Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC


Capítulo 3
Capítulo 3 - A Coragem d’O-Menino-Que-Sobreviveu




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Perenelle e Nicolas Flamel eram considerados, sem quaisquer problemas, a mais velha bruxa e o mais velho bruxo do mundo, eles tinha mais de seiscentos e sessenta anos. Como era isto possível? Bem, Nicolas era um bem reconhecido alquimista e assim foi capaz de criar a Pedra Filosofal, que não era uma simples pedra. Tinha poderes incríveis, que incluem a produção do Elixir da Vida e a transformação de metal em ouro. Portanto, os Flamels foram capazes de ter uma vida imortal, graças ao Elixir da Vida.

Os Flamels viviam felizes na casa deles, em Devon. Nicolas era um senhor alto, o cabelo e a barba, uma vez castanhos, eram cinzentos e um bocadinho compridos e os olhos eram escuros. Perenelle era baixa, quando comparada ao marido, o cabelo, que outrora fora louro, era branco e comprido e os olhos eram azuis.

O casal raramente recebia visitas, normalmente eram eles que iam visitar. Mas em Maio de 1991, eles receberam uma visita surpresa de Albus Dumbledore.

– Nicolas, meu amigo, como tens estado? – ele perguntou cordialmente.

Nicolas passou a tarde, na sala de estar, falando com Dumbledore, suspeitando do porquê de ter vindo ali. Logo, não houve admiração quando o assunto foi abordado.

– Perenelle, Nicolas… Por favor, digam-me… A Pedra Filosofal está bem protegida?

– É óbvio que está! – respondeu Perenelle mais alto do que previra. – Tu sabes, ela tem estado protegida por muitos séculos. Porque perguntas?

– Bem, vocês veem… Eu tenho alguns contatos e eles avistaram sinais de que Voldemort está na Albânia. Eu receio que ele tentará roubar a vossa pedra para recuperar o poder e ser imortal.

– Não estava ele morto? – inquiriu Perenelle, bebendo o sumo de abóbora dela.

– Não… Voldemort foi apenas enfraquecido pel’O-Menino-Que-Sobreviveu. – Dumbledore confiou-lhes.

– É mesmo? O que é que sugeres que façamos? – Nicolas questionou, encostando-se na poltrona dele.

Ao final do dia, eles decidiram. A Pedra Filosofal iria para Banco Gringotts e depois para Hogwarts, onde Dumbledore iria ficar responsável pelas proteções.

No dia seguinte, Nicolas foi ver um amigo e contou-lhe a conversa que tivera.

– Nico, tu sabes que eu não confio nele. Mas, por favor, não confies nele com a pedra. – o amigo implorara.

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Era um de Setembro de 1991 e a agitação na Plataforma 9¾ na Estação King's Cross em Londres aumentou. Podia-se ver pais a seguirem os filhos com malas grandes, animais de estimação… Parecia como qualquer outro um de Setembro, mas não era. Muitas crianças e muitos adultos rodeavam O-Menino-Que-Sobreviveu. Ouvia-se pedidos para tocar na cicatriz, pedidos para tirar fotografias, pedidos de autógrafos, pedidos de casamento… Neville brilhava, ele tinha toda a atenção, logo ele podia mostrar o seu brilhantismo.

– Sr. Longbottom, qual é a casa que acha que vai estar? – um jornalista do Profeta Diário perguntou.

– O que pensa de Hogwarts? – questionou outro. – O que podemos esperar de si, Sr. Longbottom?

– Eu, O-Menino-Que-Sobreviveu, irei estar em Gryffindor. Hogwarts vai ter a honra de me ter lá e eu irei mostrar aos covardes e sujos Slytherins o que eles são.

Neville Longbottom continuou a gritar as suas crenças egocêntricas e absurdas com um sorriso arrogante na cara rechonchuda até que foi a altura de entrar o fantástico e vermelho Expresso de Hogwarts.

#######

Nesta altura, um rapaz com olhos verdes brilhantes terminava o seu banho, após um treino intenso no ginásio da Mansão Potter. Harry estava incrivelmente feliz, o avô ia cumprir a sua promessa. Ele lembrava-se tão bem daquele dia.

Harry sempre gostara de ler, influência do padrinho, e quando tinha seis anos ele encontrou uns diários velhos. Eram escritos pelo bisavô do Harry, enquanto estudava em Hogwarts. Ele escrevera todas as partidas que fizera mais os amigos, os Mauraders. Harry adorou os diários, tendo estes toda e completa atenção, especialmente uma coisa.

– Avô, o que é um Animagus? – perguntou um menino de seis aninhos.

– Interessado em Animagus também? Harry, um Animagus é uma pessoa que se pode transformar num animal. O teu pai e o teu bisavô eram Animagus, ambos se transformavam em cervos. E é claro que eles nunca registraram as suas formas no Ministério. – explicou animadamente Harold.

– Posso aprender a ser um?

– Desculpa-me, Harry… Agora não podes, mas depois das férias quando tiveres onze, eu irei-te ensinar. Eu prometo. – assegurou Harold ao animado garoto.

Quando Harry parou de se lembrar daquele dia, ele, a família, a Milly e o Benny estavam a terminar o delicioso almoço preparado pelos elfos-domésticos.

– Avô, lembras-te?

– Lembrar-me? Do que é que me estás a falar? – perguntou Harold, fingindo-se desentendido.

– Tu sabes do que estou a falar… - Harry aproximou-se e sussurrou no ouvido do Harold. – Tu prometeste que me ensinarias como ser um Animagus.

– Ah, isso!? Estás preparado? Creio que a tua avó tem a poção Animagus aí algures…

Nos meses seguintes, Harry, além de continuar o seu treino do costume, esforçou-se bastante para ser um Animagus.

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Em Hogwarts, um trio começou a ser conhecido como o Trio de Ouro, devido das experiências curiosas que tinham. O-Menino-Que-Sobreviveu chegara à escola esperando ser amado por todos e de não precisar de fazer algum. Ronald Bilius Weasley, normalmente tratado por Ron, pensara que finalmente deixaria de ser uma sombra perante o sucesso dos cinco irmãos mais velhos, pois ele era o melhor amigo d’O Menino-Que-Sobreviveu. Hermione Jane Granger, uma estudiosa Muggle-born com aspirações de ter amigo neste novo mundo e ser bem-sucedida.

A primeira experiência de Ron foi durante a viagem nos barcos. Ele não prestara atenção ao que Hagrid dissera e caiu no Lago Negro. Para Hermione foi a impossibilidade de responder às perguntas do professor de poções. E para Neville foi durante a Cerimónia da Seleção das Casas.

O Salão Principal estava cheio de estudantes felizes a aterrorizados. A Professora Minerva McGonagall já começara a chamar os nomes.

– Longbottom, Neville! – chamou ela.

– Slyhterin! – exclamou o Chapéu Selecionador após dois minutos.

A confusão era toral. Como poderia ser? O-Menino-Que-Sobreviveu era um Slytherin. Mas é claro que ao final da noite, o diretor mudou-o para Gryffindor.

Depois de algumas semanas, Neville era amigo do Ron, um miúdo ruivo que conhecera na festa de aniversário, e era seguido por Hermione, uma sabe-tudo. Eles já tinham conhecido Fluffly, o cão de três cabeças do Hagrid, quando fingiram ter um duelo à meia-noite e estiveram na Floresta Proibida. Normalmente, estas atitudes levariam à perda de pontos para os alunos, mas desde que um deles era O-Menino-Que-Sobreviveu, eles ganhavam pontos. Durante o Halloween, eles decidiram acrescentar mais uma pequena aventura às suas façanhas.

Os estudantes aproveitavam a Festa de Halloween com decorações fantásticas e comida maravilhosa, quando, o de repente, o professor Quirinus Quirrel apareceu e, antes de desmaiar, disse:

– Troll nas masmorras! Troll nas masmorras! Pensei que devia deixar-vos saber.

É claro que o Trio de Ouro, sendo como eram, foi para as masmorras lutar contra o troll das montanhas. Quando os professores apareceram, viram o Trio de Ouro seguro, mas inconsciente. Depois de o troll ser derrotado e as crianças acordadas, Dumbledore deu a cada um vinte pontos por levantarem-se contra a criatura.

O Natal passou e O-Menino-Que-Sobreviveu mais os amigos continuaram a ter aventuras perigosas. Neville fazia parte da equipa de Quidditch de Gryffindor, graças a Dumbledore, mesmo sendo horrível a voar. Ele caiu da vassoura no primeiro jogo e Gryffindor perdeu todos os seus jogos. O Trio de Ouro ganhava mais pontos por estarem fora da cama à noite.

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Na Mansão Potter, Harry ria apos descobrir as últimas aventuras d’O-Menino-Que-Sobreviveu, mas ele não parava de treinar. Harry já sabia o mesmo que os estudantes do quinto ano em Hogwarts e estava a prepara-se para tornar-se um perito em diferentes áreas mágicas em dois ou três anos.

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No fim de Abril, Neville, Ron e Hermione com a ajuda de Dumbledore transferiram Norbet, um dragão Norwegian Ridgeback, para a Roménia, onde um irmão de Ron, Charlie, trabalhava.

Uma semana antes dos exames, o trio foi até ao corredor do terceiro andar, pois tinha descoberto sobre a Pedra Filosofal e queria protege-la do professor Severus Snape. Apenas Neville chegou a câmara, onde Quirrel estava em frente do Espelho de Ojesed, Ron tinha-se magoado durante o jogo de xadrez e Hermione, após resolver o problema de lógica, fora ajudá-lo.

– O que é que o espelho faz? Eu vejo o que desejo… - murmurava Quirrel olhando para o espelho. – Mas como é que eu obtenho a pedra?

– Usa o rapaz. – disse uma estranha, grossa e rouca voz e O-Menino-Que-Sobreviveu desmaiou de medo.

Quando Neville acordou, ele estava na ala hospitalar. À volta da cama estavam montes e montes de diferentes doces mágicos.

– Neville, meu rapaz…

O garoto saltou assustado, tinha prestado tanta atenção aos doces, que não reparou quando Dumbledore entrara.

– São dos teus amigos e admiradores. – disse-lhe o bruxo mais velho, apontando para os doces e sentando-se numa cadeira. – É bom ver que recuperaste. Estiveste inconsciente durante três dias.

– A sério?

– Sim. Neville, tu foste esplêndido ao levantares-te contra Voldemort.

– O Quem-Nós-Sabemos!? – exclamou o tolo miúdo, depois de tremer na menção de Voldemort, o medo era visível na cara dele. – Eu matei-o! Ele esta morto!

– Não, ele não está. Ele estava a possuir o professor Quirrel.

– Po-possuir? Ele t-tem estado aqui p-por um a-ano! A v-voz…

– É isso mesmo. – confirmou Dumbledore. – Os teus amigos, Hermione e Ronald, escreveram-me uma carta sobre o que fizeste. Quando a li, já estava a caminho de Hogwarts.

– Onde é que está o Q-Quem-N-Nós-Sabemos? – perguntou aterrorizado Neville.

– Voldemort fugiu. Quando cheguei à câmara, eu vi-te deitado no chão e Voldemort estava ao teu lado. Quando ele tocou-te, ele queimou-se. E quando me viu, ele fugiu.

Quando o bruxo de longa barba mencionava Voldemort, Neville tremia.

– E-ele queimou-se? Porquê?

– Ele queimou-se, mas eu apenas posso imaginar o porquê. Creio que é devido ao sacrifico da tua avó na noite que Voldemort deu-te essa cicatriz na bochecha. Ela morreu para te salvar. E Voldemort não consegue perceber isso, ele não consegue entender o poder do amor.

A criança voltou a tremer ao ouvir Voldemort.

– Oh… A pedra? Está segura? – perguntou o rapaz gordinho.

– Neville, eu receio que Voldemort destruiu a Pedra Filosofal quando ele partiu o Espelho de Ojesed.

O nome Voldemort, mais uma vez, fez o jovem bruxo tremer.

– Então, o seu amigo, Flamel… Ele vai morrer?

– Sim, ele vai. Mas, Neville, não te preocupes. Para uma mente bem organizada, a morte é apenas a próxima grande aventura.


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Notas finais do capítulo

N/A: Quem será o amigo de Nicolas Flamel que não confia em Dumbledore?
Neville enfrentou Quirrel, tão corajoso…