Jisbon - The Desert Rose escrita por Nath Nascimento


Capítulo 47
Capítulo 48




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/458271/chapter/47

Eles chegaram ao hospital rapidamente e Jane correu até a recepção perguntando qual quarto Bertram havia ido visitar enquanto Lisbon exibia o distintivo.

– Quarto vinte e três, senhor. – informou a moça.

– Obrigada. – respondeu Lisbon antes de correr junto com Jane hospital adentro.

Jane buscou o quarto vinte e três dentre o corredor. Quando avistou correu para a maçaneta e abriu a porta bruscamente enquanto Lisbon entrou logo atrás apontando a arma. Porém ambos ficaram boquiabertos com a cena que viram. Lisbon abaixou a arma lentamente até guarda-la no coldre. Bertram os encarava assustado, enquanto segurava a mão de sua esposa que estava com os lábios desbotados e um olhar triste para os agentes.

– O que fazem aqui? – questionou Bertram.

– Desculpe Bertram. Achamos que... Podemos conversar aqui fora um instante? – pediu Jane, incomodado com a situação.

Assim fez Bertram, deixando a sala junto com os agentes e fechando a porta atrás de si.

– Podem me explicar porque vocês invadiram o quarto da minha esposa apontando-lhe um arma?! – esbravejou ele.

– Pensamos que estivesse tentando atacar Kevin. - explicou Jane.

– Mas... Por que pensaram isso? – perguntou ele, inconformado.

– Você está... Estava como suspeito do Jane. – explicou Lisbon.

Bertram ficou sem reação certa nessa hora. Apenas abriu a boca, mas as palavras não saíram, então ele respirou fundo e tentou acalmar a sim mesmo enquanto Jane e Lisbon abaixaram a cabeça chateados com a situação.

– Eu não vou brigar com vocês. Estavam seguindo uma pista, não há nada de errado nisso, mas agora peço que saiam. Minha esposa está com um câncer incurável e eu não quero deixa-la sozinha por muito tempo. Os papéis que vocês precisam eu assinarei outro dia. – pediu Bertram, visivelmente abatido – Vou pedir para que não contem nada no departamento, ela não quer que ninguém a veja desse jeito e eu lhe disse que tirei férias. Ela não sabe que estou faltando no trabalho para ficar com ela nos seus... Últimos dias de vida. – comentou ele, engolindo o choro que insistia em vir a tona.

– Não se preocupe. – respondeu Jane, firmemente – Se precisar de algo basta ligar.

– Obrigado Jane. – agradeceu ele, olhando piedosamente nos olhos de Jane, antes de voltar para o quarto.

Eles se entreolharam, mas nenhuma palavra foi trocada naquele momento e nem na volta para o CBI. Jane parecia saber a dor de Bertram e, talvez, até senti-la ao lembrar-se do momento em que soube da morte de sua mulher. Entendendo isso Lisbon o observou por alguns segundo e, em seguida, colocou sua mão sobre a dele quando pararam no farol vermelho. Ele, que olhava pela janela do carro, virou-se para encará-la. Ela não precisou dizer nada para que ele entendesse seu gesto solidário e sorrisse de forma confortadora entrelaçando seus dedos aos dela, mas ela teve de recolher a mão quando o carro de trás buzinou para que ela se movesse.

Como já estava tudo certo para a viagem Lisbon nem subiu para o escritório, apenas ligou para o Cho pedindo para que ele avisasse Walter que eles o esperavam no estacionamento.

Os três carregaram o carro de Mashburn com suas malas e partiram para a pista de voo. Em questão de segundos estavam em ar livre.

– Algo para beber? – ofereceu a aeromoça, simpaticamente. Jane sorriu alegremente ao ver a mordomia que lhe era oferecido.

– Não obrigada. – respondeu Lisbon.

– Um uísque sem gelo pra mim, por favor. – pediu Walter.

– Eu aceito uma água sem gás, obrigado. – pediu Jane.

A moça se retirou para preparar os pedidos enquanto Jane continuava com seu sorriso bobo no rosto. Lisbon revirou os olhos ao ver a felicidade de criança de Jane.

– Já voou em um desse Jane? – perguntou Walter.

– Não. É muito empolgante. – respondeu ele.

– Da pra ver na sua cara. – comentou Lisbon.

– Você está desanimada assim com essa viagem porque estamos indo a trabalho. Se estivéssemos indo para a praia você estaria feliz como eu por poder tomar sol nessas pernas branquelas. – disse Jane, fazendo Walter rir e Lisbon franzir o cenho, brava, antes de lhe arremessar uma das pequenas almofadas de seu assento.

Alguns minutos se passaram e Walter recebeu uma ligação informando-lhe de uma negociação que precisava de sua assinatura. Como estavam perto do local onde seus empregados fechavam o negócio ele mudou o percurso adicionando uma parada em Santa Cruz.

– E não é que você vai tomar sol nas penas brancas, Lisbon. – comentou Jane após Walter lhes dar a notícia.

– Vai ser coisa de meia hora. Depois vamos para Mojave. – explicou Walter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bertram inocentado graças a Aline Porfirio.
Lisbon solidária *-----*
Pernas branquelas é osso kkkkkkkkkkkk'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jisbon - The Desert Rose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.