Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC


Capítulo 7
Capítulo 7 – Uma Viagem, Duas Cartas


Notas iniciais do capítulo

Alguém gostaria de ajudar-me a escrever uma cena para a fic?
A cena em questão é do primeiro beijo do Harry e a da Ginny que acontecerá no capítulo 12 ou 13. Quem estiver interessado mande-me uma mensagem por favor.
Boa leitura!



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Era uma tarde solarenga do final de Julho e uma rapariga muito animada tinha corrido o mais depressa possível até chegar ao seu quarto. Sem parar para recuperar o fôlego, ela foi até à sua mesa-de-cabeceira e agarrou no seu espelho favorito. Este espelho não era como os outros espelhos, mesmo para o mundo mágico. Este permitia que os donos falassem entre si. Após a menina chamar animadamente o seu melhor amigo (- Harry Potter! Harry Potter!), ela esperou até ver a cara dele.

– Olá, Gin! O que se passa? Normalmente só me chamas à noite.

– Harry, tu não vais acreditar! – disse ela muito rápido e entusiasticamente. – Pai ganhou a lotaria mágica!

– A sério!? Isso é ótimo, Gin. Congratulou Harry, partilhando a felicidade dela.

– Eu sei. E o pai e a mãe já decidiram o que fazer com o dinheiro. – ela fez uma pausa dramática para o horror de Harry. – Vamos fazer uma viagem ao Egipto! Vamos visitar Bill, lembras-te dele? Ele é um Curse Breaker lá.

– Fixe!

– Yep! Vai ser fantástico. Eu tenho tantas saudades de Bill. Ele é o meu irmão favorito, de seguida são os gémeos.

*******

Durante os dias antes da partida, Ginny estava mais feliz; mesmo o comportamento da família dela não conseguia mudar isso. Todas as noites, ela iria pegar to espelho e falar com Harry; isso tornara-se uma coisa natural de se fazer. Visto que os pensamentos de Ginny eram todos sobre Harry e o Egipto, os pesadelos sobre o horrível ano letivo dela eram raros.

Visto que Ginny estaria fora do país durante o seu próprio aniversário e do aniversário do seu melhor amigo, ela e Harry trocaram os presentes com promessas de não os abrirem até ao dia próprio.

Ginny tinha-lhe conseguido, com a ajuda dos gémeos através de chantagem, um bom presente. O presente dela era um objeto que vira numa loja na pequena cidade em que viviam, Ottery St. Catchpole, que ela achara adequado para a forma Animagus do Harry, que ele tinha alcançado alguns dias antes. Ela iria receber também um bom presente. Já que Ginny era uma inteligente e poderosa bruxa, Harry deu-lhe algo que a ajudaria a praticar magia sem alertar a Ministério da Magia, uma especial e linda pulseira de prata.

*******

O dia da partida finalmente hegou. Os Weasleys estariam no Egipto durante um mês, voltando apenas três dias antes do dia 1 de Setembro.

Os Weasleys ainda estavam no Egipto por uma semana e adoravam. Eles viam as pirâmides e fantásticas criaturas mágicas e passavam um bom tempo falando com Bill. Todos eles estavam a amar a viagem, exceto a Ginny. Sim, ela adorou o que faziam, mas o problema era que, desde que chegaram, a Ginny não conseguia falar com o Harry através do espelho. Ela voltou a ter pesadelos sobre a Câmara dos Segredos, onde o seu melhor amigo morreria por culpa dela.

A Ginny não sabia o que fazer. Ela não confiava em Errol, a coruja da família, para entregar uma carta a Harry, devido à longa distância que os separavam, e Percy não a deixava usar Hermes, a coruja dele. Apenas os gémeos e o Bill conseguiam animá-la, embora eles acreditassem que a razão da tristeza dela era a câmara e não um rapaz.

A solução para o problema dela acabou por ser o irmão mais velho dela. Quando ele descobriu que ela queria enviar uma carta a um amigo, mas não conseguia, Bill levou-a à Estação de Correio-Coruja egípcia mais próxima.

– Porquê esse olhar de surpresa? Despacha-te, Pequena Chama! Escreva lá essa tua tão preciosa carta! – disse Bill, quando chegaram.

*******

Harry Potter estava a preparar-se para se ir deitar, quando uma coruja-das-torres começou a bater na janela dele.

– Quem me iria escrever?! – murmurou Harry em descrença.

O jovem bruxo abriu a janela, deixou a coruja entrar no quarto e agarrou a carta.

– Aqui! Toma alguma comida e água da Hedwig. – disse Harry, apontando para a coruja-das-neves, que estava no poleiro atenta à nova coruja.

Harry sentou-se na cama e olhou para a carta, percebendo que era da Ginny. Ele tinha tentado falar com ela através do espelho e também não conseguira. Harry sentiu-se bem em ter uma carta escrita por Ginny nas suas mãos. Ele respirou fundo e começou a ler.

Querido Harry,

Olá! Isto sente-se esquisito, tu sabes, Harry, escrever-te uma carta.

Bem, estou a escrever-te, porque não estou a conseguir usar o espelho, ele não funciona. Sabes o porquê? Espero que sim, Harry, e, por favor, explica-me o porquê. Tem sido horrível não falar contigo. Eu amo falar contigo através dos espelhos. Tenho saudades tuas, Harry, embora esteja a gostar da viagem familiar, mesmo que eles (tu sabes quem eles são) continuam a tratar-me da mesma maneira que antes.

Como não tenho conseguido falar contigo, falam os gémeos e o Bill. Isso é ótimo, pensas tu. Sim, é bom, mas, bem, não é assim tão ótimo, porque eu não posso mencionar o que está realmente a assustar-me nos pesadelos. Sim, Harry, eu não posso. Porquê? Bem, porque és tu, seu idiota. Todas as noites, desde que não falo contigo, eu tenho sonhado que tu vens-me salvar, mas não consegues e morres ou então tu pensas que eu não valo o risco. Harry, é apenas horrível.

Quando estou acordada eu penso sobre a câmara e há este pensamento a incomodar-me. Harry, como e porquê? Como é que sabias sobre a câmara? Porque é que me salvaste? Por favor, responde-me.

Amor,

Ginny Weasley

P.S. Bill está aqui comigo, numa Estação de Correio-Coruja daqui, ele está a tentar ver o que estou a escrever, mas eu não o estou a deixar.

Harry, quando acabou de ler, foi logo até à sua secretária, pegou numa pena e algum pergaminho e começou a escrever. Apenas quando ele estava satisfeito com a sua carta, Harry deu-a a Hedwig.

– Hedwig, esta carta é para Ginny Weasley. Ela está no Egipto. Segue aquela coruja e dá a carta à Gin, apenas a ela. OK?

Hedwig assentiu ao seu dono e voou e voou para o Egipto acompanhada pela coruja-das-torres.

*******

Ginny estava no seu quarto do hotel, fitando o céu noturno cheio de estrelas pela janela aberta, esperando ver uma coruja voar na sua direção. Passara-se uma semana desde que enviara a carta, e, até agora, ela não recebera nada. Ginny sabia que um voo entre o Egipto e o Reino Unido demorava, mas ela não conseguia deixar de ter pensamentos negativos.

– Talvez ele esqueceu-me… Talvez ele apenas falou comigo, porque é muito educado…

Ginny estava a pensar desta forma, quando uma linda coruja branca assustou-a. Ginny não aguardou nem outro segundo. Tirou a carta da coruja, deu-lhe água e começou a ler a tão desejada carta, deitada na cama.

Querida Gin,

Desculpa sobre os espelhos. Estive a investigar, uma vez que também não conseguia falar contigo também, e descobri que os espelhos apenas funcionam no mesmo país. Na altura em que o meu bisavô e os amigos dele criaram-nos era um grande sucesso. Gin, quando voltares do Egipto, nós podemos usá-los novamente. Eu também sinto falta das nossas conversas noturnas.

É bom saber que o Bill e os gémeos estão a ajudar-te. Talvez no futuro, nós podemos tirar o feitiço e iremos-lhes contar a verdade sobre a câmara. E, por favor, Gin, lembra-te que o que Tom Riddle disse-te é mentira e que eu salvei-te daquele lugar e que estávamos ambos seguros, sem grandes ferimentos. E, Gin, tu vales definitivamente o risco e valerás sempre, eu não tenho dúvidas sobre isso.

Sobre as tuas últimas perguntas, bem, é uma história longa, por isso espero que tenhas tempo para a ler até ao fim. Como é que devo começar? Resposta lógica a também a tua resposta, “pelo início”, eu sei isso, Gin.

Bem, durante a guerra e mesmo depois, os Potters sempre mantiveram um olho no que se passava, especialmente quando relacionado com bruxos das trevas, objetos das trevas e artefactos importantes. Durante alguns anos antes de tu, Gin, ires para Hogwarts, nós relaxamos, acho eu…

Deste modo, dois anos atrás, nós não prestamos muita atenção na Pedra Filosofal, pois decidimos confiar no julgamento do Nico (Nico é Nicolas Flamel, lembras-te? Eu já te falei dele e da esposa). Ambos, tu e eu, sabemos como isto terminou. Voldemort fugiu, Longbottom era novamente um herói e eles destruíram a pedra. Nós tivemos a sorte de que a pedra destruída era falsa.

Desde então, nós tornámo-nos mais atentos. Quando começaram as notícias sobre os ataques feitos pelo Herdeiro e Monstro de Slytherin, nós, Remus e os Flamels decidimos investigar. Demorou algum tempo a descobrir como os ataques ocorriam. No momento em que tu, Gin, foste levada para a Câmara dos Segredos, o meu avô e eu estávamos em Hogwarts (a investigar, não era a primeira vez, usámos as passagens secretas para entrar) e ouvimos os professores falarem sobre ti. Quando ouvimos isso, o meu avô e eu sabíamos o que tínhamos de fazer. Já sabíamos onde ficava a câmara e o que o Monstro de Slytherin era… Como sou um ofidioglota eu pude abrir a câmara, entrar e salvar-te.

Gin, tu também deves andar a questionar-te o porquê de Dumbledore ter dados os créditos ao Longbottom e um pouco ao Lockhart. Parece que o Longbottom tinha ouvido sobre tu, Gin, seres levada e que Lockhart sabia onde era a entrada da câmara. Então, ele brilhantemente decidiu que, sendo ele O-Menino-Que-Sobreviveu, conseguiria (como é que ele disse? Hmm…) “destruir o sujo Monstro de Slytherin e o sujo herdeiro e também salvar uma inocente e estúpida rapariga pequena” (o que tu não és, Gin, por isso não duvides disso).

O Longbottom seguiu Lockhart e no escritório dele tiverem um duelo, se é que tu podes chamar aquilo de duelo… De qualquer forma, o que eu sei é que o Longbottom ficou inconsciente por um tempo e que Lockhart estava a sair quando viu o meu avô e a mim (não estávamos a usar o Manto de Invisibilidade). Nós apenas reparámos nele a seguir-nos quando estávamos na câmara, onde o Lockhart foi atingido pelo próprio feitiço de memória. Parece que ele é um perito nesse feitiço em especial, foi através dele que ele conseguiu as suas aventuras roubadas de outros talentosos bruxos e bruxas. Continuando, nesse momento ocorreu um desabamento. O meu avô ficou do outro lado, enquanto eu fui procurar-te, Gin, para te tirar de lá.

Gin, eu salvei-te, porque eu não podia deixar uma rapariga inocente morrer. Quando te vi deitada no chão eu pensei que tinha demorado demasiado. Quando reparei que ainda respiravas, eu suspirei aliviado. Gin, eu prometo-te que vou estar sempre aí para ti.

Bem, acho que é melhor terminar esta carta. Gin, não os deixe ou os pesadelos magoarem-te e diverte-te no Egipto. Talvez possas pregar algumas partidas nos gémeos e no Bill. Eu quero mesmo conhecê-los. Quando voltares, chama-me através do espelho. Eu creio que terás muito para contar-me.

Amor,

Harry Potter

P.S. Eu adorei o teu presente de aniversário que me deste, os outros também gostaram, embora não tenham parado de gozar comigo. Mas a sério, eu adorei-o. Espero que gostes do meu presente.

Naquela noite, Ginny adormeceu com um sorriso na cara e com a carta apertada firmemente contra o peito. Essa mesma noite foi a primeira em que Ginny não teve pesadelos, desde que chegara ao Egipto.


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Notas finais do capítulo

Qual é que será o presente da Ginny para o Harry?
Ela estava a gozar com a forma Animagus dele, pelo menos é o que eu acho. Bem, é uma verde (como os olhos dele) coleira com o nome dele.
Não se esqueçam: quem estiver interessado em ajudar-me a escrever a cena que me mande uma mensagem.
Inês



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