–Como assim Edward não vai estar lá a tempo?

Estou gritando com todo mundo e por um motivo apenas.

Edward não vai conseguir chegar a tempo em Forks como planejado. Faltavam apenas algumas horas para a cerimonia e ele estava no transito. Apesar de não nos vermos a vários dias, ele me liga quase o tempo todo.

–Querida, ele vai dar um jeito. Edward sempre dá um jeito.

–Mãe, o casamento é daqui a 3 horas! 3 horas! Eu não posso chegar antes que o noivo na cerimônia!

Rose preparou meu cabelo e Alice a minha maquiagem e elas estão com medo de eu arruinar o trabalho delas.

–Bella, por favor, se acalme.

Sento derrotada na cadeira.

–Não pode dar nada errado, nada Rose...

–Emmett! – Rose grita por ele no corredor e em segundos Emmett está ali. – Dê um jeito de fazer Edward chegar aqui em uma hora e chame o Jazz para acalmar a Bella antes que eu a jogue pela janela, por favor.

Emmett me dá uma olhada e corre, Jasper aparece alguns minutos depois.

–Shh, Bells vai dar tudo certo.

Eu tento afastá-lo com as mãos, mas ele agarra meus pulsos e sua voz de comando é clara.

–Olhe para mim, Isabella. – meus olhos param em seus olhos âmbar. – Confie em nós pelo menos uma vez, sempre damos um jeito. Ele estará aqui em uma hora, se acalme.

Eu o abraço e permaneço nos braços de Jasper até receber alguma noticia de Edward. O meu celular toca e Jasper o atende.

–Jasper. – sauda.

Jasper ouve por um tempo e depois desliga.

–Emmett chegou a Seattle e vai se encontrar com Edward. – seguro Jasper com força aliviada, ele alisa minhas costas. – Os dois vão arrumar um helicóptero, estarão aqui a tempo para o casamento. Então se vista Bella. Seu casamento vai acontecer.

Meu coração se acalmou e eu me levantei acenando com a cabeça para Rose e Alice começarem.

Eu estava tentando me lembrar de como respirava ou pelo menos tentando lembrar aos pulmões como fazer o trabalho deles direito antes que eu partisse dessa pra melhor no dia do meu casamento.

Charlie entrelaçou o braço dele no meu e sorriu para mim, vi que ele estava fungando. Charlie que é sempre tão durão estava emocionado. Algo que eu raramente via.

–Chegou a hora. – ele sussurrou.

O som dos violinos e do piano ecoou no jardim, todos se ergueram e olharam para a porta que se abriu, fechei os olhos e contei até dez, estava tudo branco e a mistura com o verde das árvores e folhas secas no chão sendo amassadas pelo meu sapato apertado.

Ergui minha cabeça assim que tomei coragem e ele estava lá e foi como se tudo fizesse sentido, como se tudo pelo que passamos fosse apagado e só existisse o agora, somente eu e Edward. Meu coração começou a bater mais rápido e eu pensei que pararia, pois só de olhá-lo ali no altar eu tinha certeza absoluta de que aquele era o homem que eu amava, que eu esperava a muito tempo... E isso só era a confirmação de nosso amor.

O sorriso contido de Edward fez com o que o meu sorriso aparecesse, ele estava lindo como sempre, o modelo de seu smoking era como de um príncipe do século passado com um toque moderno.

Assim que chegamos, Charlie me entregou a Edward e me deu um beijo na testa. E assim a cerimonia começou.

–Estamos aqui reunidos para testemunhar a união de Edward e Isabella.

Ficamos de frente um para o outro e nos demos as mãos nos olhando para fazer os votos.

–Você, Edward Cullen aceita Isabella Swan como sua legítima esposa, para amar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

–Sim, aceito. - Edward respondeu.

–Você, Isabella Swan aceita Edward Cullen como seu legítimo esposo para amar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

Sem hesitar nem um segundo, respondi:

–Sim, eu aceito.

Uma pausa se seguiu e a benção final veio.

–Eu vos declaro Marido e Mulher. – então olhou para Edward e disse. – Pode beijar a noiva.

Edward sorriu e disse:

–Com todo o prazer.

Beijamo-nos por um bom tempo, selando nosso amor e nossa promessa ali. Quando nos separamos, Edward disse:

–Eu te amo Sra. Cullen.

Mordi o lábio contendo as lágrimas.

–Eu te amo Sr. Cullen.

E os aplausos encheram o jardim, marcando com prazer o nosso momento de felicidade.

Charlie estava emocionado, chorou mais que todos e encontrá-lo depois foi difícil até pra mim.

–Pai... Não chore, por favor.

Charlie tosse e franze as sobrancelhas.

–Quem é que está chorando por aqui?

Fico encarando-o por alguns segundos. E ele suspira e me puxa para um abraço.

–Já é uma mulher casada, filhos crescem tão rápido não é? Cuide-se, Bella.

–Eu te amo, pai. – aperto-o mais forte.

–Eu também, Bells... Eu também.

Ouvimos um pigarro e me separo de Charlie para me jogar nos braços estendidos de minha mãe.

–Vou sentir sua falta. – ela sussurra chorando. – Eu te amo demais, Bella.

Me separei rindo um pouco.

–Até parece que não nos veremos mais, mãe. Eu te amo demais!

Por cima do ombro vejo uma figura morena em um terno preto se aproximando, meus olhos se arregalam.

–Jacob?!

Jacob sorriu e abriu os braços, Renée me soltou e disse:

–Vai lá.

Segurei o vestido e corri me jogando nos braços de Jake que me girou.

–Meu Deus, você é real mesmo? Jake não acredito que está aqui!

Assim que ele me abaixa só me segura a um palmo de distancia.

–Você se casou e não consegui chegar a tempo, o transito estava horrível hoje. Estou muito feliz por você, Bells.

Lágrimas escorreram pelo meu rosto e ele as limpou.

–Não chore minha menina, estou aqui. – ele se inclina e me puxa para perto minha cabeça em seu ombro enquanto iniciamos uma dança lenta. - Knop Kilawtley.

Sua voz rouca sussurra em meu ouvido.

– Knop Kilawtley. – repito.

–Bella, os Denali querem falar com você. E seus amigos da BNW também.

Jacob ri e me solta.

–Foi bom ver você de novo, acho que está na hora de ir. Quando voltar me avise e por favor, Bells, tome cuidado.

Assenti e lhe dei um beijo no rosto.

Fui até Edward e entrelaçamos as mãos. Irina e Kate estavam a nossa espera juntamente com Carmen e Eleazar.

–Parabéns, Bella. Estamos muito felizes por vocês!

Edward mantém o braço na minha cintura.

–Obrigada, Carmen.

Edward ri um pouco.

–Cadê a Tanya? pergunta.

Vejo que todos ficam sem graça, noto que só Irina e Kate estão ali.

–Tanya ficou indisposta disse que não iria ao seu casamento com a Bella de modo algum. Sabe como ela é em relação a você, não é Edward? Enfim desejo a vocês muitas felicidades, temos que ir.

Dou um abraço em todos e Edward faz o mesmo. De longe vimos Eric, Angela e Jessica conversando com Alice.

–Bella, querida você está incrível. Não sabe como faz falta naquele lugar. – Angela me dá um abraço apertado.

–Desculpe, tive uns problemas...

–Nada de falar de coisas ruins agora.

Eric empurra Angela com o quadril e me abraça.

–Estou feliz por você, Estagiária. – diz. – Aguentar a Jess sem você pra me distrair lá é porreta.

Jessica dá um tapa no ombro de Eric e me deseja felicidades também.

–Isabella?

Uma voz entranha surge atrás de mim. Todos nos viramos para ver quem é. Ele tinha o cabelo cortado, tinha uma cara de criança, mas uma voz grossa.

Minhas sobrancelhas se franzem.

–Desculpe entrar em seu casamento assim, mas é importante.

Edward coloca a mão a minha frente me colocando um pouco para trás como proteção.

–Quem é você? pergunta.

O homem estende a mão e me dá um sorriso caloroso.

–Desculpe as péssimas maneiras, meu nome é Alec... Alec Volturi e sou o novo Editor-Chefe da BNW.

Meus olhos ficam vidrados nele. Mais um Volturi.

Não aperto sua mão porque Edward está na frente, ele encara Alec de cima a baixo.

– O que veio fazer aqui? consigo perguntar.

Mais um sorriso acolhedor.

–Vim lhe parabenizar pelo seu casamento e lhe fazer uma proposta.

Meus olhos se estreitam.

–Que proposta?

Alec se endireita e pigarreia.

–Como novo Editor-Chefe, avaliei os trabalhos que havia deixado na BNW antes de Jane a demitir e recebi uma bela carta de recomendação de um de seus professores da faculdade. Você é uma jornalista maravilhosa, Isabella por isso que...

Alec dá um passo à frente para falar mais perto.

– Quero lhe oferecer um emprego fixo na BNW. Quero você como a jornalista do jornal principal.