Beauty Queen escrita por Rocker


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ok, acho que vou colocar o Ctrl C+Ctrl V do pedido de desculpas em todas as fics, mas ok....
Seguinte, povo, eu ia postar semana passada msm, mas eu viajei pra praia, e não deu. Eu até mesmo levei o meu notebook pra lá, pra postar quando estivesse na pousada, mas a net tava tão ruim que o modem nem mesmo ligava!! Mas, em compensação, eu estou postando todas as minhas fics de uma vez!!! Olha que maravilha, não é?! Bem, aproveitem!!

~~ Qualquer erro me avisem ;)
~~ Novas fics minhas! Uma de A Origem dos Guardiões (A Sexta Guardiã) e outra de Academia de Vampiros (So Far Away). Deem uma olhada, link nas finais!



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Capítulo 1

Edmundo começou a andar pelos corredores e se assustou ao ver Lúcia acordada, seguindo pelos corredores com uma vela. Pensou em pregar-lhe uma peça, então andou atrás dela silenciosamente.

Eles andaram até a sala vazia onde havia o guarda-roupa.

Edmundo viu Lúcia desaparecendo ali e olhou rapidamente para trás, procurando uma resposta sobre o que fazer. Resolveu por segui-la.

– Lúcia... Tem medo do escuro? – perguntou cinicamente.

Não houve resposta.

Ele começou a entrar mais fundo no guarda-roupa e viu galhos ali. Quando se virou para olhar os casacos, tropeçou em alguma coisa e caiu na de costas na neve.

Neve?!

Olhou em volta, constatando que estava realmente em uma floresta cheia de neve, e levantou-se apressadamente.

– Lúcia. – chamou, olhando em volta e procurando por sinais da irmã. – Cadê você? Lúcia. – continuou chamando. – Acredito em você agora. – disse, caminhando para frente.

Viu-se de repente em frente a um lampião antigo, que tinha a vela acesa mesmo em todo aquele frio. Rondou em volta dele, apreciando aquela raridade em meio às árvores.

Continuou andando, à procura da irmã; as pantufas agarrando na neve fofa.

– Lúcia? – gritou, esperando que a irmã estivesse perto o suficiente para ouvi-lo.

Ele então, ouviu um barulho atrás de si. Virou-se e viu uma garota vindo correndo por entre as árvores. Cachos negros emoldurando seu rosto redondo, balançando suavemente até um pouco abaixo dos ombros. Olhos azuis penetrantes e cílios alongados. Lábios finos e bem rosados contrastando com a pele brance de porcelana, com pequenas sardas brincando pelos nariz e pela maça do rosto. Um longo e simples vestido, branco como a neve por onde pisava. Uma espada com o punho adornado em safiras presa às suas costas. Ela olhava constantemente para trás, cuidadosa, mas não temerosa. Porém não percebeu Edmundo parado ali e trombou de frente com ele. Edmundo a segurou pela cintura antes que ambos caíssem no chão.

– Ei, você está bem? - ele perguntou, preocupado.

– Estou. - a menina disse, se afastando dele e olhando para trás.

– O que foi? - ele perguntou, olhando por onde a menina chegara para saber porque ela parecia tão atônita. - Por quê está fugindo?

– Porque ela quer... - a menina não terminou de falar, pois logo se seguiu o barulho de uma carruagem. - Ah, pela juba de Aslam, ela não pode me achar! - ela disse, desesperada, e tentou se soltar da mão de Edmundo, que a segurava pelo pulso.

E a carruagem já se aproximava e Edmundo percebeu que a menina não poderia ir muito longe.

– Se esconda aqui, vou distraí-los! - ele disse rapidamente, e a empurrou até alguns arbustos altos o suficiente para que ela se agachasse e não fosse vista.

Edmundo viu cavalos brancos puxando uma carruagem também branca. Desviou-se do caminho, mas os cavalos acabaram derrubando-o. A carruagem parou um pouco à frente e dali saiu dali uma criatura pequena. Um anão. Edmundo tentou correr, mas ele atirou uma espécie de chicote, que se enrolou em seu tornozelo e o fez cair novamente. Ele pulou em cima de Edmundo e colocou uma faca em seu pescoço.

– Me deixe em paz! – gritou Edmundo, fechando os olhos e virando o rosto.

– O que foi agora? – perguntou a mulher que estava na carruagem.

– Mande ele me largar! Eu não fiz nada de errado! – disse Edmundo.

– Como ousa se dirigir à Rainha de Nárnia?! – perguntou o anão em uma voz estridente.

– Eu não sabia! – respondeu Edmundo.

– Vai aprender a reconhecer a partir de agora! – exclamou o anão, levantando a faca, pronto para cortar a garganta de Edmundo.

– Espere! – gritou a mulher, impedindo-o.

Eles olharam em direção à carruagem. A mulher desceu. Tinha cabelos loiros e crespos, presos na parte de trás da cabeça. Era pálida e vestia um vestido azul claro, com um pesado casaco branco. Estava com um grande bastão de cristal na mão.

O anão deu espaço para Edmundo se sentar.

– Qual é o seu nome... Filho de Adão? – perguntou a mulher.

– Edmundo. – respondeu, levantando-se.

– E como, Edmundo, conseguiu entrar em meus domínios?

– Eu... Eu não sei bem. – ele respondeu, olhando rapidamente para o anão ao seu lado. – Eu... Estava seguindo minha irmã.

– Sua irmã? – perguntou a mulher. – Quantos vocês são?

– Quatro. – respondeu. – A Lúcia é a única que já esteve aqui.

– Interessante... – disse a mulher. – E o que sua irmã encontrou aqui?

– Disse que conheceu um fauno chamado – abaixou o olhar, tentando se lembrar – Tumnus. Pedro e Susana não acreditaram nela e eu também não.

– Edmundo, parece com frio. Sente-se comigo.

A mulher sentou na carruagem e ele se sentou ao seu lado. Ela o envolveu junto consigo no grande casaco de pele branca.

– Agora... – disse a mulher. – Que tal uma bebida quente?

– Sim, por favor... Majestade.

Ela pegou um pequeno frasquinho e despejou uma gota do líquido na neve, de onde foi crescendo uma taça prateada, com um líquido fumegante dentro. O anão se abaixou, pegando a taça e entregou à mulher, que repassou a Edmundo.

– Como você fez isso? – perguntou Edmundo.

– Posso fazer tudo que quiser.

– Posso ficar mais alto? – perguntou Edmundo, esperançoso.

– Tudo que quiser comer. – corrigiu ela, dando uma risadinha.

– Manjar Turco?

Ela voltou a derramar uma gota na neve. Logo, uma cesta de Manjar Turco estava no chão. O anão pegou e entregou-o a Edmundo, que rapidamente abriu a tampa e começou a comer, lembrando-se da fome que sentia. O anão pegou a taça e o tacou na árvore atrás de si. Assim que tocou na madeira, a taça virou neve outra vez.

– Edmundo? – chamou a mulher. – Eu gostaria muito de conhecer o resto da sua família.

– Por quê? – perguntou, não querendo admitir inveja. – Eles não têm nada de especial.

– Ah, eu sei que não são tão agradáveis como você. – disse ela, pegando a touca do anão e limpando a boca de Edmundo, que se sujou com o Manjar Turco que comia. – Mas sabe, Edmundo, não tenho filhos meus. E você é o tipo de garoto que eu posso ver um dia virando Príncipe de Nárnia. Quem sabe até rei.

– Jura?

– Teria de trazer sua família.

– Então... Pedro também seria rei?

– Não! Não, não. Mas um rei precisa de servos...

Edmundo pensou por um segundo.

– Bem... Acho que posso trazê-los.

A mulher tirou a cesta de Manjar Turco das mãos de Edmundo e o entregou para o anão. Virou-se para Edmundo e apontou para um ponto à sua frente.

– Além do bosque, aquelas duas colinas? – perguntou. – Minha casa fica bem entre elas. Você ia adorar, Edmundo. Ela tem muitos quartos abarrotados de Manjar Turco.

Edmundo levantou.

– Não posso comer mais um pouco?

– Não! Não quero estragar o apetite. Além disso, vamos nos rever em breve, não vamos?

– Tomara que sim... – disse Edmundo, descendo da carruagem. – Majestade.

– Até lá, querido. Vou sentir saudade.

E então o anão avançou com a carruagem para longe, deixando Edmundo ali. E então a menina saiu dos arbustos, pisando fortemente e com a expressão irritada.

– Por quê você fez isso?! - ela perguntou, parando há vários passos dele e cruzando os braços.

– Isso o quê? - ele perguntou, confuso.

– Olha, você realmente é um Filho de Adão?

Edmundo ficou mais confuso. - O que é um Filho de Adão?

– Você é humano? - ela simplificou.

– Até onde eu saiba eu sou sim.

– Então eu tenho que te tirar daqui, Edmundo. - ela disse, puxando-o pela mão, e correndo com ele por entre às árvores em direção ao Lampião.

– Ei, o que está fazendo?! - ele perguntou, tentando acompanhar os passos rápidos dela. - E eu não sei nem seu nome!

– Estou te levando por onde veio, é perigoso para qualquer humano aqui. - e ela hesitou antes de dizer seu nome. - E meu nome é Selene.

Bonito nome, ele pensou. Mas então ele reparou em uma coisa que ela disse. Ali era perigoso para humanos, e ela disse a palavra como se não fosse também. O que seria ela?

Então eles ouviram um barulho e Selene rapidamente colocou a mão sobre a espada, mas Edmundo a impediu. Ele havia ouvido seu nome sendo chamado.

– É só minha irmã. - ele garantiu.

– Então eu te deixo aqui. Adeus, Filho de Adão. - Selene disse e segundos antes de Lúcia aparecer, ela se escondeu por entre as árvores, mas Edmundo percebeu que ela ainda não havia ido embora.

E ela falara tão parecido com aquela mulher loira, que ele estranhou. Será que elas tinham algum tipo de ligação?

– Edmundo? – ele ouviu alguém chamando-o.

Viu sua irmã mais nova saindo de entre as árvores.

– Ah, Edmundo! Você entrou aqui também! – ela veio correndo e o abraçou. – Não é formidável?

Edmundo a afastou.

– Onde você esteve?

– Com o Sr. Tumnus. Ele está bem. A Feiticeira Branca ainda não sabe que ele me conhece.

– A Feiticeira Branca? – perguntou Edmundo, desconfiado.

– Ela diz que é Rainha de Nárnia, mas não é não. Tudo bem com você? Parece péssimo.

– Ora, o que você queria? Poxa, está um gelo. Como nós saímos daqui?

– Vamos. – ela disse, segurando sua mão e o puxando por entre as árvores. – Por aqui.

Selene observava atentamente enquanto eles passavam por entre as árvores e viu Edmundo olhando ligeiramente em sua direção antes de entrarem por uma folhagem estranha e incomum.


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Notas finais do capítulo

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