Beauty Queen escrita por Rocker


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sinto muitíssimo pela demora!! Pra vcs terem uma ideia de como aqui tá corrido, eu já estou indo pro segundo bloco de testes, n é pouca coisa não! Já estou cheia de trabalhos e n tenho tempo nem pra respirar. Já avisando... Não gosto da Susana, então não farei muitos esforços pra ela ser "boazinha". u.u



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Capítulo 3

Os quatro Pevensie se entreolharam, confusos e desconfiados. O que será que fizera aquele barulho?! O barulho foi repetido, mas desta vez foi seguido por uma voz desconhecida pedindo socorro. Desconhecida por todos, menos Edmundo. Sentindo seu coração quase pulando para fora do corpo, Edmundo correu até a porta, que estava presa por uma cadeira. Retirou a cadeira e abriu a porta, encontrando a maçaneta do outro lado completamente congelada. Mal levantou o olhar e uma garota se jogou em seus braços, soluçando.

– Selene, você está bem?! - ele perguntou, preocupado, e abraçou forte contra seu corpo, de modo protetor.

– Não. - ela respondeu, antes de soluçar outra vez e Edmundo sentir um aperto ao ver os olhos azuis vermelhos. Ela se separou minimamente dele, e olhou para a cadeira que prendia a porta. Ela riu amargamente, antes de murmurar. - Não acredito que uma cadeira venceu o gelo...

– Edmundo, quem é ela? - perguntou Susana.

– Uma amiga. Selene. - respondeu ele rapidamente, envergonhado.

– O que aconteceu aqui? - perguntou Lúcia a Selena, sem perceber o envergonhamento do irmão.

Selene nada disse, mas apontou para a algo atrás dela. Pregado em uma parede por um prego rústico, estava um pergaminho velho e desgastado. O papiro amarelo parecia rasgado nas laterais. Pedro arrancou o pergaminho e começou a ler em voz alta para todos.

– "O fauno Tumnus é acusado de alta traição contra Sua Majestade Imperial Jadis, Rainha de Nárnia, por abrigar inimigos e confraternizar com humanos. Assinado: Maugrim, Comandante da Polícia Secrete. Viva a Rainha!". - terminou de ler, olhando assustado para todos ali, que refletiam a mesma expressão.

Lúcia começou a fungar.

Susana tomou o papiro rapidamente, dando uma rápida conferida.

– Chega. - disse Susana. Agora temos mesmo que ir embora.

– Mas e o Sr. Tumnus? - perguntou Lúcia.

– Se ele foi preso só por estar com um humano - respondeu -, acho que não temos muito a fazer.

– Você não entende, não é mesmo?! - disse Lúcia, tristemente. - Eu fui a humana. Ela deve ter descoberto que ele me ajudou.

– Melhor chamarmos a polícia. - disse Pedro.

– Eles são a polícia! - exclamou Susana.

– Eu preciso dar um jeito nisso... - sussurrou Selene, mas pareceu ser alto o suficiente para os outros ouvirem.

Os quatro se viraram para ela, e Susana fez uma careta. Não sabia porquê, mas não tinha tido uma impressão particularmente boa daquela garota.

– Ora, o que tem a ver com isso? - ela perguntou rudemente, mas Selene estava tão atormentada com algo, que nem ao menos reparara no que a mais velha dissera, e nem no olhar reprovador que Edmundo lançara à irmã.

– Selene. Selene! - Edmundo chamou a atenção da menina duas vezes, mas ela somente se concentrou nele quando sentiu-se balançada levemente pelos ombros. - O que aconteceu?!

– Tumnus! Ele estava me dando abrigo há algumas semanas... E então... Eles vieram aqui e o levaram. Eu tentei impedir, mas Tumnus me trancou naquele quarto antes que eles vissem minha presença. Porque eles não podiam me ver e Tumnus disse que eu seria importante.

– Quem é você? - perguntou Pedro, curioso. - O que tem a ver com toda essa história?

Selene, por um segundo, pensou em contar. Mas não poderia. Não ainda, não quando Edmundo estivesse ali. Qual seria sua reação ao saber que ela era irmã daquela que trouxera todo o caos? Ou, possivelmente na mente dele, oferecia um trono a ele? Não! Ela não podia colocar qualquer chance a perder! Ela vinha, todos esses anos, todas essas décadas, ajudando os narnianos com alguns truques simples. Quem sabe agora ela não podia ajudar com algo grande? Afinal, agora ela também era uma procurada!

– Isso não importa agora, não temos muito tempo antes que eles voltem às buscas... - ela disse, apressada, mas foi interrompida por algo que vinha de fora.

Um pássaro. Chamando a atenção deles de uma maneira humana demais para os Filhos de Adão e as Filhas de Eva.

– Aquele pássaro fez "psiu" pra nós? - perguntou Susana, desconcertada.

Selene sorriu, sabendo que era um narniano de confiança, e foi para fora, mesmo Edmundo tentando segurar seu pulso para impedi-la. Os Pevensie se entreolharam, receosos, antes de seguirem a menina. Selene olhou em volta, à procura de alguém, e então, de trás de uma pedra, sai justamente quem ela imaginou.

– É... É um castor! - Lúcia espantou-se.

O castor se aproximou deles, farejando, e Pedro deu um passo à frente. Agachou-se e estendeu a mão, fazendo um barulho estranho com a língua.

– Vem cá! Clan, clan, clan... aproximou-se mais, estendendo a mão na altura do focinho do castor.

– Eu não vou cheirar isso, se é o que você quer. disse o castor, fazendo todos arregalarem os olhos.

Exceto Selena, que sorriu e se agachou diante do castor. - Olá, senhor Castor!

– Princesa Selene, há quanto tempo! - exclamou o castor.

Princesa?, peguntou-se Edmundo, assustado com a situação em que se colocara. Quem, afinal, seria aquela garota misteriosa?

Selene sorriu mais abertamente com o cumprimento do castor. Ela conhecia praticamente todos os narnianos que ainda lutavam pela causa de Aslam contra a Feiticeira e sempre fora amigável com eles. Poderiam não considerar Jadis como a Rainha das terras Nárnia, mas tinham um grande respeito por Selene e já a consideravam como a verdade monarca, mais justa e mais honrável que a feiticeira mais velha.

– É, precisei parar um pouco com a ajuda enquanto estive com Tumnus, para não me rastrearem. - ela disse, e os outros ficaram ainda mais confusos e curiosos.

– Entendo. - o castor assentiu, e passou o olhar pelos humanos, ainda afastados, receosos. - Lúcia Pevensie?

– Sim. - ela respondeu, aproximando-se do castor. Ele lhe estendeu um lencinho branco e depositou-o em sua mão. - É o lencinho que eu dei pro Sr. Tu...

– Tumnus. - completou o castor. Ele me entregou antes que o levassem.

– Ele está bem? perguntou Lúcia.

O castor olhou para os lados e sussurrou.

– Sigam-me. virou-se e saiu, imaginando que o seguiriam.

Selene imediatamente o seguiu, mas virou-se quando percebeu a hesitação dos outros.

– O que vai fazer? perguntou Susana, segurando o braço de Pedro.

– Ele disse que conhecia o fauno. - Pedro defendeu-se.

– Ele é um castor. disse Susana, como se já não fosse óbvio. Não dizer absolutamente nada!

– Também é verdade que não deveria haver humanos por aqui, mas aqui estão vocês. - disse Selene, começando a se irritar com o comportamento de Susana.

Edmundo olhou questionador para Selene, desconfiado se deveriam confiar ou não no castor.

– Hey, relaxem! - ela disse a eles. - Ele é amigo!

– Está tudo bem? - perguntou o castor, aparecendo por cima de um pedregulho.

– Está. - respondeu Pedro, virando-se para ele. Só estamos conversando.

– É melhor conversar em um lugar seguro. - sussurrou o animal, desaparecendo novamente por trás das pedras.

– As árvores ouvem. - disse Lúcia, olhando em volta.

– E acredite, não será bom que elas nos ouçam aqui. - Selene completou, voltando a andar atrás do castor, mas, dessa vez, com os quatro em seu encalce.


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