Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC


Capítulo 15
Capítulo 15 - Ninguém É Imortal




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– Argh!

Harry, estás bem? – perguntou a Ginny cheia de preocupação, enquanto ele se levantava.

O Harry odiava os portkey tanto como ele odiava o pó de floo. Ele simplesmente tinha problemas com as meios mágicos de transporte, a não ser que fossem vassouras ou Aparição.

Sim, Gin. Não te preocupes. Quanto tempo demoram eles a chegar?

O Harry reconheceu o lugar para onde a Taça o levara e, infelizmente, também o Diggory. Ele tinha estado ali antes. No topo da colina estava a Mansão Riddle, onde o Voldemort tinha-se estado a esconder há mais de um ano. Quando era mais novo, o avô do Harry tinha o levado, debaixo do manto de invisibilidade, a visitar Little Hangleton, de modo a lhe contar mais sobre a história de Voldemort.

Não sei. Dez, talvez vinte, minutos, no mínimo… Há muitas alas.

– Longbottom, sabes onde é que estamos? – perguntou o Diggory, ele estava perto do Harry e com a varinha em punho, mas não estava nem nervoso nem assustado.

Ok, Gin!

– Não faço a menor ideia, Cedric. – respondeu o Harry. Ele achava o rapaz mais velho suspeito. – E tu?

O Diggory sorriu largamente e devagarinho assentiu.

– Mas é claro que sei.

O Harry ia para se defender, mas o Diggory foi mais rápido com a varinha.

***

– Argh!

Harry, estás bem? – perguntou a Ginny cheia de preocupação, enquanto cautelosamente ela saía das bancadas do campo de Quidditch para ir procurar um lugar sossegado, que acabou por ser perto da Floresta Proibida.

Sim, Gin. Não te preocupes. Quanto tempo demoram eles a chegar?

O plano deles não era perfeito e o Diggory estava a agir de forma inusitada. A Ginny precisava de contactar as Sombras depressa, antes que fosse tarde de mais

Não sei. Dez, talvez vinte, minutos, no mínimo… Há muitas alas.

Ok, Gin!

Ela olhou em seu redor para ter a certeza que estava sozinha. Depois, a Ginny pegou no espelho antigo, o mesmo que o Harry lhe tinha dado dois anos antes, e contacto o lobisomem favorito dela.

– Remus Lupin! – chamou ela e esperou os segundinhos.

Ela não oportunidade de falar, uma vez que o Remus falou primeiro, sabendo já a pergunta dela.

– Vamos a caminho, Ginny. Só uns problematizos com as alas, mas o Bill e o Nicolas estão a trabalhar o mais rápido que podem. Mais quinze ou vinte minutos.

– Ok, foi isso o que disse ao Harry.

De repente, a Ginny empalideceu e falou apreensivamente:

– Remus, por favor, vocês têm que se despachar. O Harry está metido em sarilhos. O Diggory está a atacá-lo. Ele tem estado a agir de forma estranha já desde alguns dias. Por favor, despachem-se!

– Ginny! – O Remus tentou chamar a atenção dela. – Ginny! Ginny, por favor, acalma-te. Diz-me o que estás a ver.

A rapariga ruiva estava inquieta e o coração dela estava aos pulos no peito dela. Ela sentou-se na relva e encostou-se a uma árvore.

– O Di-Diggory amarrou o Ha-Harry a uma lá-lápide de mármore… A lápide de T-Tom R-Riddle!

– Ok, Ginny. Estás a ir bem… O que mais consegues ver? – perguntou o Remus, enquanto também contava às Sombras o que estava a acontecer.

– Está a vir alguém por entre as sepulturas… Está a carregar algo…

– Ginny, consegues descrevê-lo?

– Ele é baixo e –

A Ginny ofegou, não falou por uns instantes e fez uma careta de repugnância.

– Aquilo é um bebé!? Ele… Ele carrega algo que parece… um bebé esquisito envolto em mantos!

– Mais alguma coisa, Ginny?

– Aquele é o Pettigrew, Gin! Eles vão renascer o Voldemort. Diz-lhes para se despacharem! – A voz alarmada do Harry soou na mente da Ginny.

***

Em Little Hangleton, as Sombras, sob Encantos Desilusórios, estavam a ter dificuldades em quebrar as alas.

– O Pettigrew vai renascer o Voldemort e o outro campeão está agir de forma estranha. – O Remus, zangado, informou. – Nick! Bill! Porque é que está a demorar tanto?

– Estas alas são boas. – respondeu o Bill sem para de trabalhar nelas.

O Bill Weasley era o irmão mais velho da Ginny. Ele era um jovem bonito, alto e magro com uma cabelo vermelho e longo apanhado num rabo-de-cavalo. Também tinha um brinco com uma presa e usava sempre botas de couro de dragão. O Bill era divertido, e ainda assim sério, e tinha um excelente sentido de humor.

Quando a sua irmãzinha lhe contou sobre a sua ligação, o Bill não hesitou em voltar para a Inglaterra. Ele não se importara que teria de ter um trabalho de escritório aborrecido no Gringotts. Ele tinha muitas saudades da sua irmã e faria qualquer coisa para protegê-la e ao Harry, de quem ele gostara desde o início. Se a Ginny tinha de estar ligada a alguém, o Bill iria sempre escolher o Harry

– Só mais alguns minutos, Remy. – O Nicolas tentou apaziguá-lo.

***

No cemitério, o Harry estava a experienciar diversos sentimentos. Ele estava confuso, preocupado, insatisfeito, frustrado, tonto… Ele estava a tentar compreender o Diggory. A família dele não tinha conexões nem com bruxos das trevas nem com as crenças deles. Talvez ele estivesse sob a influência da Maldição Imperius, tal como o Krum. Algo tinha de explicar o comportamento dele. A Ginny estava muito preocupada com ele, e o Harry não estava a conseguir acalmá-la. Ele odiava vê-la desassossegada ou com assustada. E, naquele preciso momento, ela estava as duas coisas.

– Meu Lorde…

O Diggory respeitosamente fez uma vénia ao bebé esquisito, que estava nos braços do Pettigrew.

– Barty, tiveste sucesso. Ótimo. – declarou a voz fria. Era possível ouvir a felicidade na voz descarnada.

O Harry estava a sentir-se um pouco atordoado, devido ao feitiço do Diggory, mas conseguia ouvir na perfeição. Ele tinha dito Barty? Como em Barty Crouch Junior? Ele era o impostor do Moody. Ele tinha fugido na Mansão Potter meses antes. O avô do Harry e o Moody tinham ficado tão furiosos e o Remus ainda se sentia culpado. Obviamente, eles tentaram encontra-lo, mas sem sucesso. O que teria o Barty feito ao verdadeiro Cedric Diggory?

Pettigrew pôs o bebé esquisito na relva verde, perto da lápide do Riddle, e enfiou algo na boca do Harry, que o prevenia de falar e de se mover. Rapidamente, o Traidor deixou de ser visto e uma cobra gigantesca deslizava pela relva, circulando a lápide, enquanto o Diggory assistia, fascinado. O Harry reparou no regresso do Pettigrew, quando ouviu a sua respiração rápida e ofegante. Ele estava a forçar algo pesado a mover-se pelo solo, o caldeirão mais largo que o Harry alguma vez vira na sua vida.

– Não és muito inteligente, pois não, Pettigrew? – zombou o Barty e apontou a sua varinha para o caldeirão, que levitou até estar próximo da lápide, onde o Harry estava amarrado e imobilizado.

O Pettigrew franziu o cenho, mas não comentou. Em vez disso, ele começou um fogo debaixo do caldeirão, que estava cheio do que parecia ser água. Entretanto, o Barty começou a parecer-se consigo mesmo. O efeito da Poção Polissuco tinha finalmente terminado. Não muito mais tarde, seria a vez de o Harry parar de parecer como o Neville Longbottom.

***

Finalmente, eu voltei a olhar como eu mesmo. Odeio a Poção Polissuco, mas não tive escolha. O meu Lorde precisa de mim. O Pettigrew é demasiado incompetente.

Escapar daquelas malditas masmorras foi muito mais fácil do que eu pensava. Acho que posso afirmar que sou um profissional na majestosa arte de escapar. Nunca deveriam ter-me deixado sozinho com o mestiço. Odeio tanto os lobisomens…

Só tive de aproveitar o momento em que ele estava de costas para mim e perto o suficiente para que eu o pudesse agarrar. Derrubei-o e deixei-o inconsciente no chão. Como a cada estava vazia (ainda não sei a quem é que pertence), foi fácil usar a rede de floo. Foi canja!

O meu Lorde não estava nada satisfeito com a minha ridícula captura e ele puniu-me por lhe falhar. Puniu-me ainda mais quando lhe contei que não sabia quem os meus captores eram além daquele lobisomem. Foi horrível, mas eu mereci. Eu falhei, mas nunca mais. Nunca mais vou-lhe falhar!

O meu Lorde precisa de um corpo, então tivemos de alterar um bocadinho o plano original. Tivemos de arriscar. Jurei ao meu Lorde que ainda conseguia fazer com que o miúdo Longbottom vencesse o torneio, e eu consegui. Não falhei com o meu Lorde, desta vez. Nem nunca mais lhe irei falhar. Afinal, eu sou o Devorador da Morte mais leal.

O miúdo Diggory era tão fraco e um idiota. Foi tão fácil apanhá-lo sozinho, à uns dias atrás. Primeiro, usei a Maldição Imperious, só para ter a certeza que conseguia matá-lo sem alguém descobrir. Depois, apenas tive de ir no lugar dele na tarefa final.

Em breve, o meu Lorde vai voltar e não vai poupar nenhum Muggle ou Sangue-ruim.

***

O Harry ouviu novamente a voz fria.

– Despacha-te!

O líquido no caldeirão aqueceu muito depressa. Não só a sua superfície estava a borbulhar, como estava iluminada com faíscas.

–Está pronto, Mestre. – disse o Pettigrew e levantou o Voldemort com alguma revulsão, enquanto o Barty observava-os intensamente.

A cicatriz do Harry doía tanto que ele desejava conseguir gritar.

– Aguenta, Harry! – implorava a Ginny. – Eles não devem demorar muito mais.

O Harry agradeceu a sua namorada pelo apoio, ao mesmo tempo que via o Pettigrew a pôr a criatura que era o Voldemort dentro do caldeirão. O Lorde das Trevas fez um som e desapareceu da superfície do caldeirão.

– Espero que ele se afogue…

O Harry concordava com a Ginny, mas no fundo da sua mente, ele sabia que isso não ia acontecer.

Embora o Pettigrew parecia amedrontado e a sua voz tremia, ele disse e fez o que era suposto ele fazer.

– Osso do pai, dado sem saber, tu irás renovar o teu filho!

Horrorizado, o Harry viu o Pettigrew com a sua varinha levantar no ar um osso, da sepultura que estava aos pés dele, e deixar cair dentro do caldeirão. Ao lado do homem baixo, o Barty, entusiasmado, via tudo, sorrindo.

– Carne do servo, dada de b-bom g-grado, tu irás re-reviver o teu mestre. – disse o Pettigrew e preparou-se para o que estava prestes a fazer.

– Por favor, diz-me que ele não fazer o que eu penso que ele vai…

– Desculpa, Gin, mas ele vai mesmo fazer.

O Harry recusou-se a ver aquilo acontecer. Em vez disso, ele ouviu um berro, uma pancada no líquido e a angustiante respiração ofegante do Pettigrew. Quando voltou a abrir os olhos, o Harry viu o Barty a abanar a cabeça, descontente com a fraqueza do Pettigrew. Também viu o rato a andar na sua direção, a agonia notava-se na sua expressão.

– S-sangue do inimigo, tirado à força, to vais re-ressuscitar o teu o-oponente…

– NÃO! – gritou a Ginny. – Não lhe toques!

– Ginny, ele tem que fazer isso. Lembras-te? É assim que o ritual funciona…

O Pettigrew fez um pequeno corte no braço direito do Harry com o mesmo longo, fino e brilhante punhal de prata, que ele usou para cortar a sua mão direita, e encheu um frasco de vidro com o sangue do rapaz. De seguida, cambaleou até chegar ao caldeirão e derramou o sangue lá para dentro.

– Porque é que eles estão a demorar tanto tempo?

Logo de seguida, o Pettigrew caiu de joelhos e embalou o braço sangrento dele, ofegando e soluçando, enquanto o Barty aproximou-se do caldeirão e esperou, esperançoso e entusiasmado. Seguidamente, o Harry não conseguia ver mais nada. Vapores brancos e espessos que vinham do caldeirão estavam a obliterar tudo a sua volta. Através da névoa, para o desprazer do Harry, ele reparou num vulto masculino alto e esquelético.

– Veste-me. – ordenou o vulto com a sua voz alta e fria e o Pettigrew, ainda soluçando e gemendo, obedeceu-lhe.

– Isso é simplesmente repugnante…

O vulto alto saiu do caldeirão e fitou o Harry, que continuava a parecer como o Neville. Muito pálido com lívidos olhos arregalados e vermelhos e um nariz muito semelhante a um de uma cobra…

– Ele é tão feio. Não consigo acreditar que ele uma vez foi bonito.

O Lord Voldemort estava de volta.

– Meu Lorde, é ótimo tê-lo de volta. – congratulou o Barty, fazendo uma vénia firmemente.

O Voldemort ignorou ambos os seus servos e em vez disso admirou o seu novo corpo. De seguida, ele enfiou uma das suas pálidas mãos num bolso fundo e tirou de lá uma varinha, que gentilmente acariciou.

– Meu Lorde… - gemeu o Pettigrew. Ele embrulhou o seu braço nas vestes, que brilhavam com sangue. – Meu Lorde… pro-prometeu-me…

O Voldemort devagarinho olhou para o seu servo, que continuava no chão. Ele riu sem alegria e disse letargicamente:

– Estica o teu braço, Peter.

– Oh, meu Lorde… Obrigado, Mestre…

O Barty, satisfeito, contemplou como o pobre Peter estendeu o seu braço sangrento, só para o Voldemort rir.

– O outro braço, Peter.

O Voldemort ignorou o choro incontrolável do Pettigrew e, após arregaçar à força a manga das vestes até o cotovelo dele, admirou a marca negra e tocou-a. Quando o Voldemort tocou com mais força com o seu longo dedo na tatuagem, a cicatriz do Harry queimou com uma dor aguda.

– Eles finalmente quebraram as alas, Harry! – informou muito feliz a Ginny e o Harry partilhava a felicidade dela. Os Devoradores da Morte não demorariam muito mais a aparecer.

– Quantos serão corajosos o suficiente para voltar quando sentirem? – sussurrou o Voldemort, depois de deixar o Pettigrew choroso no chão. – E quantos serão tolos o suficiente para ficarem longe?

***

O que o Voldemort e os seus seguidores não sabiam é que os Sombras estavam finalmente a caminho do cemitério, ainda com os Encantos Desilusórios.

– Vamos lá, acelerem! Ele já chamou a sua escumalha… - disse amargamente o Harold.

– Peço desculpa por desapontá-lo, Sr. Potter, mas este miúdo é mesmo pesado. Por acaso, não quereria dar-me uma ajuda, pois não? – perguntou uma bruxa com cabelo rosa chiclete e riu abafadamente.

– Não, eu passo a oportunidade, Nymphadora. Porque é que não perguntas ali ao Remy, huh? – perguntou divertidamente o Harold, olhando para o lobisomem corado, e de seguida exigiu severamente. – Muda a tua cor de cabelo. Rosa é muito visível.

– Só se para de me chamar Nymphadora. É Tonks, ok? – replicou a bruxa, zangada, mas mudou a cor do cabelo de qualquer modo.

***

Quando os Sombras estavam quase no cemitério, onde o Harry, o Voldemort e os Devoradores da Morte estavam, começaram a ouvir gritos. Aqueles berros pertenciam ao Harry. De seguida, os gritos pararam e eles ouviram uma voz fria a falar.

– Agora, desamarra-o, Pettigrew, e dá-lhe a varinha.

Uns minutos mais tarde, os Sombras já conseguiam vê-los. O Voldemort e o Harry, que ainda parecia o Longbottom, estavam a duelar, enquanto os Devoradores da morte assistiam, entretidos com o espetáculo. De repente, conforme continuavam a trocar feitiços e maldições, o Harry começou a olhar como si mesmo. Ele escondeu-se atrás de uma sepultura para ajeitar os boxers e as calças. Caso contrário, ele ficaria nu da cintura para baixo, provavelmente cairia no chão e seria morto.

Os Sombras chegaram no momento ideal. Agarrando fortemente as varinhas, cada membro escolheu um Devorador da Morte e atacaram de surpresa. Devido às vestes escuras e às máscaras em forma de crânio, era difícil saber quem eles eram. Logo na primeira volta de feitiços, dois Devoradores da Morte ficaram inconscientes.

Tudo estava a acontecer muito depressa. Tanto o Harry como o Nicolas estavas a duelar o Voldemort. O Remus com uma expressão severa foi ter com o Pettigrew com a sua mão de prata. Eles tinham contas a ajustar. O Moody não esquecera o rosto do Barty e estava a fazer justiça à sua reputação. O antigo Auror duelava o Barty e um outro Devorador da Morte ao mesmo tempo. A Tonks e a Juliet, juntas, lutavam contra dois Devoradores da Morte, e a Perenelle e o Harold lutavam contra outros três. O Bill reparou o longo cabelo loiro de um dos Devoradores da Morte e foi atrás dele para duelar.

Entretanto, o corpo inconsciente do Neville Longbottom estava no chão fora do cemitério e a Ginny Weasley, sentado na Floresta Proibida e encostada a uma grande árvore, via com apreensão tudo o que acontecia através dos olhos do namorado.

O Harry e o Nicolas continuavam a duelar ferozmente o Voldemort. O Pettigrew já não era mais uma ameaça e o Remus correu até os dois Devoradores da Morte, que tinham ficado inconscientes no início. Eles tinham recuperado consciência e queriam juntar-se à luta. Conforme eles apontavam para as costas da Juliet e da Tonks, o Remus apareceu-lhes à frente. O Moody pusera o Barty inconsciente e preso com umas cordas fortes, enquanto o outro Devorador da Morte continuava a lançar-lhe maldição atrás de maldição. A Juliet fora atingida com uma maldição e depois a Tonks atordoou o atacante. O outro Devorador da morte continuou a lançar maldições para a Tonks, que torceu o tornozelo ao desviar-se das maldições e caiu, sendo atingida. Um dos oponente da Perenelle e do Harold estava no chão, demasiado fraco e magoado para continuar a duelar. O Bill estava a mostrar ao Lucius Malfoy o que um Curse Breaker (1) podia fazer num duelo e o duelo deles não parecia que iria terminar em breve.

Os Sombras e os Devoradores da Morte estavam a lutar já há muito tempo, e a ansiedade da Ginny estava a aumentar. Qualquer coisa podia correr mal em qualquer instante. O duelo do Voldemort contra o namorado dela e o Nicolas era cada vez mais brutal e selvagem. Alguns dos Devoradores da Morte não estavam mais em condições de duelar, mas o mesmo podia ser dito sobre a Tonks, a Juliet e o Harold.

De repente, o Lucius conseguiu derrubar o Bill, e aproveitando que não vinham nenhum feitiço na sua direção, e bruxo loiro apontou a sua varinha para o Harry.

– Avada Kedavra!

– HARRY, CUIDADO! – gritou a Ginny na mente dele com o coração aos pulos. Ele também ouvira a Maldição da Morte.

O Harry virou-se e viu a mortal luz verde a vir na sua direção. O Harry, chocado, não conseguia mover-se e engoliu em seco. De repente, alguém atravessou-se à frente dele e caiu vagarosamente na erva verde do cemitério.

Apesar de não ter atingido o alvo inicial, o Lucius sorriu presunçosamente. O Voldemort sorriu friamente, vitorioso, e ordenou aos seus mais leais Devoradores da Morte:

– Retirar!

Ao mesmo tempo, uma voz masculina gritou cheia de dor:

– NÃO!

Rapidamente, os Devoradores da Morte conscientes ajudaram a maioria dos camaradas inconscientes a desaparecer junto com o Voldemort, deixando para trás, no cemitério, dois Devoradores da Morte e os Sombras sozinhos, aturdidos com a morte de um deles.

***

Em Hogwarts, os professores estavam em pânico com o desaparecimento do dois campeões, o Neville Longbottom e o Cedric Diggory. Apesar disso, eles deixaram os estudantes pensarem que a demora era normal.

Nas bancadas, os alunos e outros bruxos e bruxas, que vieram assistir a terceira e final tarefa do Torneio dos Três-Feiticeiros, estavam a ficar aborrecidos. Já estavam naqueles bancos inconfortáveis há demasiado tempo e não sabiam o que se passava com o Neville e o Cedric. Os outros dois campeões, a Fleur e o Viktor, já tinham abandonado o labirinto. Alguns dos estudantes mais novos até estavam a dormir.

De repente, três vultos aparecem do nada no meio do estádio. Eram dois homens e um adolescente. Os homens estavam amarrados ao rapaz. Das bancadas, era possível ouvir muitos suspiros de surpresa e de assombro. Os vultos eram o Neville Longbottom, o Peter Pettigrew e o Barty Crouch Junior. Cada um deles tinham uma nota presa no peito.

O Albus Dumbledore foi até eles, seguido por alguns professores e por um incrédulo Cornelius Fudge. O Albus leu-lhes as notas. Na nota do Neville, estava escrito O Voldemort voltou. Na do Peter, dizia que ele ajudara o Voldemort a voltar, enquanto que a do Barty também dizia que ele assassinara o Cedric Diggory.

– Estão todos assinados pelos Sombras. – acrescentou o Albus.

– Albus, não me digas que acreditas naqueles Sombras…

O Cornelius recusava-se a acreditar no que estava a ver.

– Aquelas são mentiras descaradas, Albus. Mentiras!

– Serão mesmo, Ministro? Porque é que não confirmamos com os nossos convidados? – perguntou devagar o Severus Snape, tirando dois frasquinhos das suas vestes pretas. – Eu sempre trago comigo Veritaserum. Não dá jeito, agora?


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Notas finais do capítulo

(1) Quebra-Maldições. É o trabalho do Bill.

Olá! Espero que tenham tido um bom Natal e desejo-vos um feliz e próspero Ano Novo!
Até ao próximo capítulo,
Inês



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