Surviving the love. escrita por Vitória F


Capítulo 23
Capítulo 23: Um reencontro nada agradável.


Notas iniciais do capítulo

Tenho uma péssima notícia para vocês, mas só dependem de vocês para mudarem ela.
Infelizmente meu mouse quebrou. Ele simplesmente, de um minuto para o outro, decidiu parar de funcionar. Meu pai e meu irmão tentaram concertar, porém, sem sucesso. Então, começamos a usar o mouse através do teclado - Caso não sabiam o que se faz isso, procurem no gloogle - É muito ruim usar isso. Esse é o último capítulo dessa fase da história. Estarei planejando a próxima e talvez última fase. Queria agradecer a Malu por ter feito o seu primeiro comentário na fic e sim, eu estarei esperando por mais dele. Falando em comentários, tenho 64 leitores e pouquíssimos de vocês comentem. Eu não quero chegar em situação extrema de tomar certas atitudes então, ficará com vocês. Caso eu chegue a 6 comentários nesse capítulo eu posto a fic em três dias e caso não chegamos, só irei postar quando eu chegar na casa da minha vó - daqui há uma ou duas semanas - É vocês quem decidem. Boa leitura.



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Minha cabeça parecia querer explodir a cada segundo. Não me lembro como vim parar nesse quarto escuro alias, pouco me lembro do que aconteceu. As cortinas do quarto eram escuras dando assim um ar de assustador. Minha visão acabou embaçando quando tentei levantar e por isso, continuei na cama.

– Finalmente você acordou. - Uma mulher de cabelos curtos entrou no quarto carregando uma bandeja com alguns enlatados. - Você conseguiu dormir 2 dias.

Tentei esboçar um sorriso, mas a minha desconfiança acabou retribuindo um olhar assustado. Sentia como se a conhecia, porém, não sabia como. Ela, com um sorriso gentil, abriu um enlatado e entregou uma colher. Novamente tentei agradecer e desta vez um sorriso conseguiu sair.

– Você deve estar com fome já que desmaiou por este motivo. - Ela levantou e começou a andar de um lado para o outro. - Não pude me apresentar, Carol.

Agora eu lembrava de alguma coisa. Lembrava de um homem negro, uma bebê e uma outra garotinha. Ambos estavam me encarando enquanto eu estava no chão e depois disso não lembrava de mais nada. Carol era um nome também conhecido já que Daryl havia tocado em algum momento.

– Carol, a garota já acordou ?. - A garotinha entrou no quarto segurando a bebê. Era loira com bochechas fofas e roupas velhas. - Judith está com fome.

Judith também era outro nome que eu conhecia. Carl havia me falado dela, de Judith. Era sua irmã. A irmã que ele jurava estar morta. Queria poder contar a ele que sua irmã estava viva e contar a Daryl que Carol também estava, mas aonde eles estavam ?.

– Meu nome é Mika. - Mika sentou ao meu lado. - E está é Judith. Quer segura-la ?.

– Sim.

Mika entregou Judith. A pequena tinha olhos azuis iguais ao de Carl, cheio de expressões. Enquanto ela estava no meu colo tentei fazer algumas gracinhas para vê-la sorrir, mas percebi que Judith era igual a Carl, não ria tão fácil.

Carol continuava de braços cruzados a encarar nós três enquanto Mika tagarelava ao meu lado. Eu não conseguia ouvi-la porque também encarava Carol. Queria saber o porquê de ter esse olhar tão espantado encima de mim.

– Você disse que é Dixon. - Ela quebrou o silêncio e fez Mika se calar. - É filha de Daryl ?. - Assenti com minha cabeça. - Como parou na mata ?.

– Eu estava correndo. - Lembrar de Mark e de suas palavras eram um pouco difíceis assim como lembrar que deixei Daryl para trás apanhando sem fazer nada. - E então, minhas funções começaram a parar. - Carol assentiu com a cabeça e relaxou um pouco mais o corpo. - Ele ainda está vivo. - Abaixei minha cabeça já que não queria encara-la. - Daryl ainda está vivo se quer saber.

Carol saiu do quarto sem dar alguma resposta. Mika franziu o celo como quem não tivesse entendido nada e continuou a balançar sua boneca de pano. Eu, por alguns segundos fiquei encarando a porta pensando que Carol iria voltar com algumas facas me ameaçando por mais informações.

– Você é filha de Daryl ? que legal. - Mika falou ao meu lado tirando-me do pensamento absurdo. - Na prisão, ele era bem legal. Às vezes brincava comigo e Lizzie.

– Quem é Lizzie ?.

– Minha irmã. - Ela ficou cabisbaixa de um segundo para o outro. - Ela está morta. Eu tive que mata-la, ela estava louca. Eu não queria, mas tive. Às vezes tenho vontade de estar com ela, às vezes tenho vontade de me matar.

– Sabe, temos tragédias em comum. - Mika levantou a cabeça com um olhar um pouco mais feliz. - Eu também perdi pessoas importantes. Bom, antes do meu avô morrer ele falou que mesmo que a pessoa mais importante de nossa vida morresse, precisávamos seguir em frente, por elas. – Coloquei a mão sobre o ombro de Mika. - Siga em frente por ela.

Lembro-me do dia que vovô falou isso. Vó Marie ainda estava vivo. O mundo já estava perdido e fazia 6 meses que havia perdido minha mãe. Ele, com seu cheiro de cigarro, sentou ao meu lado e segurou minha mão. ''Sua mãe ficaria feliz em ver você seguindo em frente. Com certeza é isso que ela quer'' Ele falou. '' Vamos lá, eu sei que você consegue. Tenho tanto orgulho de você.''

– Tá vamos descer. - Levantei ainda com Judith em meu colo. - Vamos brincar com Judith e sua boneca.

– Griselda!! É o nome da boneca. - Mika revirou os olhos quando dei de ombros.

. . .

Conheci Tyreese - o homem negro que esbarrei antes de desmaiar. Ele e Carol discutiam na cozinha o melhor momento para irmos ao terminal. Se fosse possível eu queria que fosse hoje mesmo já que Carl ou Daryl deveriam estar lá. Não queria pensar em nenhuma possibilidade de encontra-los mortos ou imagina-los. Daryl poderia ter apanhado, mas é um Dixon e nenhum Dixon fica por baixo.

– O que vocês acham de irmos ao terminus hoje ?. - Carol olhou para nós sorrindo.

– Eu acho uma ótima ideia. - Mika respondeu animada. - E você, Emma ?.

– Eu também acho. - Eu respondi recebendo um sorriso tanto de Carol quanto de Tyreese. - O tempo está fechando.

Impaciente como um Dixon. - Carol resmungou entregando-me uma mochila.

Carol me agradava por um lado e me deixava intrigada por outro. Ela parecia alguém gentil com um pé atrás ou alguém que jura com dedos cruzados atrás da costa. Recolhemos as coisas e Tyreese entregou minha mochila. Agora, eu estava me ferrando carregando dois pesos na costa.

Judith vinha chorando no colo de Carol enquanto íamos sobre os trilhos. O choro dela era estridente e super chato. Eu tinha um vizinha que tinha um bebê. Ele era um saco que não parava de chorar. Toda vez que eu ia reclamar com minha mãe, ela vinha com papos de quê eu também era assim, portanto, não podia reclamar.

– Ela não vai parar de chorar ?. - Perguntei para Mika. Estávamos andando de mãos dadas observando todo tipo de coisa velha que havia em volta.

– Acho que sim. - Mika olhou para trás por alguns segundos. - Tem vezes que isso demora horas. Só Carol sabe acalma-la.

Revirei meus olhos e olhei para frente. No horizonte um carro estava vindo. Achei que somente eu havia percebido, porém, Carol segurou firme meu ombro fazendo-me parar. Ela juntou o corpo ao meu e eu segurei firme a mão de Mika. O carro veio se aproximando cada vez mais ate que parou, bem à nossa frente.

De lá desceu alguém conhecido. Rick foi quem desceu. Ele parecia feliz, aliviado, preocupado, atordoado e normal. Esse era seu jeito normal. Ser um pouco de tudo. Pegou Judith no colo e simplesmente veio me abraçar. Tanto Carol quanto Tyreese se entreolharam quando Rick foi abraça-los.

– Você é forte sra. Dixon. - Rick passou a mão pelo meu cabelo bagunçando-o.

Sorri meio braço e olhei para Mika. Minha amiga estava feliz em ver Rick com Judith. Em uma de nossas várias conversas sobre os trilhos ela havia me contado que adorava ver Rick com Judith, Maggie com Glenn e Carl com Lizzie. Eles não eram namorados - como ela própria falou - mas combinavam bem e isso gerou um pequeno ciúmes em mim.

– Vamos ?. - Rick perguntou. - Precisamos de vocês no grupo.

– Grupo ? Quer dizer que vocês...

– Sim, acabei encontrando todos. - Rick interrompeu Mika. - E só faltam vocês. Vamos deixar algumas coisas para trás. Temos que deixar. Todos nós fizemos coisas terríveis. - Rick encarou Carol e Tyreese. - Vamos ?.

Entramos então no carro completamente apertado. Carol ia na frente com Judith e Tyreese com nós duas atrás. O lugar ficou tão apertado que era uma dificuldade mexer os pés. Entramos por vários lugares em meio a floresta ate chegarmos ao congestionamento de carros velhos parecido com aquele que vim parar com Carl quando ainda estávamos na fazenda.

– Daryl !!!. - Gritei assim que sai do carro. Comecei a correr entre os carros ate acha-lo virado para trás conversando com um asiático. - Daryl !!.

Ele olhou para trás, corri ate ele e senti um alivio quando ele me abraçou. Era alivio de encontrar alguém que era importante para mim e ele era. Eu não conseguia parar de sorrir enquanto ele me rodopiava no ar.

– Você está horrível. Todo arrebentado. - Seus olhos estavam roxos, havia machucados por sua boca e sua blusa estava suja e fedendo.

– Não vai começar a reclamar logo agora, vai ?. - Ele levantou uma sobrancelha e deu um leve tapa no meu ombro. - Vamos, vou te apresentar para o grupo.

Conheci todos e me apresentei para todos. Saber que Daryl Dixon tinha uma filha, para eles, era uma novidade. Acho que Daryl nunca tocou no meu nome o que parecia normal para mim, eu também pouco tocava no nome dele. Preferia deixa-lo em algum lugar que pouco fosse tocado.

– Sabe onde está Carl ?. - Perguntei para Beth. Eu conversava com ela e Maggie.

– Bom, ele foi com Isabelle procurar algumas coisas. Devem estar voltando. - Ela respondeu.

Eu não sabia quem era Isabelle. Fui caminhando entre os carros ate encontrar Carl numa situação não muito agradável. Ele estava agarrado aos beijos com a Isabelle. Tentei sair de lá, mas alguma coisa me impedia. Tentava não chorar, mas algumas lagrimas insistiram tanto que acabaram saindo.

– Emma!!!. - Carl finalmente notou minha presença e se afastou de Isabelle. Sua voz vinha carregada de culpa e outros sentimentos. - Você... você... eu...

– nada. - Eu gritei batendo em suas mãos. - Você nada. Por que não fica com sua namoradinha ? é assim que sente minha falta ?.

– Eu pensei que você...

– Estava morta ?. - Não queria pensar que Carl acha isso. Queria que ele estivesse esperando por mim ou me procurando como Daryl estava, mas não. Ele estava aos beijos com uma idiota. - Ah claro. Emma não tem tanta coragem quanto Daryl Dixon. É bem diferente do pai, mas eu sobrevivi. Você pouco se importa com isso e pouco se importou preferiu ficar aos beijos com essa idiota. - Isabelle deu um passo para frente como quem quisesse responder alguma coisa, mas eu não deixei. - Fique com ela. Vocês combinam, dois idiotas.

Eu sentia raiva de tudo, mas não parava de chorar. A única coisa que fiz foi agarrar a jaqueta de Daryl e soluçar como uma idiota. Eu me achava uma idiota por chorar por um garoto, jurava que não seria assim, que nunca iria chorar por alguém. Daryl me abraçava perguntando o que havia acontecido, mas eu não falava nada. Apenas tentava tomar alguma coragem e parar de chorar.

. . .

Quando os ânimos finalmente acalmaram eu me recompus. Fiquei séria sem conversar com ninguém, apenas sentada no capô de um trailer velho observando Rick no seu discurso. Tentava não encarar Carl - parado ao lado do pai - e muito menos Isabelle - parada ao lado da mãe, Alex.

– Nós iremos procurar um lugar melhor. - Rick discursava enquanto todos estavam atentos. - Vamos procurar um lugar só para nós. Um lugar que seja seguro. Vamos continuar na estrada, vamos viver de casa em casa ate encontramos um lugar melhor. A segurança ainda existe, é uma trilha estreita em meio a salva triste.

Rick calou-se e todos continuaram encarando-o. Aquele pequeno discurso foi um pouco sombrio demais. Não tínhamos noção de rumo e isso parecia arriscados, mas podíamos encontrar algum lugar e quem sabe, voltarmos a vida normal.

Daryl envolve-me nos seus braços e entramos num tipo de caminhonete. Carol e Mika estava conosco. Meus olhos inchados cruzaram-se com os de Daryl pelo retrovisor e ficamos nos encarando por alguns segundos ate ele virar para trás e sorrir. Agora, eu só queria acreditar nele, somente nele.

– Vamos encontrar um lugar seguro ?. - Mika perguntou esperando a resposta de alguém.

– Quem sabe Mika, quem sabe... - Daryl resmungou acedendo um cigarro e ligando o carro.


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Notas finais do capítulo

Ai está, você viu a o que Carl fez com Emma ?.
O capítulo não teve muito detalhes por um motivo que será explicado no próximo capítulo alias, tudo será explicado. Espero que tenham gostado, mudarei a sinopse há qualquer momento. Comentários. Até a próxima, beijos. *-*



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