Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 51
Capítulo 51: Roleta Russa.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas. Tudo bom? Enfim. Obrigada Sky pela nossa 9 recomendação. Foi muito gratificante.
Bom. Eu preciso desabafar. A história está acabando muito por causa de vocês. Eu me mato, penso e repenso, me ferro para escrever um único capítulo em uma semana para não atrasar vocês e nem deixarem vocês aguardando muito tempo para quê? Vocês nem se quer comentem. Se fosse poucas pessoas eu deixaria passar, mas a história tem muitos acompanhantes e vocês nem se quer dão um ''oi''. Achei melhor terminar a história por causa de vocês, se não tenho um minimo comentário, não preciso continuar! Estou certa? Me provem o contrário então!
Depois do desabafo aqui está. E temos uma surpresa. Vocês vão ver!



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Pov — Rick.

O estado de WE era horrível. Nossos muros estavam danificados, os portões quebrados. Cada vez mais entravam zumbis pelos destroços e Negan parecia não se redimir em atirar em nós.

Eu estava preocupado com Carl e Judith, mas não poderia acabar com o plano de fogo. Os tiros ecoavam na minha cabeça, as pessoas coriam em câmera lenta, cada vez mais feridas, cada vez mais mortas. Era o clico ali, ao vivo.

Mesmo desorientado consegui ouvir barulhos de pneus cantando. Os carros parados em nosso quintal haviam ido embora, mas o caos que todos deixaram era grande demais para nós comemorarmos. Observo todos do conselho – exceto por alguns – mataram os zumbis enquanto outros homens estavam cuidando dos bichos que entravam.

– Rick! – o grito de Michonne me fez voltar à realidade. Seu rosto estava preocupado. – Você estava me ouvindo?

– Desculpe... – digo.

– O que vamos fazer com o portão? Não podemos continuar aqui dentro com esses bichos entrando. – ela me falou.

Eu não sabia o que responder. Ainda estava confuso vendo tudo que aconteceu. Aos poucos, alguns homens de fardas começaram a aparecer e todos fizeram uma roda em volta de mim. Era pressão demais.

– Podemos colocar carros ao redor do portão. – uma voz conhecida falou. Era Jesus. Notando minha confusão, conseguiu fazer todos ficarem aliviados. – Temos alguns carros velhos que já não funcionam, eles podem ser nossas barreiras agora.

– E depois começaremos a fazer nossas armadilhas para zumbis. – Michonne completou. – Ótimo! Agora vamos todos antes que Negan e seus amiguinhos voltem!

Michonne apertou meu ombro e logo todos se foram. Eu permaneci imóvel, meu corpo não reagia aos incentivos do meu cérebro em se mover. Meu coração saltava no meu peito e minha respiração, estava na mesma situação. Metade do meu povo estava morto por uma guerra ridícula. Eu não consegui cumprir as promessas em deixa-los vivos.

– Pai...

Ouvi o grito e em meio a fumaça consegui ver Carl correr em minha direção. Seu corpo bateu contra o meu em seu braço, ele estava vivo, mesmo com alguns machucados em seu rosto. Meu menino estava ali, o peso em minhas costas foi – parcialmente – jogado fora ao vê-lo.

– Eu matei algumas pessoas... – ele completou cabisbaixo.

– Todos nós matamos pessoas! – eu falei, tentando encontrar uma maneira de deixa-lo mais tranquilo.

Ele novamente me abraçou. Carl estava abatido com tudo o que aconteceu. Seu abraço trouxe de volta meus movimentos, pude abraça-lo.

– Onde Judy está? – ele perguntou.

– Está segura. Alex ficou cuidando dela.

– Não acha melhor irmos ver como elas estão?

– Carl... WE está acabada. Eu preciso confortar os outros sobreviventes.

Ele ficou alguns segundos parados até que assentiu e se retirou. Rapidamente, os outros membros do conselho me chamaram para discutir sobre o que viria.

Nós reunimos todos na sala fechada e escura da reunião. Todos estavam apreensivos e alguns deles, com o rosto manchado com sangue. Eu não sabia o que fazer, esperava por alguma reação deles, mas todos continuavam em silêncio. Era um caos lá fora e aqui dentro.

– Precisamos comunicar a Alexandria sobre o holocausto. – finalmente, Daryl se pronunciou em alguma coisa. – Negan pode querer fazer o mesmo com eles.

– E como avisaremos? Se Negan já atacou aqui, seu próximo alvo e lá. – Eugene retrucou.

– É uma batalha perdida. – suspirou Abraham.

– Não se tivermos alguma carta na mesa. – Glenn falou com os olhos um pouco esperançosos. – Precisamos descobrir onde Negan se esconde, lá vamos conseguir encontrar seu ponto mais fraco.

– Coreano; isso não é um jogo de vídeo game. – Daryl debochou.

– Não, mas ele pode estar certo. – digo. – Eu entendi sua proposta e é muitíssimo boa. Todos temos nosso pronto fraco e Negan não é um filha da puta sem. Precisamos descobrir e assim, ataca-lo.

– Uma jogada psicológica! – Jase falou. – Mas como vamos montar a guarda?

– No próximo ataque. Podemos criar um campo de sobrevivência escondido na floresta, quando recebemos seu próximo ataque o seguimos.

– É muito loucura. – Michonne relutou.

– Nós vivemos de loucuras. – Ty falou. – E quem estará se candidatando a esse montin?

– Eu vou. – Glenn foi o próximo a se candidatar.

– Não, sua mulher está prestes a dar a luz. Está louco! – Daryl disse.

A porta se abriu num barulho alto o suficiente para todos nos alertarmos. A garota Dixon estava ofegando diante da porta, procurando respiração. Não rosto parecia não trazer boas notícias e eu temia muito para ouvir o que sairia de sua boca.

– Glenn, vem comigo!

– O quê foi garota?! – Abraham perguntou um pouco ríspido.

– Maggie. – ela respondeu.

Rapidamente, nos levantamos e a seguimos. No meio dessa confusão, acabamos esquecendo o problema que girava em torno da Greene. Agora, não sabíamos qual era sua saúde, Maggie estava boa, mas a condição em que vivia poderia trazer seu bebê e qualquer momento e isso era perigoso demais.

Em questão de segundos já estávamos em frente a sua casa, os escombros das outras casas e pedaços de bombas estavam sobre seu quintal. A casa fora incrivelmente protegida, nenhuma bomba ou tiro a atingiu. Estávamos aliviados, mas ainda preocupados.

Pov – Glenn.

Maggie! Maggie! Maggie!

Minha boneca poderia estar corendo perigo. Corri para casa ao ouvir as palavras de Emma. Eu não poderia estar longe num momento desse, eu a engravidei, deveria estar ao seu lado para sempre.

Quando entrei em casa, Mika estava na sala com as mãos sobre os ouvidos. Eu não conseguia ouvir nada até ouvir um grito de dor vindo do quarto. Sem jeito e com pressa, entre tropeços subi a escada e acabei dentro do meu quarto. A visão não era tão bela, mas era a coisa mais linda que já vi.

Um choro sereno invadiu meus ouvidos, era o som mais precioso da minha vida. Maggie não estava em seu melhor estado, estava soada e visivelmente cansada, mas ela estava em seu melhor dia. Um sorriso me invadiu assim que meus olhos encontraram com os olhos felizes de Maggie.

Era pequeno, um garotinho. Meu garotinho. Eu não conseguia acreditar que tenho um filho, que esse pequeno guerreiro conseguiu nascer no meio dessa guerra. Me sentei ao lado de Maggie, ainda maravilhado com o que acabei de ver quando todos – sem exceção – entraram no nosso quarto.

Ele não era asiático, mas se parecia um pouco comigo. O choro que antes era um pouco alto foi cessado ao receber seu primeiro gole de leite. Ele ficou em silêncio, com as mãozinhas fechadas e olhos castanhos atentos a tudo.

– Ele não é asiático. – o comentário de Daryl fez todos nós rirmos. – E está bem faminto.

– Meu Deus! Olha o que eu fiz. – Maggie falou entre risadas extasiadas.

Ele realmente é a melhor coisa que já fiz na minha vida, melhor que os jogos que zerei, que comprei e todas as bebidas que tomei enquanto era jovem. Ele me faz repensar em tudo que falei, tudo que fiz.

– E já tem nome? – Carol perguntou. Só notei que ela estava aqui ao ouvir sua voz.

– Sim. – Maggie falou acariciando o narizinho do nosso bebê. - Max. Meu pequeno Max.

Depois de ser amamentado pude pegá-lo no colo. Era a coisa mais frágil que já peguei em toda minha vida. Ele estava sereno e não parecia ser alguém de chorar muito, Maggie havia colocado sua primeira roupa, estava limpo e bem preguiçoso.

– Bebês são sempre preguiçosos? – Mika perguntou.

– Eu acho que só Max é. – Maggie respondeu doce.

Deixei o garotinho em seu berço improvisado de momento já que eu só iria montar tudo daqui a uma semana. Ele acabou acordando e ficando um pouco agitado. Estava pronto para iniciar um choro quando Maggie começou a falar com ele. O rosto franzido de choro ficou liso, ele olhou para mãe, curioso.

Estávamos todos extasiados com que acabava de acontecer. Uma guerra, várias mortes e um único nascimento, quando a porta da sala abriu e Alex apareceu. Estava com os olhos inchados e com Judith, que não parava de chorar, em seu colo. Rick se aproximou dela e a abraçou. Não sabíamos o que era, mas nossa felicidade estava acabada.

Pov – Emma.

– Isabelle está morta e Patrick também. – foi as últimas palavras de Alex antes dela cair no choro.

Confesso que quando as ouvi, fiquei em choque. Eu estava começando com uma relação boa com Isabelle quando tudo tem que desabar? O que nós fizemos para tanta revolta assim?

Hoje era seu enterro, um dia depois de sua morte zumbi. Ela infelizmente acabou se transformando, tornando-se um perigo para nós. Quando falei da morte de Patrick, que eu o matei, todos me repreenderam pela ação. Mas eles não sabiam que eu só queria livrar meu amigo de uma morte tão feia quanto a de Isabelle.

O dia estava cinzento, nossas ruas ainda estavam congestionadas pelos estragos deixados sobre a guerra de ontem. Foi quase impossível dormir na noite passada, as cenas de destruição invadiam minha mente, ainda bem que o nascimento de Max me deu um pouco de paz. Ele era lindo e bem preguiçoso.

Eu temia em acabarmos recebendo outro ataque de Negan. Ele era louco e bem surpreendente, nossa cidade já está destruída e não precisa de mais destruição. O que mais me indignava, era que tínhamos poucas pessoas vivas agora. Muitas morreram, era o enterro de todas.

A oração do padre Gabriel me trouxe de volta a realidade. Estávamos todos reunidos nos túmulos improvisados. Carl e Lauren estavam ao meu lado e assim como eu, seguravam uma rosa. Ele parecia bem mais atento que eu na oração, quando todos produziram o relutante ‘’Amém’’, joguei as duas rosas sobre o tumulo de Patrick e Isabelle – um ao lado do outro, como Alex pediu.

– Rick, Rick! – ouvimos um grito da multidão e quando olhamos para trás, todo o restante dos sobreviventes nos encaravam com o olhar frio. – Qual será a providencia que você irá tomar?

– Já estamos tomando providencias. – ele respondeu.

– Queremos providencias ágoras! – outro deles gritou.

– Querem? Então façam vocês mesmo! – o grito de Alex espantou tanto a multidão como nós. – O conselho está pensando no melhor para todos vocês, estão trabalhando desde ontem, estamos com nossos muros seguros dos zumbis. Então parem de cobrar coisas!

O povo ficou em silêncio e foi se dispersando aos poucos. Nós voltamos para a casa de Maggie, afinal, ela acabou de ganhar um bebê e precisa de total atenção nossa e Max também. Carl entrou ao meu lado e Lauren também, entramos em silêncio até pararmos no quintal – o lugar mais longe dos assuntos de adultos.

– Às vezes é bom ser criança. – comento quando todos nós, incluindo Mika que chegou segundos depois com Josh. – Não temos tantas preocupações em nossas vidas.

– Eu acho que só sobreviver já é uma grande preocupação, ainda mais para nós. – Lauren falou. – Veja Isabelle e Patrick, eram jovens como nós e estão mortos.

– A verdade é que esse mundo não perdoa ninguém, nem criança e nem adulto. – Josh disse.

– E agora? O quê vamos fazer?

– Esperarmos pela próxima morte. – Mika suspirou.

Estávamos os cinco sentados nos degraus que separavam o gramado úmido e a casa de Maggie. Em silêncio, encarávamos o chão, todos pensando em como somos fodidos em sobreviver a esse mundo. Talvez sortudos, mas de que adiante sorte se nossa única saída é a morte?

Quando fomos chamados para tomarmos leite, pude ver Alex chorar no ombro de Rick. Ambos pareciam bem íntimos, não tenho culpa de reparar, Carl acabou reparando também. Ele não parecia incomodado ou algo do tipo, estava sorrindo. Sorriso feliz.

– Seu sorriso é bonito. – eu cochicho em seu ouvido.

– O seu também. – ele sorri.

– Será que vou vê-lo por muito tempo?

– Eu espero que sim.

Eu sorrio, ele também. Era o sorriso confortante em toda a guerra. Carol colocou um pouco de leite em nossos copos e acariciou nossas cabeças. Olhando assim, todos reunidos na sala, parecia um mundo feliz. Pena que não era, e que existiam pessoas que adoram estragar esse mundo.


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Notas finais do capítulo

O título é mais ou menos àquela brincadeira. No caso a morte é a arma e a bala vocês já sabem. A surpresa era o gif do Max, eu tenho mais algum deles e fiquei em dúvida em qual escolher. Enfim, é esse!
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO E ATÉ O PRÓXIMO!
MAX: http://www4.pictures.zimbio.com/fp/Kourtney+Kardashian+Kourtney+Kardashian+Son+TKPo2aKRdisl.jpg



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