Jisbon - The Desert Rose escrita por Nath Nascimento


Capítulo 2
Capítulo 2




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Jane acompanhou com os olhos a saída de Bertram e fechou a porta assim que ele saiu, depois caminha até a mesa da Lisbon e sentou-se de frente para a chefe.

– Você vai mesmo esperar por uma liberação para ir até lá? – perguntou Lisbon.

– Não é exatamente a liberação que eu vou esperar, mas eu não vou até lá antes de saber o que vou encontrar. – disse ele.

– Jane... Você tinha razão. É estranho ver o Bertram sem pensar na sua lista. Ainda mais vê-lo falar sobre o Red John. – confessou ela – Você acha que ele desconfia de alguma coisa?

– A meu ver não, mas nunca se sabe... Red John provavelmente é uma pessoa com mais de uma personalidade, poderia esconder coisas sem dificuldades. Não se lembra da Rebecca?! – respondeu Jane, fazendo Lisbon engolir a seco ao se lembrar da morte de Bosco – Ainda dói não é?! – Jane perguntou, pegando Lisbon de surpresa e colocando em jogo mais uma de suas manipulações para mudar o assunto, pois Red John era um assunto muito delicado para se discutir em um hora como aquela.

– O que dói? – Lisbon tentou disfarçar, mas sabia que essa era a pior coisa que sabia fazer. Ainda mais com Patrick Jane sentado à sua frente.

– A morte do Bosco. – esclareceu ele, mesmo sabendo que ela havia entendido da primeira vez.

– Claro... Era um ótimo amigo e colega de trabalho. – respondeu seriamente.

– Méh... Para com isso Lisbon. Você o amava, podia não ser da mesma forma que ele te amava, mas ainda é amor. – disse ele, convencido.

– Lá vem você de novo com essa história! – Lisbon respondeu um pouco mais corada que estava antes – Bosco não era apaixonado por mim!

– Se está dizendo, quem sou eu para contrariar... – debochou Jane – Mas o Walter eu sei que é amor... – disse ele caminhando lentamente até a porta.

Jane teve que correr para fora, pois ela havia se armado com uma caneta e se ele não fosse rápido ela provavelmente o acertaria. Mas para sua sorte a caneta apenas bateu na parede.

– O que o Bertram queria? – Rigsby perguntou impaciente.

Grace parou as pesquisas no computador para encará-lo também. Até mesmo Cho levantou a cabeça para ver o que Jane teria a dizer.

– Nada importante. – disse ele caminhando para a cozinha, mas foi impedido por Rigsby.

– Como assim nada?! – perguntou ele inconformado.

– Nada importante... Sério, apenas rotina. Ele deve estar num dia ruim, por isso não falou com a gente quando passou. – respondeu sorrindo e indo para a cozinha.

Todos seguiram trabalhando normalmente, porém com certa desconfiança do que estaria acontecendo no departamento. Algumas horas se passaram, horas essas que Jane passou dormindo em seu sofá, até ser despertado por um leve toque em seu ombro.

– Jane! – sussurrou Lisbon – Jane acorde, temos novidades do deserto de Mojave.

Jane levantou num pulo quando ouviu a última frase de Lisbon, sentou-se no sofá e esfregando os olhos tentou parecer o mais acordado possível.

– O que temos de novidades? – perguntou ainda meio sonolento.

– Recebemos algumas fotos da cena do crime, querem que a gente analise e responda o mais rápido possível se é ou não o Red John.

– Eu não posso ter certeza sem ver a cena pessoalmente. – respondeu ele.

– Eu sei disso. Eu falei para o Bertram, mas ele me disse que o máximo que ele consegue é isso. Pelo menos até agora é o máximo que ele pode fazer por nós. – respondeu de forma calma.

– Onde estão as fotos? – Perguntou Jane se levantando do sofá.

– No meu computador. Foram enviadas por email pelo perito que analisou a cena. – respondeu ela enquanto caminhavam para sua sala – Eu dei uma olhada nas fotos e reparei nos detalhes que você já apontou nas últimas cenas do Red John. O rosto sorridente é a primeira coisa que se vê quando entra no quarto, tem várias marcas de sangue pelo quarto o que indica que ele a matou lentamente, é muito provável que tenha assistido a garota se apavorar, e por último a garota se encaixa no perfil preferido do Red John. – disse ela enquanto se acomodavam nas cadeiras da sala para analisar as fotos.

Lisbon iniciou a sessão nada agradável de fotos ensanguentadas e violentas. Era possível ver o quarto de diversos ângulos, era de tamanho mediano, simples e bem organizado. O corpo da vítima estava em cima da cama coberto de sangue, os lençóis e fronhas rasgados por facadas, no chão os pingos de sangue eram intermináveis. O rosto sorridente desenhado na parede marrom clara com os três dedos da mão direita sentido horário davam o toque final a mais um cenário proporcionado por Red John.

– Parece coisa dele, mas não posso ter certeza sem ver de perto. – disse ele encarando-a.

– O que devo dizer ao Bertram? – perguntou ela fechando a janela com as fotos.

– Diga isso... Que precisamos ver para ter certeza – respondeu consciente do que dizia – Eu tenho uma pergunta: quem é o perito que fez as fotos?

– Não sei, ele não deu a identificação, mas vou perguntar ao Bertram e dizer as conclusões.

– Ok, vou te esperar lá em cima. Quando tiver algo novo me avisa. – disse ele enquanto deixava a sala e subia para o seu porão.

Lisbon foi em direção ao resto da equipe, pois já estava na hora deles saberem o que estava acontecendo.

– Tenho uma coisa para revelar para vocês... – anunciou Lisbon encostando-se a mesa de Cho – Bertram recebeu uma chamada de que Red John teria feito uma vítima no deserto de Mojave.

– Mas fica a mais de oito horas daqui! – espantou-se Van Pelt.

– Sim, mas ainda não sabemos se vamos ou não ser chamados para o caso. – explicou Lisbon – Porém quero que já se preparem para se caso formos chamados estar tudo certo para irmos.

– Como sabem se é mesmo o Red John? – perguntou Rigsby – Já tivemos casos de imitadores.

– Eu e o Jane achamos que seja mesmo o Red John.

– Então vocês não tem certeza?! – questionou Rigsby.

– Você já viu o Jane errar? – comentou Cho fazendo o Rigsby refletir por alguns instantes.

– Estou indo falar com o Bertram e é possível que a gente receba alguma ordem ainda hoje.

– Mas já são quase seis horas da tarde! Eu tenho que pegar o Ben hoje. – informou Rigsby.

– Não sabemos o que vai acontecer Rigsby, talvez nem precisem de nós. – disse Lisbon antes de deixar o escritório dos agentes.

– Rigsby você vai mesmo pegar o Ben hoje? Não está fazendo alguma confusão? – perguntou Van Pelt.

– Vou sim. Sara vai sair esta noite e eu vou ficar com ele. – respondeu sem entender onde a ruiva queria chegar – Por quê?

Ela respondeu mostrando o papel da reserva que havia feito para os dois a uma semana atrás. Ele arregalou os olhos e engoliu a seco ao se lembrar do jantar tão esperado por ela.

– Mas esqueça, pelo jeito eu e o Ben vamos ter os planos estragados. – respondeu ela desanimada guardando o papel na gaveta. Ao olhar para o Cho, Rigsby pode notar que havia certo risinho no rosto do agente que ouviu toda a conversa sem dizer se quer uma palavra.

Enquanto isso do outro lado do departamento Lisbon se preparava para entrar na sala de Bertram. Ela demorou alguns segundos para bater na porta, pois queria desfazer a expressão de desconfiança que ficava sempre que via o chefe.

– Pode entrar. – disse Bertram lá de dentro quando ela bateu na porta.

– Com licença senhor... – disse ela entrando na sala – Jane já deu a opinião dele sobre as fotos... Oh Bob! – disse surpresa ao ver Kirkland sentado frente à mesa do chefe.


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Notas finais do capítulo

Parabéns! Você acaba de ganhar a companhia de nada mais nada menos que duas pessoas suspeitas de serem um assassino!



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