Beauty Queen escrita por Rocker


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo, a Selene praticamente n teve participação, mas a partir do capítulo 3, ela será o centro principal de tudo ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/457777/chapter/3

Capítulo 2

– Pedro, Pedro, acorda! – gritou Lúcia, acendendo a luz e pulando em cima do irmão. - Está lá! Está lá mesmo!

– Lúcia, do que está falando? – resmungou Pedro, remexendo-se na cama.

– Nárnia! – respondeu Lúcia, feliz. – Fica no guarda-roupa, como eu disse a você!

– Ai, você só está sonhando, Lúcia. – disse Susana, se aproximando.

– Mas não foi sonho! – insistiu Lúcia. – Eu vi o Sr. Tumnus outra vez! E desta vez o Edmundo também foi.

Susana olharam para Edmundo, descrente. Edmundo encarou-os, pensando no que diria.

– Você... Você viu o fauno? – perguntou Pedro.

Edmundo não disse nada, apenas balançou a cabeça.

– Bom... – começou Lúcia, levantando-se da cama de Pedro. – Na verdade ele não foi lá comigo. Ele... – ela virou-se para Edmundo franzindo o cenho, meio desconfiada. – O que ficou fazendo, Edmundo?

Queria poder dizer que encontrou uma menina encantadora, mas sabia que Susana e Pedro o julgariam tão louco quanto Lúcia.

– Eu quis... Brincar um pouco. – disse Edmundo.

Lúcia olhou rapidamente para Pedro, sem saber o que pensar.

– Desculpa, Pedro. – continuou Edmundo, em tom orgulho. – Eu não devia ter encorajado, mas... Sabe como são as crianças de hoje em dia. – Lúcia já começava a sentir as lágrimas caírem. – Elas não sabem quando parar de fingir. – disse por fim, sentando-se na sua cama, mas levantando-se logo depois.

Lúcia já chorava livremente. Correu porta afora enquanto Edmundo se levantava com um sorriso vitorioso. Susana foi atrás e Pedro levantou-se da cama e quando passou pelo irmão, derrubou-o. Correram atrás de Lúcia, ouvindo seus soluços. Lúcia queria fugir deles. Esbarrou em alguém. Mal viu que era o professor Kirke e o abraçou pela cintura.

– Vocês estão por um triz de irem dormir nos estábulos! – D. Marta chegou reclamando, mas ao ver o professor Kirke, apressou-se em dizer. – Professor. Me desculpe. Eu disse a eles que não via ser incomodado.

– Tudo bem, D. Marta, eu sei que existe uma explicação. – disse, olhando diretamente para Susana e Pedro. – Mas primeiro acho que a pequena precisa de um chocolate quente. – disse, empurrando Lúcia levemente em direção à D. Marta

– Venha, querida. – disse D. Marta a Lúcia, suavemente.

Lúcia foi com D. Marta, mas ainda pode ouvir o Professor Kirke pigarrear. Lúcia já imaginava que era para chamar a atenção de seus irmãos mais velhos.

~*~

– E Pedro se prepara mais um grande arremesso! – disse Pedro, correndo alguns passos e atirando a bola, que acertou a perna de Edmundo.

– Ai!

– Opa!

Estavam no quintal da casa.

Pedro, Susana e Edmundo jogavam basebol, enquanto Lúcia estava sentada sobre uma árvore próxima, lendo um livro qualquer. Edmundo, porém, não parecia concentrado suficiente. Pensava em seu tempo breve em Nárnia, mas o que mais o intrigava era Selene e todo o mistério que a rodeava.

– Acorda, Bela Adormecida! – disse Pedro.

– Por que não brincamos de pique esconde outra vez? – perguntou Edmundo.

– Você não disse que era jogo de criança? – perguntou Pedro ironicamente, pegando a bola e voltando para a marcação.

– E aqui – disse Susana –, podemos brincar ao ar livre.

– Não acho a menor graça em ficar aqui fora. – reclamou Edmundo.

Pedro se ajeitou e ficou de forma que pudesse lançar a bola livremente.

– Está pronto? – Pedro perguntou.

– E você? – perguntou Edmundo.

Edmundo bateu com o bastão na grama duas vezes, enquanto Pedro se preparava e corria, lançando a bola no ar. Edmundo rebateu, mas a bola atravessou uma janela do segundo andar. Os quatro se olharam, assustados. Todos correram o mais rápido possível até o segundo andar, na sala onde havia o vidro quebrado e uma armadura derrubada.

– Eu não acredito, Ed! – disse Pedro.

– Você quebrou! – exclamou Edmundo, nervoso.

– Gente, acalmem-se. – disse Susana. – É só a D. Marta não descobrir.

– O que está acontecendo aí em cima?! – eles ouviram a voz de D. Marta lá de baixo, com os barulhos do sapato batendo nas escadas de madeira.

– Venham! – disse Pedro, correndo com todos por uma porta lateral.

Correram pelo corredor, passando pela sala de estudos. Mas pararam ao ouvirem novamente os passos.

– Não, esperem, esperem! Por aqui, por aqui! – disse Edmundo, empurrando-os pelo caminho de onde vieram.

Foram parar em outro corredor. Subiram outra escada e Susana tentou abrir uma porta, mas estava trancada e os passos estavam ficando mais próximos. A tensão estava sufocando-os. Todos ficaram tentando várias portas, e o som dos passos se aproximavam cada vez mais. Edmundo, então, teve a uma idéia. Correu para a porta que dava na sala do guarda-roupa. Escancarou-a e correu até o guarda-roupa. Os outros vieram atrás.

– Entrem! – disse Edmundo.

– Só pode ser piada! – exclamou Susana.

Mas então eles ouviram os passos de D. Marta vindo pelo corredor. Todos entraram dentro do guarda-roupa e segundos antes de D. Marta abrir a porta da saleta, Pedro foi chegando para trás, empurrando a todos.

– Pra trás!

– Ai, meu pé! – reclamou Lúcia, sendo empurrada para trás.

– Não estou pisando no seu pé! – disse Susana.

– Está me machucando! – exclamou Edmundo.

– Parem de se empurrar! – disse Pedro.

– Meu pé de novo! – disse Lúcia.

– Desculpe, Lú. – disse Susana.

Todos se empurravam, até avistar alguns galhos.

– Galhos?! – perguntou Susana.

– Por que teriam galhos num guarda-roupa?! – perguntou Pedro.

E então, caíram todos uns sobre os outros, em cima da neve recém caída. Pedro, que caiu por cima, levantou-se e ajudou as irmãs a se levantarem. Edmundo se levantou, e limpou a neve de sua roupa. Olhou em volta, pensando se Selene estava por perto.

– Impossível! – exclamou Susana, olhando admirada ao redor.

– Tudo bem. – disse Lúcia, olhando para os outros, com a bola de neve escondida atrás do corpo. – Só pode ser imaginação de vocês.

– Eu imagino que pedir desculpas... – disse Pedro. – Não é o bastante.

– Não, é pouco. – disse Lúcia. Logo em seguida, tacou a bola de neve em Pedro, acertando-o na cara. – Mas isso basta! – gritou, virando-se para pegar outra bola de neve.

E então a guerra começou. Pedro e as meninas estavam se divertindo. Bolas de neve pra cá e pra lá, até que uma acertou Edmundo no braço, que reclamou um “ai”, que a brincadeira se encerrou.

– Seu mentiroso! – acusou Pedro, se irritando.

– Você também não acreditou. – disse Edmundo. – Nenhum de vocês.

– Peça desculpas a Lúcia. - Pedro ordenou.

Mas Edmundo não fez nada. Apenas olhou para Lúcia e voltou o olhar a Pedro, mas nada disse. Isso irritou o loiro profundamente.

– Peça desculpas! – insistiu.

– Está bem! – e virou-se para Lúcia. – Me desculpa.

– Tudo bem... – disse Lúcia, fazendo todos se virarem para ela. – Algumas crianças não sabem a hora de parar de fingir.

– Engraçadinha. – zombou Edmundo.

– Melhor a gente voltar! – disse Susana, receosa.

– Nós devíamos pelo menos dar uma olhada... – disse Edmundo, indicando as árvores, rezando silenciosamente para reencontrar Selene, já que estava ali.

– Eu acho que a Lúcia deve decidir. – respondeu Pedro.

– Eu não sei... – disse Lúcia, indecisa. - Queria que conhecessem o Sr. Tumnus! – respondeu Lúcia, virando-se para os outros.

– Vamos conhecer o Sr. Tumnus! – disse Pedro alegremente.

– Mas não podemos andar pela neve com essas roupas! – exclamou Susana.

– Não. – disse Pedro, voltando de entre as árvores com vários casacos em mãos e entregando a todos. – Mas aposto que o professor não se importa que a gente use os casacos. Enfim, se pensarem logicamente... – entregou o de Susana com um sorriso vitorioso no rosto. – Não estamos nem tirando do guarda-roupa.

– Mas é casaco de menina! – reclamou Edmundo ao receber o seu.

– Eu sei. – Pedro fechou a cara, ainda estendendo o casaco ao moreno.

Viram-se em frente a um desfiladeiro, onde tinha uma abertura na frente, como uma caverna.

– Aqui tem muita comida gostosa e nós vamos beber muito... – Lúcia dizia a eles, mas ao ver que a porta estava arrombada, rapidamente parou onde estava. – chá.

Todos pararam, vendo a porta de metal caída em direção ao abrigo, arrombada.

– Lu? – chamou Pedro.

Um segundo depois, Lúcia se reestabeleceu do choque e correu em direção a casa.

– Lúcia! – gritou Pedro, seguindo com os outros atrás dela.

Passaram pelo batente da porta e viram que aquele lugar parecia ser agradável. Se não estivesse totalmente revirado. Mesas e cadeira tombadas no chão, livros em estantes revirados, papéis pelo chão, louças quebradas. O lugar estava com um ar melancólico e deprimente.

– Quem faria uma coisa dessas? – perguntou Lúcia, mais para si mesma que para os outros.

Ela andou por entre os entulhos, procurando por alguma pista do que realmente acontecera. Edmundo pisou em um vidro e olhou para baixo, vendo um porta-retratos de um fauno velho. A fotografia, que era uma tela a tinta, estava rasgada por garras.

Estava prestes a dizer algo, quando ouviram um barulho numa porta emperrada no fim da caverna.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/466243/Cafe/

http://fanfiction.com.br/historia/457732/A_Sexta_Guardia/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beauty Queen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.