Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC


Capítulo 14
Capítulo 14 - O Torneio Tri-Feiticeiro


Notas iniciais do capítulo

Os diálogos das personagens em itálico significam que estão a falar nas suas mentes.



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O Frank Longbottom era um homem muito feliz.

Ele casara com a mulher dos seus sonhos e ela abençoou-o com um filho maravilhoso. O filho dele, Neville Longbottom, era o Menino-Que-Sobreviveu e o Frank não conseguia esconder o seu orgulho, não que ele o desejasse esconder. Agora o seu filho era também um dos campeões do Torneio Tri-Feiticeiro e ele mal podia esperar para ver o seu filho em ação.

O Frank tinha a certeza absoluta de que o seu filho iria fazer um bom trabalho perante o dragão(afinal, ele junto com Dumbledore tinham planeado um excelente plano para a primeira tarefa assim como para as restantes). No entanto, a Alice estava preocupada, como qualquer mãe estaria na mesma situação.

No dia da primeira tarefa, os Longbottom chegaram cedo a Hogwarts e desfrutaram do pequeno-almoço na companhia do filho na mesa de Gryffindor, relembrando os seus dias de juventude. Mais tarde, a família popular passeou junta e felicíssima pelos terrenos da escola em paz, evitando encontros indesejados.

Quando estava quase na altura da tarefa, os Longbottom começaram a aproximar-se na arena.

– O meu campeão está pronto? – perguntou entusiasticamente o Frank ao filho e pôs o seu braço direito à volta dos ombros do filho, apertando-os.

O Neville, sorriu nervosamente e respondeu baixo:

– Acho que sim…

– Para os nervos e tudo correrá bem, filho. Confia em mim!

A Alice, no outro lado do Neville, acenou a cabeça e acrescentou:

– E não te esqueças de ter cuidado!

Antes de o Neville, tenso, entrar na tenda dos campeões, tanto a Alice como o Frank abraçaram-no e desejaram-lhe boa sorte novamente. A seguir, a Frank levou a Alice, que estava emocionada, para as bancadas da arena, onde se foram juntar aos amigos alegres do filho.

***

25 de Novembro de 1994

Dragões e Ovos em Hogwarts

O Torneio-Tri-Feiticeiro acontece na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts. Neville Longbottom, Cedric Diggory, Fleur Delacour e Viktor Krum são os quatro (em vez dos usuais três) campeões que foram escolhidos pelo Cálice de Fogo a 31 de Outubro.

A primeira tarefa ocorreu ontem, 24 de Novembro, e testou a ousadia dos campeões. Foi o dia perfeito para os campeões retirarem ovos dourados de perigosos dragões fêmeos. Estes ovos dourados contêm pistas, que servirão de grande ajuda aos campeões para a segunda tarefa.

O primeiro campeão a entrar na arena foi Cedric Diggory. Diggory, no início, estava surpreso com a visão do Swedish Short-Snout e escondeu-se atrás de uma rocha. A seguir, depois de uns minutos, ele transfigurou a rocha que estava por perto num cão e o dragão ficou distraído. Diggory dirigiu-se ao ninho a retirou o ovo dourado, mas acabou por chamar a atenção do dragão e foi queimado na cara.

Depois do Diggory, foi a vez da Fleur Delacour. Ela não estava surpresa com a visão do Common Welsh Green e rapidamente encantou-o para dormir. Parecia demasiado fácil para Delacour, portanto enquanto retirava o ovo dourado do ninho, o dragão ressonou, libertando chamas. A saia dela começou a arder, mas ela não teve problemas em acabar com as chamas.

A vez do Viktor Krum foi a seguinte e ele enfrentou um Chinese Fireball. A jovem estrela de Quidditch mostrou-se confiante e foi com confiança que ele cegou a dragão com a Maldição Conjunctivitis. Infelizmente, o dragão tropeçou e esmagou alguns dos ovos verdadeiros. Além disto, Krum fez uma excelente performance na tarefa em mãos.

O último dragão era o mais feroz deles todos, um Hungarian Horntail, e foi Neville Longbottom, o campeão mais novo, que o enfrentou. O mau humor desta raça é muito temido, mas este dragão mostrou-se entorpecido perante a presença do menino-Que-Sobreviveu. Longbottom teria obtido uma pontuação perfeita, se não fosse pela sua falta de jeito, que provocou a quebra de alguns dos ovos reais.

Após uma primeira tarefa emocionante, Viktor Krum e Neville Longbottom estão empatados em primeiro lugar, com Fleur Delacour em segundo e Cedric Diggory em terceiro.

A secunda tarefa está marcada para ocorrer a 24 de Fevereiro, mas primeiro os campeões devem enfrentar o Baile de Inverno na Noite de Natal.

Betty Braithwaite (Profeta Diário)

***

– Porque é que este maldito baile tinha de acontecer?

– É tradição do torneio, Ron. – Um rapaz paciente com pele escura respondeu ao seu amigo ruivo, que o ignorou.

No dormitório masculino de Gryffindor, os rapazes do quarto ano estavam-se a preparar para irem dormir depois de uma intensa luta de bolas de neve durante aquela tarde. Como de costume, eles conversavam entre si. Bem, desta vez eles não estavam exatamente a conversar, estavam mais a queixarem-se entre si. Nenhum deles tinha ficado realmente animado com o Baile de Inverno, que ocorreria na semana a seguir.

– Vai ser fácil para o Nev arranjar um par… Afinal, ele é O-menino-Que-Sobrevivei e um campeão! – Ron continuou o seu monólogo, zangado, encostando as costas na cama. – Mas quem é que quereria ir com o pobre Ron Weasley e as suas vestes esquisitas!?

O Neville sorriu condescendentemente para o amigo e tentou animá-lo.

– Não sejas tão duro contigo próprio, Ron. Tenho a certeza que há muitas raparigas a quererem ir contigo…

– O Neville está certo. – Concordou o Dean Thomas e depois sussurrou misteriosamente – Ouvi que a Millicent Bulstrode tem par… Se ela consegue, até o Snape consegue arranjar um par…

– Bulstrode tem par!? – Exclamou o Seamus Finnigan em descrença, enquanto vinha da casa de banho, usando apenas uma toalha de banho.

– Foi isso o que ouvi… - Confirmou o Dean com a voz abafada, pois estava a vestir a camisola do pijama vermelho.

O Seamus abanou a cabeça ainda em descrença, mas decidiu não discutir mais o assunto e começou a vestir o seu pijama às riscas.

– De qualquer forma, Weasley, tu e a maioria dos gajos irão arranjar um par depois do teu amigo arranjar.

– Com ciúmes, Seamus? – Zombou o Neville, sorrindo.

– Apenas arranja um par, Longbottom! – Respondeu o Seamus, chateado, e atirou-lhe uma almofada, enquanto os outros rapazes assistiam ao espetáculo. – Eu quero ter um par.

– Pessoal, com quem é que gostariam de ir? – Perguntou o Ron, curioso.

– Cho Chang. – Respondeu o rapaz irlandês com uma voz sonhadora.

– Esquece isso, Seamus. Ela já tem alguém. – Disse-lhe o Neville, sorrindo provocadoramente. – Ela é a namorada do Diggory.

O Seamus suspirou.

– Uma pena… Ela é que perde… Bem, assim, diria a Lavender Brown. Ela é bonita.

– Boa escolha, amigo. – Elogiou o Dean. – Eu cá não me importaria se a Susan Bones fosse comigo.

O Seamus assobiou e disse-lhe:

– Boa sorte!

O Neville e o Ron assentiram e o Dean perguntou-lhes:

– E vocês os dois?

– Perguntar à Hannah Abbot vai ser a primeira coisa que vou fazer amanhã de manhã. – O Neville presunçosamente disse. – Depois, vocês estão livres para perguntarem às vossas ladies.

– Não podias fazer isso mais cedo? – Acusou o Seamus e foi apoiado pelo seu melhor amigo.

– Desculpem-me! – Disse o Neville baixinho, fingindo vergonha. – Ron, ainda não disseste nada…

Quando a almofada do Neville acertou a face do Ron, este acordou dos sues tristes pensamentos.

– Mas que raios foi isso, Nev? – Gritou com raiva o Ron.

– Calma, Weasley! – Disse suavemente o Seamus. – Apenas queremos saber com quem queres ir…

O Ron ignorou o rapaz irlandês e perguntou:

– Acham que o rumor é verdadeiro?

Os rapazes ficaram confusos com a pergunta.

– Qual rumor, Ron? – Perguntou o Dean. – Esqueceste-te que estamos em Hogwarts? Há muitos rumores por aqui…

– Ouvi que o Viktor Krum tem sido visto muitas vezes na biblioteca –

– É normal, é um campeão. – Interrompeu o Seamus.

O Ron fez careta de irritação, mas continuou a falar.

– Como estava a dizer, o Krum, ultimamente, tem sido visto muitas vezes por lá, por causa da Hermione. Ouvi dizer que lhe perguntou para ir com ele ao maldito baile. – Resmungou tristemente o Ron. – Acham que é verdade? Que a Hermione é o par dele?

Os rapazes de Gryffindor olharam para o seu amigo ruivo sem saberem o que dizer. A paixoneta do Ron pela Hermione era bem conhecida por toda a Hogwarts.

***

Houve um tempo em que Ronald Weasley admirou o fantástico craque do Quidditch Viktor Knrum, os gémeos até costumavam gozar com ele sobre isso. No entanto, quando ele ouviu que o Krum gostava da Hermione, ele começou a desprezá-lo. Quando ele descobriu que o Krum tinha a convidado para o Baile de Inverno, o Ron desejou muito poder-lhe dar um soco.

Todos os amigos dele tinham convidado quem queriam, mas o Ron preferiu não ver a Hermione nos braços do Krum. Já era péssimo que as vestes dele eram horríveis e que num momento de loucura ele tinha convidado a Fleur Delacour. Ele não queria juntar a isso o facto que iria ao Baile de Inverno sozinho. Não, o melhor seria ficar no dormitório e tentar dormir sem pensar que a Hermione estava a divertir-se, harmonizando com o inimigo.

***

– Sim, meu lorde. Eu irei fazer isso. – disse um homem baixinho, fazendo uma vénia para a figura sentada, e depois retirou-se da sala escura.

O meu lorde acabou de mandar-me verificá-lo. Bartemius Crouch Junior. Ele é um traidor, mas o meu lorde confia nele e precisa dele para chagar ao rapaz.

O rapaz do Frank, Neville é o nome dele. Fui o quinto a segurá-lo quando ele nasceu, logo a seguir à Alice, ao Frank, à Sra. Longbottom e ao Sirius. O Remus não tinha conseguido vir, mas ele veio no dia a seguir.

Eu traí-los e eles nunca irão perceber o porquê. Nós estávamos a perder a guerra para o meu lorde. Eu estaria morto se não me tivesse juntado ao lado vencedor, o lado do meu lorde. Estou melhor agora, sou o braço direito do meu lorde. Ele vai-me fazer poderoso.

O meu caminho até Hogwarts é rápido e fácil. Eu poderia apenas voltado à mansão, mas o meu lorde saberia isso e iria punir-me. As punições dele não são agradáveis, não quero ser punido tão rápido após a última vez.

Ninguém repara em mim na minha forma Animagus e simplesmente amo a passagem secreta na Honeydukes. Sempre demoro um pouquinho para arranjar alguns doces. Os doces são deliciosos. A passagem é também perfeita para os meus propósitos. Em cinco minutos estou na sala do Barty para obter o relatório dele.

Mal posso esperar. Em breve este torneio tolo terminará e o meu lorde recuperará o seu corpo. Depois, o reinado dele será vitorioso mais uma vez. E eu estarei do lado vencedor.

Blah, porcaria das teias de aranhas! Odeio-as. Quando era um estudante, nós mantínhamos as passagens limpas. Puf, paciência… Preciso de continuar.

Boa, ninguém está aqui. Estou quase lá. A sala do Barty não fica muito longe desta feia estátua da bruxa com um olho. Ela sempre me assustou. A sala de aulas, tal como da última vez… E aqui ficam as escadas…

Espera lá! Quem são aqueles!?

Maldita escuridão! Não consigo ver as malditas caras! Caramba, o que estão eles a fazer!?

Oh-oh! O meu lorde não vai gostar disto… Não vai mesmo, nada mesmo…

Gulp! Preciso de voltar e rapidamente! Mas eu estou tão em apuros…

***

O Peter Pettigrew estava certo. Ele estava em apuros. O Lorde das Trevas não aprecia más notícias. Mesmo com um corpo grotesco, o seu poder não devia ser sobrestimado.

O Lorde Voldemort descansava num confortável e velho sofá verde-escuro em frente de uma linda lareira ornamentada. Ele não gostava do Pettigrew, mas por vezes o rato era-lhe útil. De vez em quando, ele iria enviá-lo para verificar o Barty Crouch Junior. O Barty era de longe muito mais importante que o Peter, e o sucesso da missão dele iria implicar o ganho de um corpo humano, o que ele realmente precisava.

Ouvir que o Barty tinha sido capturado tinha enfurecido tanto o Voldemort, mas mesmo tanto, que, até mesmo duas semanas mais tarde, o Peter Pettigrew ainda tremia da Maldição Cruciatos.

***

25 de Fevereiro de 1995

Um Lago Gelado para os Campeões

Toda a gente conhece o típico tempo britânico, mas mesmo o frio não parou a segunda tarefa do Torneio Tri-Feiticeiro.

No dia anterior à tarefa, 23 de Fevereiro, foi retirado aos campeões a pessoa que eles iriam mais sentir falta. Para recuperá-los, os campeões tiveram uma hora para procurá-los na vila dos sereianos do gelado Lago Negro.

O Neville Longbottom foi o único campeão a voltar dentro do tempo limite com o seu melhor amigo, Ronald Weasley. O Cedric Diggory com a sua namorada, Cho Chang, e o Viktor Krum com o seu par do Baile de Inverno, Hermione Granger, voltaram uns minutos mais tarde. A Fleur Delacour não conseguiu terminar a tarefa, pois os grindylows atacaram-na, e dois sereianos trouxeram a sua irmã mais nova, Grabielle Delacour, no final.

Como conseguiram os campeões respirar debaixo de água durante uma hora? Alguns dos métodos são impressionantes. Tanto o Diggory como a Delacour utilizaram o Feitiço Cabeça-de-Bolha, enquanto o Krum preferiu transfigurar-se parcialmente num tubarão. O Longbottom aproveitou o seu conhecimento de Herbologia e comeu gillyweed.

Todos os campeões receberam diferentes pontuações dos juízes e os campeões de Hogwarts estão à frente dos de Durmstrang e de Beauxbatons. O-Menino-Que-Sobreviveu está à frente e o Cedric Diggory segue-o. Em terceiro está o Viktor Krum e a Fleur Delacour está em quarto.

A derradeira tarefa irá ocorrer a 24 de Junho e são todos contra todos.

Betty Braithwaite (Profeta Diário)

***

O Harry estava nervoso. Embora a sua tarefa era até simples, o jovem sabia da sua importância. Falhar não era uma opção disponível.

O Harry precisava de encontrar os Neville Longbottom sozinho, mas isso não era fácil, pois ele estava com os seus pais. Estes poderiam já não ser tão novos como já tinham sido, mas continuavam a ser excelentes duelistas e potencias testemunhas para o que Harry estava prestes a fazer.

O jovem rapaz, auxiliado pelo seu manto de invisibilidade, já estava a seguir o Neville por algumas horas. A terceira tarefa iria ocorrer mais tarde, mas ele precisava de encontrar o rapaz gorducho sozinho. Parecia uma tarefa impossível, uma vez que o Neville estava sempre com alguém, com os seus pais, com os seus amigos, até mesmo com alguns repórteres.

De repente o Harry viu a sua oportunidade. Provavelmente, não teria mais nenhuma, logo seria melhor se ele descachace-se. Finalmente, o Neville estava sozinho. Ele tinha ido à casa de banho masculina sem ninguém.

O Harry odiava atacar alguém pelas costas, mas era necessário. Agarrou na sua varinha, levantou o manto e apontou na direção do Neville, que estava a lavar as mãos e a ver-se ao espelho.

O rapaz com cabelo loiro escuro viu a cabeça, o braço e a varinha do Harry, mas não teve tempo de gritar por ajuda, pois o seu oponente rapidamente lançou:

– Stupefy!

Ginny! – chamou o Harry. – Podes vir até aqui, por favor?

Claro… Estou a caminho! – respondeu ela no salão comum de Gryffindor e presunçosamente disse para os gémeos. – Sou precisa! Boa sorte, rapazes, com a vossa partida.

Ginny rapidamente, mas sem chamar atenção indesejada, chegou à casa de banho dos rapazes e divertidamente perguntou ao namorado:

– Chamaste-me?

– Ginny, para de brincar! – avisou seriamente o Harry. – Podes levá-lo… sei lá… talvez para a Sala das Necessidades?

– Claro. Sem problemas. – respondeu ela. – Dá-me o manto, por favor. Vou precisar dele.

Enquanto a Ginny estava a cobrir o Neville com o manto de invisibilidade, ela lembrou-se que qualquer rapaz poderia entrar na casa de banho a qualquer instante.

– Harry, vê lá se não vem ninguém para aqui. Não preciso de ser mais odiada do que já sou.

O Harry, que já tinha vestido as roupas do Neville, tirou o seu mapa de uma bolsinha que tinha e depois de observá-lo por uns segundinhos, ele disse:

– Ninguém vem aí.

– Ok, obrigada! Boa sorte, Harry!

A seguir, ela beijou-o apaixonadamente, levitou magicamente o corpo inconsciente do Neville e saiu da casa de banho.

Quando o Harry não podia ver mais a Ginny, ele suspirou e fitou um frasquinho, que continha a Poção Polissuco.

– Espero que não saiba tão mal como as outras poções. – resmungou o Harry e rapidamente bebeu a poção. – Yuck!

***

Durante o resto do dia, o Harry teve sucesso em evitar os amigos e os pais do Neville, sempre com a mesma desculpa de que queria um tempo só para sim mesmo para poder relaxar antes da tarefa final. Só se encontrou com eles mais tarde para jantar.

Após uma refeição deliciosa no Salão Principal, todos foram para o campo de Quidditch tal como o Dumbledore pedira, enquanto que o Harry e os restantes campeões seguiram o Sr. Bagman até ao estádio.

Enquanto andavam até ao campo de Quidditch, nenhum dos campeões falou muito. O Sr. Bagman perguntou ao Harry se se estava a sentir confiante, o Krum não mostrava nenhuma emoção, a Delacour fitava a paisagem e o Diggory andava atrás deles com uma expressão severa.

Quando chegaram ao estádio, a McGinagall informou-os que tanto ela como o Hagrid, o Moody e o Flitwick estariam a patrulhar o labirinto em caso algum deles estivesse com dificuldades ou desejasse ser resgatado.

– Senhoras e senhores! A terceira e última tarefa do Torneio Tri-Feiticeiro está prestes a começar! – anunciou o Bagman, após ter apontado a sua varinha para a sua garganta e murmurado um feitiço de amplificação. – Por favor, deixe-me lembrar-vos como está a classificação neste momento! Em primeiro lugar, o Sr. Neville Longbottom! Em segundo lugar, o Sr. Cedric Diggory! Em terceiro lugar, o Sr. Viktor Krum! E em quarto lugar, a Srta. Fleur Delacour!

Nas bancadas, os estudantes aplaudiam entusiasticamente, enquanto o Bagman se preparava para soprar o seu apito.

– Assim… Neville, ao som do meu apito. – disse o Bagman. – Em três… Dois… Um…

Boa sorte, Harry! – a voz da Ginny soou na mente dele e o Harry sorriu, agradecido. A jovem Weasley, agora conhecida como Sra. Potter dentro do seu círculo de amigos próximos, sempre conseguia acalmá-lo.

Antes que o Harry pudesse reparar, o Bagman assoprou brevemente o seu apito e o jovem rapaz apressou-se a entrar no labirinto. Toda a vantagem era boa.

Quando entrou no labirinto, o som da multidão circundante foi silenciado.

Em menos de cinco minutos, os outros campeões iriam juntar-se a ele no labirinto. O Harry precisava de se despachar. Era suposto ser uma tarefa fácil, porque, na semana antes, o Moody tinha-lhe dado um mapa do labirinto. Mesmo que ele se esquecesse para onde deveria ir, ele poderia sempre perguntar à sua linda namorada.

Obrigada, Harry! Agora, despacha-te! Precisas de ser o primeiro a chegar à tala, ou esqueceste-te?

Harry riu após ter ouvido a Ginny, mas não se atreveu a desobedece-la.

***

Após uns longos quarenta minutos, o Harry já tinha encontrado a Fleur Delacour inconsciente e enfrentado o Viktor Krum, que estava sob a influência da Maldição Imperious.

No seu caminho até a Taça, os seus obstáculos reais tinham sido poucos, tendo sido o Krum os mais perigoso. De acordo com a Ginny, só lhe faltava enfrentar uns poucos obstáculos fáceis até chegar até à Taça.

As Sombras tinham descoberto, uns meses antes, que de algum modo o Voldemort iria usar a Taça como um portkey para conseguir o Longbottom. Eles não poderiam deixar isso acontecer. Portanto, em vez do Longbottom, o Voldemort iria encontrar o Harry.

Vamos lá, Harry! Estás tão próximo! – encorajou-o a Ginny. – De acordo com a mapa, o Cedric está também por perto… Oh, e não te esqueças da poção.

– Ok, Gin! – respondeu o Harry, bebeu mais uma dose da Poção Polissuco, que mantinha no bolso, e começou a correr, seguindo as direções da Ginny.

No entanto, quando a Harry finalmente viu a Taça reluzente, ele viu também o Diggory. Cada rapaz fitou o outro por uns segundinhos, antes de ambos começarem a correr como loucos até à Taça.

Corre, Harry, Corre! Tu consegues vencê-lo!

Apesar da confiança da Ginny, o Harry não venceu o Cedric Diggory. Ambos os rapazes tocaram na reluzente Taça ao mesmo tempo. Instantaneamente, nenhum deles estava mais no labirinto.

***

– Argh!

Harry, estás bem? – perguntou a Ginny cheia de preocupação, enquanto ele se levantava.

O Harry odiava os portkey tanto como ele odiava o pó de floo. Ele simplesmente tinha problemas com as meios mágicos de transporte, a não ser que fossem vassouras ou Aparição.

Sim, Gin. Não te preocupes. Quanto tempo demoram eles a chegar?

O Harry reconheceu o lugar para onde a Taça o levara e, infelizmente, também o Diggory. Ele tinha estado ali antes. No topo da colina estava a Mansão Riddle, onde o Voldemort tinha se estado a esconder há mais de um ano. Quando era mais novo, o avô do Harry tinha o levado, debaixo do manto de invisibilidade, a visitar Little Hangleton, de modo a lhe contar mais sobre a história de Voldemort.

Não sei. Dez, talvez vinte, minutos, no mínimo… Há muitas alas.

– Longbottom, sabes onde é que estamos? – perguntou o Diggory, ele estava perto do Harry e com a varinha em punho, mas não estava nem nervoso nem assustado.

Ok, Gin!

– Não faço a menor ideia, Cedric. – respondeu o Harry. Ele achava o rapaz mais velho suspeito. – E tu?

O Diggory sorriu largamente e devagarinho assentiu.

– Mas é claro que sei.

O Harry ia para se defender, mas o Diggory foi mais rápido com a varinha.


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Notas finais do capítulo

Olá! Como estão? Gostaram do capítulo?
Peço imensas desculpas pela demora, postei o capítulo na versão em inglês à cerca de uma semana e depois estive muito ocupada com a minha pessoal, pelo que não consegui postar mais cedo. Além disso, eu comecei um novo projeto, a tradução para inglês da história Correio Coruja. É uma excelente história, quem quiser ler pode encontrar o link para a versão original no meu perfil.
Quando comecei a escrever este capítulo, eu escrevi o que vai acontecer no próximo (sim, eu comecei pelo final). Portanto, o próximo capítulo já tem meio caminho andado e espero conseguir acabá-lo em breve.
Até ao próximo capítulo,
Inês



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