Let The Flames Begin - Interativa escrita por Emma Snow, Ana Carstairs


Capítulo 2
Um teste pior que o de Álgebra


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Eu só terminei de receber as fichas ontem, pois é. Não consegui colocar todos os personagens nesse capítulo, então o próximo vai focar mais nos que ainda não apareceram, ok? Espero que não tenha ficado tão confuso.



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1 dia antes...

Isabelle pegou seu casaco azul e vestiu por cima da blusa azul e de todas as outras roupas azuis. Andou até a sala de jantar, onde se sentou entre seus dois irmãos, Rachel e Dimitri, para comer alguma coisa antes das aulas.

– Nervosa? - Dimitri perguntou, se referindo ao teste de aptidão que ocorreria em algumas horas. Eles tinham a mesma idade, então ambos fariam o teste hoje.

– Um pouco – ela admitiu, pensando o quanto doeria ficar longe da família. Se seu teste desse Erudição, ela permaneceria com os pais, decidiu. Mas se desse outra coisa... sempre havia achado sua facção um pouco certinha demais para seu gosto.

– Você está, Dimitri? - sua mãe perguntou, sorrindo.

– Acho que sim. Mas eu sei à onde pertenço.

Annyelisy entrou na sala dos testes de aptidão sorridente, como sempre, observando seus cabelos castanhos, olhos azuis e roupas pretas nos vários espelhos que cobriam as paredes. Ela olhou também para a mulher da Abnegação, de provavelmente vinte e poucos anos, de aparência tranquila.

–Sente-se, por favor. Qual é o seu nome? - a mulher perguntou gentilmente.

– Annyelisy – ela respondeu, se sentando na cadeira até achar uma posição confortável.

– Certo, Annyelisy. Me chamo Emily. Fique a vontade.

Emily mexeu em algumas coisas na máquina ao lado da cadeira reclinável, e depois prendeu um elétrodo na testa de Annyelisy e na dela própria. Pegou um copo com um líquido transparente, que parecia água, e entregou a ela.

– Eu quero comer peixe – ela disse, pensativa, sem nenhum motivo em particular. Emily franziu a testa para ela, que deu de ombros e bebeu o líquido do copo.

Courtney respirou fundo e encarou o cenário em que se encontrava: estava exatamente na mesma sala em que estava antes de beber o líquido, porém a sala estava vazia. Ela deu de ombros e foi para o refeitório, saltitando.

Parou de saltitar e franziu a testa quando se deparou com uma cesta com um pedaço de queijo e com faca em cima de uma das mesas. Ficou encarando os objetos por um tempo, sem saber muito bem o que fazer.

– Escolha – disse uma voz feminina.

– Oi? - Courtney virou o rosto e procurou a fonte da voz. - Zeusa, é você?

– Escolha.

– Vem cá, quem você pensa que é para mandar em mim? - ela colocou as mãos na cintura.

– O que você quer para escolher e calar a boca? - a voz perguntou novamente.

– Pão! - ela respondeu sem nem pensar.

– Certo. Eu lhe darei pão se você escolher logo.

Courtney bateu palminhas.

– Hum... eu posso partir o pão com as mãos, então é melhor o queijo, afinal. Gosto de sanduíches – ela esticou a mão e pegou o queijo do cesto. - Cadê meu pão?

A voz se calou, e no lugar dela, Courtney ouviu um rosnado. Se virou abruptamente e viu um cachorro enorme, bem ao seu lado.

– Oi. Você tem pão? - ela se ajoelhou e perguntou ao cachorro.

Ele obviamente não respondeu e começou a cheirar o queijo em sua mão.

– Ei! O QUEIJO É MEU! - ela levantou o queijo com uma mão e o bateu com força na cabeça do cachorro, que desmaiou.

Makayla segurou firme a faca enquanto via o corpo imóvel do cachorro, e, de repente, ele sumiu, e o refeitório se transformou em uma ilha.

De repente, sentiu muita sede. Olhou ao redor para procurar água, e quando estava pensando em tomar água do mar, avistou uma pequena garrafa na areia.

Caminhou até lá e retirou a rolha da garrafa. Um pequeno bilhete caiu em suas mãos.

Você ficará aqui até o resto da sua vida. Escolha: amigos ou água fresca?

Ela costumava ter amigos, mas sempre foi desconfiada demais. E ela estava com tanta sede... era tudo uma simulação, afinal. E ela não precisava de amigos no momento.

– Água – ela disse em voz alta, e o cenário mudou novamente.

Elisabeth piscou e se viu novamente no refeitório, onde os alunos se reuniram em um círculo para assistir a uma briga. Ela se aproximou também. Um dos garotos era mais forte que o outro, isso estava óbvio, mas o mais fraco gritava insultos ao outro, que os devolvia.

Quais eram as suas opções?

Entrar na briga para defender o mais fraco. Descartada. Ela nunca ignorava uma chance de lutar, mas o garoto era claramente mais forte que ela.

Ignorar a briga. Descartada. Ela adorava assistir lutas tanto quanto gostava de participar delas.

Incentivar a briga parecia a melhor coisa a se fazer, e foi exatamente o que ela fez, quando o garoto mais fraco virou-se para ela.

– O que foi, Beth? Está com medo de brigar?

– Nunca. Me. Chame. De. Beth.

Ela respirou fundo e não pensou duas vezes em ajudar a atacar o garoto.

Samantha acordou aliviada na sala dos testes de aptidão, encarando a mulher da Abnegação e o seu próprio reflexo nas paredes.

– Eu... hum... como me saí? - ela se sentou, endireitando a coluna.

– Já volto.

A mulher saiu da sala apressada e voltou alguns momentos depois.

– O resultado foi inconclusivo – ela sussurrou para Sam, que franziu a testa.

– Como assim?

– Seu teste só eliminou três das cinco facções, quando deveria ter eliminado quatro. Você é Divergente.

– EU SOU DETERGENTE? EU VOU VIRAR UMA SEM-FACÇÃO? EU VOU TER QUE FICAR LAVANDO A ROUPA DOS INICIANDOS? - ela não se conteve. Crescera na Audácia, gostava de desafios e aventuras. Lavar roupas dos outros estava fora de questão.

– Fale mais baixo! Eu disse Divergente, não detergente. Seu teste revelou que você tem aptidão tanto para a Audácia quanto para a Abnegação.

– Eu não quero ajudar os outros. Não lavando suas roupas.

– Você não vai lavar as roupas de ninguém, menina. Volte para casa. Lembre-se de não falar com ninguém sobre sua divergência. Isso é muito perigoso.

– Ok... - Sam levantou-se e voltou ao refeitório. Teria muitos pesadelos com roupas sujas nos próximos dias.

Cassandra voltou para casa. O resultado de seu teste foi no mínimo inesperado. Não tinha a menor intenção de ir para a Amizade. Não havia nada lá que a interessasse. Ok, talvez pão, mas isso não conta.

Foi ao seu quarto, ignorando que seu irmão Miguel, o único dos quatro que ainda estava na Erudição, que havia ido visitar seus pais. Trancou a porta e sentou-se na cama, pensando.

O certo seria ir para a Amizade, mas ela não queria, até porque sua irmã, Diaba, ops, Diana, havia se transferido para lá. Poderia ficar na Erudição, mas bleh. Coisas organizadas e nerds não eram a sua praia. E os membros da Erudição pareciam Smurfs, coisa que ela não pretendia ser.

Aí sobrava Franqueza, Abnegação e Audácia, e a escolha não foi difícil de ser feita. Sempre quis se aventurar e enfrentar desafios, e o bolo da Audácia é famoso, assim como seu abismo. E ela tem uma queda por abismos.

Deu de ombros e foi se arrumar para dormir. Escolher nem tinha sido tão difícil.


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Notas finais do capítulo

Algumas partes do teste de aptidão eu tirei desse teste aqui: http://www.proprofs.com/quiz-school/personality/quizshow.php?title=teste-de-aptido_1&quesnum=1

As piadinhas do Diaba/Diana e queda por abismos são da autoria da Miss Carstairs Cipriano Briel, que foi quem criou a própria Cassie.

Espero que comentem. Ainda não tá com muuuita comédia, mas logo haverá mais. Prometo.