Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC


Capítulo 4
Capítulo 4 – Novos Residentes


Notas iniciais do capítulo

N/A: A escrita em itálico significa que é um flashback.



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Perenelle e Nicolas Flamel preparavam-se para dormir, quando, de repente, uma grande, vermelha e dourada ave aparece com uma carta.

– Nico, não é a fénix de Dumbledore? – a bruxa perguntou surpreendida.

– É… Esta é a Fawkes. – respondeu o homem, sorrindo para a esposa.

– É sobre a Pedra Filosofal. – disse Perenelle, após ler o início da carta.

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Em Junho, um menino estava a relaxar, o que era raro. Ele tinha obtido um dia de folga do treino dele, graças a umas visitas inesperadas. Ao fim da manhã, Harry, o padrinho dele, os avós dele, os elfos-domésticos e as visitas estavam sentados nos bancos de jardim, do fantástico jardim da Mansão Potter, aproveitando a sombra fresca das antigas árvores.

– Harold, tu estavas certo… - disse tristemente um idoso bruxo – A minha querida Perenelle e eu não devíamos ter confiado nele.

– Pelo menos, não com a Pedra Filosofal. – acrescentou Perenelle, enquanto comia algumas das bolachas preparadas por Milly.

– O que aconteceu? O que é que Dumbledore fez com a pedra? – perguntou uma Juliet preocupada e impaciente.

– Ele disse que iria proteger a pedra, m-mas as p-proteções não pararam n-nem es-estudantes do primeiro a-ano de encontrar a-a p-pedra… - contou Perenelle irritada e com lágrimas a brilhar nos olhos.

– Mas a pedra, está segura. – perguntou o padrinho do Harry.

– Receio, Remus, que enquanto o glorioso Menino-Que-Sobreviveu confrontou o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, que Voldemort possuía, a pedra foi destruída. – explicou Nicolas seriamente a sarcasticamente.

– Mas, Sr. e Sra. Flamel, mas isso significa… que não podem produzir mais Elixir da Vida. – disse Harry atónito e preocupado.

As faces dos Flamels mostravam apenas profunda seriedade, mas nos rostos dos restantes via-se preocupação e tristeza. Dez dolorosos minutos se passaram em completo silêncio, de repente, os Flamels começaram a rir, surpreendendo os outros.

– Como é que podem rir, Sr. e Sra. Flamel? – disse Milly, quando finalmente conseguiu falar. Ela, o irmão dela Benny e os Flamels eram os únicos que não estavam em choque.

– Percebem que isso significa que vão perecer? – acrescentou Benny.

– Milly, Benny, nós percebemos isso, m-mas… - mas Nicolas não conseguiu continuar, pois começara a rir novamente.

– Vocês veem, Nicolas e eu… Nós, nós decidimos seguir o aviso do Harold. – explicou Perenelle, rindo de vez em quando.

– Estás a dizer que não deram a Pedra Filosofal a Dumbledore? – perguntou Harold, com a mão ainda estendida para agarrar uma cerveja de manteiga.

– Exatamente! – exclamou felicíssima Perenelle.

– Mas isso teve um preço… - murmurou Nicolas desanimado.

– O quê!? Qual foi? – perguntou Juliet, enquanto os outros pensavam nas piores coisas possíveis que poderiam acontecer ao casal Flamel.

– A pedra que eu dei a Dumbledore foi destruída. – disse Nicolas como se fosse óbvio.

– O quê? – perguntou um confuso Remus, os outros estavam igualmente confusos.

– Não sabiam? Nós já vivemos por tantos séculos que arranjámos alguns passatempos. – explicou Perenelle. – Um dos passatempos do Nicolas é colecionar pedras.

– A sério!?

Harry estava boquiaberto. Era difícil de acreditar que o velho bruxo em frente dele tivesse tão comum passatempo.

– Sim. Eu tenho centenas e centenas de diferentes pedras numa sala. – admitiu Nicolas. – A pedra que dei a Dumbledore foi a única que parecia com a Pedra Filosofal. Levou-me quatrocentos anos para encontrar essa pedra. Essa pedra era muito significativa para mim.

– Então… Huh… Essa pedra foi o preço que pagaram? – inquiriu Remus, não estando certo do que dizia.

Os Flamels assentiram.

– Nicolas, disseste a Dumbledore? – perguntou Harold, preocupado com o que o egocêntrico bruxo iria fazer de soubesse.

– Não.

– Para todos os efeitos, Nicolas e eu temos Elixir da Vida suficiente para tratar dos nossos assuntos e iremos morrer.

– Mas o que é que vão mesmo saber? – perguntou Harold com um sorriso.

– Bem, não temos a certeza… - começou Perenelle.

– Mas pensámos, tu sabes, talvez alguns amigos, que conhecem a nossa história, gostariam de viver com estes dois velhos e rabugentos bruxos. – disse Nicolas brincando. – Conheces alguém que não se importaria?

– Na verdade, eu conheço. – disse Harold, fitando a esposa. – De facto, eles iriam apreciar a vossa companhia…

– Mesmo… Porquê? – perguntou, sorrindo, Perenelle.

– Porque eles têm um neto e esse neto tem um horário de treino muito rigoroso. – explicou Juliet.

– Iriam eles apreciar se ajudássemos nesse treino? – perguntou curioso Nicolas.

– Tenho a certeza que iriam. – respondeu Remus.

A partir desse momento, Harry obteve um novo horário de treino. O seu padrinho, Remus Lupin, ensinaria Defesa Contra as Artes das Treavas, Duelo e Feitiços. A sua avó, Juliet, seria a instrutora de Herbologia, Poções e feitiços de Cura. O seu avô, Harold, ensinaria Transfiguração e Artes das Trevas (não como usá-las, mas como identificá-las). Perenelle instruiria História da Magia e Runas Antigas. Nicolas ensinaria Alquimia e Aritmância. Milly ensinaria Astronomia, Benny instruiria Trato das Criaturas Mágicas e ambos ensinariam Harry a magia deles. Assim, Harry melhorou o seu conhecimento nessas diferentes áreas, enquanto continuava a treinar os seus músculos, a sua habilidade de voo, os diversos modos de transporte do mundo mágico e, obviamente, a sua capacidade de pregar partidas.

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Ginevra Molly Weasley, uma bruxinha ruiva, estava no seu quarto pensando nos eventos que aconteceram naquela manhã de Agosto. Ela sabia que ele viria, mas nunca pensara que fosse tão cedo.

Molly Weasley estava na cozinha dela, da sua adorada Burrow, terminando de preparar o pequeno-almoço para a sua grande família. Na velha e grande mesa estava sentado um menino gorducho, Neville Longbottom. Os pais dele, Alice e Frank Longbottom, tiveram de ir a outro país, França, assistir a uma conferência mundial sobre a importância dos Aurors, assim o filho iria passar o resto das férias de Verão com o seu melhor amigo, Ronald Weasley.

Quando Ginny foi à cozinha para perguntar à mãe sobre uma camisola dela, o resto dos irmãos dela (os que ainda viviam no Burrow), os pais dela e Neville já estavam a comer. Após ver O-Menino-Que-Sobreviveu, ela fugiu para o seu quarto sem dizer uma palavra.

Uns minutos depois, Ginny voltou à cozinha, desta vez usando roupas Muggles em vez do pijama dela. Durante o resto do dia, Ron e Neville gozaram com ela e com a suposta paixão dela. O pai de Ginny, Arthur, foi trabalhar, o irmão dela, Perc,y trancou-se no quarto dele e os gémeos, Fred e George, apenas gozaram um pouco e depois foram voar.

Já era tarde, os Weasleys e o Neville já tinham jantado e estavam a dormir, exceto Ginny. Ela sentia-se mal sobre provocações. As brincadeiras dos gémeos eram comuns para ela, mas do Ron e daquele que chegara a ser o seu herói não.

– Idiotas… Parvos… Estúpidos… - murmurava Ginny, lembrando-se do seu dia.

O irmão dela, Ron, fora sempre um idiota, mas desde que ele conhecera O-Menino-Que-Sobreviveu ficara pior. Ele começou a acreditar que era melhor que todos apenas porque quem o seu melhor amigo era. O melhor amigo dele era um idiota completo. Ginny conhecera-o na mesma altura que Ron e não gostara dele. Neville era mimado e paparicado. Na festa de aniversário dele, ele não quisera nenhuma estúpida e pequena menina perto dele. Desde desse dia, Ginny deixara de pensar n’O-Menino-Que-Sobreviveu como o seu cavaleiro de armadura brilhante montado no cavalo branco, mas como um idiota famoso que só queria atenção.

######

Uns dias depois, era a altura de comprar o material escolar no Diagon Alley. Parecia um dia normal de compras; os Weasleys e Neville compravam o que precisavam sem problemas. As pessoas deixavam-nos passar à frente nas filas, pois O-Menino-Que-Sobreviveu estava presente e não gostava de esperar (ele faria birra); montes de jornalistas entrevistavam Neville e o seu melhor amigo (afinal eles tinham protegido a escola de um bruxo das trevas); alguns bruxos apresentavam-se ao Menino-Que-Sobreviveu, outros davam-lhe mais presentes (no décimo segundo aniversário dele, um quarto esteve cheio de presentes)…

Para Neville parecia um dia como outro qualquer; para Ron e a Sra. Weasley (os donos das lojas faziam-lhe descontos) parecia um dia de sonho; para Ginny, Fred e George parecia um dia aborrecido; enquanto para Percy e o Sr. Weasley era apenas um dia diferente.

Eles foram a todas as lojas que precisavam, excetuando a Flourish and Blotts. Nesta loja, eles iriam comprar os livros necessários, a maioria escrito por um famoso escritor. Bruxos, bruxas e crianças (mas a maioria era bruxas) enchiam a livraria. Este tipo de multidão não era tão comum. Todos estavam ali para uma coisa: conhecer o magnífico bruxo Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa Contra as Artes das Trevas e cinco vezes vencedor do Sorriso Mais Charmoso da Witch Weekly, por outras palavras, conhecer Gilderoy Lockhart, o famoso escritor.

– Ele é fantástico! – sussurrou uma mulher, vestindo vestes azuis como os olhos do bruxo que mostrava o seu brilhante sorriso ao autografar o seu novo best-seller, Magical Me.

– Tão corajoso… - suspirou outra bruxa, sonhando em tocar naquele cabelo louro perfeito.

– Sabe da última façanha dele? – murmurou um bruxo para outro.

Na Flourish and Blotts, só se ouvia diversas adorações sobre o incrível Gilderoy Lockhart. Este estava a pousar para o fotógrafo do Profeta Diário quando viu O-Menino-Que-Sobreviveu.

– Neville Longbottom, O-Menino-Que-Sobreviveu! – exclamou Lockhart e Neville aproximou-se, preparando para enfrentar a animada multidão. – Grande e bonito sorriso, Neville. Juntos, tu e eu valemos a primeira página.

Neville mostrou o seu melhor sorriso; aparecer no Profeta Diário com outro famoso era uma forma de aumentar ainda mais a sua popularidade.

– Senhoras e senhores! – Lockhart chamou alto. – Este é o momento extraordinário e perfeito para eu fazer uma excelente anúncio. – a multidão aplaudiu ansiosamente. – Quando o jovem Neville veio aqui hoje para comprar os meus livros para a escola, os quais eu ofereço, ele não tinha ideia de que ele e os seus amigos iriam ter a honra de me terem como professor. – a multidão começou a dar vivas e a aplaudir. – Sim, senhoras e senhores, é isso mesmo… Eu tenho o prazer de anunciar que irei ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts este ano!

Neville deixou Lockhart, que sorria arrogantemente para a multidão, e foi ter com Ron,

– Parece que já não vou ter de comprar os livros. – disse ele, apontando para o seu caldeirão, que estava cheio com os mencionados livros.

– Aposto que amaste, não é, Longbottom? – zombou um jovem bruxo loiro. – O famoso Longbottom nem sequer pode ir a uma livraria sem fazer a primeira página!

– Deixa-o sozinho, ele não tinha escolha! – defendeu Ginny.

Ginny nunca gostara de valentões, mesmo que quem era maltratado era o estúpido Longbottom.

– Huh! Longbottom, arranjaste uma namorada! – ridicularizou Draco Malfoy.

Ginny ficou vermelha devido ao embaraço e Ron e Hermione (que juntara-se a eles anteriormente) ficaram boquiabertos.

– Ela!? Minha namorada!? – zombou Neville. – Malfoy, esqueceste-te de quem eu sou? Eu sou O-Menino-Que-Sobreviveu! Eu posso arranjar melhor do que uma estúpida, insignificante e feia fã.

Aquilo chocou Ginny. Ela não gostava dele e ele não gostava dela, mas o que ele disse foi desnecessário. No final da confrontação, um bruxo loiro mais velho apareceu tal como um bruxo ruivo e juntos começaram outra confrontação.

Nessa noite, uma triste Ginny estava a arrumar o que precisaria em Hogwarts, quando encontrou um velho diário preto no meio dos livros dela. Ela precisava de um novo diário, por isso começou a escrever inocentemente, acreditando ser uma prenda dos pais.

O resto do verão, no Burrow, passou sem incidentes. Ron e Neville, quando não estavam a comer, jogavam Quidditch ou outro jogo mágico e gozavam com Ginny; Fred e George estavam de roda de novas partidas; Percy continuou fechado no seu quarto; a Sra. Weasley cuidava da famíla e o Sr. Weasley trabalhava com muito gosto no seu trabalho.

######

Harry adorou o seu verão. Não fora só treinar. Perenelle e Nicolas eram pessoas brilhantes com um excelente senso de humor. No início, Harry receara pregar-lhes partidas, mas, após alguns dias, passou a ser comum uma guerra de partidas entre Harry, os Flamels, Remus, Harold e até mesmo, mas só às vezes, Juliet, Milly e Benny. Eles também passaram bastante tempo no mundo Muggle, desfrutando dos parques e de outros lugares interessantes, sendo claro que Milly e Benny não os acompanharam.


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Notas finais do capítulo

N/A: Aqui está outro capítulo.
Ginny não é fã do Neville e tem um novo diário. Como é que vai ser o primeiro ano dela em Hogwarts?
Até ao próximo capítulo,
Inês



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