Jisbon - The Desert Rose escrita por Nath Nascimento
Duas horas se passaram e nem sinal de Bertram. Jane já estava em seu quinto origami quando Walter pareceu lembrar-se de algo.
– O que você esqueceu? – perguntou Jane, concentrado em sua dobradura.
– Um dos documentos do avião está na minha cômoda. – disse ele, pegando o celular.
– Não liga para um de seus empregados, vamos buscar. – pediu ele – Essa é a última dobradura que eu sei fazer.
– Tudo bem, se prefere. – concordou Walter.
Os dois deixaram o prédio em destino à casa de Walter. Em vinte minutos estavam entrando na gigante mansão.
– Uau. É enorme. – comentou Jane, ainda no portão.
– É a maior, mas a que eu mais gosto é a da praia. – explicou Walter.
Eles entraram e Walter deixou Jane esperando na sala enquanto ia atrás do tal documento. Jane observou os objetos decorativos que incluíam vasos, quadros, esculturas e porta-retratos tudo aparentemente muito caro e valioso.
Ele olhou em volta e, certificando-se de que não havia ninguém por perto subiu as escadas que o levou a um imenso corredor. Ele seguiu em frente e entrou em uma das portas saindo no quarto de Walter, sorrindo de alegria por tamanho feito.
– Vamos ver o que temos aqui... – disse a si mesmo enquanto abria a porta do guarda roupas.
Walter encontrou o documento que procurava e voltou para a sala onde havia deixado Jane, mas vendo que ele tinha sumido olhou em volta e foi até a cozinha na esperança que Jane procurasse por chá. Não avistando o consultor voltou para a sala onde o viu sentado no sofá.
– Onde estava? – perguntou desconfiado.
– Aqui. – respondeu Jane, desentendido.
– Eu acabei de vir aqui e você não estava. – explicou Walter.
– Estou brincando, estava ali no jardim e entrei quando o vi me procurar. – revelou Jane.
Walter achou estranho, mas deixou passar. Os dois voltaram para o CBI e Jane aproveitou até o último segundo dentro do carrão de Mashburn, como uma criança que acabara de ganhar um brinquedo novo Jane mexeu nos botões, no rádio e no teto solar até chegarem ao destino.
Eles subiram normalmente, mas Jane estranhou o grande movimento quando a porta do elevador se abriu. Dezenas de mulheres estavam paradas em frente à porta, onde eles tiveram certa dificuldade em passar para chegar até a sala de Lisbon. As mulheres o olhavam e acenavam maliciosamente à medida que Jane passava.
– O que é isso? – questionou ele ao entrar na sala e fechar a porta.
– Isso é a consequência da sua brilhante ideia de criar um perfil naquele site. – disse Lisbon, levemente irritada.
– Todas? – espantou-se Jane.
– Alguém pode me explicar? – pediu Walter.
– Jane criou um perfil em um site de relacionamento. – respondeu Lisbon.
– Você o quê?! – disse Walter rindo.
– Definitivamente temos que tirar o meu local de trabalho de lá. – comentou Jane, olhando para o monte de mulheres do lado de fora da sala.
– Boa sorte para se livrar de todas. – disse Lisbon.
– Oh não... Eu não vou lá fora. – disse Jane – E se elas me agarrarem?!
– Ai elas já aproveitam para te tirar de perto de mim, antes que eu atire em você. – respondeu ela – O que prefere?
– Lisbon... Teresa... – pediu ele, com olhos piedosos – Por favor, faça esse favor para o seu consultor preferido.
Ela suspirou, convencida pelo seu apelo, e foi até a janela acenar para que Cho fosse ajuda-la a retirar todas as mulheres do escritório. Assim eles fizeram anunciando que Jane retornaria para quem deixasse o nome e o e-mail na portaria. Aos poucos o escritório foi se esvaziando enquanto Lisbon e Cho orientavam algumas desatentas. O telefone tocou e Jane atendeu sentando-se preguiçosamente na cadeira de Lisbon.
– Escritório do CBI. – disse ele.
– Jane?! – disse Bertram do outro lado da linha – Você poderia avisar que eu não vou poder ir para o escritório hoje? – pediu ele.
– Claro. Por quê? – perguntou ele, estranhando o nervosismo de Bertram.
– Razões pessoais. É só aviar e depois eu preencho os motivos. – explicou ele.
– Sem problemas, mas precisamos de uma autorização de dispensa para amanhã. Pra mim e pra Lisbon. – informou Jane, aproveitando o momento.
– Não se preocupem, podem fazer o que precisarem e quando e amanhã eu assino os papeis, peça para a Lisbon preenche-los e deixar em cima da minha mesa. – respondeu Bertram.
– Ok. – disse Jane a ponto de se despedir quando ouviu a recepcionista anunciar a necessidade de um médico em uma das salas – Onde você está Bertram? – perguntou curioso.
– Tenho que ir, falo com você depois. – disse Bertram apressado.
Jane saltou da cadeira e correu até Lisbon que o encarou assustada com sua expressão preocupada.
– Bertram ligou do hospital. – iniciou ele – Kevin! – exclamou fazendo Lisbon entender o recado e correr junto ao Jane até o elevador.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Que raio o Jane aprontou na casa do ricaço em?!
Jane o imã das mulheres U.U
Bertram, Bertram...