– O problema de Kevin é crônico. Se fosse psicológico eu poderia fazê-lo se lembrar de tudo, mas a pancada que Smith lhe deu afetou uma parte crucial de seu cérebro. Ele não se lembra de nada – explicou Jane.

– Sinto muito. – disse ela, piedosa.

– Perdemos Stiles, mas vamos acha-lo, você vai ver. – respondeu Jane, esperançoso.

– O que a Emma te disse no jantar? – perguntou ela.

– Nada demais. Apenas confirmou a minha teoria. – respondeu ele.

– Não tentou te agarrar? – perguntou ela, sorridente.

– Por quê? Está com ciúmes? Eu estava solteiro nessa hora. – respondeu ele.

– E vai voltar a ficar se deixar ela te agarrar. – brincou ela.

– Só tem uma pessoa que eu quero agarrar nesse momento... – comentou ele.

– E essa pessoa não quer ser agarrada demais porque está toda dolorida. – disse ela.

– Vamos embora? Já está quase na hora do fim do expediente que você nem está cumprindo. Eu te faço uma massagem, uma janta bem caprichada. – sugeriu ele.

– Parece tentador. – respondeu ela – Acha que não conseguimos mais nada hoje?

– Acho que não. Amanhã eu vou pegar firme para encontrar Stiles. Vou interrogar até o presidente se for preciso. – disse ele, se levantando.

– Jane! – disse Jane ao entrar na sala – Telefone pra você. Disse que é importante, linha quatro.

– Obrigado Cho. – respondeu ele, indo até o telefone da mesa de Lisbon – Alô?! Olá Emma. Vejo que Stiles não te matou. – comentou ele.

– Olá Patrick. Por que não foi ao almoço? – perguntou ela.

– Um pequeno acidente. – respondeu ele – O que quer?

– Quero lhe revelar uma coisa. Eu almocei com o Stiles e ele me contou uma coisa que vai gostar de saber. – informou ela.

– Estou ouvindo. – disse ele, sentando-se na mesa.

– Almoça comigo amanhã? – sugeriu ela – Não quero dizer por telefone.

– Claro. – concordou ele.

– Amanhã naquele mesmo lugar. – disse ela.

– Tudo bem. Te espero lá. – confirmou ele, desligando o telefone – Nem vamos precisar procurar Stiles.

– O que ela disse? – perguntou ela, curiosa.

– Ela quer almoçar comigo amanhã. Disse que tem algo para me revelar. – informou ele.

– O que será?! – disse ela, animada.

– Descobriremos amanhã... Vamos? – disse ele, caminhando até a porta.

– Vamos. – concordou, seguindo-o – Jane vai me deixar em casa. Se quiserem ir para casa podem ir. – disse Lisbon para seus subordinados.

– Ok. Boa noite. – responderam eles.

– Boa noite. – disse Lisbon antes de sair.

Eles desceram e foram para a casa de Lisbon. Jane preparou um banho relaxante para Lisbon na banheira que ela mal usava em seu dia a dia. Enquanto ela relaxava no banho Jane preparou um caprichado jantar para os dois. Após a refeição ele limpou a cozinha e se juntou à Lisbon debaixo das cobertas no sofá, ela encostou-se ao peito dele e ele a abraçou carinhosamente. O frio da noite ajudava a deixar o casal bem juntinho. Jane acariciava os cabelos de Lisbon frequentemente, ela podia não admitir para não estragar sua postura autoritária e durona, mas adorava ser cuidada daquele jeito.

Ela pegou no sono alguns minutos depois, quando Jane percebeu desligou a televisão, a qual ele nem dava atenção, e a pegou no colo. No meio do caminho ela despertou e a olhou para ele até perceber que estava sendo carregada.

– Casamos e você nem me avisou. - brincou ela, esfregando os olhos.

– Você abusa da minha boa vontade. - retrucou ele, colocando-a na cama.

– Nada que eu não mereça. - respondeu ela - Não acha justo?

– Ok. Essa você ganhou. - disse sorrindo sentando-se na cama.

– Promete que nunca mais vai me deixar? - pediu ela, um pouco sonolenta.

– Prometo que ainda vou te fazer muito feliz. - respondeu ele, levando sua mão ao rosto dela e a beijando logo em seguida. Ela fechou os olhos lentamente voltando a dormir.

Jane desceu e preparou um chá. Sentado a mesa cozinha ele saboreou o chá pensando o que Emma iria lhe revelar no dia seguinte. A informação poderia resolver o caso e livrar Jane do fantasma que o perseguia insistentemente há anos. Ele terminou seu chá e subiu para se juntar a Lisbon. Ao entrar no quarto deparou-se com o pequeno corpo dela encolhido sobre a cama num sono profundo. Ele fechou a porta e caminhou até a cama, retirou a camisa e a calça e entrou por debaixo das cobertas, entrelaçando seus dedos aos dela, fazendo-a suspirar profundamente.

– Eu te amo. - disse ela, ainda dormindo, pegando Jane de surpresa.

– Eu te amo mais. -respondeu ele, sussurrando no ouvido de Lisbon.

Jane dormiu pouco tempo depois e só despertou com o toque do seu celular.