Expresso de Hogwarts escrita por Rebeca R


Capítulo 8
Eu Estou Apaixonada Por Ele


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpem a demora para postar! Queria agradecer as divas Julia Evans Tonks e Gabi Potter Black pelas lindas recomendações! Muito obrigada gente!
Bem, capitulo dedicado a vocês que recomendaram!



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P.O.V Rose Weasley

Eu acordei e demorou um pouco para eu perceber que os braços de Scorpius estavam sobre mim. Relances da noite anterior vieram a minha cabeça. Scorpius me beijando, dizendo que estava apaixonado por mim. Meu berro, ele pedindo para tentarmos. E por fim ele me beijando de novo e continuou me beijando, até que eu falei que estava com sono, o que era verdade. Bem, e ali eu estava nos braços dele.

Apesar da aparência pálida, Scorpius era quente e aconchegante. Eu queria ficar ali nos braços dele para sempre, mas tinha muita coisa passando na minha cabeça.

Se ele tinha me beijado e eu correspondido, significava que eu gostava dele? E eu tinha gostado dos beijos, significa que eu sinto o mesmo por ele? A minha mente era um turbilhão de duvidas e muitas poucas certezas. Eu não sabia se estava apaixonada ou não. Mas porque eu me apaixonaria? Passei a vida inteira discutindo com ele. O ódio de vocês é amor escondido. Lembrei-me das palavras de Lily. Mas será? Tão pouco tempo e já tínhamos descoberto um sentimento novo? Não era possível. E como todos iam reagir a isso?

Decidi deixar meus pensamentos para lá por enquanto. Eu estava muito confusa para pensar e pensar só me deixava mais confusa ainda. Tentei me afastar lentamente de Scorpius, mas acabei acordando ele. Ele me abraçou mais firme.

– Bom dia. – falou enquanto beijava o meu pescoço, o que me lançou uma onda de arrepios.

– Bom dia. – respondi.

– Como dormiu? – ele virou de barriga para cima, de modo que eu me virei para ele e só um dos braços dele continuou me abraçando.

– Aconchegante. – admiti.

Com o canto do olho eu o vi sorrir.

– Hum, Scorpius. – ele virou o rosto pra mim. – O que Alvo queria ontem à noite?

– Ele tinha acabo de descobrir que você estava presa aqui. – eu sorri.

– Sim, mas então porque você não me chamou?

– Eu decidi desabafar com ele. Ele passou a vida inteira, desde que entramos de Hogwarts, me falando que essas discussões minhas e suas iam acabar um dia em beijos.

– E você não acreditou, é claro.

– No inicio não. Só depois que ficamos presos aqui.

Ele se virou para mim e sorriu. Eu não sabia o que dizer, ainda não estava certa sobre os meus sentimentos e eu não queria que Scorpius saísse magoado, porque mesmo eu estando confusa, de uma coisa eu tinha certeza: eu gostava dele.

P.O.V Scorpius Malfoy

Eu não sabia o que fazer. Eu gostava da Rose, mas ainda tinham muitas coisas fora do lugar na minha cabeça. Eu não tentei beija-la de novo. Não sei, tinha alguma coisa no jeito em que ela me olhava como se estivesse com pena. Mas eu imaginava que ela estivesse confusa. Mas porque teria pena de mim? Eu sou algum garoto sem vida por acaso?

A manhã pareceu se arrastar enquanto comíamos panquecas e tomávamos chocolate quente. Eu a deixei usar a minha varinha e conjurar uma roupa e eu vesti uma roupa qualquer do malão. Quando estávamos prontos ficamos sentados, cada um em seu assento, nos encarando. Nenhum de nós sabia o que dizer. Era como se a noite passada tivesse sido somente um sonho e talvez fosse.

Então eu vi que o olhar de Rose estava na janela, olhei na mesma direção e me surpreendi ao ver duas corujas voando ao longe em direção ao trem. Uma foi mais a frente no trem e a outra seguiu reto, em direção a nossa cabine. Como na primeira carta, a coruja soltou o envelope e este deslizou pelo vidro, caindo no chão aos nossos pés. Eu peguei o envelope e ergui a carta. Logo visualizei o símbolo verde e reconheci. Era a letra esguia e caprichada do meu pai.

Hyperion,

Desculpe demorar de escrever para você, mas estamos com muitos problemas no ministério e eu só tive tempo agora. Sua mãe acabou respirando um pouco do ar tóxico, mas não precisa se preocupar que ela está de repouso e bem. Ela está muito preocupada com você, mas eu sei que você vai se cuidar.

O Ministério está conseguindo aos poucos resolver o problema do gás, mas ele prevê que demore mais algumas semanas ou meses, dependendo do modo como o anti-gás reaja.

Espero que você esteja bem.

Com carinho,

Draco Malfoy.

Como assim minha mãe tinha respirado um pouco do ar? Pelo menos ela esta bem, pensei. Mas eu parei na parte em que meu pai dizia que iam demorar algumas semanas ou meses. Íamos ter que ficar ali presos durante umas semanas ou meses? Seria impossível! Mesmo eu tendo me acertado com Rose, ainda estávamos confusos e ficar ali dentro por meses? Eu respirei fundo. Acho que ela percebeu meu olhar abalado, porque arrancou a carta da minha mão e eu nem protestei.

Depois de menos de um segundo lendo a carta, Rose se virou para mim.

– Sinto muito pela sua mãe. – ela disse, se sentando ao meu lado e colocando uma mão no meu ombro.

– Não sinta. Ela vai ficar bem. E não é bem com isso que eu estou preocupado. – falei sinceramente.

– Eu sei. Também não acho muito bom ficarmos meses aqui.

– A culpa é minha.

– Porque esta dizendo isso? – Rose pareceu confusa.

– Se eu não tivesse tão chateado no dia em que saí de Londres eu não estaria aqui sozinho nessa cabine e quando você entrasse não encontraria ninguém.

– Não diga isso! Mas porque você estava chateado?

– Meu pai. Ele quer tanto que eu acabe no Ministério como ele. Mas eu não quero e ele não consegue entender. Eu não quero, sei lá, estudar. Assim que eu sair de Hogwarts pretendo viajar o mundo, só por viajar mesmo, porque iria ser incrível.

– É muito legal isso. – eu a olhei surpreso. – Sério! Viajar o mundo. É um bom sonho. Eu gostaria de ter um sonho tão bom quanto esse.

– Qual o seu sonho?

– Não tenho nenhum em particular e odeio isso. Mas não consigo imaginar nada que valha meu sonho.

– Você já teve ideias do que poderia ser?

– Bem, eu quero conhecer os Estados Unidos. Isso eu com certeza vou fazer. Quero publicar um livro. Quero me sair bem na vida. Mas nenhuma dessas coisas conta como sonho, são muito pequenas. São coisas... Realizáveis.

– O sonho tem que ser algo impossível?

– Não, mas algo quase impossível. Ou algo esplendido. Algo como alguma aventura de algum livro. Algo que vá além da imaginação.

– Eu consigo me imaginar viajando pelo mundo em uma Ferrari.

– Há-há.

Rimos e ficamos conversando sobre possíveis sonhos. Almoçamos e rimos mais um pouco e a tarde passou tão rapidamente.

P.O.V Rose Weasley

Era tão estranho passar à tarde sem brigar com Scorpius. Era tão estranho rir com Scorpius, mas apesar de tudo eu tinha gostado. Ele não tinha tocado no assunto da noite anterior e isso me reconfortava porque eu teria mais tempo para pensar sobre o assunto. A noite estava vazia lá fora. Eu e ele estávamos sentados lado a lado em um dos assentos. O assunto tinha morrido fazia poucos minutos.

– Scorpius. – eu chamei. – E se nunca conseguirem acabar com esse gás?

– Não diga isso Rose! – ele se espantou. – Vão conseguir!

– Eu sei... Mas e se não descobrirem?

Ele se virou para mim e sentou no chão na minha frente. Eu estava abraçando as minhas pernas, então tive que esticar o pescoço para vê-lo.

– Seria horrível. Nunca mais ver minha família. Ter que sobreviver pra sempre nesse trem. Mas teria um único e forte ponto bom.

– O que seria bom?

– Você estaria aqui.

Eu senti minhas bochechas enrubescerem e torci para ele não perceber, já que a minha cara estava entre os joelhos.

– Scorpius... – eu falei.

– O que foi? – ele riu.

– Nada.

Percebi que realmente não tinha sido nada. Só tinha falado o nome dele por falar mesmo. Eu encarei aqueles olhos enquanto ele passava a mão no cabelo. Perguntei-me que poção ele tinha colocado no café da manhã pra me deixar assim. Ali naqueles dias eu tinha descoberto que Scorpius Malfoy não é só o garoto idiota e galinha que sempre foi. Ele tinha um lado sensível, ele tinha sentimentos e tinha coração. Perguntei-me se eu estava ficando louca por pensar assim, mas no fundo eu sabia que era verdade.

Eu tinha que encarar a verdade:

Eu estou apaixonada por ele e nada pode mudar isso.

– Por que está me olhando assim? – ele indagou e só então eu fui perceber que ainda estava olhando para ele.

– Estava pensando. – admiti.

– Em que?

Ele voltou a se sentar do meu lado.

– Em você.

Dizendo isso eu o beijei. Na verdade nos beijamos ao mesmo tempo, como se tivéssemos combinado. O beijo dele era intenso e chamava por mais. Eu entrelacei minhas mãos no pescoço dele enquanto as deles ficavam indecisas entre meus cabelos e minha cintura. Finalmente ele colocou uma no meu cabelo e a outra na minha cintura.

Pois é Rose. No final das contas Lily estava certa.


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Notas finais do capítulo

Bem, como prometido, nesse final de semana terá maratona e eu vou postar quatro capitulos. Agora durante a semana eu só devo postar mais um capitulo na quinta.
Muitos beijos!
Posto o proximo quando a fic chegar a 40 comentários! Vamos ver se vocês conseguem essa meta até sexta! 40 comentários no TOTAL da fic inteira, 'tá gente? Eu não sou tão má a ponto de cobrar 40 comentários em um único capitulo.
Leitores fantasmas, apareçam antes que eu jogue um Avada Kedava em vocês!