Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC
– Argh!
– Harry, estás bem? – perguntou a Ginny cheia de preocupação, enquanto ele se levantava.
O Harry odiava os portkey tanto como ele odiava o pó de floo. Ele simplesmente tinha problemas com as meios mágicos de transporte, a não ser que fossem vassouras ou Aparição.
– Sim, Gin. Não te preocupes. Quanto tempo demoram eles a chegar?
O Harry reconheceu o lugar para onde a Taça o levara e, infelizmente, também o Diggory. Ele tinha estado ali antes. No topo da colina estava a Mansão Riddle, onde o Voldemort tinha-se estado a esconder há mais de um ano. Quando era mais novo, o avô do Harry tinha o levado, debaixo do manto de invisibilidade, a visitar Little Hangleton, de modo a lhe contar mais sobre a história de Voldemort.
– Não sei. Dez, talvez vinte, minutos, no mínimo… Há muitas alas.
– Longbottom, sabes onde é que estamos? – perguntou o Diggory, ele estava perto do Harry e com a varinha em punho, mas não estava nem nervoso nem assustado.
– Ok, Gin!
– Não faço a menor ideia, Cedric. – respondeu o Harry. Ele achava o rapaz mais velho suspeito. – E tu?
O Diggory sorriu largamente e devagarinho assentiu.
– Mas é claro que sei.
O Harry ia para se defender, mas o Diggory foi mais rápido com a varinha.
***
– Argh!
– Harry, estás bem? – perguntou a Ginny cheia de preocupação, enquanto cautelosamente ela saía das bancadas do campo de Quidditch para ir procurar um lugar sossegado, que acabou por ser perto da Floresta Proibida.
– Sim, Gin. Não te preocupes. Quanto tempo demoram eles a chegar?
O plano deles não era perfeito e o Diggory estava a agir de forma inusitada. A Ginny precisava de contactar as Sombras depressa, antes que fosse tarde de mais
– Não sei. Dez, talvez vinte, minutos, no mínimo… Há muitas alas.
– Ok, Gin!
Ela olhou em seu redor para ter a certeza que estava sozinha. Depois, a Ginny pegou no espelho antigo, o mesmo que o Harry lhe tinha dado dois anos antes, e contacto o lobisomem favorito dela.
– Remus Lupin! – chamou ela e esperou os segundinhos.
Ela não oportunidade de falar, uma vez que o Remus falou primeiro, sabendo já a pergunta dela.
– Vamos a caminho, Ginny. Só uns problematizos com as alas, mas o Bill e o Nicolas estão a trabalhar o mais rápido que podem. Mais quinze ou vinte minutos.
– Ok, foi isso o que disse ao Harry.
De repente, a Ginny empalideceu e falou apreensivamente:
– Remus, por favor, vocês têm que se despachar. O Harry está metido em sarilhos. O Diggory está a atacá-lo. Ele tem estado a agir de forma estranha já desde alguns dias. Por favor, despachem-se!
– Ginny! – O Remus tentou chamar a atenção dela. – Ginny! Ginny, por favor, acalma-te. Diz-me o que estás a ver.
A rapariga ruiva estava inquieta e o coração dela estava aos pulos no peito dela. Ela sentou-se na relva e encostou-se a uma árvore.
– O Di-Diggory amarrou o Ha-Harry a uma lá-lápide de mármore… A lápide de T-Tom R-Riddle!
– Ok, Ginny. Estás a ir bem… O que mais consegues ver? – perguntou o Remus, enquanto também contava às Sombras o que estava a acontecer.
– Está a vir alguém por entre as sepulturas… Está a carregar algo…
– Ginny, consegues descrevê-lo?
– Ele é baixo e –
A Ginny ofegou, não falou por uns instantes e fez uma careta de repugnância.
– Aquilo é um bebé!? Ele… Ele carrega algo que parece… um bebé esquisito envolto em mantos!
– Mais alguma coisa, Ginny?
– Aquele é o Pettigrew, Gin! Eles vão renascer o Voldemort. Diz-lhes para se despacharem! – A voz alarmada do Harry soou na mente da Ginny.
***
Em Little Hangleton, as Sombras, sob Encantos Desilusórios, estavam a ter dificuldades em quebrar as alas.
– O Pettigrew vai renascer o Voldemort e o outro campeão está agir de forma estranha. – O Remus, zangado, informou. – Nick! Bill! Porque é que está a demorar tanto?
– Estas alas são boas. – respondeu o Bill sem para de trabalhar nelas.
O Bill Weasley era o irmão mais velho da Ginny. Ele era um jovem bonito, alto e magro com uma cabelo vermelho e longo apanhado num rabo-de-cavalo. Também tinha um brinco com uma presa e usava sempre botas de couro de dragão. O Bill era divertido, e ainda assim sério, e tinha um excelente sentido de humor.
Quando a sua irmãzinha lhe contou sobre a sua ligação, o Bill não hesitou em voltar para a Inglaterra. Ele não se importara que teria de ter um trabalho de escritório aborrecido no Gringotts. Ele tinha muitas saudades da sua irmã e faria qualquer coisa para protegê-la e ao Harry, de quem ele gostara desde o início. Se a Ginny tinha de estar ligada a alguém, o Bill iria sempre escolher o Harry
– Só mais alguns minutos, Remy. – O Nicolas tentou apaziguá-lo.
***
No cemitério, o Harry estava a experienciar diversos sentimentos. Ele estava confuso, preocupado, insatisfeito, frustrado, tonto… Ele estava a tentar compreender o Diggory. A família dele não tinha conexões nem com bruxos das trevas nem com as crenças deles. Talvez ele estivesse sob a influência da Maldição Imperius, tal como o Krum. Algo tinha de explicar o comportamento dele. A Ginny estava muito preocupada com ele, e o Harry não estava a conseguir acalmá-la. Ele odiava vê-la desassossegada ou com assustada. E, naquele preciso momento, ela estava as duas coisas.
– Meu Lorde…
O Diggory respeitosamente fez uma vénia ao bebé esquisito, que estava nos braços do Pettigrew.
– Barty, tiveste sucesso. Ótimo. – declarou a voz fria. Era possível ouvir a felicidade na voz descarnada.
O Harry estava a sentir-se um pouco atordoado, devido ao feitiço do Diggory, mas conseguia ouvir na perfeição. Ele tinha dito Barty? Como em Barty Crouch Junior? Ele era o impostor do Moody. Ele tinha fugido na Mansão Potter meses antes. O avô do Harry e o Moody tinham ficado tão furiosos e o Remus ainda se sentia culpado. Obviamente, eles tentaram encontra-lo, mas sem sucesso. O que teria o Barty feito ao verdadeiro Cedric Diggory?
Pettigrew pôs o bebé esquisito na relva verde, perto da lápide do Riddle, e enfiou algo na boca do Harry, que o prevenia de falar e de se mover. Rapidamente, o Traidor deixou de ser visto e uma cobra gigantesca deslizava pela relva, circulando a lápide, enquanto o Diggory assistia, fascinado. O Harry reparou no regresso do Pettigrew, quando ouviu a sua respiração rápida e ofegante. Ele estava a forçar algo pesado a mover-se pelo solo, o caldeirão mais largo que o Harry alguma vez vira na sua vida.
– Não és muito inteligente, pois não, Pettigrew? – zombou o Barty e apontou a sua varinha para o caldeirão, que levitou até estar próximo da lápide, onde o Harry estava amarrado e imobilizado.
O Pettigrew franziu o cenho, mas não comentou. Em vez disso, ele começou um fogo debaixo do caldeirão, que estava cheio do que parecia ser água. Entretanto, o Barty começou a parecer-se consigo mesmo. O efeito da Poção Polissuco tinha finalmente terminado. Não muito mais tarde, seria a vez de o Harry parar de parecer como o Neville Longbottom.
***
Finalmente, eu voltei a olhar como eu mesmo. Odeio a Poção Polissuco, mas não tive escolha. O meu Lorde precisa de mim. O Pettigrew é demasiado incompetente.
Escapar daquelas malditas masmorras foi muito mais fácil do que eu pensava. Acho que posso afirmar que sou um profissional na majestosa arte de escapar. Nunca deveriam ter-me deixado sozinho com o mestiço. Odeio tanto os lobisomens…
Só tive de aproveitar o momento em que ele estava de costas para mim e perto o suficiente para que eu o pudesse agarrar. Derrubei-o e deixei-o inconsciente no chão. Como a cada estava vazia (ainda não sei a quem é que pertence), foi fácil usar a rede de floo. Foi canja!
O meu Lorde não estava nada satisfeito com a minha ridícula captura e ele puniu-me por lhe falhar. Puniu-me ainda mais quando lhe contei que não sabia quem os meus captores eram além daquele lobisomem. Foi horrível, mas eu mereci. Eu falhei, mas nunca mais. Nunca mais vou-lhe falhar!
O meu Lorde precisa de um corpo, então tivemos de alterar um bocadinho o plano original. Tivemos de arriscar. Jurei ao meu Lorde que ainda conseguia fazer com que o miúdo Longbottom vencesse o torneio, e eu consegui. Não falhei com o meu Lorde, desta vez. Nem nunca mais lhe irei falhar. Afinal, eu sou o Devorador da Morte mais leal.
O miúdo Diggory era tão fraco e um idiota. Foi tão fácil apanhá-lo sozinho, à uns dias atrás. Primeiro, usei a Maldição Imperious, só para ter a certeza que conseguia matá-lo sem alguém descobrir. Depois, apenas tive de ir no lugar dele na tarefa final.
Em breve, o meu Lorde vai voltar e não vai poupar nenhum Muggle ou Sangue-ruim.
***
O Harry ouviu novamente a voz fria.
– Despacha-te!
O líquido no caldeirão aqueceu muito depressa. Não só a sua superfície estava a borbulhar, como estava iluminada com faíscas.
–Está pronto, Mestre. – disse o Pettigrew e levantou o Voldemort com alguma revulsão, enquanto o Barty observava-os intensamente.
A cicatriz do Harry doía tanto que ele desejava conseguir gritar.
– Aguenta, Harry! – implorava a Ginny. – Eles não devem demorar muito mais.
O Harry agradeceu a sua namorada pelo apoio, ao mesmo tempo que via o Pettigrew a pôr a criatura que era o Voldemort dentro do caldeirão. O Lorde das Trevas fez um som e desapareceu da superfície do caldeirão.
– Espero que ele se afogue…
O Harry concordava com a Ginny, mas no fundo da sua mente, ele sabia que isso não ia acontecer.
Embora o Pettigrew parecia amedrontado e a sua voz tremia, ele disse e fez o que era suposto ele fazer.
– Osso do pai, dado sem saber, tu irás renovar o teu filho!
Horrorizado, o Harry viu o Pettigrew com a sua varinha levantar no ar um osso, da sepultura que estava aos pés dele, e deixar cair dentro do caldeirão. Ao lado do homem baixo, o Barty, entusiasmado, via tudo, sorrindo.
– Carne do servo, dada de b-bom g-grado, tu irás re-reviver o teu mestre. – disse o Pettigrew e preparou-se para o que estava prestes a fazer.
– Por favor, diz-me que ele não fazer o que eu penso que ele vai…
– Desculpa, Gin, mas ele vai mesmo fazer.
O Harry recusou-se a ver aquilo acontecer. Em vez disso, ele ouviu um berro, uma pancada no líquido e a angustiante respiração ofegante do Pettigrew. Quando voltou a abrir os olhos, o Harry viu o Barty a abanar a cabeça, descontente com a fraqueza do Pettigrew. Também viu o rato a andar na sua direção, a agonia notava-se na sua expressão.
– S-sangue do inimigo, tirado à força, to vais re-ressuscitar o teu o-oponente…
– NÃO! – gritou a Ginny. – Não lhe toques!
– Ginny, ele tem que fazer isso. Lembras-te? É assim que o ritual funciona…
O Pettigrew fez um pequeno corte no braço direito do Harry com o mesmo longo, fino e brilhante punhal de prata, que ele usou para cortar a sua mão direita, e encheu um frasco de vidro com o sangue do rapaz. De seguida, cambaleou até chegar ao caldeirão e derramou o sangue lá para dentro.
– Porque é que eles estão a demorar tanto tempo?
Logo de seguida, o Pettigrew caiu de joelhos e embalou o braço sangrento dele, ofegando e soluçando, enquanto o Barty aproximou-se do caldeirão e esperou, esperançoso e entusiasmado. Seguidamente, o Harry não conseguia ver mais nada. Vapores brancos e espessos que vinham do caldeirão estavam a obliterar tudo a sua volta. Através da névoa, para o desprazer do Harry, ele reparou num vulto masculino alto e esquelético.
– Veste-me. – ordenou o vulto com a sua voz alta e fria e o Pettigrew, ainda soluçando e gemendo, obedeceu-lhe.
– Isso é simplesmente repugnante…
O vulto alto saiu do caldeirão e fitou o Harry, que continuava a parecer como o Neville. Muito pálido com lívidos olhos arregalados e vermelhos e um nariz muito semelhante a um de uma cobra…
– Ele é tão feio. Não consigo acreditar que ele uma vez foi bonito.
O Lord Voldemort estava de volta.
– Meu Lorde, é ótimo tê-lo de volta. – congratulou o Barty, fazendo uma vénia firmemente.
O Voldemort ignorou ambos os seus servos e em vez disso admirou o seu novo corpo. De seguida, ele enfiou uma das suas pálidas mãos num bolso fundo e tirou de lá uma varinha, que gentilmente acariciou.
– Meu Lorde… - gemeu o Pettigrew. Ele embrulhou o seu braço nas vestes, que brilhavam com sangue. – Meu Lorde… pro-prometeu-me…
O Voldemort devagarinho olhou para o seu servo, que continuava no chão. Ele riu sem alegria e disse letargicamente:
– Estica o teu braço, Peter.
– Oh, meu Lorde… Obrigado, Mestre…
O Barty, satisfeito, contemplou como o pobre Peter estendeu o seu braço sangrento, só para o Voldemort rir.
– O outro braço, Peter.
O Voldemort ignorou o choro incontrolável do Pettigrew e, após arregaçar à força a manga das vestes até o cotovelo dele, admirou a marca negra e tocou-a. Quando o Voldemort tocou com mais força com o seu longo dedo na tatuagem, a cicatriz do Harry queimou com uma dor aguda.
– Eles finalmente quebraram as alas, Harry! – informou muito feliz a Ginny e o Harry partilhava a felicidade dela. Os Devoradores da Morte não demorariam muito mais a aparecer.
– Quantos serão corajosos o suficiente para voltar quando sentirem? – sussurrou o Voldemort, depois de deixar o Pettigrew choroso no chão. – E quantos serão tolos o suficiente para ficarem longe?
***
O que o Voldemort e os seus seguidores não sabiam é que os Sombras estavam finalmente a caminho do cemitério, ainda com os Encantos Desilusórios.
– Vamos lá, acelerem! Ele já chamou a sua escumalha… - disse amargamente o Harold.
– Peço desculpa por desapontá-lo, Sr. Potter, mas este miúdo é mesmo pesado. Por acaso, não quereria dar-me uma ajuda, pois não? – perguntou uma bruxa com cabelo rosa chiclete e riu abafadamente.
– Não, eu passo a oportunidade, Nymphadora. Porque é que não perguntas ali ao Remy, huh? – perguntou divertidamente o Harold, olhando para o lobisomem corado, e de seguida exigiu severamente. – Muda a tua cor de cabelo. Rosa é muito visível.
– Só se para de me chamar Nymphadora. É Tonks, ok? – replicou a bruxa, zangada, mas mudou a cor do cabelo de qualquer modo.
***
Quando os Sombras estavam quase no cemitério, onde o Harry, o Voldemort e os Devoradores da Morte estavam, começaram a ouvir gritos. Aqueles berros pertenciam ao Harry. De seguida, os gritos pararam e eles ouviram uma voz fria a falar.
– Agora, desamarra-o, Pettigrew, e dá-lhe a varinha.
Uns minutos mais tarde, os Sombras já conseguiam vê-los. O Voldemort e o Harry, que ainda parecia o Longbottom, estavam a duelar, enquanto os Devoradores da morte assistiam, entretidos com o espetáculo. De repente, conforme continuavam a trocar feitiços e maldições, o Harry começou a olhar como si mesmo. Ele escondeu-se atrás de uma sepultura para ajeitar os boxers e as calças. Caso contrário, ele ficaria nu da cintura para baixo, provavelmente cairia no chão e seria morto.
Os Sombras chegaram no momento ideal. Agarrando fortemente as varinhas, cada membro escolheu um Devorador da Morte e atacaram de surpresa. Devido às vestes escuras e às máscaras em forma de crânio, era difícil saber quem eles eram. Logo na primeira volta de feitiços, dois Devoradores da Morte ficaram inconscientes.
Tudo estava a acontecer muito depressa. Tanto o Harry como o Nicolas estavas a duelar o Voldemort. O Remus com uma expressão severa foi ter com o Pettigrew com a sua mão de prata. Eles tinham contas a ajustar. O Moody não esquecera o rosto do Barty e estava a fazer justiça à sua reputação. O antigo Auror duelava o Barty e um outro Devorador da Morte ao mesmo tempo. A Tonks e a Juliet, juntas, lutavam contra dois Devoradores da Morte, e a Perenelle e o Harold lutavam contra outros três. O Bill reparou o longo cabelo loiro de um dos Devoradores da Morte e foi atrás dele para duelar.
Entretanto, o corpo inconsciente do Neville Longbottom estava no chão fora do cemitério e a Ginny Weasley, sentado na Floresta Proibida e encostada a uma grande árvore, via com apreensão tudo o que acontecia através dos olhos do namorado.
O Harry e o Nicolas continuavam a duelar ferozmente o Voldemort. O Pettigrew já não era mais uma ameaça e o Remus correu até os dois Devoradores da Morte, que tinham ficado inconscientes no início. Eles tinham recuperado consciência e queriam juntar-se à luta. Conforme eles apontavam para as costas da Juliet e da Tonks, o Remus apareceu-lhes à frente. O Moody pusera o Barty inconsciente e preso com umas cordas fortes, enquanto o outro Devorador da Morte continuava a lançar-lhe maldição atrás de maldição. A Juliet fora atingida com uma maldição e depois a Tonks atordoou o atacante. O outro Devorador da morte continuou a lançar maldições para a Tonks, que torceu o tornozelo ao desviar-se das maldições e caiu, sendo atingida. Um dos oponente da Perenelle e do Harold estava no chão, demasiado fraco e magoado para continuar a duelar. O Bill estava a mostrar ao Lucius Malfoy o que um Curse Breaker (1) podia fazer num duelo e o duelo deles não parecia que iria terminar em breve.
Os Sombras e os Devoradores da Morte estavam a lutar já há muito tempo, e a ansiedade da Ginny estava a aumentar. Qualquer coisa podia correr mal em qualquer instante. O duelo do Voldemort contra o namorado dela e o Nicolas era cada vez mais brutal e selvagem. Alguns dos Devoradores da Morte não estavam mais em condições de duelar, mas o mesmo podia ser dito sobre a Tonks, a Juliet e o Harold.
De repente, o Lucius conseguiu derrubar o Bill, e aproveitando que não vinham nenhum feitiço na sua direção, e bruxo loiro apontou a sua varinha para o Harry.
– Avada Kedavra!
– HARRY, CUIDADO! – gritou a Ginny na mente dele com o coração aos pulos. Ele também ouvira a Maldição da Morte.
O Harry virou-se e viu a mortal luz verde a vir na sua direção. O Harry, chocado, não conseguia mover-se e engoliu em seco. De repente, alguém atravessou-se à frente dele e caiu vagarosamente na erva verde do cemitério.
Apesar de não ter atingido o alvo inicial, o Lucius sorriu presunçosamente. O Voldemort sorriu friamente, vitorioso, e ordenou aos seus mais leais Devoradores da Morte:
– Retirar!
Ao mesmo tempo, uma voz masculina gritou cheia de dor:
– NÃO!
Rapidamente, os Devoradores da Morte conscientes ajudaram a maioria dos camaradas inconscientes a desaparecer junto com o Voldemort, deixando para trás, no cemitério, dois Devoradores da Morte e os Sombras sozinhos, aturdidos com a morte de um deles.
***
Em Hogwarts, os professores estavam em pânico com o desaparecimento do dois campeões, o Neville Longbottom e o Cedric Diggory. Apesar disso, eles deixaram os estudantes pensarem que a demora era normal.
Nas bancadas, os alunos e outros bruxos e bruxas, que vieram assistir a terceira e final tarefa do Torneio dos Três-Feiticeiros, estavam a ficar aborrecidos. Já estavam naqueles bancos inconfortáveis há demasiado tempo e não sabiam o que se passava com o Neville e o Cedric. Os outros dois campeões, a Fleur e o Viktor, já tinham abandonado o labirinto. Alguns dos estudantes mais novos até estavam a dormir.
De repente, três vultos aparecem do nada no meio do estádio. Eram dois homens e um adolescente. Os homens estavam amarrados ao rapaz. Das bancadas, era possível ouvir muitos suspiros de surpresa e de assombro. Os vultos eram o Neville Longbottom, o Peter Pettigrew e o Barty Crouch Junior. Cada um deles tinham uma nota presa no peito.
O Albus Dumbledore foi até eles, seguido por alguns professores e por um incrédulo Cornelius Fudge. O Albus leu-lhes as notas. Na nota do Neville, estava escrito O Voldemort voltou. Na do Peter, dizia que ele ajudara o Voldemort a voltar, enquanto que a do Barty também dizia que ele assassinara o Cedric Diggory.
– Estão todos assinados pelos Sombras. – acrescentou o Albus.
– Albus, não me digas que acreditas naqueles Sombras…
O Cornelius recusava-se a acreditar no que estava a ver.
– Aquelas são mentiras descaradas, Albus. Mentiras!
– Serão mesmo, Ministro? Porque é que não confirmamos com os nossos convidados? – perguntou devagar o Severus Snape, tirando dois frasquinhos das suas vestes pretas. – Eu sempre trago comigo Veritaserum. Não dá jeito, agora?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
(1) Quebra-Maldições. É o trabalho do Bill.
Olá! Espero que tenham tido um bom Natal e desejo-vos um feliz e próspero Ano Novo!
Até ao próximo capítulo,
Inês