Uma bruxinha ruiva não estava a ter um verão perfeito, mas graças a rapaz de cabelo preto, ela continuava de bom humor.

No ano anterior, ela tinha ido para a escola, onde ela tivera expectativas de ter momentos esplêndidos, mas o seu primeiro ano não fora nada esplêndido. O Herdeiro de Slytherin, através de uma diário negro, possuira Ginny Weasley e fizera-a atacar a escola com o Monstro de Slytherin. Se não tivesse sido o aparecimento surpreendente e ilustre de Harry Potter, uma rapaz que ela nunca conhecera, Ginny estaria agora morta.

A verdade é que ela não estava morta, mas a família parou de tratá-la da mesma maneira que a trataram no passado. Percy Weasley, um dos irmãos mais velhos dela, estava furioso com ela, pois a sua namorada, uma Prefect de Ravenclaw chamada Penelope Clearwater, foi uma dos alunos atacados. Ron Weasley, apenas um ano mais velho do que Ginny, estava furioso com ela, porque a sua melhor amiga, Hermione Granger, foi outra dos alunos atacados e o seu melhor amigo, O-Menino-Que-Sobreviveu (também conhecido como Neville Longbottom), quase morreu ao salvá-la. Mas quem era pior era Molly Weasley, a mãe de Ginny. Molly sempre expressara o seu desejo em ter uma filha perfeita, feminina, obediente, boa dona de casa, casar com um bruxo respeitável (como, na mente dela, Neville Longbottom) e ter muitas crianças. O problema era que Ginny nunca foi assim, ela era independente, definitivamente não feminina, forte e uma brincalhona capaz de mentir (o que, por amor de Merlin, a sua mãe não sabia). O pai de Ginny, Arthur, não podia fazer muito, desde que começara a passar mais tempo no seu trabalho (na Secção de Mau Uso dos Artefactos Muggles), mas continuava a cuidar da sua adorável filha. Bill e Charlie Weasley, os filhos mais velhos de Arthur e Molly Weasley, não mudarem os seus comportamentos, simplesmente porque não sabiam do que acontecera à irmã deles. Os gémeos Weasley, Fred e George ou Gred e Forge, eram os únios que efetivamente tentavam ajudar a jovem Ginny.

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Já era tarde, mas uma jovem rapariga ruiva ainda estava acordado. Só se passara uma semana desde que voltara da escola, mas desde então todas as noites a menina tinha pesadelos sobre aterrorizantes eventos por que ela passara. Ela acordaria a chorar e a gritar e, dois ou três minutos depois, dois rapazes ruivos idênticos iriam entrar no quarto dela e tentar ajudá-la, abraçando-a e murmurando-lhe palavras de conforto ou piadas até ela adormecer novamente. O que eles não sabiam era que uma vez que deixassem o quarto dela, a irmã deles iria sentar-se na cama, agarrar num antigo mas bonito espelho que estava na mesa-de-cabeceira e falar-lhe baixinho.

– Harry Potter.

De repente, a cara de um moreno apareceu no espelho em vez da reflexão da jovem ruiva.

– Olá, Gin. Como te sentes esta noite? – perguntou o menino dos espelho, a sua cara mostrava profunda preocupação.

– Oi, Harry… Sinto-me muito melhor do que ontem e de que anteontem e do que o resto da semana… - respondeu sarcasticamente Ginny, mas ela deu-lhe um pequeno sorriso. – Fred e George acabaram de sair. – continuou ela calmamente. – Eles são os únicos da minha família que me ajudam. O pai também, mas ele tem de trabalhar mais tempo agora… - contou tristemente. – Bill e Charlie nem sequer sabem do que aconteceu. Mãe, Percy e Ron continuam a ignorar-me, dão-me olhares de desgosto e ódio e eu às vezes oiço-os a murmurar coisas que, vamos lá dizer, não são nada agradáveis! – ela terminou com raiva.

– Gin, por favor, presta atenção. – suplicou Harry e esperou até que ela o olhasse. – Não te preocupes com o que eles dizem. Eles não sabem… Eles não percebem o que te aconteceu. – contou ele, olhando profundamente nos olhos castanhos dela. – Eles não estão a pensar, porque se estivessem, eles perceberiam o quanto inocente tu és nesta história, o quanto não foi tua culpa e o quanto tu lutaste para que coisas piores não acontecessem. – ele continuou perseverantemente. – Gin, um dia eles iram ver isto e eles irão ter tanta pena pela forma que te estão a tratar.

– Eu sei que estás certo, Harry, mas…

– Mas magoa na mesma. – terminou ele por ela num murmúrio.

– Sim. – confirmou Ginny infeliz.

– Queres falar sobre o pesadelo, Gin? – perguntou Harry e ela assentiu.

– Foi o Tom. – sussurrou Ginny, um pouco assustada. – Estávamos naquela câmara escura, suja e fria e ele estava à minha frente, gozando comigo sobre o quanto inútil e patética eu sou.

– Tu não és inútil ou patética, Gin. – interrompeu Harry.

– Obrigada, Harry. – ela disse, sorrindo-lhe. – Tom… Harry, ele mostrou-me coisas horríveis que ele fez quando era apenas um estudante. Como é que alguém pode ser assim, Harry?

– Honestamente, Gin, e-eu não sei. Mas é de Voldemort que estamos a falar.

– V-Vol- Quem-Nós-Sabemos!? – ela disse alto e assustada, mas não foi alto o suficiente para a acordar o resto dos Weasleys.

– Sim… Pensei que sabias. E não temas o nome, Gin. Voldemort não vai aparecer de repente se disseres o nome, além de que é apenas um anagrama. – contou-lhe Harry.

– M-mas o diário, pertenceu a V-Vol-Voldemort-mort… Fui po-possuída por ele. – sussurrou devagar Ginny, não acreditando no que ouvia.

– Gin, ele não te pode magoar mais. Eu destrui o diário, lembras-te? – murmurou ele calmamente.

– Sim, eu lembro-me. Eu sei isso, Harry. Eu apenas preciso de tempo para absorver. Obrigada, Harry, por não te rires de mim.

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Junho passou rapidamente e Julho estava quase a acabar. Harry, na Mansão Potter, dividia o seu tempo a treinar, a falar com Ginny, a passar tempo com a sua família, que incluía os elfos-domésticos, e os Flamels e a pregar partidas. Ginny, no Burrow, continuava a sentir-se mal devido às atitudes da família dela, excetuando o pai e os gémeos.

Fred e George mantiveram a sua promessa e com Ginny começaram a pregar diversas partidas, sendo Percy, Ron e a mãe deles os alvos. Os gémeos viam isto como uma oportunidade de desenvolver ideias para as suas próprias partidas. Algumas das partidas do trio ruivo incluíram produtos da Zonko’s.

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– Harry, tu devias ter estado aqui. – disse Ginny rindo.

– O que aconteceu por aí?

– Bem, tu sabes que a mãe, o Percy e o Ron não me estão a tratar lá muito bem, não é?

Harry assentiu e ela tentou controlar a sua risada.

– Fred e George decidiram vingar-se deles por isso, então juntos, nós os três, estamos a pregar-lhes partidas depois da primeira semana de férias.

– Porque é que só me estás a contar agora, Ginevra? – perguntou Harry desapontado e Ginny, na menção do seu primeiro nome completo, abaixou a cabeça.

– Bem, eu só falo contigo à noite e normalmente eu tenho pesadelos. – balbuciou ela melancolicamente. – Nunca pareceu ser o momento certo para te contar. Esta noite é a primeira que não tenho um e eu lembrei-me. Desculpa-me, Harry.

– Gin, está tudo bem. Estava apenas a brincar contigo. – confessou ele. – Mas agora tu só irás para a cama depois de terminares de me contar sobre essas partidas.

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Um dia, a equipa das travessuras pôs algumas Acid Pops na cozinha. Ron, sendo guloso por comida especialmente doces, comeu mais do que uma Acid Pop. Isto resultou em alguns buracos na língua dele. Foidivertido, especialmente a reação dele.

– MÃE, MÃE! – era o que o Ron tentou dizer, visto que os buracos na língua dificultaram a capacidade de falar dele. – FRED E GEORGE DERAM-ME NOVAMENTE DOCES DE PARTIDAS!

Mas a mãe dele não apareceu, ela tido deixado o Burrow apenas uns minutos antes. Um furioso Ron, durante alguns dias, permaneceu longe dos gémeos e também da Ginny, desde que ela começara a passar tempo com eles.

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Numa certa semana, o trio decidiu que a vítima seria o irmão pomposo deles, Percy. Fred, de dois em dois dias, atiraria algumas Dungbombs para a porta do quarto de Percy ou iria pô-las na cama dele. George, indo à casa de banho, iria juntar ao shampoo do Percy algum Bulbadox powder. E Ginny, ao ajudar a mãe a cozinhar (- Devido a toda a vergonha que trouxeste a esta a família, o mínimo que pode fazer é ser uma boa dona de casa!), punha alguns Hiccough Sweets nos pratos de Percy.

Esta fantastica misturas de partidas resultou num muito malcheiroso Percy Weasley com furúnculos por toda a sua pele e sempre a soluçar. Em todos os lugares a que Percy ia, alguns comentários desagradáveis ele iria ouvir.

– Perfeito Prefect Percival, quando é que vais tomar banho? – perguntou Fred, fingindo vomitar devido ao cheiro.

– Porque é que não pedes emprestado o shampoo com cheiro de flores à Ginny, Percival? – perguntou George, abanando a sua mão à frente do nariz.

– Percy, o que raios aconteceu à tua pele? Penny não ficará agradada com isso. – disse Ginny inocentemente.

– Tem calma quando comes, Percy! – exclamou um dos gémeos, vendo Percy soluçar durante uma refeição.

– Mesmo com o Ron aqui ressente, a comida não irá desaparecer tão rapidamente. – continuou o outro gémeo, apontando para Ron.

– Tu podes comer devagar, não há necessidade de tu engasgares-te! – disseram os gémeos juntos.

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Num dia quente, Ron foi, mas uma vez, a vítima do trio ruivo.

Ronald sempre tivera más maneiras durantes as refeições e juntando este fato a algumas coisas dos gémeos e ao tempo que Ginny passava na cozinha, o resultado seria bastante divertido.

Os Weasleys desfrutavam a maravilhosa comida cozinhada por Molly e Ginny, Arthur não estava presente no almoço, pois estava a trabalhar. Percy comia cuidadosamente, fitando os gémeos como se esperasse outra partida. Fred e George comiam e falavam entre si, provavelmente planeando outra brincadeira. Ginny comia sem pressas e Ron comia o mais rápido que podia, até que de repente parou.

– Uuurp… Uuurp… Uuurp…

Ron, por algum tempo, apenas arrotava, arrotava e arrotava. Ele não conseguia parar.

– 'Ronald Bilius Weasley! – exclamou Molly, atónita com o comportamento do filho.

Fred, George e Ginny riam, apesar de eles e Percy sentirem uma certa repugnância de Ron.

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Numa noite, Molly Weasley estava a lavar a loiça manualmente, isso sempre a ajudara a relaxar. O que ela não esperava era que ficaria tudo menos relaxada. Ela estava a lavar os pratos, quando reparou numa coisa estranha no sabão dela. Não parecia o sabão do costume, este estava cheio de desovas de sapo.

– AAHHHH! – gritou ela, aterrorizada e a sentir-se indisposta.

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Numa tarde extremamente quente, a Sra. Weasley decidiu tomar um fresco e calmante chá, na sua linda sala de estar. Ela usou o seu novo conjunto de chá e quando começou a beber, a chávena mordeu o nariz dela.

– AI! FRED FABIAN WEASLEY E GEORGE GIDEON WEASLEY! COMO É QUE SE ATREVEM? A VOSSA PRÓPRIA MÃE!

A Sra. Weasley continuous a gritar por um tempo, os gémeos ficaram de castigo (de-gnoming o jardim) e Ginny riu baixinho no seu quarto, pois tinha sido ela que preparara a partida.

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Fred, George e Ginny, num outro dia, preparam duas partidas, uma para a mãe dele e outra para Ron.

Nesse dia, ninguém conseguia suportar estar perto de Ron ou da cozinha. O trio usou algumas Stink Pellets no Ron, logo ele cheirava mal como se não tivesse tomado banho por meses. E devido ao tempo que ele passava na sua divisão favorita, a cozinha (- Sou um rapaz em crescimento. Preciso de comer.), os outros Weasleys achavam que o cheiro da cozinha era por culpa dele. De fato, a culpa não era de Ron, mas ninguém (exceto por Ginny e os gémeos) sabia que a cozinha tinha sofrido uma partida também.

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– Gin, estas partidas foram hilárias, únicas. – disse Harry, ainda rindo. – Os gémeos gostam mesmo de arranjar confusão, não é?

– Tu não tens ideia, Harry. – respondeu ela, sorrindo e bocejando. – Boa noite, Harry!

– Boa noite! Bons sonhos, Gin.

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– Harry Potter! Harry Potter!' chamou uma voz animadíssima.