pular tanto dentro de mim. Estava receoso em me aproximar, não queria ver, não queria sofrer.

Era a pior cena de toda minha vida. Ela estava... destruída. Peguei-a nos braços e comecei a correr até o centro. Lágrimas involuntárias começaram a rolar pelo meu rosto, Emma estava praticamente sem vida, sua pele estava ficando cada vez mais branca e gelada. Eu não queria olhar para ela, não queria vê-la com seus últimos segundos de vida.

Eu já não me importava com o filha da puta do Negan e seus capangas. Minha garotinha precisa de mim o mais rápido possível. Eu me desliguei do mundo, só prestava atenção na respiração de Emma que visivelmente estava fraca.

Quando dei por mim, já estava dentro do centro de emergência. As pessoas que estavam lá ficaram ainda mais assustadas ao ver o estado de Emma. Minha blusa estava encharcada com seu sangue, sua pele estava ficando cada vez mais fria.

– Tudo bem Daryl, nós assumimos daqui! – falou um médico alto, não me recordo muito bem, talvez, tenha vindo de Alexandria ou algo do tipo.

– Eu vou entrar com ela. – falei firme e percebi que apareceram mais dois médicos que levaram minha menininha.

– Daryl, infelizmente, você não pode acompanhar! – ele retrucou firme e eu o encarei.

– Não posso? Ela é a minha filha – gritei.

– Você lá dentro só vai piorar a situação. É muita pressão e talvez, você não aguente! É melhor ficar aqui mesmo!

O cara estava certo, eu não posso interferir num momento desse. Dou um passo para trás e caio na mera recepção. Já não havia mais tiros e Carol acara de chegar. Me conforto em seus abraços, naquele momento, era o único lugar que eu estava pedindo para está. Seu choro termina de enxergar a metade da minha camisa. Era irônico, uma metade sangue; outra metade lagrimas.

– Ela vai ficar bem não vai? – ouço, entre soluços a voz de Mika. Minha outra garotinha está com o rosto vermelho de tanto choro e com a camiseta manchada de sangue.

– Eu espero que sim! – a puxei para nosso abraço. Estávamos os três abraçados na sala de espera. O mundo parecia ter parado ali, naquele momento.

– Você é realmente um cabeça-de-vento, nem numa situação como essa, consegue chorar. – Carol brinca, sussurrando em meu ouvido, tentando me animar.

Todos já estavam reunidos na recepção. Já não havia espaço para o tanto de gente. Todos em silêncio. Estávamos apreensivos com as noticias que poderiam sair por àquela porta branca. Fechei meus olhos diversas vezes, ela tem que estar boa, viva! Queria poder fazer uma oração, mas já não acreditava que Deus poderia nos atender.

O garoto Carl estava ao meu lado, calado, mexendo no pingente que dei ao moquele. Ele pouco falou desde que chegou, suas únicas palavras – pelo menos a que eu ouvi – era que Emma estaria viva. Mesmo me custando a acreditar, assenti com sua resposta e não trocamos mais nenhuma palavra.

– Daryl Dixon? – a voz do médico ecoou pela recepção. Todos levantaram suas cabeças e olharam apreensivos, receosos e com medo para o cara. – Trago noticias!


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Notas finais do capítulo

Para quem acompanha a HQ, sabe a parte em que estamos!!!
E aí? O que acharam? Espero encontrar vocês nos comentários!
Bom... Quem acha que e Emma vai morrer? Será o fim de STL? Será?!!!
Deixe seu comentário! e nós discutimos o restante.
O próximo prometo que sai cedo, espero eu, até logo (VOU RESPONDER OS COMENTÁRIOS DO CAPÍTULO ANTERIOR AGORA) Beijos!